John Stuart Mill – Frase do dia – 11/07/2014
“O único fim em vista do qual um poder exerce legitimamente sobre um membro de uma comunidade civilizada é o de impedi-lo de prejudicar os outros.” John Stuart Mill
“O único fim em vista do qual um poder exerce legitimamente sobre um membro de uma comunidade civilizada é o de impedi-lo de prejudicar os outros.” John Stuart Mill
08:49:26 Brasil: da série “nada está tão ruim que não possa piorar”! Tremei! Lula pressiona lideranças do PT para colocar na Presidência da amara Federal, pasmem!, José Guimarães (CE), cujo assessor foi preso com a cueca recheada de dólares. O cidadão em questão é irmão de José Genoino. 09:26:32 Nos jornais: “Mobilidade nas cidades-sede da Copa deve custar quase R$ 18 bilhões”. A mobilidade será da grana, das tetas do Estado para os bolsos dos “altamente móveis”. PS. Saem o “a nível de”, a praga do gerundismo, e entram: “sustentabilidade” ( serão andaimes? escoras diversas?) e a nova palavrinha da moda, mobilidade, para designar o velho vai-e-vem da população. 10:56:12 Legitimidade e poder “O único fim em vista do qual um poder exerce legitimamente sobre um membro de uma comunidade civilizada é o de impedi-lo de prejudicar os outros.” John Stuart Mill * Londres, Inglaterra – 18 de Maio de 1806 d.C + Londres, Inglaterra – 08 de Maio de 1863 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Até o mais crédulo e/ou ingênuo Tupiniquim sabe que tem boi na linha da economia. Em nenhum lugar do mundo um imóvel que há três anos custava R$200Mil passa a valer R$500Mil, da noite pro dia. O mais neófito economista sabe que o Banco Central tem que restringir o crédito, pois caso contrário a inadimplência será cavalar. Poupa-se a 0,5% e se toma empréstimo a 12,5%. A conta não fechará! Simples assim! A mídia divulga dados de institutos e consultorias econômicas que detectam a maior inadimplência dos últimos nove anos. Conheço galpões lotados de veículos retomados pelas financeiras por atraso de pagamento das prestações. No entanto, montadoras e revendas comemoram euforicamente o diário batimento de recordes de produção e venda. É oportuno lembrar aos “çábios” do governo que já nos idos de 1848 por John Stuart Mill ¹ no seu livro “Princípios de Economia Política” descreve – premonição? – as fases de uma bolha especulativa. Mill chama a atenção para o fato de que esses “fenômenos” estarão notadamente mais associados ao comportamento humano do que aos fundamentos macro econômicos o que inevitavelmente geraria ciclos especulativos. Bingo! O Editor ¹ John Stuart Mill (Londres, Inglaterra – 20 de Maio de 1806 d.C — Avinhão, Inglaterra – 8 de Maio de 1873 d.C) foi um filósofo e economista inglês, e um dos pensadores liberais mais influentes do século XIX. Foi um defensor do utilitarismo, a teoria ética proposta inicialmente por seu padrinho Jeremy Bentham. Especialistas internacionais alertam que o Brasil pode estar prestes a sofrer com uma bolha econômica, mas o governo prefere ignorar ou atribuir a agouro da oposição. Os pensadores das ações federais preferem o oba ao epa. O grande reclama da precariedade da infraestrutura, o pequeno chia com a burocracia e todos veem seus tributos se esvaindo no populismo cuja porta de saída é em frente ao portão de entrada do comitê dos companheiros. Para dar ideia de que as pessoas estão ficando ricas, a interjeição foi em seu bolso. Em vez de incentivá-las a investir os trocados na produção de alguma coisa, as impeliu a pegar dinheiro em banco, que colhe para a poupança a 0,5% e empresta a 11% – ao mês. A concessão abundante de crédito é a fagulha necessária para acender o cenário explosivo. Um dos principais dados da equação é o superaquecimento da economia. O respeitado jornal britânico Financial Times dedicou três reportagens ao tema nos últimos meses. A alta das commodities exportadas mantém a balança comercial em ordem e o consumismo vem estimulando as vendas internas, com acesso (financiado) a produtos de primeira linha. A onda de euforia atingiu os investidores, que vieram em peso atraídos pelos altos juros. O quadro otimista se esmaece com a informação de que o crédito representa mais de 45% da nossa economia. A enxurrada de dólares de fora elevou a taxa de câmbio, transformando o Real na moeda mais sobrevalorizada do mundo, segundo analistas ouvidos pela imprensa. Aliado a isso, a grande quantidade de dinheiro nas ruas impulsiona os preços – no mercado imobiliário, eles praticamente dobraram desde 2008. O propagado “Minha Casa, Minha Vida” dá o teto, mas tira parte do chão: a especulação leva os R$ 21 mil que o governo entrega aos adquirentes, que ainda terão de pagar o dobro pela residência. Apesar dos programas que tentam transformar cada carente em cabo eleitoral do governo, o número de necessitados não para de crescer – se os projetos fossem eficientes, estaria diminuindo. A presidente Dilma Rousseff mudou na ponta do lápis os critérios para os considerados miseráveis, aumentando para as estatísticas o valor da renda familiar e virtualmente retirando milhares de brasileiros da categoria. Remendou a bolha, mas o ar insiste em inflá-la. A legislação antiquada, a quantidade de impostos e a falta de preparo da mão-de-obra prejudicam todo tamanho de iniciativa. Vários outros países emergentes passam por processo parecido, só que neles as autoridades estão preocupadas em expandir o potencial econômico. A China cresceu 10,3% em 2010, destinando 12% dos recursos a infraestrutura, enquanto no mesmo período crescemos 7,5% e aplicamos apenas 1,5% na área. Desperdiçamos oportunidades de incrementar a rede de transporte por meio de eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos para financiar a companheirada em obras nada prioritárias e por meio de manobras como o RDC, Regime Diferenciado de Corrupção. Ainda há tempo de implodir a bolha. A melhor alternativa é adotar medidas necessárias – moralizar o crédito, desinchar a máquina, reduzir tributos, impedir a roubalheira. Para isso, é preciso realizar as reformas profundas sempre adiadas para o próximo mandato. É dever da presidente Dilma deixar de administrar para as pesquisas de popularidade e passar a trabalhar para o futuro do País. A história mostra que quando governos irresponsáveis não fazem o dever de casa a reforma é feita naturalmente pelo mercado – e sempre da maneira mais dura para a população. Demóstenes Torres é procurador de Justiça e senador (DEM/GO)/blog do Noblat