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Julieta Lima – Versos na tarde

Poema Julieta Lima ¹ Ele Agarra-me os cabelos Morde-me os braços Beija-me os dedos E não me diz nada Não me toca sequer. Mas para eu me sentir amada E me sentir mulher Bastam-me os seus olhos… Até que eu solte de mim O cio da fera Que ando a mascarar de branca asa E o arraste por fim Sem pudor sem roupa Para a minha casa! ¹ Julieta Lima * Olhão, Portugal – 1964 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Julieta Lima – Versos na tarde

Uma taça e o mar Julieta Lima ¹ Bebe comigo Omar na fina taça celebra no meu antro em meu festim a mágoa que tomou conta de mim e esta raiva de ti que não me passa Bebe comigo, Omar, assim assim e mais e mais Que a minha fronte lassa esqueça que existiu a tua raça perceba que te foste, que é o fim Bebe comigo, Omar, na taça fina Que toda a gente aqui a taça erga À nossa! À tua! À deles e à minha! Que toda a gente aqui saiba e perceba que «une flute et la mer» sou eu sozinha sem ti sem mar sem nada que se beba. ¹ Julieta Lima * Olhão, Portugal – 1964 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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