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Forças Armadas e o Comando Vermelho

O assunto é seríssimo. Está tudo dominado. Um Estado dentro de outro! ****** Perigo à vista, zonas de exclusão no Brasil: PCC e Comando Vermelho frente à inépcia das Forças Armadas para atuar em comunidades do RJ e São Paulo. PCC e o CV unidos poderão derrotar os militares? Nas redes sociais, cariocas e paulistas expressam preocupação com o número de fuzis e outras armas de guerra nas mãos das facções criminosas. Nos últimos anos, tem havido uma crescente preocupação com o fortalecimento das grandes facções criminosas no Brasil, particularmente o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). No Rio de Janeiro, nos últimos dias, ocorreram vários assaltos em que os criminosos utilizaram armas de guerra, como fuzis 556 e até granadas. Microestados sujeitos ao governo das facções criminosas O temor se intensificou nas redes sociais, onde usuários expressam medo de que as facções possam, em breve, superar até as Forças Armadas brasileiras e criar zonas de exclusão onde o estado não tem qualquer autoridade, microestados sujeitos a suas próprias leis e ao tráfico de drogas. No Rio de Janeiro já se percebe placas de trânsito deixando claro que a entrada é exclusiva para comunidades, vistas como advertência de que há risco no ingresso em tais locais. Abaixo pode-se ver imagem do acesso à Vila do João, onde turistas que entraram por engano foram alvo de traficantes. Mas será que essa preocupação é fundamentada? O PCC, por mais organizado e poderoso que seja, possui cerca de 30 mil membros distribuídos pelo Brasil, Paraguai, Bolívia, Colômbia e Venezuela, com aproximadamente 8 mil apenas em São Paulo. Em comparação, o Exército Brasileiro conta com quase 220 mil soldados ativos. Em 2023, a Polícia Militar apreendeu no Rio de janeiro 493 fuzis e, segundo declarações do antropólogo e ex-policial do BOPE, Paulo Storani, estima-se que existam pelo menos 28 mil fuzis nas mãos de criminosos no estado, que compõem um exército de cerca de 56 mil traficantes. Um grande enfrentamento entre militares e as principais facções. Algumas pessoas enxergam como quase uma certeza que chegará o momento em que um grande enfrentamento de tropas legais contra traficantes ocorrerá. Será que a superioridade numérica das Forças Armadas garante a vitória contra as facções criminosas em caso de combate? O deputado Coronel Telhada, ex-policial militar, chegou a declarar para um site especializado que há risco de o estado se tornar refém das facções: “Durante o período em que estive no serviço ativo da Polícia Militar, tive a honra de comandar a ROTA. E lá pude ver de perto e sentir na pele a ousadia do PCC. O Estado e as forças de segurança não podem estar reféns de uma organização criminosa. É isso o que eles querem: que a polícia abaixe a cabeça. Portanto, é importantíssimo desmantelar e asfixiar o poderio financeiro do PCC”, afirmou Telhada. Em São Paulo, por exemplo, estão algumas das unidades mais especializadas do Exército Brasileiro, como a 12ª Brigada de Infantaria Leve e a 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada. Estas unidades são consideradas treinadas para operações aeromóveis e combate urbano. Entretanto, fica a dúvida se estão realmente aptas para combater um inimigo que não usa farda e guarda armamentos de alto poder de fogo dentro de residências nas comunidades e conhece muito bem o cenário do combate, onde predominam vielas estreitas e sinuosas, que dificilmente poderão ser trafegadas por um gigantesco blindado das Forças Armadas. As operaçãoem e comunidades são incompatíveis com as Forças Armadas, aponta o procurador Emerson Garcia, Assessor Jurídico da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público: “… o emprego das Forças Armadas na GLO é uma medida extrema, que pode colocar em risco a credibilidade de instituições, diante de situações sensíveis. Pois o aparato militar voltado para o combate, não é vocacionado para ações policiais de repressão a criminalidade…” ( Revista Brasileira de Direito Constitucional )   As facções, cientes da desvantagem bélica, recorrem a táticas de guerrilha e guerra irregular e jamais combatem como se fossem um exército disciplinado, respeitando as convenções de Haia e outras. Traficantes tentam evitar confrontos diretos, usam os moradores como escudos e preferem emboscadas e ataques surpresa. Por outro lado, os militares estão obrigados a cumprir integralmente as leis e regulamentos sob risco de serem punidos. Armas como metralhadoras e lança granadas por exemplo, jamais poderiam ser utilizadas dentro de uma comunidade, sob pena de provocar enormes danos colaterais. Um bombardeiro de saturação jamais poderia ser feito antes da entrada das tropas, um cerco que impedisse água e alimentação de ingressar em uma comunidade não poderia ser feito. O compromisso com a legalidade impõe uma série de limitações operacionais que as facções criminosas não enfrentam, tornando o combate ao crime organizado extremamente complexo e desafiador. A superioridade numérica, o treinamento avançado e o poder de fogo das Forças Armadas brasileiras são fatores decisivos que garantem a integridade e a soberania do país. Porém, nesse caso se trata de um tipo completamente diferente de atuação e por isso o receio de que facções possam, pelo menos por algum tempo, superar as Forças Armadas e criar zonas de exclusão de fato parece cada vez mais coerente diante das situações hoje vistas, principalmente no Rio e São Paulo. Robson Augusto – Revista Sociedade Militar

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Comandante da Aeronáutica defende punição aos envolvidos na tentativa de golpe

Quem feriu a disciplina da FAB deve ser punido, diz comandante Tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno defende uma “investigação completa” da participação de militares em tentativa de golpe de Estado. “Qualquer coisa que fira nossos diplomas disciplinares será punida. Para a Força Aérea, as notícias vieram a confirmar o papel institucional e constitucional de nossa organização”, declarou Damasceno em entrevista ao jornal O Globo…. Damasceno defende uma “investigação completa” sobre a suposta participação de militares na tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022. Na 5ª feira (8.fev), a PF (Polícia Federal) deflagrou a operação Tempus Veritatis, que investiga um grupo que atuava para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Presidência em 2022…. Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/governo/quem-feriu-a-disciplina-da-fab-deve-ser-punido-diz-comandante/)

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Ex-comandante do Exército teria ameaçado Bolsonaro de prisão

Ex-comandante do Exército teria ameaçado Bolsonaro de prisão, revelou Mauro Cid em delação premiada. “Se o senhor for em frente com isso, serei obrigado a prendê-lo”, teria dito o general Freire Gomes a Bolsonaro. O Militar sabia que golpe não tinha apoio de comandos regionais e dos EUA, segundo Mauro Cid. Principal alvo da pressão de bolsonaristas radicais, o general Marco Antônio Freire Gomes, então comandante do Exército, teria ameaçado dar voz de prisão a Jair Bolsonaro (PL) na reunião em que o ex-presidente buscou apoio da cúpula das Forças Armadas para dar um golpe de Estado e prender opositores e o atual presidente, Lula, vencedor nas urnas.

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Fatos & Fotos – 21/09/2017

“O PSDB caiu na vala comum”, diz deputado tucano Por Sylvio Costa “Se você criticava a corrupção na época do governo do PT, como você pode agora participar do governo e até apoiar o adiamento de investigação?” Ele é um dos mais notórios “cabeças pretas”, nome usado para designar os jovens parlamentares que cobram da cúpula do seu partido novas atitudes em relação à política e ao país. Sua tônica, assim como dos colegas de bancada cuja cabeleira o tempo ainda não tornou mais branca, é a defesa da independência em relação ao governo Michel Temer.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Apesar de ser deputado federal de primeiro mandato, Daniel Coelho (PSDB-PE) – que completará 39 anos no dia 4 de novembro – circula na Câmara com a desenvoltura dos veteranos. Isso pode ser atribuído, em parte, à experiência acumulada como deputado estadual e vereador no Recife, por dois mandatos. Mas a razão principal é que sua voz passou a reverberar mais tanto entre os tucanos quanto no conjunto dos deputados. Um dos 21 deputados do PSDB que votaram pela investigação de Temer, na análise da primeira denúncia enviada por Janot, ele já anuncia que voltará a se manifestar pelo encaminhamento favorável da segunda denúncia. Nesta entrevista, Daniel Coelho mostra como é uma cabeça preta por dentro. Diz que todos os partidos políticos estão “destruídos”. Afirma que o PSDB caiu na “vala comum” ao adotar uma posição seletiva em relação à corrupção, condenando a de Dilma, Lula e do PT, mas aceitando a de Temer. Critica a proposta de reforma da Previdência. Defende uma agenda liberal, mas com compromisso com os mais pobres. Fala que Lula está em franco declínio popular mesmo no Nordeste, região natal tanto do líder petista quanto de Daniel. Demonstra temor quanto à candidatura de Jair Bolsonaro, que “cresce muito e cresce rápido”. E adianta que seu preferido para disputar a Presidência da República pelo partido é Geraldo Alckmin. “Acho que Doria não tá preparado, não tem ainda experiência. Precisa andar mais”, resumiu. Congresso em Foco: A recente caravana de Lula ao Nordeste mostrou que ele continua tendo força na sua região. Por quê? Daniel Coelho Acho que tem ali um recall de classes D e E. É exatamente aquele eleitor em que a informação chega por último. A informação chega nele, de fato, durante a eleição. Por enquanto, está muito distante. Acho que o Lula se desidrata. Ele continua sendo forte no estado, mas não tem mais o desempenho que já teve. Já perdeu A e B e está perdendo forte na C. Depois que você perde nas classes A e B, a tendência é perder nas outras também. E por que perdeu? “Os partidos estão completamente destruídos. Todos. Não tem nenhum partido que tenha hoje uma imagem de coerência” Porque as pessoas hoje encaram que ele é igual aos outros na questão da corrupção. É corrupto. Não é outra coisa. Eu vi uma pesquisa em Pernambuco mostrando que nem o eleitor de Lula acredita mais que ele é honesto. Não adianta a narrativa que os caras fazem na política de que é perseguição. As pessoas não estão acreditando. O cara até pode dizer que vota nele, mas acreditar que ele é honesto não mais. Votar num cara que você sabe que é corrupto não é todo mundo que está disposto a fazer. Então o crescimento assustador do Bolsonaro, que você vê hoje no Nordeste, vem daí Ele está crescendo no Nordeste também? Cresce muito e cresce rápido. Essa coisa dessa radicalização e dessa polarização, que estimula a intolerância e dificulta o bom debate político, ajuda o Bolsonaro. Primeiro, porque você mistura tudo e todo mundo passa a ser corrupto, e o cara fora.  E depois ele é meio que o outro polo. O PSDB e a maioria de suas lideranças têm, historicamente, posições mais moderadas, mais de centro, e ele fica fora dessa polarização e vai ocupando espaço. Ele cresce e tem potencial de crescimento exatamente com esse eleitor que vai se decepcionando com Lula. O voto de Lula no Nordeste não é um voto ideológico, é um voto de identificação de classe. As pessoas votam em Lula no Nordeste não por identificação com a pauta da esquerda, mas porque encaram a política como a disputa do pobre contra o rico. É preocupante esse crescimento, e ele ocorre em um cenário meio de terra arrasada. “As pessoas não acreditam em mais nada. E isso é no Brasil todo, não é só no Nordeste. Os partidos estão completamente destruídos. Todos eles” Terra arrasada em que sentido? No sentido de que as pessoas não acreditam em mais nada. E isso é no Brasil todo, não é só no Nordeste. Os partidos estão completamente destruídos. Todos. Não tem nenhum partido que tenha hoje uma imagem de coerência. Se quiser, a gente sai pegando as posições dos partidos um por um e aí você vê que todos os partidos no Congresso Nacional mudaram de posição sobre os mesmos temas só porque virou o governo. Então os caras que defendiam uma coisa passaram a defender outras, e vice-versa. Então você teve um descrédito completo. Isso é que é preocupante. Os partidos já estão destruídos perante a população. A grande tarefa da reforma política hoje é construir ou reconstruir os partidos porque hoje eles estão mortos. E essa crítica o senhor estende ao PSDB? Claro, claro. A crítica é a todos. Não tem diferença não. O PSDB está dividido, mas a análise positiva que tenho do PSDB é que metade da bancada está mantendo no governo Temer as mesmas posições que tinha no governo Dilma. Que posições? Do ponto de vista ético, de cobrar investigação e de ter votado para afastar Dilma, afastar Cunha e afastar Temer… o partido que mais deu votos para os três afastamentos foi o PSDB. E também na análise de temas mesmo. Se houve incoerência no PSDB foi durante o governo Dilma, quando em alguns momentos pode ter votado contra teses do próprio partido. Metade da bancada tem votado nas mesmas posições, independentemente

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General Eduardo Villas Boas e o orçamento

O general Eduardo Villas Boas, comandante do Exército, usou seu perfil no Twitter para criticar o aperto orçamentário que a força terrestre está sofrendo; “a instituição está enfrentando um grave contingenciamento de recursos. Conduzo seguidas reuniões sobre a gestão dos cortes orçamentários impostos ao @exercitooficial. Fazemos nosso dever de casa, mas há limites” Segundo fontes militares, está praticamente paralisando os programas estratégicos do Exército, como o Sisfron, sistema de vigilância de fronteiras; contingenciamento de recursos é resultado do caos econômico de Henrique Meirelles e Michel Temer: enquanto Meirelles produziu um rombo anual de R$ 160 bilhões e estourou a meta, Temer gastou R$ 13,4 bilhões só pra se salvar; com isso, governo agora é obrigado a cortar em serviços básicos, como a defesa do País. Ps, Experimentem seguir o Gal. no @exercitooficial., em vez de, por mau exemplo,o MBL..[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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A vidraça de Temer

O metódico operador das sombras que virou a vidraça de Michel Temer Presidente Michel Temer no Palácio do Planalto. ADRIANO MACHADO/REUTERS Coronel João Baptista Lima Filho virou atalho para movimentos sociais pressionarem o presidente. Lava Jato aponta ex-assessor que atuou na PM e conserva armas como intermediário de propina. Coronel reformado da Polícia Militar, João Baptista Lima Filho apareceu nas tramas de corrupção reveladas pela Operação Lava Jato acusado de ser um intermediário do presidente da República, Michel Temer (PMDB). Mais do que isso, um preposto para entregar vultuosos pagamentos de propina a Temer, de acordo com delatores e provas colhidas até agora pelas investigações em andamento.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] De ponte virou vidraça. Lima é hoje um atalho para movimentos sociais variados pressionarem o presidente. Como revelou reportagem do EL PAÍS, sem-terras do interior de São Paulo comemoram as tratativas do Incra para adquirir uma fazenda depois que o grupo ocupou imóvel rural do coronel para chamar a atenção do presidente. Nesta terça-feira, a mesma propriedade de Lima em Duartina, a 380 km de São Paulo, foi alvo novamente. Desta vez, foi o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) que voltou mais uma vez à fazenda Esmeralda como parte de uma série de protestos contra políticos e personalidades que consideram símbolos da corrupção. Lima virou uma das vidraças de Temer não só pelas manifestações, mas também pelas investigações em curso na Procuradoria-Geral da República. De acordo com investigadores, ele é considerado o mais antigo operador de propinas de Temer. Quando o presidente foi mencionado pela primeira vez em um escândalo de corrupção, no Porto de Santos no fim dos anos 90, Lima já estava lá, descrito como um opaco assessor. Naquele caso, Temer e o coronel foram citados pela ex-mulher de um diretor como beneficiários de propinas desviadas de contratos do porto. O caso chegou a ser arquivado em 2001, mas teve nova análise solicitada pela Procuradoria-Geral da República no começo de julho, depois que vieram à luz  delações da JBS que citavam o envolvimento de Lima nos pagamentos de propina a Temer. Nascido em Bauru, a 340 km de São Paulo, o coronel fez carreira na área administrativa da Polícia Militar de São Paulo. Ele e o presidente se conheceram no começo de 1984, quando Temer assumiu a Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo pela primeira vez. Naquela época, Lima estava distante da rotina operacional da polícia nas ruas. Era um assessor do gabinete do secretário anterior, Miguel Reale Júnior, e por lá ficou. A relação de confiança logo ganhou força — o coronel ajudou no primeiro divórcio do presidente no fim dos anos 80. O coronel, de 74 anos, ainda mantém autorização para porte de arma, como ex-policial. Ele goza da permissão para uso de dois revólveres calibre 38 e uma carabina calibre 20. Essa imagem, de homem armado, contribui para que moradores de Duartina tenham medo de falar do coronel. Em entrevista ao EL PAÍS, o prefeito Juninho Aderaldo (PPS) diz apenas que Lima é “metódico” e fica sem palavras ao explicar a atuação do coronel no município. Quem conhece o amigo de Temer na pequena cidade, de 12 mil habitantes, diz que ele raramente aparece em locais públicos e que não faz reuniões com mais de uma pessoa em local fechado. “Ele é metódico, muito organizado. Sempre possui seguranças na portaria da fazenda”, afirmou o prefeito de Duartina ao EL PAÍS. A fazenda de Duartina pertence ao coronel e a sua empresa de arquitetura, a Argeplan, mas moradores e movimentos sociais dizem que o imóvel, na verdade, é de Temer. Na primeira ocupação de manifestantes ao local, ainda no ano passado, ativistas do MST acharam uma correspondência endereçada ao presidente. Reforma e confiança Não faltam episódios ilustrativos da confiança de Temer em Lima. Foi o arquiteto Fabiano Polloni, da Argeplan, quem reformou a casa do presidente em São Paulo, na rua Bennett, em 1999, como revelam documentos obtidos pelo EL PAÍS. Na rede social Linkedin, Polloni mencionava apenas a Argeplan como lugar onde já trabalhou. Procurado, Temer informou que “pagou as reformas com recursos próprios e tem todas as notas fiscais dos serviços executados”. Funcionário de empresa de coronel assina reforma na casa de Temer em 1999 DANIEL HAIDAR EL PAÍS O coronel já foi mencionado em dois acordos de delação premiada como um intermediário utilizado por Temer para receber propina. Na delação de José Antunes Sobrinho, sócio da Engevix, que não foi aceita pelo Ministério Público, Lima foi citado como o homem que recebeu R$ 1 milhão em outubro de 2014 destinados a Temer, para a campanha eleitoral daquele ano, como recompensa por contrato da Eletronuclear. Embora a delação não tenha sido assinada, o pagamento foi comprovado em reportagem da revista ÉPOCA de junho do ano passado, onde foi revelado que uma fornecedora da Engevix transferiu pouco mais de 1 milhão de reais para uma conta bancária da PDA Projeto, outra empresa do coronel, naquele mês. O coronel negou que o pagamento fosse propina, mas não revelou o motivo concreto da transferência de dinheiro. Na delação premiada da JBS, Lima também foi citado como intermediário de 1 milhão de reais para Temer. O dinheiro foi entregue em 2 de setembro de 2014 na sede da Argeplan, de acordo com Florisvaldo Oliveira, o entregador de propinas do frigorífico. Só com essa revelação Lima passou a ser oficialmente investigado pela Procuradoria-Geral da República como operador de Temer. Ele foi um dos alvos da Operação Patmos, deflagrada em 18 de maio. Outros vínculos financeiros do coronel com o presidente foram revelados com o cumprimento de mandados de busca no apartamento de Lima e na sede da Argeplan. Policiais federais acharam nessa operação e-mails, recibos e cobranças de reformas na casa de Maristela, uma das filhas de Temer, realizadas no segundo semestre de 2014. De acordo com as investigações, enquanto recolhia propina, o coronel bancava despesas de familiares do presidente. Assim, o custeio de parentes de Temer também entrou na mira da Justiça, embora os fatos tenham ocorrido antes do mandato presidencial e haja

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Temer e as Forças Armadas

O governo, interino, Temer caso se torne efetivo, tem pela frente o enrosco que surgirá com os militares. A política econômica neoliberal adotada por Temer, certamente causará aumento da insegurança social. É só olhar o currículo dos manda-chuva da economia Tapuia. Henrique “Bank Boston” Meireles, Fazenda, e Ilan “Itau” Goldfajn, Banco Central, no comando da economia, preocupam a estabilidade política. As diretrizes da Segurança Nacional contam com uma razoável estabilidade social. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Rio 2016: Brasil incorpora atletas e apoio militares em busca de mais medalhas

O Comitê Olímpico do Brasil estabeleceu como meta que o país fique entre os dez maiores ganhadores de medalhas na Olimpíada do Rio. E, para treinar os atletas, tem recebido ajuda das Forças Armadas. General que comandou missão da ONU no Haiti hoje integra equipe do Comitê Olímpico do Brasil Segundo o COB, o Brasil tem 428 vagas já garantidas para os jogos. Muitas delas se devem ao fato de o país ser o anfitrião e já ter participação assegurada em diversas modalidades. Até agora ao menos 145 delas já foram preenchidas por atletas específicos. Segundo o Ministério da Defesa, dos atletas já garantidos 67 são militares – quase a metade do total. A estimativa do COB é que, quando os jogos começarem, os atletas das Forças Armadas representem ao menos 30% do Time Brasil. O apoio das Forças Armadas começou durante a preparação para os Jogos Mundiais Militares, em 2011.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Como o Brasil era anfitrião dos Jogos, as Forças Armadas realizaram concursos públicos para incorporar atletas profissionais às suas fileiras. A ideia era que esses civis se tornassem militares para representar o Brasil. Mas a partir daí passavam a receber salário, alimentação, moradia e outros benefícios da carreira militar. Era o PAAR (Programa Atletas de Alto Rendimento). Os atletas precisavam já ter se destacado em seus esportes e, uma vez incorporados, passavam pelo treinamento militar regular – para depois se dedicar ao treinamento em suas modalidades. Nas Forças Armadas passavam também a ter acesso a instrumentos e instalações esportivas. Investimentos em esportistas teriam sido mais focados em atletas de alto rendimento ‘Topo da pirâmide’ “É uma medida para um momento de necessidade. Dá um grande resultado, mas é mais voltada para o topo da pirâmide”, diz à BBC Brasil a ex-atleta do vôlei Ana Moser, que hoje atua em gestão esportiva. Ela preside o Instituto Esporte e Educação, que atende crianças e capacita professores na área do esporte. “Temos que criar novos atletas, não só investir nos que existem”, prossegue. O PAAR teve sucesso nos Jogos Militares e por isso foi mantido. No Panamericano do Canadá (2015), muitos atletas militares se destacaram – e chamaram atenção ao bater continência ao subir no pódio. O gesto foi alvo de críticas. Mas foi explicado pelas Forças Armadas não como uma determinação, mas sim como uma deferência dos atletas às suas forças. Na Olimpíada, o programa de treinamento de atletas de alto rendimento almeja ser uma das maiores contribuições das Forças Armadas, junto com as funções de segurança, logística e fornecimento de instalações. Estratégias do COB O COB montou uma estratégia para preparar o Time Brasil que tem alguns paralelos com uma operação militar – quanto ao elevado número de detalhes e fatores condicionantes –, disse à BBC Brasil o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, que dirige o Instituto Olímpico (órgão educacional do COB) e o departamento de Comunicação e Educação Corporativa da entidade. Antes de ir para a reserva, Heleno foi o primeiro brasileiro a comandar a missão de paz da ONU no Haiti e passou por uma série de postos na cúpula do Exército. Ele é um general de Exército, mas não faz parte da ajuda “oficial” das Forças Armadas ao esforço olímpico. Ao deixar a entidade em 2011, foi convidado por Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, para trabalhar em sua equipe – o general já havia chefiado o Centro de Capacitação Física do Exército, órgão que auxilia na preparação de atletas militares. Segundo Heleno, a Diretoria de Esportes do COB elaborou uma estratégia de treinamento de atletas que tem alguns pontos básicos. O primeiro deles é fornecer recursos financeiros para as confederações, com o objetivo de dar aos atletas brasileiros acesso a treinamento de qualidade dentro do Brasil e a campeonatos internacionais – para ganhas vivência e vencer o nervosismo gerado pelas competições de alto nível. Outro ponto é a estrutura de “ciência do esporte”. Ou seja, montar equipes de apoio formadas por médicos, fisioterapeutas, especialistas em sono e psicólogos – para que os brasileiros não fiquem em desvantagem em relação a equipes estrangeiras que possuem esses recursos. De acordo com o general, outro fator da estratégia é melhorar as instalações esportivas internas – como com a construção por meio de parcerias público-privadas de instalações como o Parque Olímpico da Barra e o Parque Radical do Rio. Gestores e técnicos Atletas brasileiros recebem apoio de fisioterapeutas, médicos, psicólogos e treinadores internacionais O COB identificou também uma lacuna na área da formação de treinadores gestores e equipes de apoio ao atleta. Para fortalecer essa área criou o Instituto Olímpico, o órgão dirigido por Heleno. O órgão montou um MBA para gestores esportivos e uma academia brasileira de treinadores. Umas das principais ações é trazer ao Brasil técnicos e atletas internacionais para ministrar cursos para os membros do Time Brasil. Segundo Heleno, essa “preparação científica” dos atletas começou há relativamente pouco tempo. “Durante muito tempo houve uma ausência enorme de recursos (apesar de) sabermos o que tínhamos que fazer. Hoje temos recursos, estamos buscando aplicar aquilo que nós sabemos que tem que ser feito, mas temos pouco tempo”, diz. Por outro lado, segundo ele, o treinamento tem sido intenso e o Brasil contará na Rio 2016 com a torcida favorável e uma vantagem numérica, na medida em que tem participação garantida (independentemente de índices olímpicos) em muitas modalidades. Ausência de programa nacional Image captionEstratégia do COB para preparar esportistas inclui envio de atletas para competições internacionais Mas tanto Heleno como Ana Moser afirmam que embora tenha havido grande investimento nos atletas profissionais, o Brasil não possui um programa nacional de esportes que fortaleça as categorias de base dos esportes – de onde poderiam surgir novos talentos. Segundo Moser, o investimentos voltado especialmente aos atletas profissionais aparenta vir tanto de uma necessidade de ter bons resultados nos Jogos como de uma falta de conhecimento dos gestores públicos. “Não temos uma cultura de disseminação dos esportes, ainda não é uma área importante na visão de muitas

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O papel dos militares na América Latina

As Forças Armadas perderam influência após os golpes do século XX e países da região não sabem o que fazer com seus militares. Brasil é um dos países que tem colaborado mais com as missões de paz da ONU (Foto: Wikipédia) Tanques nas ruas fizeram parte da política da América Latina durante boa parte do século XX, mas hoje é difícil imaginar as Forças Armadas retomando o poder. Em uma região livre de guerras, os governos latino-americanos ainda não resolveram como empregar seus militares. As Forças Armadas perderam influência política rapidamente nas últimas décadas. Em apenas dois países – Venezuela e Cuba – militares continuam a desempenhar um papel político importante.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O atual presidente de Cuba, Raul Castro, foi durante muitos anos o general mais poderoso do país, e as Forças Armadas ainda controlam pelo menos metade da economia cubana. Leia também: Motivos para apoiar a desmilitarização da Polícia Militar no Brasil Na Venezuela, Chávez transformou o exército em uma filial do seu movimento político. Sob seu sucessor, Nicolás Maduro, oficiais militares mantêm muitos cargos no governo, e as Forças Armadas construíram um império de negócios. Mas há sinais de que o exército está recuando para uma posição mais institucional. A principal ameaça à segurança da região é o crime organizado. Vários governos enviam tropas para combater traficantes e outros criminosos comuns. Mal preparados para a tarefa, eles muitas vezes acabam matando inocentes. Os militares também estão respondendo a catástrofes naturais, que estão acontecendo com mais frequência devido às mudanças climáticas. Há, também, missões de paz da ONU, com as quais a região está colaborando mais. Mas os exércitos estão inchados demais para esse papel limitado. O crescimento econômico acelerado da década de 2000 inflou orçamentos de defesa. Para reforçar sua imagem de potência mundial, o Brasil embarcou numa farra de gastos que incluiu a compra de submarinos e caças sofisticados. Agora, seu orçamento está pressionado. Os latino-americanos querem policiais mais bem equipados e remunerados. Já é tempo de um ajuste das prioridades e das despesas na área da segurança Fontes: The Economist – Of soldiers and citizens

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Espaço marítimo brasileiro é vulnerável

A vulnerabilidade do mar brasileiro é, atualmente, o eixo da inquietação dos militares, embora não admitam o fato publicamente. No entanto, as Forças Armadas reconhecem, em apresentações internas, que a defesa dos espaços marítimos brasileiros, incluindo a área do pré-sal, é um desafio abissal. Segundo reportagem de Chico Otávio do jornal O GLOBO, além da conhecida defasagem tecnológica, cenários não afastam a possibilidade de questionamentos futuros sobre a soberania nacional nos campos mais remotos de exploração oceânica de petróleo. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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