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Ataque ao lado B de Temer visa salvar Meirelles

Ccoincidência ou não, Veja e Época circularam com capas parecidas nessa semana. Ambas tratam do choque entre o que seria um Michel Temer moderno e virtuoso contra um Temer arcaico e cercado de corruptos. Época foi mais explícita e se inspirou no livro “Dr. Jekyll e Mr. Hide” (“O Médico e o Monstro”), de Robert Louis Stevenson, sobre um médico em cuja personalidade convivem o bem e um lado monstruoso. As duas capas refletem a dificuldade que os meios de comunicação brasileiros, que se engajaram no projeto Temer, vêm tendo para defender um governo que perdeu três ministros em menos de 40 dias.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Romero Jucá, do Planejamento, caiu por tramar contra a Lava Jato. Fabiano Silveira, da Transparência, idem. E Henrique Eduardo Alves pediu para sair depois que a procuradoria-geral da República descobriu suas contas secretas na Suíça. Se isso não bastasse, a PGR pediu inquérito contra Mendonça Filho, da Educação, e o Ministério Público também requereu o bloqueio dos bens de Eliseu Padilha, da Casa Civil. Além disso, Geddel Vieira Lima foi citado na delação da OAS – o que também pode vir a ocorrer com o chanceler José Serra. Com tantos dissabores, o governo Temer se torna praticamente indefensável pelo ângulo da ética pública. Por isso mesmo, ao denunciar o lado B do presidente interino, Veja e Época tentam salvar o lado A, que seria a escolha de nomes ortodoxos na economia, como Henrique Meirelles, na Fazenda, e Ilan Goldfajn, no Banco Central. Ou seja: Temer não foi abandonado, ainda, pelos meios de comunicação que se tornaram sócios do projeto de impeachment. Para essa turma, o que importa é levar adiante o Plano Meirelles. Tribuna da Imprensa

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Senado, carnaval e orçamento

Penso que para que o Congresso Brasileiro produza seria necessário uma inversão de calendário: 361 dias de carnaval e quatro de trabalho. José Mesquita – Editor No País do Carnaval, a folia é mais importante que a votação do Orçamento. Na primeira votação do Congresso Nacional após sua eleição para presidente do Senado, Renan Calheiros não conseguiu cumprir a promessa de votar o Orçamento da União para 2013. Renan, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e líderes da base aliada ensaiaram o mesmo discurso: não havia acordo para votar, a presença não garantia a aprovação e havia receio de que a Oposição derrubasse a votação, alegando a necessidade de se apreciar antes os vetos presidenciais. Com o cancelamento da sessão, o Congresso ficou às moscas e a apreciação do Orçamento ficou para depois do carnaval. Após a eleição de Henrique Eduardo Alves para presidir a Câmara, na segunda-feira, a grande maioria dos deputados e senadores deixou Brasília. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Dessa forma, o receio dos aliados era de que membros da Oposição, que pressionavam para votar os vetos antes do Orçamento, pedissem verificação de quórum. A aprovação da matéria requer pelo menos 257 votos de deputados e de 41 de senadores. Primeiro os vetos “A decisão do Supremo foi clara: nenhuma proposição pode ser votada sem que sejam apreciados os vetos”, rebateu o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, representante de São Paulo. No final do ano passado, o Congresso se viu diante de um impasse para votar o mesmo tema, depois que uma decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo, determinou que os vetos não apreciados trancavam todas as votações do Congresso. Assim, em meio à discussão sobre a tentativa de derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff sobre os royalties do petróleo, inicialmente os parlamentares desistiram de votar o Orçamento. Posteriormente, Fux divulgou nota em que dizia que os vetos só trancavam os próprios vetos, o que, na prática, abria espaço para votação do Orçamento. No entanto, Carlos Sampaio afirmou que a posição do ministro do Supremo não tem efeito. “Se não está no processo, não está no mundo jurídico”, afirmou. Walter Pinheiro, um dos vice-líderes do PT no Senado, defendeu a apreciação dos vetos presidenciais quando houver quórum e explicou os motivos que levaram ao adiamento da sessão de terça-feira. “A última sessão do Congresso se encerrou porque não se votou o veto. Alguém tinha a ilusão de que íamos começar uma sessão do Congresso e os defensores da apreciação dos vetos iam abrir mão de que os vetos não fossem apreciados? Impossível”, afirmou o senador da Bahia. Mão dupla Na base aliada, existe também quem esteja insatisfeito com a liberação das emendas parlamentares, o que acaba por contribuir com a pouca disposição de deputados e senadores em aprovar o Orçamento. O senador Benedito de Lyra, do PP de Alagoas cobrou o pagamento das emendas e tornou pública a queixa antes da reunião de líderes. “O governo tem que ser parceiro do Congresso. É só mão única? Não é possível. A vida do Congresso é de mão dupla”. José Carlos Werneck/Tribuna da Imprensa

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Heróis vilões e a mídia oportunista

Impressionado fico a cada dia com a agilidade servir, venal, oportunista e banal da mídia Tupiniquim. O Indiciado em processos na justiça que assumiu a presidência da Câmara Federal passou de vilão a herói em menos de 24h. E tudo, para meu mais desbragado espanto, por que a ex-celência disse que iria cumprir a constituição. Que país! Que Res-pública! É notícia? Não? É uma indecência contra a cidadania. O reconhecimento da falência do óbvio, o fato de tal declaração ser motivo de regozijo e manchetes. Ps. Obrigação constitucional não é opção. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Henrique Eduardo Alves eleito presidente da Câmara Federal

Que país! Henrique Eduardo Alves eleito para a presidência da Câmara Federal. O notório ficha suja passa a ser o terceiro nome na hierarquia dessa pobre e depauperada república dos Tupiniquins. Que república! Sai Marco Maia e entra Henrique Eduardo Alves. Troca-se -1 por -1. Ps. Os brasileiros agradecem o inestimável empenho da presidente da República para eleger dois ícones da ética como Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves., para as duas Casas do Congresso nacional. Parabéns extensivos ao PT e demais lesa-pátria. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Churchill, democracia, Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves

Esqueçam a definição de Churchill sobre democracia, mas perguntem, o que se passa no Brasil é democracia? Helio Fernandes/Tribuna da Imprensa A Teoria dos Três Poderes tem pelo menos mil anos, Executivo, Legislativo e Judiciário. Se o que foi chamado de regime do povo, pelo povo e para o povo, tivesse que ser reduzido para dois, através de um plebiscito, referendo popular e direto, qual seria eliminado? O Executivo tem que ser mantido, ou não seria Democracia e sim anarquia e nihilismo (Paulo Solon). O Judiciário tem errado muito através dos tempos, principalmente tempos ditatoriais e “funcionando” ostensivamente. Mas é indispensável. Como viver sem Justiça, mesmo eventualmente contestada ou desfigurada? O próprio Rui exaltava a Justiça como um todo, embora desprezasse individualmente juízes venais. Como escreveu neste libelo de 1899, no jornal “A Imprensa”, que infelizmente durou pouco tempo. “Todos os juízes tíbios, acreditam, como Pôncio  salvar-se lavando as mãos do sangue que vão derramar, do atentado que vão cometer. Como quer que te chames, prevaricação Judiciária, não escaparás ao ferrête de Pilatos: O bom ladrão, salvou-se. Mas não há salvação para o juiz covarde.”[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Sobre o Legislativo, que pelo menos no Brasil (e não apenas no Brasil) vai se degradando cada vez mais. E seria prazerosamente descartado, se o povo tivesse Poder. Trabalham apenas um dia por semana, deixam acumular 3 mil vetos presidenciais, como se não tivessem importância. Recebem, votam (a favor) e aprovam as inconstitucionais Medidas Provisórias, como se fossem manifestações legais e irrefutáveis. Sem falar nos atos de corrupção. Não adianta repetir como tantos tolos, “é melhor um Congresso funcionando precariamente, do que um Congresso fechado”. Esse Congresso, em 1934 transformou a eleição DIRETA em INDIRETA. Em 1964, sancionou o ditador Castelo Branco. Em 1997/98 aceitou o pagamento (bolso a bolsa, em dinheiro vivo) para reeleger FHC, a primeira vez que isso acontecia no Brasil. Em algum desses casos, e em centenas de outros, serviram ao povo? São servos, submissos e subservientes, pensam (?) apenas nos seus interesses coonestados pelo Poder. Renan e Eduardo Alves, democracia “corrupta” Há 20 ou 30 dias, não saem do noticiário, dos jornais, rádios, televisões, redes sociais. Não são propriamente acusações e sim lembranças de atos predatórios contra a dignidade humana, da ética e da responsabilidade, perdão, irresponsabilidade, no exercício de cargos públicos. Na verdade, nem Renan nem Henrique Eduardo Alves têm fé publica, eles mesmos provaram e comprovaram tudo o que diziam sobre e não contra eles. Como é que Renan pode se defender de alguma coisa? Renunciou à presidência do Senado, para continuar como senador. Como pode desmentir um fato publico e notório, a renuncia, que só podia ser praticada por ele? Nos últimos dias surgiram problemas e protestos contra Renan, até mesmo dentro do PMDB. Na verdade não era contra, e sim divisão do “patrimônio”, e só Renan, tem Poder para acalmar e coordenar, em silencio. O senador Eunicio de Oliveira, que mal sabe ler e escrever, e jamais conseguiu explicar sua fortuna, presidente da Comissão de Constituição e Justiça, que já foi presidida por Milton Campos, Afonso Arinos de Mello Franco e outros do mesmo calibre. Agora a pretensão de Eunicio: ser líder do governo no Senado. Raros países têm esse cargo, se os poderes são independentes, por que um líder do Executivo no Legislativo? E se é “líder do governo”, por que indicado, aprovado e nomeado por Renan sozinho? Quem disputava com Eunício era o senador Romero Jucá, que vinha sendo líder do governo desde FHC e Lula, e ainda pegando o primeiro ano de Dona Dilma. Romero Jucá, que perde todas as eleições executivas do seu estado, já foi Ministro da Previdência, perigo e absurdo. Deixou o cargo numa avalanche de irregularidades. Será líder (leia-se, “líder”) do PMDB. É o homem certo para o lugar certo. Presidente da Câmara “Henriquinho” também exibe defesas diárias, de acusações, que ele “garante não terem importância e não passarem de fogo amigo”. O que ele não desmente, e nem gosta de falar no assunto: a evasão de divisas e a sonegação do imposto de renda. O Supremo Tribunal Federal, no processo do mensalão  considerou que são dois crimes separados, passiveis de duas condenações. Como desmentir esse fato, tão divulgado na época, avaliado e documentado por uma fonte irrepreensível? Foi a própria mulher (ainda não era ex) residia na casa maravilhosa que Eduardo Alves construiu, e no dia seguinte já foi ocupada por ela. Revelação dela: “Henrique Eduardo Alves tem 15 milhões de dólares em paraísos fiscais: Aí houve a separação, mas os 15 milhões de dólares, (30 milhões de reais) ficaram com ele. Nunca entendi essa evasão de dinheiro para paraíso fiscal. E se o sujeito (“henriquinho”) morrer, quem fica com o dinheiro? E mesmo vivo, o que faz com esse dinheiro, sem proprietário visível, sem domicilio, sem quartel? A Democracia da OAB Esse órgão importantíssimo (menos nas ditaduras, quando deixa de ser atuante) tem 750 mil sócios. Mas apenas 81 advogados escolhem o presidente. E assim mesmo e geralmente (como agora) dois membros da diretoria nacional, se candidatam à promoção. Serão presidentes de 750 mil, com o voto de 81. ### PS – Poderia dar muitos outros dados sobre a falsa democracia. Como o fato do prefeito de Santa Maria, Cesar Schirmer, e da alta cúpula dos bombeiros da cidade, ainda não terem sido responsabilizados.

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Congresso e a farra das passagens aéreas

Brasil: da série “O tamanho do buraco”! A pouca, aliás, nenhuma vergonha, atravessa todas as fronteiras ideológicas. Não tem para ninguém! Suas (deles) ex-celências, querem humilhar Al Capone. A bandalheira é generalizada. A turma do mensalão passa a ser referência de ética diante dessa corja! Todos os partidos e seus respectivos dedões acusatórios da roubalheira dos outros, estão chafurdando na mesma pocilga. Como é que as vestais do PSDB do DEM e do PSOL vão explicar essa bandalheira? Quem acha que Arthur Virgílio ou Zé Agripino, por exemplo, irão fazer um “mea culpa” e pedir perdão ao “aprendiz” de meliante Delúbio Soares, acredita em Papai Noel e em mula sem cabeça. Cadê a furibunda Heloísa Helena? Afinal o líder de seu (dela) partido Ivan Valente é um dos turistas às nossas custas. A gentalha que infesta o Congresso Nacional, todos eleitos com nossos votos, saliente-se, criou o Bolsa Aeronave! Como é que essa turma pode reclamar do bolsa esmola, ops, bolsa família que o apedeuta dá aos miseráveis? Até o José Anibal, aquele poço de moralidade do PSDB, tá no cocho! Anotem e divulguem o nome dos caras que estão metendo a mão, desavergonhadamente, no seu, no meu, no nosso sofrido dinheirinho. Argh! O editor Líderes e famílias viajam ao exterior, Câmara paga. Metade dos 23 líderes partidários usou cota em viagens internacionais. Nova Iorque, Paris e Miami são destinos mais comuns entre as 82 viagens. O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves usou a cota da Câmara para levar a família aos Estados Unidos Metade dos 23 líderes da Câmara utilizou a cota de passagens em 82 viagens internacionais nos últimos dois anos. O uso indiscriminado do benefício transcende as bandeiras partidárias e ideológicas, envolvendo 11 lideranças da base governista e da oposição. Pelo menos oito líderes aproveitaram o recurso da Câmara para levar parentes para o exterior. São eles: Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), José Aníbal (PSDB-SP), Sandro Mabel (PR-GO), Mário Negromonte (PP-BA), Sarney Filho (PV-MA), Fernando Coruja (PPS-SC), Ivan Valente (Psol-SP) e André de Paula (DEM-PE), líder da minoria na Casa. Também cederam o benefício a terceiros para viagens internacionais Daniel Almeida (PCdoB-BA), Uldurico Pinto (PMN-BA) e Cléber Verde (PRB-MA). Clique aqui para ver a relação de viagens de cada um deles Leia tudo sobre a farra das passagens aéreas O destino preferido dos parlamentares e de seus familiares é Nova Iorque. A cidade americana aparece como origem ou destino de 28 viagens custeadas com recursos públicos. Paris desponta, logo a seguir, na preferência dos deputados. A capital francesa é ponto de chegada ou partida em 16 ocasiões. Miami, com 15 viagens, é a terceira cidade estrangeira mais visitada com verba da Câmara pelos líderes. No total, gastaram R$ 145,6 mil. Três líderes utilizaram a cota em voos para o exterior mais de dez vezes. Com 23 viagens, Mário Negromonte é o campeão em uso da cota com passagens internacionais. Fernando Coruja, com 19, e Henrique Eduardo Alves, com 13, aparecem na sequência.

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