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Operadoras de banda larga desafiam o bom senso do consumidor

Ao impor limites de consumo de dados em planos de banda larga fixa, operadoras prejudicam os seus clientes e o desenvolvimento do país na era digital. Consumidores serão prejudicados e justificativa das operadoras não cola (Foto: Thinkstock / Getty Images) As operadoras de telefonia e banda larga já carecem de boa reputação no Brasil. Basta ver o ranking em sites como o Reclame Aqui. A reclamação geral é que pagamos um valor relativamente alto por um serviço de qualidade questionável e um atendimento que deixa a desejar. Em teoria, essas companhias deveriam estar investindo em produtos melhores e no bom relacionamento com o cliente. Na prática, um grupo delas está se unindo para tornar essa relação ainda pior.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Vivo, GVT, NET e Oi planejam estabelecer um limite de consumo de dados mensal para os assinantes de banda larga fixa. Ou melhor, Vivo e GVT planejam, já que NET e Oi já adotam a prática. É uma limitação similar à que temos no celular. Em alguns casos, ao atingir a franquia, a velocidade da banda larga cai a níveis dos tempos do Altavista (não sabe o que é? Joga no Google). Em outros, a conexão será interrompida. Em ambas as situações, o serviço só será restabelecido integralmente com o pagamento de um pacote adicional de dados ou após a virada do mês – e a experiência do mundo dos smartphones mostra que esses pacotes são caros. A Vivo diz que seguirá sem cobrar até o fim de 2016, mas esclarece que é uma cortesia. Uso alguns exemplos que já saíram em outras reportagens, como esta do site Tecnoblog. A partir de 2017, a Vivo, por exemplo, terá franquias de internet fixa que vão de 10 Gb de consumo mensal (para assinantes de velocidade até 2 Mbps — ou 2 megas, como preferir) a 130 Gb de consumo mensal (para assinantes do plano de 25 megas). Traduzindo isso para o uso no dia a dia: os 10 Gb de consumo, para um mês inteiro, equivalem a … – Umas 20 sessões de 15 minutos cada assistindo a vídeos no YouTube (cada sessão consome cerca de 500 Mb); – Uns 10 episódios, no máximo, de séries no Netflix (cada episódio, dependendo da duração, tem entre 1 Gb e 2 Gb); – Menos de 5 jogos de futebol vistos em HD pelo aplicativo Globo Play (cada jogo pode consumir pouco mais de 2 Gb); – 3 filmes ou menos (cada um, dependendo da duração, costuma consumir 3 Gb a 6 Gb). Isso sem contar a sua navegação diária, em sites que têm vídeos, além do uso de serviços de armazenamento online, como o Dropbox. Se ainda não se convenceu, pensa num jogo desses mais avançados, que você compra pela internet e deixa armazenado no HD do console ou do computador. São cerca de 40 Gb. Se, portanto, você usa a internet fixa da sua casa todos os dias para tarefas assim, é bem provável que a sua franquia dure pouco mais de uma semana. Isso se você tiver dinheiro para pagar o pacote mais rápido. Guerra ao streaming O discurso das operadoras é comovente, mas não para em pé. A primeira justificativa é que ao adotar o modelo de franquia de dados, as operadoras poderão gerenciar melhor as demandas de cada cliente, cobrando, por exemplo, menos de quem usa pouco e mais de quem usa muito. Mas quem está mais próximo de se tornar um padrão de usuário de internet no futuro? A pessoa que só acessa e-mail e lê sites (sem clicar nos vídeos) ou alguém que, além de ler, assiste aos vídeos de notícias, navega pelas redes sociais, passeia pelo YouTube, compra ou baixa conteúdo digital, assina serviços como HBO Go, Netflix, Globosat Play? Pensando um pouquinho lá na frente, desconfio que seja o segundo grupo. Então, em longo prazo, todos estaríamos pagando mais por estourar nossas franquias. Em algumas entrevistas, representantes das operadoras comparam o acesso à internet com a eletricidade. A ideia é que o consumo de dados seja tratado como uma conta de luz, em que o cliente paga apenas o que precisar. A comparação é infeliz. Ao consumir mais eletricidade, ou água, ou gasolina, o cidadão ou empresa ameaça o abastecimento para os demais, provoca impacto ambiental e exige a construção de novas grandes obras – por isso, é preciso incentivar todo mundo a consumir menos desses recursos. E se você compra uma geladeira nova de um modelo parecido com a antiga, ela provavelmente irá gastar bem menos energia. O mundo dos dados e da informação digital é diferente. Um computador novo, com acesso a serviços de internet avançados, tende a consumir mais dados. Ele tem mais velocidade para processar gráficos mais pesados e tela com resolução capaz de assistir a vídeos em 4K. E nem estou colocando na conta que teremos dezenas de aparelhos conectados em casa. A começar pelo smartphone e para o tablet e, mais à frente, todos os eletrodomésticos. A gente só aceita essa franquia miúda dos nossos planos de dados no celular porque normalmente usamos o Wi-Fi quando estamos em casa. E aqui, vale a pergunta: estamos pagando menos por nossos planos de dados nos smartphones por que as operadoras praticam o limite? Ao olhar na minha conta só posso crer que a resposta é não. Agora, imagine quando o Wi-Fi deixar de ser limitado? E imagine que este efeito não será apenas na sua casa, mas nos cafés, restaurantes e outras áreas que oferecem uma conexão aberta a clientes. Será que esses estabelecimentos continuariam a oferecer Wi-Fi de graça? Nesse texto (e falaremos outras vezes desse assunto) priorizei exemplos que pegam no bolso de nós, consumidores comuns. Mas o impacto negativo de uma medida como essa vai muito além. Uma das formas de medir o desenvolvimento de uma nação é analisar o volume de dados trafegados por cada habitante. É um indicador que mostra que mais gente está tendo acesso a conhecimento, educação a distância, serviços

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GVT vai deixar de existir

A partir do dia 15 de abril a GVT não irá mais oferecer seus serviços para clientes de todo o Brasil. A empresa enviou um comunicado aos clientes afirmando que os serviços serão unificados com a Vivo. A mudança estava sendo trabalhada desde o mês de maio do ano passado e tornou-se possível com a aquisição da Vivo pela Telefônica que deu-lhe mais recursos para efetuar a transação. Em dezembro de 2014, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já havia aprovado a compra da GVT pela Telefônica e agora o acordo finalmente foi selado.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A companhia aproveitou para informar também que o atendimento telefônico e os aplicativos e serviços prestados sofreram mudanças após a unificação. O telefone de suporte terá um novo número (10315) assim como o código de longa distância que passará a ser o “15” e não mais o “25”. O site também será acoplado ao da companhia de telefone, televisão e internet a partir do dia 2 de abril. Já os pacotes contratados por clientes antes da parceria ser firmada permanecerão inalterados já que a Vivo afirmou que irá honrar os contratos firmados pela empresa comprada. Apenas alguns nomes serão modificados, como o “GVT Freedom”, o “GVT Protege” e o “Minha GVT” para “Vivo Freedom”, “Vivo Protege” e “Meu Vivo Fixo” respectivamente. Os clientes da GVT também terão a oportunidade de usufruir de novos serviços oferecidos pela empresa de telefonia, como o Vivo Valoriza, programa de fidelidade que dá descontos em cinemas, contratação de serviços e compra de aparelhos. Fonte:Olhar Digital  

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Piores atendimentos: Tim, GVT e Aeiou

Para você que é usuário de alguma dessas empresas prepare a sua paciência, você vai precisar. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou pela primeira vez os resultados de um índice que vai medir a qualidade de atendimento das operadoras, o Índice de Desempenho no Atendimento (IDA). Na medição de janeiro de 2009, a Aeiou, que opera somente em São Paulo, teve o pior desempenho em telefonia móvel. Já a Tim levou a pior em telefonia fixa, enquanto a GVT teve o prio desempenho em telefonia fixa de longa distância. Segundo a Anatel, o índice tem como finalidade incentivar as prestadoras a aperfeiçoar o tratamento de reclamações e melhorar a resolução de problemas apontados pelos usuários. Entre os destaques positivos, a Sercomtel teve o melhor atendimento em telefonia celular e fixa, enquanto a Intelig foi a melhor em longa distância. O índice leva em consideração a capacidade da prestadora de atender as demandas no prazo de cinco dias, de diminuir a quantidade de reclamações, de reduzir pendências e de evitar reincidências. A nota máxima é 100, e as prestadoras perdem ponto de acordo com os desvios em relação às metas de desempenho estabelecidas. O ranking poderá ser consultado mensalmente, no site da Anatel. da Info

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