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Roberto Amaral: “Declaração de Michel Temer é golpismo explícito”

Ex-ministro de Lula e próximo da presidente Dilma Rousseff no segundo turno das eleições, Roberto Amaral faz duras críticas à condução da política econômica e do ajuste fiscal empreendido pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy. Além de apontar erros e prever que os rumos da economia “não sugerem bons ventos”, o ex-presidente do PSB afirma que a presidente não recebe apoio nem mesmo dos beneficiários do “projeto Levy”. “O governo não recebe o apoio das forças econômicas beneficiárias do ‘projeto Levy’, de uma parte, e de outra tem dificuldade de falar às grandes massas (atingidas em seus direitos pela política recessiva) — de cujo apoio nas ruas depende sua sobrevivência. Este paradoxo precisa ser vencido”, afirma Roberto Amaral, que chamou de “golpismo explícito” a declaração do vice Michel Temer de que Dilma não terminaria o mandato se continuasse com os atuais índices de popularidade. Crítico do PMDB, Amaral é cético quanto ao destino do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, denunciado ao Supremo Tribunal Federal pelo Ministério Público Federal por corrupção e lavagem de dinheiro. “A questão não é apenas jurídica. O STF é um tribunal que julga direito pelo viés da política”, diz, acrescentando ao cenário de incertezas a manipulação da opinião pública pelos meios de comunicação de massa e a blindagem que o peemedebista terá entre seus pares no Congresso para que não deixe o cargo. Um dos nomes históricos da esquerda brasileira, Amaral não poupa nem mesmo seu partido. “O PSB era um honesto partido de centro-esquerda que renunciou a ser um grande partido de esquerda. Brigou com a história. Pode ser de esquerda um partido que deseja fundir-se com o PPS?”, questiona. Segundo o ex-presidente do PSB, os erros da legenda surgiram a partir da eleição de 2014. Ele reconhece que o PSB tem uma dívida com Marina Silva, que substituiu Eduardo Campos como candidata e impediu a aliança com a direita. “Devemos-lhe alguns favores: foi sua firmeza, por exemplo, que impediu que o PSB apoiasse o Caiado (Ronaldo, DEM) em Goiás… Recusou-se na campanha, a, em São Paulo, fazer o jogo do PSDB, jogado pelo PSB”. Confira a entrevista, na íntegra: Jornal do Brasil – Qual é a opinião do senhor sobre a crise política do governo da presidente Dilma? Roberto Amaral – É muito grave, pois há uma conjunção de crise econômica e crise política, uma alimentando a outra e, de permeio, o avanço das forças conservadoras, naturalmente em conflito com todo e qualquer governo comprometido com a emergência das massas trabalhadoras. Esse conflito ideológico chega a ser mais contundente do que a crise econômica em si, posto que dela independe. Assim foi em 1954, contra as políticas nacionalistas e trabalhistas de Vargas, assim foi contra o governo popular de Jango. Em ambos os casos se arguia o combate à corrupção. A classe dominante jamais aceitou a política social de Lula; teve de conformar-se com ela em face de sua popularidade. A crise política é o calcanhar de Aquiles do governo Dilma. Jornal do Brasil – Há erros na política econômica? Roberto Amaral – Há, evidentes. São erros de concepção ideológica (a teimosia neoliberal) agravados pela sabotagem da Câmara dos Deputados, aumentando os gastos da União. De qualquer forma, a estagnação econômica, sugerindo uma recessão a médio prazo, jamais se revelou competente para sanar os problemas de caixa, nem os juros pornográficos conseguiram conter a inflação, ainda em alta. Ou seja, o ‘projeto Levy’ não sugere bons ventos. A retração tem levado ao óbvio, a saber, a queda da produção, à ausência de investimentos e ao desemprego que levam à queda da produção, da arrecadação, aumentando o déficit, ou seja, realimentando a crise econômica que agrava a crise política, da qual se aproveitam os adversários da estabilidade. Jornal do Brasil – O senhor acredita que a tese de impeachment tem fôlego para seguir adiante? Roberto Amaral – De certa forma, o sucesso ou insucesso da impatriótica, ilegal e inconstitucional ‘tese de impeachment’ está muito a depender da correlação de forças na sociedade, e isto, por seu turno está a depender do diálogo que a presidente venha a manter, ou não, com as forças populares, com o papel pessoal de Lula e com o papel das forças progressistas de um modo geral, diante da fragilidade da base parlamentar do governo e do monopólio oposicionista dos meios de comunicação de massa. O governo não recebe o apoio das forças econômicas beneficiárias do ‘projeto Levy’, de uma parte, e de outra tem dificuldade de falar às grandes massas (atingidas em seus direitos pela política recessiva) — de cujo apoio nas ruas depende sua sobrevivência. Este paradoxo precisa ser vencido. Jornal do Brasil – O senhor tem falado com a presidente? Roberto Amaral – Não. Nossa última conversa foi no curso do segundo turno. Jornal do Brasil – O senhor acredita que Eduardo Cunha cairá com as denúncias da Lava Jato? Roberto Amaral – A questão não é apenas jurídica: o desenvolvimento do processo a ser aberto pelo STF, um Tribunal que julga o direito pelo viés da política. Muito dependerá da opinião pública, de resto manipulada pelos meios de comunicação de massa. Qual será, a esse propósito, a posição de nossa imprensa? Se depender da correlação de forças internas da Câmara Federal, Eduardo Cunha está blindado. Jornal do Brasil – O que o senhor achou das declarações de Michel Temer, de que Dilma não resiste com os índices de popularidade atuais? Roberto Amaral – No mínimo preocupantes, embora não sejam surpreendentes para um observador da política. Do que li concluo tratar-se de golpismo explícito, formulado por um evidente beneficiário. Trata-se do vice-presidente da República, ex-coordenador político do governo e presidente do PMDB, que tem a metade do governo Dilma e as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a segunda bancada na Câmara e a maior bancada no Senado. Convenhamos, não é pouca coisa. Eis um indicador da falência da política nacional, que se manifesta na pobreza política e ética daqueles políticos que deveriam desempenhar

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‘TCU é playground de políticos fracassados’, diz Joaquim Barbosa

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa vê o Tribunal de Contas da União (TCU) como incapaz de produzir um julgamento que leve ao impeachment da presidente Dilma Rousseff por conta das pedaladas fiscais. Avaliação similar ele faz do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que para ele também não conduziria um processo de impedimento em razão de análise das contas da campanha de 2014. — Não acredito em um Tribunal de Contas da União como um órgão sério de um processo desencadeador de tal processo. É um órgão com as virtudes extirpadas. Afinal, é um playground de políticos fracassados que, sem perspectiva em se eleger, querem uma boquinha. O TCU não tem estatura institucional para conduzir algo de tamanha gravidade — disse durante o 7º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. Para Barbosa, um processo de impeachment só deve ocorrer quando há uma prova clara que envolva diretamente a presidente, uma vez que é um processo que pode deixar uma série de marcas institucionais. — Impeachment é uma coisa muito séria que, se levada a cabo, a gente sabe como começa, mas não sabe como termina. É um abalo sísmico nas instituições. Tem que ser algo muito bem baseado, tem que ser uma prova cabal, chocante, envolvendo diretamente o presidente. Sem isso, sairemos perdendo. As instituições sairão quebradas — avaliou.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Questionado se o TSE seria capaz de pedir o impeachment da presidente Dilma, Barbosa afirmou que a estrutura desse tribunal não permite isso, já que cerca de um terço de seus integrantes são advogados com mandato fixo e que não se desvinculam de suas atividades cotidianas. Para ele, isso é um “elemento fragilizador” e faz com que o TSE não tenha a capacidade de tirar um presidente do cargo. Caso se tenha essa prova, ele vê o STF como um tribunal com força e estrutura para conduzir um processo de impedimento. OPERAÇÃO LAVA-JATO Em sua palestra, Barbosa lembrou que os procuradores que estão conduzindo a Operação Lava-Jato estão munidos por uma série de dados, informações e profissionais especializados que contribuem para que o processo de investigação avance. Para ele, não há risco das investigações serem suspensas devido a essa estrutura do Ministério Público. O ministro aposentado do STF lembrou que, quando conduziu o julgamento do mensalão, o acesso as informações não era tão simples, mas que ajudou a dar início à Lava-Jato, uma vez que também era baseado em um sistema de doações ilegais. — O partido chama de doação legal um mecanismo de lavagem de dinheiro da corrupção. Eles promoveram os desvios e uma forma de lavar e joga esse dinheiro no circuito e fazer chegar ao caixa dos partidos políticos sob a forma de doações. Isso é um absurdo e tem que acabar — afirmou. Barbosa defendeu ainda o fim do financiamento de empresas a campanhas e partidos políticos. Para ele, essa relação é danosa ao país e à sociedade. PUBLICIDADE — A alavancagem da economia pelo capitalismo do estado agrava esse modelo. Incentivadas pelo Estado, as empresas são convidadas a se aproximar do governo da situação em busca de privilégios. A tudo isso se soma um combustível explosivo, que é o sistema partidário brasileiro e seu financiamento. Eu sou contra o atual regime de financiamento privado da vida política porque, no fundo, elas fomentam essas relações profanas de conveniência — afirmou. O ex-presidente do STF foi fortemente aplaudido pela plateia presente a sua apresentação, composta por cerca de 800 pessoas do mercado financeiro. Essa mesma plateia também estava curiosa em saber se ele tinha a intenção de se candidatar à Presidência da República no futuro. — Olhem para o meu jeito, minha transparência e franqueza. Eu seria massacrado se entrasse na briga pela Presidência da República, especialmente pelos políticos, que não gostam de outsiders. Não vale a pena — afirmou. POR ANA PAULA RIBEIRO *A repórter viajou a convite da BM&FBovespa.

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Surge na Câmara embrião de grupo suprapartidário pelo impeachment

Dois dias depois de Aécio Neves ter cancelado a reunião em que discutiria o impeachment com líderes da oposição, surgiu na Câmara o embrião de um movimento suprapartidário pelo afastamento de Dilma Rousseff. Num jantar iniciado na noite de quarta-feira e esticado até a madrugada de quinta, 24 deputados de partidos oposicionistas e governistas unificaram-se em torno de um objetivo: transformar em energia o vapor que vem das ruas e que leva 66% dos entrevistados do Datafolha a informarem que desejam ver a presidente pelas costas. O jantar que teve Dilma como prato principal ocorreu na casa do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI). Dele participaram inclusive quatro personagens que estariam na reunião cancelada por Aécio: Roberto Freire, presidente do PPS, e os líderes Mendonça Filho (DEM), Rubens Bueno (PPS) e Bruno Araújo (PSDB).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A diferença é que foram ao repasto como convidados, não como organizadores. Dessa vez, a iniciativa veio de baixo. Coube a um deputado do PMDB, o baiano Lúcio Vieira Lima arrebanhar o grupo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Além de Lúcio, foram à mesa outros quatro colegas de partido do vice-presidente Michel Temer: os peemedebistas Jarbas Vasconcelos (PE), Osmar Terra (RS), Darcísio Perondi (RS) e Lelo Coimbra (ES). Jarbas sugeriu que o grupo se aproxime de Temer, que, na hipotética possibilidade de Dilma renunciar ou sofrer impeachment, herdaria o cargo de presidente. O grupo aprovou os últimos movimentos do vice-presidente, que se afastou do varejo da articulação política do Planalto. Ouviram-se durante o jantar cobranças dirigidas ao tucanato. Avaliou-se que, além do PMDB, hoje o fiel da balança do impeachment, também o PSDB, maior partido da oposição, precisa adotar uma posição uniforme sobre qual a melhor saída para a crise. Havia dois tucanos na sala: Bruno Araújo (PE), que responde pela liderança da oposição na Câmara, e Pedro Cunha Lima (PB), filho do líder do partido no Senado, Cássio Cunha Lima. Coube a Bruno informar que o alto tucanato está muito próximo de fechar uma posição favorável ao impeachment. A um quê de exagero nesse vaticínio. Conforme já noticiado aqui, o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, posiciona-se em privado contra o afastamento de Dilma. Ele prefere que a presidente agonize na cadeira até 2018, quando estará livre do governo paulista, em plenas condições de entrar no jogo da sucessão presidencial. Enquanto o tucanato hesita, deputados filiados a partidos do campo governista começam a se posicionar. Além dos correligionários de Temer, estiveram no jantar do impeachment Benito Gama (PTB-BA); e Cristiane Brasil (RJ), presidente do PTB federal e filha do deputado cassado Roberto Jefferson. É certo que grandes movimentos políticos começam de mansinho. Mas a infantaria anti-Dilma está muito longe de obter a quantidade mínima de votos de que necessita. Num colegiado de 513 deputados, são necessários pelo menos 342 votos para aprovar a abertura de um processo de afastamento da presidente. Para consumar o impeachment no Senado, teriam de virar a cara para Dilma 54 dos 81 senadores. Afora os votos, falta um motivo. Não há nenhum delator da Lava Jato acusando Dilma de ter embolsado verbas sujas do petrolão. Por ora, chegou-se apenas às arcas do PT e à caixa registradora da campanha de Dilma. Mas o TSE ainda não deu um veredicto sobre as propinas “lavadas” pelo PT na Justiça Eleitoral. Há, de resto, as chamadas “pedaladas fiscais”. Mas tampouco o TCU emitiu o parecer final a ser remetido ao Congresso. À espera da evolução da conjuntura, o grupo planeja manter a “pressão” sobre Dilma. Um dos participantes do jantar conta que Jarbas Vasconcelos disse que o ideal seria que Dilma renunciasse. É difícil, mas, em política, nada é impossível, declarou Jarbas. O país está muito próximo do fundo do poço, mas ainda não chegamos lá, ele acrescentou. Blog Josias de Souza

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Quais são os obstáculos para Dilma no TSE?

A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votou na noite desta terça-feira pela reabertura de uma ação proposta pela oposição que pede a cassação dos mandatos da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice, Michel Temer (PMDB). Ministros do Tribunal Superior Eleitoral durante sessão nesta terça-feira que decidiu pela reabertura de ação contra a presidente Dilma e o vice Temer. Image copyright ASICS TSE Na ação, o PSDB acusa Dilma de praticar abuso de poder político, econômico e fraude na campanha de 2014. Entre as 11 supostas irregularidades apontadas, cita financiamento eleitoral por empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato e desvio de finalidade na convocação de rede nacional de TV. Leia mais: ‘Dilma pode sobreviver à turbulência?’, questiona jornal britânico O processo em curso chama-se Aime (Ação de Impugnação de Mandato Eleitoral) 761 – um instrumento jurídico previsto na Constituição para cassação de mandato obtido por meio de abuso de poder econômico, corrupção ou fraude.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em fevereiro, a ministra do TSE Maria Thereza de Assis Moura havia negado a continuidade da ação, apontando indícios insuficientes, mas a decisão foi revertida em Plenário – quatro dos sete ministros já se manifestaram nesse sentido. Na mesma sessão, marcada por momentos de tensão entre os ministros, Luiz Fux propôs a unificação de todas as ações contra a campanha do PT, mas nada ficou decidido. O julgamento foi suspenso após um pedido de vista da ministra Luciana Lóssio e não tem data para ser retomado. O PT nega irregularidades e diz que as contas de campanha de Dilma foram aprovadas pelo próprio TSE. Esse, contudo, é apenas um entre cinco processos que podem culminar, em caso de condenação, na cassação da chapa presidencial. Entenda as outras quatro ações: Suposto uso da máquina pública (Aije 154781) A Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) 154781 tramita no TSE desde outubro de 2014, e foi proposta pela coligação do PSDB ainda durante a campanha. Esse tipo de ação visa impedir e apurar atos que possam afetar a igualdade dos candidatos em uma eleição. O ministro do TSE Gilmar Mendes pediu novas investigações sobre as contas da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Image copyright TSE Se julgada antes do pleito, pode resultar na cassação do candidato acusado de irregularidades. Caso a ação seja julgada procedente após a eleição, o processo segue para o Ministério Público para eventual proposição de ação de impugnação de mandato. O processo em questão está atualmente com o corregedor-geral eleitoral do TSE, ministro João Otávio de Noronha. Testemunhas apontadas pelo PSDB já foram ouvidas na ação. Os tucanos apontam supostos episódios de uso da máquina pelo governo na campanha de Dilma, como participação indevida de ministros, envio de 4,8 milhões de folders pró-Dilma pelos Correios e dificuldades para distribuição de material de campanha de Aécio Neves em Minas Gerais. Propaganda institucional e poder econômico (Aije 194358) A Aije 194358 foi proposta pelo PSDB em dezembro de 2014, após as eleições. Também acusa supostas irregularidades na campanha petista, como “veiculação de propaganda institucional em período vedado” e “ocultação de dados econômicos e sociais negativos” por órgãos públicos federais como Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A representação também cita a operação Lava Jato e a possibilidade de recebimento de doações de empreiteiras envolvidas em desvios de recursos da Petrobras, o que caracterizaria abuso de poder econômico. Foi nesse processo que o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, um dos delatores da Lava Jato, foi convocado a depor. Ele seria ouvido no último dia 14 de julho, mas o depoimento foi suspenso para aguardar autorização do ministro Teori Zavaski, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal). O ministro João Otávio de Noronha também é relator dessa ação, que tramita sob segredo de Justiça e está mais avançada. O PSDB pede que Aécio, segundo colocado na disputa, seja diplomado e assuma o cargo. Mas entendimento consolidado no TSE indica que cassação de registro nos dois primeiros anos de mandato exige realização de novo pleito. Contas de campanha (PC 97613) A PC (Prestação de Contas) da campanha de Dilma foi aprovada com ressalvas pelo TSE em dezembro de 2014, mas na última sexta-feira o ministro do TSE Gilmar Mendes apontou a existência de “vários indicativos” de que a campanha à reeleição de Dilma e o PT tenham sido beneficiados por propina desviada da Petrobras. Mendes, que é o relator do processo, pediu novas diligências, citando dados das investigações da Lava Jato e doações registradas na Justiça Eleitoral. Uma eventual rejeição das contas pode levar à abertura de procedimento de cassação do diploma da presidente e do vice, além da aplicação de multa e suspensão de verbas do fundo partidário para as siglas da coligação. Ministra Maria Thereza de Assis Moura durante sessão plenária do TSE nesta terça; ministra havia negado andamento de ação contra Dilma que agora seguirá tramitando. Image copyright TSE Despesas de campanha (RP 846) A RP (representação) 846 foi proposta pelo PSDB em janeiro deste ano. Aponta problemas nas contas da campanha à reeleição de Dilma, como despesas acima do limite legal, financiamento irregular e “falta de comprovantes idôneos de significativa parcela das despesas efetuadas na campanha dos requeridos”. O relator da ação, que aguarda parecer da Procuradoria Geral Eleitoral, é o ministro Luiz Fux. BBC

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Oposição puxa o freio de mão do impeachment

Como sempre escrevo: tudo junto e misturado, ou como diz uma música que não lembro o nome: “…é por debaixo dos panos…” Essa é a eficientíssima oposição brasileira. É de chorar. Só pensam neles mesmo. A população que se exploda e aguente a roubalheira indefinidamente. No capitalismo, tem sempre alguém vendendo alguma coisa. Inclusive a honra. Foi cancelada a reunião que o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, pretendia realizar nesta terça-feira (25) com lideranças tucanas e dos demais partidos de oposição —DEM, PPS, Solidariedade e PSC. Marcado na semana passada, nas pegadas do asfaltaço de 16 de agosto, o encontro contaria com a presença do jurista Miguel Reale Júnior. Nele, os oposicionistas esboçariam uma estratégia para tentar chegar ao afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República. Os parceiros do PSDB se deram conta se que as grandes iniciativas tucanas devem ser tratadas descontando-se a taxa de divisão do ninho. No debate sobre o impeachment, o alto tucanato voltou a ser um grupo de amigos integralmente feito de inimigos. Diante da falta de entendimento entre Aécio, Geraldo Alckmin e José Serra preferiu-se puxar o freio de mão. Enquanto a oposição aguarda por um fato relevante que a unifique, o pedaço do PMDB que se dispõe a compor uma frente suprapartidária pelo afastamento de Dilma começa a desligar Aécio da tomada. Em combinação com parlamentares de outros partidos, peemedebistas articulam para a noite de quarta-feira um encontro de deputados que namoram com a ideia de ver Dilma pela costas. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Dilma cai ou não cai já torrou o saco. Jarbas Vasconcelos na Globonews

Este assunto quanto a Dilma continuar ou não no cargo começa a cansar pois não parece ter fim nunca. No último texto já fugimos deste tema e partirmos para pedir uma Assembléia Nacional Constituinte Soberana e Independente, aqui na Tribuna de Imprensa, devido o povo ter se cansado do regime atual podre e falido ou no final da linha, dos últimos trinta anos dos políticos e partidos corruptos e vigaristas e pilantras, calhordas. Temos que tocar a bola para frente e não ficar focado nisto, dar a volta por cima. Nos distanciar ou ficarmos imunes. Afinal se o barco da Dilma afundar não vamos afundar juntos com ela….Nem morto. No entanto quanto a continuidade ou não da Dilma vemos duas frentes: Se analisarmos as reações do mercado, dos empresários, bancos, da imprensa dos EUA e Inglaterra, enfim os que tem bom senso, juízo, razão, etc., parece claro que não haveria mais golpe algum e a Dilma cumpriria o seu mandato tranquilamente até o final. Afinal realmente se a Dilma é medíocre e burocrata e incompetente nada parece melhorar com o governo entregue aos piratas deste Congresso e pode piorar ainda mais a crise geral ou até explodir de forma a provocar uma intervenção militar. E pode ser que os que alimentam o golpe no fundo apostem em nova intervenção militar…[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Mas não são estes agentes quem irão influir ou votar na derrubada, enfim não é o mundo real ou o mercado ou a sociedade que influiria ou não no golpe, e sim praticamente somente este Congresso da pior qualidade que já tivemos. Achei bem oportuno ter assistido entrevista na Globonews no programa Diálogos com Mario Sergio Conti com o deputado federal Jarbas Vasconselos do PMDB para sentir a temperatura por dentro. Ele reafirma a necessidade da deposição ou renuncia da Dilma mas também quer o afastamento do Cunha. Parece que até o lado sério do PMDB não aguenta mais a Dilma, Lula e o PT. Ele admitiu que o Tribunal de Contas virou instrumento político e que o PMDB controla o mesmo…achei incoerente isto. Significa então dizer que o Tribunal de Contas articulado com o PMDB vai dar um jeito de reprovar as contas para derrubar ela, algo que nunca fez com os presidentes anteriores… O Jarbas é dos poucos nomes que ainda são respeitados neste meio, e cotado inclusive para substituir Cunha. Ficou claro inclusive que a derrubada do Cunha é questão vital para dar credibilidade a deposição da Dilma em seguida. Infelizmente o senador Pedron Simon não aguentou mais este meio e aposentou. Tem ainda o senador Cristovão Buarque que pouco tem aparecido nas mídias nacionais. Teria ainda o Miro Teixeira? Pouco sei dele aqui de SP. O Roberto Requião também inspira respeito. E fora deste circo do Congresso o Ciro Gomes parece transpirar sangue novo e verdade sempre e porreta para enfrentar cobras e lagartos. Ele, Jarbas, admite que o instrumento incluído na constituição congressual golpista atual permitindo que os legislativos possam fatiar, queimar ou derrubar executivos eleitos pelo povo, além de violar a interdependência entre os três poderes da república, o Executivo, Legislativo e Judiciário, possa ser usado de forma indevida depois da derrubada de Dilma para derrubarem prefeitos e governadores ao sabor dos ventos políticos… Oras isto já aconteceu e acontece faz tempo….Qualquer executivo se não abrir os cofres para o legislativo acaba isolado ou fatiado ou queimado e derrubado…Os executivos que não foram derrubados até agora são porque abriram as pernas para os legislativos razão da enorme corrupção até agora para todo lado. Então após a derrubada de Dilma a farra ou zona ou moda vai crescer ainda mais com os legislativos dando golpes e afastando executivos eleitos pelo povo. Tudo tem sido um puro faroeste faz tempo. Infelizmente depois da morte do Brizola, o último líder com visão de estadista, somente restaram quase que somente ratos de esgoto, escrotos, calhordas, vigaristas, safados ou pilantras, meliantes, piratas ou salteadores dos cofres públicos. JOÃO LUIZ GARRUCINO/Tribuna da Imprensa

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Protestos: ‘Por que minha opinião política mudou’

Manifestantes no Brasil e no exterior vão se reunir neste domingo para protestar contra o governo Dilma Rousseff e pedir o impeachment da presidente. Protestos do primeiro semestre têm novas adesões, mas também desistentes Além de pessoas que já haviam ido às ruas contra o governo nos protestos do primeiro semestre de 2015, a manifestação deve reunir alguns eleitores do PT, descontentes com o segundo mandato de Dilma. Mas há também quem tenha se desiludido com o rumo dos protestos e desistido de voltar às ruas.   A BBC Brasil conversou com essas pessoas para saber o que motivou a mudança de opinião: ‘Queria oposição que não fosse focada só em tirar Dilma do poder’ – Ednílson Souza, 39, técnico de enfermagem paulista Ednílson Souza participou do protesto de março (acima) na Paulista, mas desistiu por discordar do impeachment e da oposição “Participei do primeiro protesto (antigoverno), em 15 de março, e logo começaram os panelaços. Continuo insatisfeito com o governo. Não gosto do PT atual. Mas não vou ao protesto de domingo. Sou mais ligado à esquerda do que à direita, reconheço que o Lula fez um bom governo, com programas sociais, e acho que o FHC também não foi ruim.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Mas este governo atual está muito ruim, e não concordo com as suas alianças políticas. O problema nem é tanto a corrupção, que sempre teve, mas até agora não se prejudicava tanto o povo. Mas a (presidente) Dilma mentiu demais, está fazendo tudo diferente do que ela disse (em campanha). Como um governo que se diz do povo corta direitos trabalhistas assim? Só que acho que a oposição não está preocupada com o povo. Ninguém foi com o povo gritar nas ruas. Não gosto do (deputado Jair) Bolsonaro, ele é de direita, mas pelo menos ele deu a cara a tapa e foi aos protestos. Queria uma oposição que não fosse focada apenas em tirar a Dilma do poder. Votei em Marina Silva no primeiro turno e em Aécio Neves no segundo, mas mais por insatisfação, não foi um voto de apoio. O PSDB parece que só quer diminuir o governo para entrar, e não para melhorar o país. Também acho que o impeachment do jeito que alguns querem parece meio golpe, uma atitude oportunista. É melhor passar quatro anos (de governo) e então votar com mais consciência. E essa polarização atual também incomoda, como se (a política) se reduzisse a PSDB contra PT. Parece uma guerrinha de Corinthians x Palmeiras, em que um (eleitor) tem que ganhar do outro e defender seu candidato. Temos que tirar esse negócio de partidos da cabeça, porque somos manipulados por todos. Naquele protesto de março, eu vi as pessoas (manifestantes) meio que se divertindo, tirando fotos com a polícia, tomando sorvete. Como se fosse uma reunião de amigos. Lembro das manifestações dos caras pintadas contra o Collor… Protesto tem que ter indignação – não violência –, e não vi isso naquele dia. Muitos dos meus amigos também desanimaram de protestar. Naquele dia que fui (à manifestação de março), dois amigos do trabalho também foram. Eles nem comentam mais sobre política, antes falávamos sobre isso todos os dias. Mas não porque mudamos de ideia em relação ao governo. Não sei exatamente o que eles pensam. Da minha parte é apenas porque não concordo com a forma como está sendo feito. A oposição não passa credibilidade alguma.” ‘Não tenho como levantar a bandeira de um governo que é um desgoverno’ – Fernando Falcão, 26, auxiliar de escritório acreano Fernando foi eleitor do PT, até outubro de 2014, mas, em 2015, passou a protestar contra o governo; Na foto, aparece em manifestação ‘S.O.S TCU’ “Eu votei no PT em grande parte da minha vida enquanto eleitor, mas infelizmente a gente começa a enxergar que o que o PT faz não é governar e, sim, chantagear emocionalmente o querer do povo. Votei em Lula e também duas vezes na Dilma. No Acre, eu era presidente da juventude no PSDC (Partido Social Democrata Cristão), que é oposição no Brasil, mas lá é aliado ao PT. E aí eu consegui ver de verdade que eles podem, sim, ser chamados de ‘quadrilha’, por causa das manobras. Quando a gente não vai ao encontro das expectativas e vontades do PT, a gente passa de amigo a inimigo do partido. Eu me sinto perseguido pelo PT no Acre e, por causa disso, tive que levantar a bandeira do ‘Fora Dilma’ e do ‘Fora PT’. Não tenho por que ser vítima, tenho que ser guerreiro nessa luta. Meu partido tinha duas cadeiras na Assembleia Legislativa e a gente queria mais espaço dentro do governo. No entanto, ouvimos um não. Eu comecei um embate sobre isso até que o presidente regional disse que teria que fechar as portas para mim dentro do partido, porque eu estava falando demais e me impondo demais. Isso aconteceu um pouco antes das eleições de 2014. Ainda assim votei em Dilma, porque quando a gente se dedica um pouco mais a essas frentes de liderança política, a gente passa a viver disso. Então eu era pago para defender a causa também. Eu nunca me julguei ‘de esquerda’. Eu defendia as ideias do meu partido. O PT só entrava nisso para eu vender o peixe do meu partido e nos aliarmos a ele. Eu nunca defendi a ‘mancha vermelha’. Eu também sempre votei no PT porque, infelizmente, no Acre a gente só tem duas opções e a outra opção, o PSDB, nunca teve, a meu ver, um projeto bom para o Estado. Depois da eleição eu me afastei do meu partido e comecei a me dedicar a novas idéias. Quando vim para São Paulo, em fevereiro, e comecei a ter uma visão de como as coisas andam no Brasil. Não tenho mais como levantar a bandeira de um governo que, na verdade, é um desgoverno. Aqui eu comecei a acompanhar o Movimento Brasil Livre e fui convidado a participar das manifestações com

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Protestos do dia 16 vão poupar Cunha e focar em impeachment, dizem lideranças

Os três principais movimentos que lideram os protestos anticorrupção – Movimento Brasil Livre (MBL), Revoltados Online e Vem Pra Rua – não se deixam distrair pelo risco de serem criticados por uma suposta “indignação seletiva”. O objetivo das manifestações convocadas para este domingo será essencialmente um: derrubar a presidente Dilma Rousseff . Apesar de suspeita de envolvimento em corrupção, Cunha é tido como aliado por líderes de movimentos anti-PT Nem mesmo os recentes relatos de delatores do esquema de corrupção da Petrobras de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, teria recebido US$ 5 milhões (R$ 17,5 milhões) de propina, fazem os líderes dos protestos titubearem. O peemedebista é visto como um aliado na implementação de um processo de impeachment e por isso deve ser poupado no dia 16. É Cunha quem tem o poder de decidir pôr em votação na Câmara um pedido de impeachment da presidente.   “O que nós concordamos com o Vem para Rua e o Revoltados Online é que o mote geral da manifestação deve ser realmente o ‘Fora Dilma’”, afirmou à BBC Brasil Fábio Ostermann, um dos líderes do MBL.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Para Ostermann, “misturar as pautas” interessa ao PT, que tenta transformar Cunha num “bode expiatório”. “Claramente, não está funcionando. É importante ter senso de prioridade nesse momento. Se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tiver suas contas a acertar com a Justiça e com a população, isso vai se dar na hora certa. Certamente não é o dia 16 de agosto”, acrescentou. Ostermann, do MBL, acusa Aécio Neves de ser “oportunista” O líder do Revoltados Online, Marcello Reis, vai na mesma linha. Ele diz que nenhum político corrupto será poupado pelo movimento, mas que no momento o foco é no governo federal.”Não queremos passar o vagão na frente da locomotiva. Então, todas as conversas que tivemos com Cunha sempre foram pela apresentação do impeachment (de Dilma).” “É um protesto específico pela saída da presidente, seja (por meio de) impeachment, cassação ou renúncia”, disse, resumindo o objetivo do dia 16. Rogério Chequer, do Vem pra Rua, afirma que as manifestações se concentram no impeachment e no fim da corrupção, mas que devem atingir com mais força os petistas. “Eu acho que as críticas vão ser maiores na relação com os fatos que têm sido revelados e comprovados. O PT já foi condenado por caso de 2005 (Mensalão).” Apesar da oposição declarada ao governo Dilma, Cunha tem declarado publicamente que não vê base jurídica para o impeachment, até mesmo se o Tribunal de Contas da União recomendar a rejeição das contas federais de 2014. Isso porque agora trata-se de um novo mandato da presidente. Os movimentos contam com as mobilizações de domingo para mudar esse quadro. “Acredito que o dia 16 vai mudar o quadro político. Se for maior que os protestos de março, político tem medo do povo. Com certeza na semana seguinte teremos novidade, ou o Cunha vai votar o impeachment ou a Dilma vai baixar a crista e renunciar”, defende Reis. E o depois? Apesar do objetivo comum de derrubar a presidente, as principais lideranças do movimento não têm consenso sobre qual o caminho a seguir depois disso. Reis, do Revoltados Online, diz que, caso o vice-presidente, Michel Temer, assuma no lugar de Dilma Rousseff, o movimento também pedirá também seu impeachment. “Acredito que Temer seja cúmplice de todos os roubos do PT. O PMDB não está livre da culpa, não. Caso venha uma estratégia de sair Dilma Rousseff e entrar Temer, nós também vamos pleitear a saída do Temer”, disse. Já Ostermann, do MBL, e Chequer, do Vem Pra Rua, dizem que Temer seria a saída “constitucional”. Eles não apostam no caminho de uma cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), porque o julgamento das contas da campanha eleitoral da chapa petista tende a ser um processo longo, dada a possibilidade de recursos que o direito à defesa garante. Se a chapa fosse cassada com menos de dois anos de mandato, novas eleições seriam convocadas. Esse é o cenário preferido do senador tucano, Aécio Neves, que acredita que ganharia um novo pleito, após ter sido derrotado na eleição de 2014. “Nós temos que ir para a solução constitucional. Não acho que é questão de apoiar o Temer ou não”, diz Chequer, do Vem Pra Rua “Nós temos que ir para a solução constitucional. Não acho que é questão de apoiar o Temer ou não, é o que temos para hoje, por causa da Constituição. Nós vamos respeitá-la. O que o Temer vai fazer, eu não sei. A gente vai ver o que ele vai fazer”, disse Chequer. “Você vai me perguntar: você gosta do Temer, apoia o Temer? Claro que não. Até porque quem elegeu o Temer vice foram as mesmas pessoas que elegeram a Dilma. Mas nós temos o procedimento constitucional que precisa ser respeitado”, afirma Ostermann, para quem Aécio está sendo “oportunista”. Apesar de não declararem apoio à estratégia do presidente do PSDB, os líderes dos movimentos veem com bons olhos o apoio do partido às manifestações. A legenda está usando as inserções a que tem direito na rede aberta de TV para convocar a população para o protesto do dia 16 – mas sem fazer referência aos pedidos de impeachment. As lideranças tucanas estão divididas sobre a questão, e por isso o partido não se manifestou oficialmente a favor da medida. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo Geraldo Alckmin são contra. Alckmin está mais interessado em disputar as eleições para presidente de 2018 contra o PT. Já Serra, embora não tenha se posicionado publicamente, estaria articulando assumir como ministro na Fazenda num eventual governo Temer. As lideranças do PSDB na Câmara e no Senado, o deputado Carlos Sampaio e o senador Cássio Cunha Lima, têm se manifestado abertamente pela saída da presidente. Ambos são alinhados com Aécio. “Amigos, dia 16 de agosto, vamos voltar às ruas de todo o país não mais para protestar e exigir

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“Somos contra o impeachment e o consideramos um golpe”, diz líder do PDT na Câmara

Na última semana, partido deixou oficialmente a base do governo. Ainda assim, seu líder na Câmara, André Figueiredo (CE), afirma que o PDT não apoiará um eventual processo de impeachment contra Dilma Rousseff: “Achamos que é um golpe branco, somos totalmente contrários. O trabalhismo já foi vítima de movimentos semelhantes” Na última semana, PTB e PDT abandonaram oficialmente a base de apoio do governo. O caso mais emblemático é o da segunda legenda, que Dilma Rousseff ajudou a fundar e a qual foi filiada por duas décadas antes de migrar para o PT, em 2000. Apesar de formalmente não votar mais junto ao Palácio do Planalto, o partido, na figura de André Figueiredo (CE), seu líder na Câmara, declara-se contra o impeachment. “Achamos que é um golpe branco, somos totalmente contrários”, afirmou o deputado em entrevista à BBC Brasil.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Segundo Figueiredo, a decisão do PDT não pode ser encarada como um ato de “abandono” à presidenta. “Não estamos abandonando a Dilma, de forma alguma. Estamos migrando, dentro do Parlamento, para uma posição de independência, que pode inclusive ser mais benéfica. Às vezes uma base subserviente nem sempre é interessante para que o governo, digamos assim, aprume o seu rumo. Estivemos com a presidente no jantar da última segunda [dia 3]. Ela estava extremamente serena e confiante de que vai superar essa crise”, relatou. O parlamentar explica que sua sigla deixou a base por insatisfações com o ajuste fiscal levado a cabo pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e pela postura de líderes do governo, que a teriam acusado diversas vezes de “infidelidade”. “Saímos da base por estarmos constantemente sendo desrespeitados. Mas não significa que estamos indo para a oposição. Não fazemos parte, principalmente, de setores da oposição que consideramos golpistas, que querem realmente desestabilizar o governo”, ponderou. Figueiredo foi categórico em relação às tentativas de setores da oposição de deporem Dilma. “Achamos que é um golpe branco, somos totalmente contrários. O trabalhismo já foi vítima de movimentos semelhantes. A presidente não tem nada que a incrimine, nada que possa ser imputado como crime de responsabilidade. Podem haver críticas políticas, que são legítimas. Mas impeachment consideramos um golpe, esperamos que o Brasil não avance para esse rumo. Seria muito ruim para a democracia”, argumentou. “Nós seremos contra o impeachment e denunciaremos isso em todos os momentos.”

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Absurdo: Presidente da CUT fala pegar em armas. E continua solto!

Isso é abertamente um chamado para a guerra civil. E no Palácio do Planalto, na presença da Presidente da República, que se manteve silente, e quando interviu usou luvas de pelica. Parece que os fanáticos – e o são muitos de ambos os loados da insanidade, mas quero me ater a esse fato específico – estão navegando sem ventos contrários. Ao contrário; seus “Incitatus” quadrupedes ideológicos galopam livres leves e soltos, sem brida e sem arreios, nas campinas da impunidade. Se esse irresponsável dirigente da CUT – não darei o nome para não fornecer palanque para o idiota – acha que o que expele sua caixa craniana infestada de “Entamoeba histolytica” irá intimidar alguém para não ir participar das manifestações de domingo, enganou-se. Esse tipo de dialética somente municia a já aguerrida massa dos que desejam protestar no próximo domingo. Há ódio de ambos os lados, é claro. Grupos, melhor dizendo, mentecaptos, ou em Cearencês, um “magote” de ruminantes de ambos os lados que instrumentalizam o ódio dos outros como arma política. E é aí que aparecem políticos, e protótipos de políticos – em Fortaleza a manifestação é organizada por um pretenso aspirante a cargo eletivo, e ainda conta com a presença nefasta do deputado homofóbico (aquela “doçura” de ser humano, que afirmou preferir ver um filho morto em um acidente, do que o ver de mão dadas com um “bigodudo”. Mas isso é debate Freudiano para outra ocasião) – para aproveitarem a ribalta da massa insatisfeita com o governo. Elite e anti-elite estão servindo de trampolim para esses grupos politiqueiros disfarçados de movimentos sociais, ou de bastiões da democracia. São ambos ainda mais catequizados e menos idealistas do que o “lumpenproletariat” que verbalizava Marx. Quem toma a parte pelo todo… Quem generaliza… Quem não vê distinções… Não faz análise nenhuma. Precisam todos – situação e oposição – deixarem a caverna de Platão para se civilizarem e aceitarem a divergência sem precisar desejar imolações pirotécnicas qual Torquemadas neo-medievais. Eu escuto, não discuto, apenas dou risada. Ps. Só existem duas trilhas, loucura ou hipocrisia, não consigo ver ninguém como inimigo ainda, pois não encontrei alguém importante o suficiente para isso. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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