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Paul Valéry – Poesia – 14/11/23

Boa noite O SILFO Paul Valéry¹ Entrevisto e esquivo, eu sou esse aroma finado mas vivo que no vento assoma! Entrevisto e incerto, acaso ou talento? Mal se chega perto, concluiu-se o intento! Entrelido e oculto? Que erros, ao arguto, foram prometidos! Entrevisto e alheio lapso nu de um seio entre dois vestidos! ¹Ambroise-Paul-Toussaint-Jules Valéry * Paris, França – 30 de Outubro de 1871 d.C. + Paris, França – 20 de Julho de 1945 d.C. Filósofo, escritor e poeta francês, da escola simbolista. Seus escritos incluem interesses em matemática, filosofia e música. Realizou os estudos secundários em Montpellier na França, e iniciou sua carreira em Direito em 1889. Publicou seus primeiros versos, fortemente influenciados pela estética da literatura simbolista dominante na época. Em 1894 se instalou em Paris, onde trabalhou como redator no Ministério de Guerra. Depois da Primeira Guerra Mundial se dedicou inteiramente a literatura e foi aceito pela Academia Francesa em 1925. Sua obra poética foi influenciada por Stéphane Mallarmé que conseqüentemente influenciou outro francês Jean-Paul Sartre.

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Maria Rainha da Escócia – Versos na tarde – 25/06/2017

Amo-te Maria I – Rainha da Escócia¹ Amo-te quanto em largo, alto e profundo Minh’alma alcança quando, transportada, sente, alongando os olhos deste mundo, os fins do ser, a graça entresonhada. Amo-te a cada dia, hora e segundo A luz do sol, na noite sossegada e é tão pura a paixão de que me inundo Quanto o pudor dos que não pedem nada. Amo-te com a dor, das velhas penas com sorrisos, com lágrimas de prece, e a fé de minha infância, ingênua e forte. Amo-te até nas coisas mais pequenas, por toda vida, e assim DEUS o quiser Ainda mais te amarei depois da morte. ¹Esse soneto foi escrito por Maria Rainha da Escócia – * 7 ou 8 de dezembro de 1542/+8 de fevereiro de 1587, dedicada ao então seu primeiro marido Francisco II “Delfim” da França. Também conhecida como Maria Stuart ou Maria I, foi a Rainha da Escócia de 14 de dezembro de 1542 até sua abdicação em 24 de julho de 1567. Também foi Rainha Consorte da França como esposa de Francisco II de 10 de junho de 1559 a 5 de dezembro de 1560. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Macron, Hackers e eleições na França

Campanha de Macron foi alvo de hackers russos, dizem especialistas de segurança Empresa afirma que coletivo Pawn Storm tentou interferir na campanha do candidato à presidência da França. Grupo é suspeito de ligação com os serviços secretos russos. A campanha eleitoral do candidato à presidência da França Emmanuel Macron foi alvo de ciberataques realizados por hackers russos, afirmaram especialistas da empresa japonesa de segurança cibernética Trend Micro nesta terça-feira (25/04).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Os pesquisadores acreditam que o grupo por trás da ação é um coletivo de hackers conhecido pelos nomes Pawn Storm, Fancy Bear, Tsar Team e APT28 e suspeito de ter vínculos com serviços secretos russos. Eles já haviam sido acusados de ciberataques ao Partido Democrata durante a campanha de Hillary Clinton à Casa Branca em 2016. Segundo o relatório da Trend Micro, os ataques à campanha de Macron consistiram em várias tentativas de phishing, uma técnica utilizada por hackers para roubar informações pessoais de usuários por meio de e-mails fraudulentos ou direcionando o internauta para páginas falsas na internet. De acordo com o jornal francês 20 minutes, entre meados de março e abril, o coletivo russo lançou na internet quatro domínios com endereços similares aos do movimento político “Em Marcha!”, de Macron, na tentativa de enganar os apoiadores e funcionários da campanha que tentavam acessá-lo. A equipe de Macron já havia anunciado em meados de fevereiro ter sofrido “milhares de ciberataques provenientes das fronteiras russas”. O diretor da campanha online do candidato centrista, Mounir Mahjoubi, confirmou a tentativa de espionagem à agência de notícias AP, mas disse que ela não foi bem-sucedida. “É algo sério, mas nada foi comprometido”, garantiu o funcionário. Nesta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, negara qualquer envolvimento russo na campanha eleitoral francesa. “Que grupos? De onde? Por que a Rússia? Tudo isso lembra as acusações de Washington que permanecem vazias e desonram seus próprios autores”, afirmou. Macron venceu o primeiro turno da eleição presidencial francesa com 24,01% dos votos e enfrentará a populista de direita Marine Le Pen no segundo turno, marcado para 7 de maio. EK/afp/ap/efe/lusa/ots

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Opinião: Sociedades livres precisam aprender a se defender

A intervalos cada vez menores, cidadãos comuns são atingidos pelo terrorismo fundamentalista. Paira a ameaça de que as democracias possam se modificar para pior, opina o editor-chefe da DW, Alexander Kudascheff. Alexander Kudascheff é editor-chefe da DW Há muito o terrorismo fundamentalista islâmico se transformou num pesadelo. Por toda parte, ele investe contra as sociedades livres: em restaurantes, aeroportos, hotéis, estádios de futebol, clubes, trens, praias, escolas e agora também nas ruas. O terror está por toda parte, e os cidadãos das sociedades livres – e não só delas – sentem cada vez mais medo. Eles sentem e pressentem o perigo, a ameaça à espreita em todos os lugares – tanto no dia a dia como nas férias.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O terrorismo se tornou um desafio para as democracias – especialmente a França, que acaba de sofrer seu terceiro, terrível atentado terrorista. Elas foram impelidas à guerra forçada contra o terror. É uma guerra assimétrica: lobos solitários ou pequenos grupos sem grande aparato logístico matam seres humanos a esmo. E os democratas temem por sua liberdade, por suas liberdades. Ao que parece, o Estado não é mais capaz de cumprir sua tarefa mais importante: apesar dos departamentos criminais, dos serviços secretos, apesar da crescente vigilância sobre a população, apesar da imensa mobilização policial, o Estado não consegue proteger seus cidadãos. O terror é onipresente, pois ele vem de dentro da própria sociedade. Fascinados pelo poder do fundamentalismo islâmico, inspirados pelo jihad, a “guerra santa”, jovens, geralmente do sexo masculino, mobilizam-se para desafiar a nossa sociedade – que também é a deles. Eles matam a esmo, mas não sem um plano: eles querem abalar as sociedades livres – e estão conseguindo. À medida que as forças de segurança tradicionais não são mais capazes de proteger os cidadãos, estes vão perdendo sua serenidade – até agora exemplar, em especial no Reino Unido e na França. Paira a ameaça de um estado na sociedade em que triunfem o ódio, a rejeição, o racismo. Um pesadelo para uma sociedade aberta. E naturalmente agora é preciso travar guerra: contra o “Estado Islâmico” (EI). Isso é politicamente necessário, mas também delicado, pois significa se colocar do lado dos russos e do magarefe sírio Bashar al-Assad. Mas não há como evitá-lo. A cidade síria de Raqqa tem que ser retomada, o EI, derrotado, os combatentes sobreviventes, julgados, o pavoroso pesadelo de um califado islâmico precisa ter fim. Para tal, é necessário cooperar com todas as forças envolvidas – por mais que isso seja política e diplomaticamente indigesto. E então será preciso se perguntar: por que tantos jovens muçulmanos – na Europa laica, mas também nos plurirreligiosos Estados Unidos – cedem ao fascínio de um islã violento? O que danifica a identidade deles ao ponto de seguirem o autonomeado califa em Raqqa ou de aclamarem entusiasticamente na internet os autores de atentados suicidas e os festejarem como heróis? Esse será seguramente um processo social de longo termo. Antes, porém, as sociedades livres terão que aprender a superar a própria falta de defesa. É preciso elevar a pressão sobre os círculos de simpatizantes, intervir com mais rigor. Os muçulmanos têm também que se libertar da simpatia clandestina pelos pregadores do ódio e expulsá-los das mesquitas. É preciso parar com a tolerância passiva para defender a liberdade, o nosso modo de vida liberal. Senão as sociedades vão se transformar – e na direção contrária à democracia. Na França, a Frente Nacional manda lembranças.

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