Kalil Gilbran – Poesia – 29/01/2016
Quando o amor acenar ¹Khalil Gilbran Quando o amor acenar, siga-o ainda que por caminhos ásperos e íngremes. E quando suas asas o envolverem, renda-se a ele Ainda que a lâmina escondida sob suas asas possa feri-lo. E quando ele falar a você, acredite no que ele diz, Ainda que sua voz possa destroçar seus sonhos, Assim como o vento norte devasta o jardim. Pois, se o amor coroa, ele também o crucifica. Se o ajuda a crescer, também o diminui. Se o faz subir às altura se acaricia seus ramos mais tenros que tremem ao sol, também o faz descer às raízes se abala sua ligação com a terra. Como os feixes de trigo, ele o mantém integro. Debulha-o até deixá-lo nu. Transforma-o, livrando-o de sua palha. Tritura-o, até torná-lo branco. Amassa-o, até deixá-lo macio e, então, submeta-o ao fogo para que se transforme em pão, no banquete sagrado de Deus. Todas essa coisas pode o amor fazer para que você conheça os segredos de seu coração e, com esse conhecimento, se torne um fragmento do coração da vida. ¹Gilbran Khalil Gilbran * Becharre, Líbano – 1883 d.C. + New York,Usa – 1931 Está sepultado na cripta do Mosteiro de Mar Sarkis, em Becharre. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]