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Leitura essencial – História

A Marcha da Insensatez – De Tróia ao Vietnã Barbara Tuchman – José Olympio Editora “Pesquisando com rigor vasto espectro de documentos históricos, a autora traça e registra, nesse livro, um dos mais estranhos paradoxos da condição humana: a sistemática procura, pelos governos, de políticas contrárias aos seus próprios interesses.” Considerada a mais bem sucedida historiadora dos Estados Unidos, Barbara Tuchman, ganhadora do Prêmio Pulitzer, é autora de clássicos como:The Guns of August, The Proud Tower, Stilwell and the American Experience in China, A Distant Mirror e Pratcting History. Já falecida, se ainda viva, certamente o sub-título do livro seria: De Troia à Coreia do Norte.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Agricultura, arqueologia e cerveja

Em livro, Karin Bojs faz uma retrospectiva dos últimos 55.000 anos de pré-história na Europa, do sexo com os neandertais até a chegada da agricultura A jornalista Karin Bojs. BERNARDO PEREZ DANIEL MEDIAVILLA/ElPais A pré-história europeia escrita por a jornalista científica Karin Bojs (Lundby, Suécia, 1959) começa com um estupro. Um esbarrão sexual entre duas espécies humanas diferentes ocorrido há 55.000 anos na região hoje ocupada por Israel.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] O caráter consentido ou não da relação pode ser objeto de especulação, mas o sexo entre neandertais e Homo sapiens já foi comprovado cientificamente graças ao trabalho do geneticista sueco Svante Pääbo. Esse pioneiro da análise de DNA antigo conseguiu sequenciar o genoma completo da espécie extinta e agora sabemos que 2% de nossos genes são fruto daquele cruzamento. Em seu livro Min Europeiska Familj (“minha família europeia”, ainda inédito no Brasil), Bojs reúne a informação mais atualizada sobre a vida dos habitantes do continente antes do surgimento da escrita. Os dados acumulados por diferentes métodos de pesquisa, da arqueologia mais clássica às inovações científicas introduzidas por profissionais como Pääbo, sugerem que os europeus de hoje são fruto de três ondas migratórias. A primeira, pouco depois do encontro com os neandertais no Oriente Médio, trouxe os caçadores e, provavelmente, acarretou a extinção daquela que até então era a espécie humana da Europa. Uma segunda onda trouxe os agricultores do que hoje é Síria e, com eles, seu conhecimento do cultivo das plantas. Por último, há 5.000 anos, partindo do sul do que hoje é a Rússia, chegou um povo de pastores que trouxe consigo as línguas indo-europeias atualmente faladas na Europa, os cavalos e uma sociedade patriarcal e estratificada. Pergunta. Antes do conhecimento que o sequenciamento do DNA antigo proporcionou, acreditava-se que a agricultura foi inventada em muitos lugares ao mesmo tempo. “A agricultura foi inventada uma vez e chegou à Europa com os povos que a haviam inventado” Resposta. Sim, era como uma espécie de dogma. A teoria segundo a qual a agricultura veio da Síria com a migração dos próprios agricultores que a haviam inventado, que agora parece a correta, era chamada de “migracionismo” com um tom pejorativo. Os filhos da geração de 68 viveram uma reação ao nazismo. Antes da Segunda Guerra Mundial, a arqueologia e a história estiveram muito influenciadas pelos nazistas, e, quando chegou a reação, foi um pouco exagerada. Rejeitou-se tudo, negou-se que houvesse influência das migrações ou dos genes, tudo era cultura e sociologia, e afirmavam que os caçadores se reeducaram e decidiram que não queriam mais ser caçadores e passaram a ser agricultores. Se você pratica a agricultura, sabe que é muito difícil. São necessários muitos anos para aprender a cultivar. Havia uma minoria de arqueólogos que queria explicar a aparição da agricultura na Europa através da migração, e o DNA provou que esta minoria estava certa. P. Mas parece que a agricultura apareceu em muitos lugares separados sem contato aparente, como na América e na Índia. R. Isso foi um pouco depois, e de fato não podemos ter certeza. O que sim sabemos pelos dados da Europa é que a agricultura chegou acompanhada dos humanos que a conheciam e que migraram com ela através de grandes distâncias. P. Em seu livro, você também fala da hipótese que propõe que a agricultura foi inventada, entre outras coisas, para produzir bebidas alcoólicas. R. Arqueólogos alemães encontraram em um lugar chamado Göbekli Tepe, na parte leste da atual Turquia, taças e grandes baldes do tamanho de uma banheira onde viram enzimas que seriam restos da fabricação de cerveja. Eles estão convencidos de que havia um culto neste local erguido por culturas tardias de caçadores. As pessoas vinham de muito longe, até centenas de quilômetros, a fim de se reunir ali para celebrações. Esses arqueólogos acreditam que o consumo de cerveja era uma parte importante dessas celebrações, e isso faz sentido. Não acredito que comer purê fosse um impulso suficientemente importante para começar uma nova cultura e um novo estilo de vida. “As pessoas vinham de muito longe a fim de se reunir ali para celebrações. Não acredito que comer purê fosse um impulso suficientemente importante para começar novo estilo de vida” Os grãos já eram parte da dieta durante muitos anos antes da aparição da agricultura. Coletavam trigo e cevada, isso era parte do processo, mas se de repente você precisa de grandes quantidades de grão para produzir cerveja, acredito que seja um incentivo interessante. A agricultura obviamente foi um processo muito complicado, e também tem a ver com a mudança climática. Houve uma mudança climática muito brusca quando acabou a última glaciação e o Oriente Médio se tornou mais úmido e facilitou o cultivo. Se você havia tentado cultivar algumas plantas, estava no lado ganhador quando se produziu essa mudança de condições. P. Alguns cientistas propõem que adotar a agricultura foi o pior erro da humanidade, que piorou suas condições de vida. Você discorda. R. Não gosto dessa ideia. Acho que há vários divulgadores científicos que também insistem em que a agricultura foi uma catástrofe e que os caçadores viviam em um estado feliz e natural, e que a agricultura e o gado foram uma catástrofe. Acredito que seja uma forma muito simplista de analisar a mudança. Se você olha para a pré-história, há altos e baixos no nível de vida, no período dos caçadores e nos períodos da agricultura. Como outras invenções, não é algo que surgiu de uma decisão premeditada. Tratava-se de ir resolvendo pequenos problemas na vida daquelas pessoas. Por exemplo, a cerveja pode ter surgido assim. Sabemos que você pode ficar um pouco alterado se ingere uma substância, e os agricultores fizeram isso. E então pensaram em produzir mais disso que gostavam, e para fazê-lo precisavam cultivar. E assim se acumularam muitas soluções para pequenos problemas práticos que acabaram por produzir uma grande transformação. P. Em seu livro, você considera provável que nossa espécie tivesse um papel importante na extinção dos neandertais, mas fala de

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Fórmula UM – Memórias – Silverstone Grand Prix

Froilan Gonzalez, Ferrari 375 – Silverstone, GranPrix, 1951 Manzon, Gordini, 6 Cilindros – Silverstone, GranPrix, 1952 Peter Collins – Silverstone, GranPrix, Wins, 1958 Damon & Graham Hill – Silverstone, GranPrix, 1965 John Surtees, Honda RA273E V12 – Silverstone, GranPrix, 1966 Colin Chapman & Jim Clark – Lotus 49 – Silverstone, GranPrix, 1967 Graham Hill – Silverstone, GranPrix, 1967 Dan Gurney & Fraçoius Cevert – Silverstone, GranPrix, 1970 Francois Cevert & Ronnie Peterson – Silverstone, GranPrix, 1970 Carlos Reuteman, Lotus 80, Teste – Silverstone, GranPrix, 1970 Clay Regazzoni, Ferrari 312B2 – Silverstone,Grand Prix, 1971 Emerson Fitipaldi, Lotus 72E – Silverstone, GranPrix, 1973 Peter Revson – Silverstone, GranPrix, 1973 José Carlos Pace “Moco”, Brabham BT45 – Silverstone, GranPrix, 1976 Niki Lauda, Ferrari 312 T2 – Silverstone, GranPrix, 1976 Michele Alboreto, Tyrrell 010 – Silverstone, GranPrix, 1983  Nigel Mansell & Ayrton Senna – Silverstone,GranPrix, 1987 Ayrton Senna, Lotus 99T – Silverstone, GranPrix, 1987 Mauricio Gugelmin, March 881 Jud – Silverstone,GranPrix, 1988 Silverstone, GranPrix, 1988 Nelson Piquet, Lotus 101 Jud – Silverstone, GranPrix, 1889 Nigel Mansell & Ayrton Senna – Silverstone, GranPrix, 1991 Felipe Massa, Ferrari F138 – Silverstone, GranPrix, 2007 Rubens Barrichello, Brown – Silverstone, GranPrix, 2009 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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“Stonehenge alemão” abre para visitação

Sítio pré-histórico circular, feito de madeira e provavelmente usado em sacrifícios humanos, está aberto para turistas após estudos arqueológicos e reconstrução. O sítio pré-histórico Ringheiligtum Pömmelte, uma espécie de círculo sagrado formado por cercas decoradas e sepulturas, foi aberto ao público na cidade de Pömmelte, no leste da Alemanha, nesta semana. Acredita-se que o local, conhecido como “Stonehenge da Alemanha”, tenha cerca de 4.300 anos. A formação foi descoberta em 1999 numa floresta às margens do rio Elba.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Feito de madeira, o sítio arqueológico não superou bem o teste de resistência do tempo e precisou ser totalmente reconstruído. O investimento foi de 2 milhões de euros. Sete anéis de cercas circulares e concêntricas compõem o monumento. Segundo os pesquisadores, a formação pode ter sido muito relevante entre os séculos 21 e 23 a.C., quando o mundo vivia a transição entre o Neolítico e a Idade do Bronze . A entrada do local sagrado A construção pré-histórica teria servido como centro de poder da elite local. Entalhes identificados na madeira simbolizariam o cosmos e sugerem que a área pode ter sido empregada em cerimônias religiosas. Talvez tivesse até mesmo um papel importante em rituais de oferenda. Sob as camadas de madeira desmoronada foram encontrados esqueletos de crianças e mulheres jovens, cujas lesões sugerem sacrifícios, de acordo com o arqueólogo Andre Spatzier, que falou ao escritório de turismo do estado da Saxônia-Anhalt, onde fica o achado. Sepulturas de possíveis vítimas de sacrifício humano também foram achadas “Essa configuração única de círculos está à altura de Stonehenge. A principal diferença é que, em Pömmelte, tudo foi feito com madeira e, portanto, se deteriorou”, comparou Spatzier. O local, agora aberto ao público, é uma das paradas da rota turística Himmelswege (em português, caminhos para o céu). O percurso na Saxônia-Anhalt, incluindo uma parada no Disco de Nebra, é conhecido por ter sido, milhares de anos atrás, uma passagem onde as pessoas paravam para observar o firmamento. DW

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Como seremos estudados pelos arqueólogos do futuro?

É fácil presumir que o mundo digital se resume a pixels e códigos, diretamente oposto ao caráter físico de livros, por exemplo. Brewster Khale sabe que a realidade é bem diferente. “Digital não é imaterial como muitas pessoas pensam”, explica o americano, um misto de analista de sistemas, empreendedor virtual e ativista online. A cultura digital poderá resistir ao passar dos séculos? Image copyright Getty Kahle é o fundador do Internet Archive, uma espécie de museu da informação digital. De artigos de revista escaneados a vídeos e URLs, a quantidade de dados acumulados já ocupa mais de 20 milhões de gigabytes de espaço. E tudo isso está armazenado em discos rígidos, CDs e fitas magnéticas, todas ocupando uma série de armazéns mantidos pelo Internet Archive em diversos lugares ao redor do mundo. Mas o espaço físico ocupado não é o único problema: discos rígidos duram menos do que se imagina. O material de que são feitos, inclusive componentes eletrônicos, eventualmente vai degradar e parar de funcionar. CDs podem sofrer um tipo de “ferrugem” que limita sua vida útil plena a cinco anos de idade. Poeira E, se nossa cultura hoje é predominantemente digital, como é que vai resistir ao passar dos séculos? Como preservaremos informações sobre instituições, sociedades, culturas e descobertas científicas? Como futuros arqueólogos vão estudar como vivemos? Uma possibilidade é que eles examinem nosso DNA, preservado deliberadamente em “fósseis sintéticos”. No futuro, a tendência é que seja cada vez mais barato “ler” o código genético que define todos os organismos vivos. Na Suíça, Robert Grass e Reinhard Heckel, do centro de pesquisas ETH, de Zurique, desenvolveram um método de “gravar” o DNA. Mesmo tijolos e cimento se degradam – Image copyright Getty Como isso funciona sem que o DNA se deteriore? “Se você deixar o DNA exposto, ele começa a degradar em seis meses. Então, nosso desafio é encontrar uma forma de estabilizá-lo”, afirma Grass. A solução é a “fossilização”: Grass e seus colegas queriam encontrar material que não fosse reativo e que tivesse resistência. No mundo natural, o DNA é mais bem preservado em ossos e em baixas temperaturas. Isso explica por que pesquisadores recentemente puderam analisar DNA encontrado em ossos de um cavalo de 700 mil anos de idade. Mas se o fosfato de cálcio nos ossos tem uma boa estrutura química para encapsular o DNA, a substância conta com uma grande desvantagem: dissolve na água. A equipe do ETH escolheu o vidro como material para o fóssil sintético, mais precisamente a sílica, sua matéria-prima. Embora um painel ou garrafa de vidro sejam frágeis, o tipo usado pelos suíços é extremamente resistente por ser incrivelmente pequeno – na verdade, é basicamente pó. Cada partícula contendo um punhado de DNA tem apenas 150 nanômetros de largura. Congelamento, impacto ou compressão não teria efeito sobre elas. Elas podem até resistir a temperaturas extremamente altas, mas com um problema: o DNA contido nelas é afetado. Grass diz que o limite de resistência é 200 graus, e isso quer dizer que, enquanto as partículas sobreviveriam a um incêndio, os dados que elas contêm seriam destruídos. O DNA pode ser usado para fazer fósseis sintéticos A melhor temperatura para armazenar os “fósseis sintéticos” para evitar os efeitos do tempo seria 18 graus negativos. E se analisar os dados é uma tarefa fácil, o mesmo não se pode dizer de sua extração das placas de sílica. Este processo exige uma técnica especial baseada na imersão das partículas em uma solução à base de flúor. Seria necessário deixar instruções para que os dados sejam acessíveis para os arqueólogos do futuro. “Seria como gravar instruções em uma pedra”, diz Glass. Este é um tipo de problema que outros cientistas tentam resolver. Kahle cita o Disco de Rosetta – um arquivo de mais de 1500 línguas que seria registrado em um disco metálico. Explicações sobre seu funcionamento fariam parte do material, que seria disposto em formado de espiral. Mas o disco teria o formato bem maior que nanopartículas. A equipe de Grass precisa trabalhar em pistas para as futuras gerações. Mas seu projeto permite vislumbrar o armazenamento confiável de informações por milhares e talvez milhões de anos. Só que o custo de registrar o DNA ainda é alto. “Você precisa escolher o que registrar e definir sua importância, uma escolha extremamente difícil”, afirma o cientista. O que nosso lixo dirá sobre nós? Image copyright Getty Há ainda o fato de que nem sempre nossas escolhas são as mais corretas. O lixo, por exemplo, tem sido uma mina de ouro para arqueólogos buscando entender como gerações passadas viveram. Mas se o lixo de hoje vai sobreviver por milênios é outra história. Mas mesmo que nossa civilização vire pó, esse pó vai contar uma história. Pois ele conterá DNA e uma riqueza de informações. Chris Baraniuk/BBC

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Memória – Cinema

Cartazes de Filmes – A casa de chá do luar de agosto – 1956 Marlon Brando e Glen Ford [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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