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Edgar Allan Poe – O Corvo

“O Corvo” não é um livro, mas sim um poema narrativo do escritor americano Edgar Allan Poe, publicado pela primeira vez em janeiro de 1845. O poema é frequentemente conhecido por sua musicalidade, linguagem estilizada e atmosfera sobrenatural. Conta a história de uma visita misteriosa de um corvo falante a um amante perturbado, traçando a lenta descida do homem à loucura. Aqui está um resumo do poema: Na calada de uma noite sombria de dezembro, um homem lamenta a perda de sua amada Lenore. Enquanto ele tenta distrair sua mente com livros antigos de conhecimentos esquecidos, ele é interrompido por uma batida na porta de seu quarto. Esperando uma visita, ele abre a porta e não encontra nada além de escuridão. Enquanto ele sussurra o nome de Lenore nas sombras, um eco é sua única resposta.

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Alfonsina Storni – Poesia – 30/03/24

Boa noite A carícia perdida Alfonsina Storni¹ Sai-me dos dedos a carícia sem causa, Sai-me dos dedos… No vento, ao passar, A carícia que vaga sem destino nem fim, A carícia perdida, quem a recolherá? Posso amar esta noite com piedade infinita, Posso amar ao primeiro que conseguir chegar. Ninguém chega. Estão sós os floridos caminhos. A carícia perdida, andará… andará… Se nos olhos te beijarem esta noite, viajante, Se estremece os ramos um doce suspirar, Se te aperta os dedos uma mão pequena Que te toma e te deixa, que te engana e se vai. Se não vês essa mão, nem essa boca que beija, Se é o ar quem tece a ilusão de beijar, Ah, viajante, que tens como o céu os olhos, No vento fundida, me reconhecerás. Tradução de Carlos Seabra ¹Alfonsina Storni * Sala Capriasca, Suíça 29 de maio de 1892 d.C + Mar del Plata, Argentina; 25 de outubro de 1938 d.C

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Gito Minore – Poesia – 29/03/24

Boa noite. Mar Abierto¹ Gito Minore² Sobre tu piel naufragan restos mortales de antiguos dolores. El mérito de este pirata recaerá en la habilidad de reciclar los viejos trastos para navegarte con incierta elegancia, o bien, en empeñar las últimas balas derrivando los arcaicos vestigios y, una vez, sin horizontes nadar a la deriva tu mar abierto. ¹Não ousei traduzir. ²Gito Minore * Buenos Aires, Argentina – 24 de Abril de 1974 Publicou seu primeiro livro de poesias “Emociones Alternas” em 1995, depois disso publicou outros livros de poesias todos de forma independente. Participa desde 1994 de diversas publicações culturais com poemas, contos e artigos. Em 2002 lançou seu primeiro CD, uma obra musical que inclui 12 dos poemas de seu livro “Fuego en el Pecho”.

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Mia Couto – Literatura – 28/03/24

Boa noite Uns nascem para cantar Mia Couto Uns nasceram para cantar, outros para dançar; outros nasceram simplesmente para serem outros. Eu nasci para estar calado. Minha única vocação é o silêncio. Foi meu pai que me explicou: tenho inclinação para não falar, um talento para apurar silêncios. Escrevo bem, silêncios, no plural. Sim, porque não há um único silêncio. E todo o silêncio é música em estado de gravidez.

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Helena Lubianski – Poesia – 27/03024

Boa noite Today I painted my eyes Helena Lubiansk Eu nunca vou me esquecer eu te disse e se a gente nunca mais se falar? As palavras repetidas de forma fria e se a gente nunca mais se falar As cortinas todas abertas O céu demasiado escuro A linha d’água derretida. Do livro Corpo D’água

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Brecht – Poesia – 26/03/24

Boa noite Na morte de um combatente da paz Brecht¹ Aquele que não cedeu Foi abatido O que foi abatido Não cedeu. A boca do que preveniu Está cheia de terra. A aventura sangrenta Começa. O túmulo do amigo da paz É pisoteado por batalhões. Então a luta foi em vão? Quando é abatido o que não lutou só O inimigo Ainda não venceu. ¹Eugen Berthold Friedrich Brecht * Augsburg, Alemanha – 10 de Fevereiro de 1898 + Berlim, Alemanha – 14 de Agosto de 1955

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Pablo Neruda – Poesia – 24/03/24

Boa noite. Os teus pés Pablo Neruda Quando não posso contemplar teu rosto, contemplo os teus pés. Teus pés de osso arqueado, teus pequenos pés duros. Eu sei que te sustentam e que teu doce peso sobre eles se ergue. Tua cintura e teus seios, a duplicada púrpura dos teus mamilos, a caixa dos teus olhos que há pouco levantaram vôo, a larga boca de fruta, tua rubra cabeleira, pequena torre minha. Mas se amo os teus pés é só porque andaram sobre a terra e sobre o vento e sobre a água, até me encontrarem.

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Ali Podrimja – Poesia – 23/03/24

Boa noite. Se Ali Podrimja ¹ Se um povo Não tem poetas Nem poesia própria Para uma Antologia Nacional Então a traição e o ladrar Hão-de servir. ¹ Ali Podrimja * Đakovica, Albânia – 28 de agosto de 1942 d.C + Lodève, França – 21 de julho de 2012 d.C

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