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Amparo Jimenez – Poesia – 22/04/24

Boa noite Ilusión Marina Amparo Jimenez¹ Tu lengua, pececillo inquieto en mi rostro. Tu boca, ostra que juega con mis labios. Tu piel, arena ardiente sobre mi cuerpo todo. Tu voz, canto de sirena que me llama y espera. Mi piel y mi alma responden pero tú, sirena mía, te esfumas con el sol al bajar la marea. ¹Amparo Jimenez Jornalista e poeta. * ? + Valledupar, Colombia – 11 de agosto de 1998. Assassinada quando investigava questões latifundiárias para a televisão para a qual trabalhava. 

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Transparência Internacional e o jornalismo

Pânico no “jornalismo(?) profissional(?)” com investigação da Transparência Internacional, ONG que teria levado 270 milhões de dinheiro público da Lava Jato! Quando Toffoli chegar aos Jornalistas que eram pagos pela ONG (por meio de palestras, seminários, prêmios e dinheiro) muitas máscaras vão cair. O apoio à Lava-jato não foi gratuito! O MPF da Lava jato e o juiz ganharam com palestra, a ONG com consultoria e os jornalistas com seus livros e artigos pagos… Rapaz, no final das contas esse papo de combater corrupção é tudo conversa fiada. Farinha pouca, meu pirão primeiro. Só sacanagem e nem queimam a cara. Por isso alguns jornalistas viraram advogados da ONG e atacam Toffoli e a investigação com mentiras. Tic-tac Tic-tac

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Demócrito Rocha – Poesia – 26/12/23

Boa noite O Rio Jaguaribe Demócrito Rocha¹ O Rio Jaguaribe é uma artéria aberta por onde escorre e se perde o sangue do Ceará. O mar não se tinge de vermelho porque o sangue do Ceará é azul … Todo plasma toda essa hemoglobina na sístole dos invernos vai perder-se no mar. Há milênios… desde que se rompeu a túnica das rochas na explosão dos cataclismos ou na erosão secular do calcário do gnaisse do quartzo da sílica natural … E a ruptura dos aneurismas dos açudes… Quanto tempo perdido! E o pobre doente – o Ceará – anemiado, esquelético, pedinte e desnutrido – a vasta rede capilar a queimar-se na soalheira – é o gigante com a artéria aberta resistindo e morrendo morrendo e resistindo… (Foi a espada de um Deus que te feriu a carótida a ti – Fênix do Brasil.) E o teu cérebro ainda pensa e o teu coração ainda pulsa e o teu pulmão ainda respira e o teu braço ainda constrói e o teu pé ainda emigra e ainda povoa. As células mirradas do Ceará quando o céu lhe dá a injeção de soro dos aguaceiros – as células mirradas do Ceará intumescem o protoplasma (como os seus capulhos de algodão) e nucleiam-se de verde – é a cromatina dos roçados no sertão… (Ah, se ele alcançasse um coágulo de rocha!) E o sangue a correr pela artéria do rio Jaguaribe… o sangue a correr mal que é chegado aos ventrículos das nascentes … o sangue a correr e ninguém o estanca… Homens da pátria – ouvi: – Salvai o Ceará! Quem é o presidente da República? Depressa uma pinça hemostática em Orós! Homens – o Ceará está morrendo, está esvaindo-se em sangue … Ninguém o escuta, ninguém o escuta e o gigante dobra a cabeça sobre o peito enorme, e o gigante curva os joelhos no pó da terra calcinada, e – nos últimos arrancos – vai morrendo e resistindo ¹Demócrito Rocha * Caravelas, BA – 14 de Abril de 1888 d.C + Fortaleza, CE – 29 de Novembro de 1943 d.C

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O mistério dos cinco editores chineses desaparecidos

Cinco editores de uma mesma empresa especializada na publicação de livros sobre corrupção no governo chinês estão desaparecidos misteriosamente. O último a sumir sem explicações é Lee Boo, de 65 anos, coproprietário da editora Mighty Current , sediada em Hong Kong. Ele não foi mais visto desde a virada do ano quando não voltou para casa após uma reunião. O primeiro dos editores da Mighty Current a desaparecer foi Gui Minhai, cujo ultimo contato foi feito na Tailândia, no começo de outubro. Entre novembro e dezembro de 2015, três outros funcioarios da editoria não foram mais vistos. A policia chinesa afirma que está investigando o caso mas os desaparecimentos assumem cada vez mais um viés político.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] É o que garante a reportagem “The Case of the Missing Hong Kong Book Publishers”, publicada pela revista New Yorker em 8 de janeiro e da qual publicamos os parágrafos (em inglês ) a seguir: …Although none of the booksellers have disclosed their locations, a few have been in sporadic contact with family members to communicate, in opaque terms, that they are “assisting in an investigation.” On the phone with his wife, Sophie Choi, earlier last week, Lee conveyed that he was calling from Shenzhen, specifying that he, too, was voluntarily helping with a case but, strangely, spoke in Mandarin, the standard mainland dialect, rather than his native Cantonese. Choi asked why his mainland travel permit, which he would normally have needed to visit Shenzhen, was still at home. A few days later, in a fax to a colleague and his wife, Lee wrote that he had travelled to Shenzhen “by his own methods,” and implied that he would be staying on the mainland for some time in order to aid in the investigation. That letter added that Lee “had to handle the issue concerned urgently and could not let outsiders know.” So far, these baffling correspondences have raised more questions than they have answered. What is the investigation? Are they assisting in its proceedings or detained as the target of the investigation? For the moment, Choi has dropped the missing-persons police report based on her belief in the authenticity of her husband’s handwriting, although some Hong Kong politicians have openly raised the possibility that the letter was written under duress. Gui is a Swedish national and Lee holds a British passport, and both countries have expressed deep concern about their missing citizens. Chinese officials have not publicly acknowledged their involvement in the disappearances, or in any “investigation.” After British Foreign Secretary Philip Hammond inquired about the status of the booksellers, however, Chinese Foreign Minister Wang Yi described Lee Bo as “first and foremost a Chinese citizen.” Taken together with an editorial in China’s nationalist Global Times, in which Mighty Current was accused of “profiting on political rumors,” selling books with “trumped-up content,” and making money through “disrupting mainland society,” the implication seems evident enough. To be a Chinese citizen, even one living in a semi-autonomous territory with its own set of laws, seems to mean being subject to China’s strictures and within its reach… O texto integral da reportagem pode ser lido aqui.

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Jornalistas e cozinheiros

Com a decisão do Supremo Tribunal Federal extinguindo a obrigatoriedade de diploma de curso superior para excercer a profissão de jornalismo, os defensores da reserva de mercado começam a espernear. Jornalista, assim como um chefe de cozinha ou um empresário, não precisa de certificado. O talento e a competência determinam o sucesso, independente de diploma. Os cursos lapidam esses dons. O que prevelecerá será a meritocracia, que nessa terra Brasilis de apaniguados e de nepotismos, anda relegada aos porões da história. Uma das mais respeitadas jornalista do Brasil, Barbara Gancia, aborda de forma magistral o assunto. Confira: Na quarta-feira, assim que saiu a decisão do STF tornando inconstitucional a exigência do diploma de jornalismo como condição para o exercício da profissão, recebi uma longa mensagem lamentando a determinação. Veja: “Barbara, pelo amor de Deus, somos jornalistas. Eu estudei, me dediquei, tirei notas boas, mas, acima de tudo, amo a profissão. Agora, qualquer detentor do conhecimento que saiba escrever pode exercer a profissão sem fazer curso, sem gastar o dinheirão que eu gastei.” Interrompo antes que o sangue suba-me à cabeça: como assim, “qualquer detentor do conhecimento que saiba escrever”? Será que o amigo missivista acha que a decisão do STF tornará o processo de seleção em jornais, revistas etc. menos rigoroso? A ideia não continua sendo de que jornalistas devem ser pessoas detentoras de conhecimento que saibam escrever? E a quem ele defende, aos cursos de jornalismo ou à profissão que diz amar? Ele prossegue: “Estou indignado pelo fato de distorcerem artigos da Constituição a favor do convencimento que jornalista agora nem precisa de universidade. Como não precisa? Tivemos aulas de filosofia, ética, cultura popular, sociologia, teoria da comunicação…”. Pelo visto, ficou faltando aquela aulinha básica de redação, né não? De que adianta estudar teoria da comunicação quando se acaba escrevendo uma feiúra como “a favor do convencimento que”? O colega me faz uma pergunta muito da mal formulada, mas tudo bem: “Barbara, você concorda com o STF quando ele compara a desnecessariedade do diploma com o fato de um bom chef de cozinha não precisar de certificado para cozinhar?” Eu diria que a analogia feita pelo STF não poderia ser mais acertada. Jornalismo é o tipo de profissão que pouco tem a ver com teoria. Aprende-se enfiando a mão na massa. E como no Brasil os cursos muitas vezes são caça-níqueis ou ministrados por professores que não conseguiram uma vaga na Redação de um grande jornal ou na TV, a faculdade de jornalismo resulta em uma espetacular perda de tempo. Desde sempre, vejo focas saírem da faculdade e chegarem à Redação completamente despreparados e relatando histórias de terror. Cito uma clássica. Certa vez estava parlamentando com o editor quando, vinda da faculdade, uma estagiária disse que, naquele dia na sala de aula, o professor discorrera longamente sobre as desvantagens de se trabalhar com o editor em questão e na empresa em que todos nós trabalhávamos. O editor perguntou o nome do professor. Quando a moça disse quem era, ele suspirou: “Esse eu tive que demitir por justa causa”. Voltando à mensagem do jornalista que lamenta o fim da reserva de mercado. Diz ele que: “Os invasores não vão mais enfrentar as agruras do dia a dia numa universidade. Eu me fiz em dois por conta do meu TCC. E agora, tudo isso foi em vão?” Bem, quem mandou estudar apenas para passar de ano, não é mesmo? E que medo irracional é esse de invasores, estamos falando de marcianos? Não é porque caiu a obrigatoriedade do diploma que a velha história sobre ter competência e se estabelecer deixou de vigorar. Por sorte, o trabalho do jornalista continua a ser uma vitrine em uma esquina movimentada: seu talento -ou a falta dele- será visto por todos os que passarem na frente da loja. Barbara Gancia

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Bill Vaughan – Frasário

“Agora que as mulheres são jóqueis, juízes de beisebol, cientistas atômicas e executivas, talvez elas consigam algum dia estacionar um automóvel paralelo a calçada.” Bill Vaughan¹ ¹William E. ( “Bill”) Vaughan * Missouri, EUA – 8 de Outubro de 1915 d.C + Missouri, EUA – 25 de Fevereiro de 1977 d.C Jornalista e escritor norteamericano. Nascido em Saint Louis, Missouri, escreveu uma coluna diária para o Kansas City Star a partir de 1946 até sua morte em 1977. Publicou artigos na Seleções Reader’s Digest e Better Homes e Gardens sob o pseudônimo Burton Hillis. Foi professor da Washington University em St. Louis. Seus aforismos são frequentemente recolhidos em livros e em sites da Internet.

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