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Tóquio e Home Office

Tóquio tenta pôr cidade inteira de “home office” Na metrópole japonesa, 25 de julho passou a ser o dia do trabalho a distância: uma vez por ano, moradores são incentivados a fazer suas funções a partir de casa ou qualquer outro lugar, desde que não seja o escritório.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Trabalhadores japoneses fazem pausa para almoço em Tóquio O dia 25 de julho ganhou um novo significado para os moradores da região metropolitana de Tóquio: trabalhar em casa – ou no lugar que se queira, desde que não seja o escritório. A campanha iniciada nesta segunda-feira (25/07) é um teste para os Jogos Olímpicos de 2020 e deve acontecer todos os anos, na mesma data, até o evento começar. As autoridades esperam que a medida reduza os congestionamentos e desafogue o transporte público. A região metropolitana de Tóquio é lar de 30 milhões de pessoas. Conhecida por seus trens e metrôs lotados durante os horários de pico, ela enfrenta um problema sério para reduzir o fluxo e acomodar turistas para o evento. “Durante as Olimpíadas de Tóquio, nós esperamos congestionamentos, principalmente na cerimônia de abertura”, diz o Ministro do Interior, Sanae Takaichi. A ideia era que o máximo possível de trabalhadores fizesse “home office”, mas logicamente muitas funções são impossíveis de serem feitas a distância. De acordo com o Ministério do Interior, cerca de 60 mil trabalhadores entre as mais de 900 empresas, organizações e órgãos públicos participaram da ação. A ideia de trabalho remoto surgiu com práticas adotadas durante os Jogos de Londres em 2012. O plano também faz parte dos esforços do premiê Shinzo Abe para repensar  o modo de vida dos chamados “workaholics” – pessoas que passam longas horas nos escritórios e pouco tempo com suas famílias. O trabalho remoto pode ser uma maneira de reformar as práticas trabalhistas no país, consideradas ultrapassadas por alguns japoneses. Em alguns casos, a cultura do mercado de trabalho japonês pode ter consequências graves e não é raro que trabalhadores cometam suicídio ou sofram um ataque cardíaco devido às longas jornadas de trabalho. “Nós estamos fazendo isso para as Olimpíadas, mas no futuro queremos ter condições mais humanas para os trabalhadores”, disse Hiroshi Ohnishi, funcionário do ministério da Economia, Comércio e Indústria, órgão responsável pelo Dia do Teletrabalho. TTC/afp/rtr

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Home Office – Trabalhar em casa, tendência?

Onde você quer trabalhar?Há mais ou menos 10 anos atrás, fazer de um ambiente da sua casa seu escritório, ter mais tempo para a família e deixar de lado problemas como o trânsito era um sonho para muitas pessoas. O sistema, porém, ainda não estava maduro o suficiente em quesitos como equipamentos, cultura corporativa e legislação trabalhista, e por isso ficou restrito a poucos profissionais de áreas muito específicas. Recentemente alguns fatores, principalmente relacionados a custos, colocaram o home office novamente em pauta. Primeiro, a popularização da banda larga, dos programas de compartilhar documentos e a facilidade da telefonia VoIP. Segundo, a redução de preços de equipamentos como multifuncionais e de conferência. Terceiro, o aumento dos problemas da vida em uma cidade, como trânsito e violência. Quarto, a fase de crescimento mundial, que fez com que as empresas se vissem limitadas em espaço físico para crescer. Por último, o fator multiplicador: pessoas que já trabalharam à distância passaram a ocupar cargos-chave permitindo a outras pessoas trabalharem da mesma maneira. Mais do que isso, a tecnologia permitiu um outro conceito: o “no office”. Imagine o que é possível fazer com um smartphone, um notebook e um modem via celular. Nem em casa você precisa ficar mais.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] As soluções de flexibilidade têm sido bem criativas. Alguns exemplos: * Funcionários trabalhando parcialmente (duas ou três vezes por semana) em casa. * Funcionários totalmente home office, na mesma cidade ou em locais bem distantes. * Rodízio: funcionários com notebooks fazem um rodízio durante a semana, indo ao escritório em dias diferentes e dividindo uma mesma mesa. * Empresas sem escritório, com reuniões em cafés, restaurantes ou escritórios virtuais. * Empresas com escritórios complementares em localidades diferentes para reduzir custos. A empresa paga aos funcionários o mobiliário, notebook, impressora, celular, telefone, banda larga, material de escritório e vale-refeição. Limitações Alguns lembretes para que o home ou no office deem certo para o funcionário: * É preciso ter cuidado para não ser “esquecido” pelos superiores, sempre reportando suas atividades e sucessos. * É preciso manter a troca de informações com as pessoas de sua empresa, assim como o networking. Não se fechar em uma bolha. * Disciplina é fundamental: se não consegue separar as atividades pessoais das profissionais, desista do home office. * Gaste somente o necessário. A não ser que você ganhe muito bem, seu escritório em casa não precisa ser aquele da revista de decoração. * Nada de trabalho 24/7. Livre-se do smartphone quando não estiver trabalhando. * Cada um trabalha de um jeito. Uns gostam de ouvir música, outros de trabalhar na beira da piscina. É preciso encontrar a sua maneira. Alguns lembretes para que o home office dê certo para a empresa: * Sua adoção deve ser voluntária: alguns funcionários podem não se adaptar a esse método ou podem não ter espaço para escritório em casa. * Tudo à distância é sujeito a problemas de interpretação. Reunião com cliente, por exemplo, tem que ser presencial quando possível. Não precisa ser no escritório, pode ser em um lugar mais agradável. * Infelizmente a legislação trabalhista ainda é um dos principais problemas. Se um funcionário home office leva seu filho ao médico e trabalha até mais tarde por esse motivo, como a empresa vai provar em caso de uma eventual ação? * É preciso selecionar os funcionários que terão esse benefício: independência, organização e motivação são fundamentais. * Contratos e compromissos: formalizar as metas que o funcionário deve alcançar. Concluindo O trabalho fora do escritório ainda está bem longe de mudar o mundo. O que tem acontecido ainda não é uma mudança radical, mas uma ampliação da sua aceitação: depois do sucesso da fase experimental, grandes empresas estão aderindo a esse sistema. É um caminho sem volta e cheio de vantagens: para o funcionário, fugir do trânsito, ter mais liberdade e permitir maior convívio familiar. Para a empresa, aumentar a produtividade do funcionário e reduzir custos fixos. É cada vez mais comum ouvir histórias de pessoas bem sucedidas em suas atividades feitas longe do escritório. Será que um dia vamos conseguir nos libertar desses mundos fechados que os escritórios se tornaram? do WebInsider

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