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Catalogar todas as espécies de árvores da Amazônia levaria 300 anos, mostra levantamento

A Floresta Amazônica tem uma variedade tão grande espécies de árvores que catalogá-las levaria três séculos, segundo estimativas de um novo estudo. Cientistas dizem que ainda resta descobrir 4 mil espécies de árvores na Amazônia Image copyrightGETTY O trabalho publicado no periódico Scientific Reports fez um levantamento dos mais de 500 mil exemplares reunidos por museus nos últimos 300 anos. E mostrou que aproximadamente 12 mil espécies foram descobertas até hoje. Com base nesse número, cientistas preveem que ainda restam a serem descobertos ou descritos em detalhes cerca de 4 mil tipos raros de árvores. Só foi possível elaborar essa lista graças à digitalização dos acervos de museus ao redor do mundo. Os pesquisadores dizem que ela ajudará quem busca proteger a florestal tropical com a maior biodiversidade do mundo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “A lista dará aos cientistas uma melhor noção do que há de fato na bacia amazônica, e isso contribuirá com os esforços de preservação”, diz um dos autores do estudo, Hans ter Steege, do Centro de Biodiversidade Naturalis, da Holanda. Brasil Estudo aponta que Amazônia não é prioridade nas pesquisas brasileiras Image copyrightTHINKSTOCK Dentre os países que abrigam a Floresta Amazônica, o Brasil é o país com o maior número de amostras de coletadas: 278.165. Do total de espécies identificadas, 61% foram coletadas na Amazônia brasileira. No entanto, o estudo aponta que maior parte da pesquisa realizada por cientistas, especialmente os brasileiros, sobre a flora nacional é feita em outros ecossistemas que não a Amazônia, que representa metade do país territorialmente. Das 2.875 espécies brasileiras descritas entre 1990 e 2006, somente 20% eram da Amazônia. E, enquanto 50% de novas espécies de ecossistemas não amazônicos foram descritas por cientistas brasileiros, esse índice cai para 20% entre as espécies da floresta. O estudo ainda destaca que o esforço de pesquisa brasileiro sobre flora está concentrado no Sul e no Sudeste do país. “É nestas regiões que estão localizados 59 dos 92 herbários do país e 67% das amostras coletadas. A região amazônica tem só cinco herbários registrados e abriga 11% das coleções botânicas.” Com dados da BBC

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Amazônia: o manifesto que Lula assinou

Em defesa da Amazônia Carta aberta dos artistas brasileiros sobre a devastação da Amazônia Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo. Não há motivo para comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da temperatura do Planeta. Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às suas vestes de esmeralda abrindo passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim e soja nas cinzas de castanheiras centenárias. Apesar do extraordinário esforço de implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos da floresta “pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para viver”, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a devastação continua. Como no passado, enxergamos a Floresta como um obstáculo ao progresso, como área a ser vencida e conquistada. Um imenso estoque de terras a se tornarem pastos pouco produtivos, campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte inesgotável de madeira, peixe, ouro, minerais e energia elétrica. Continuamos um povo irresponsável. O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo. Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semi-abandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais. Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê: “A Floresta Amazônica é patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais” Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal a interrupção imediata do desmatamento da floresta amazônica. Já! É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história. Somos um povo da floresta!

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A marcha da insensatez – Desmatamento na Amazônia

Amazônia perdeu o equivalente a 94% do território da Venezuela em cinco anos, diz ONU RIO – O Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) informa que, entre 2000 e 2005, foram queimados ou destruídos 857 mil km² de árvores – o equivalente a 94% do território da Venezuela. Segundo a ONU, 17% da Floresta Amazônica foram destruídos em toda a História do Brasil, e não em um período de cinco anos, conforme noticiou o jornal francês “Le Monde” na quinta-feira. O relatório, chamado de GEO Amazônia, foi elaborado durante dois anos com técnicos de oito países e será divulgado na reunião mundial do Pnuma em Nairobi (Quênia) no dia 16 de fevereiro. O texto chama a atenção para a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável, devido ao avanço populacional e uso dos recursos naturais da região. A publicação cita o exemplo do crescimento da rede viária brasileira, que se multiplicou por dez em trinta anos (1975-2005). Imazon: dado do Pnuma sobre Amazônia deve ser ‘equívoco’ O dado divulgado pelo Pnuma, de 857 mil quilômetros quadrados devastados em cinco anos, deve ser um “erro”, segundo o pesquisador Paulo Barreto do Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia). Isto porque a estimativa do desmatamento histórico na Amazônia Legal brasileira é de cerca de 700 mil quilômetros. – Deve ter algum equívoco. Esse dado de 857 mil quilômetros só faz sentido no contexto do acumulado histórico, não somente esse período – disse Barreto. Estimativas do Inpe para as últimas duas décadas (1988-2008) somam um total de área desmatada de cerca de 369 mil quilômetros quadrados. Em junho do ano passado, o IBGE estimou em 15% o total de desmatamento acumulado na floresta amazônica. O Ministério do Meio Ambiente não comentou os dados divulgados sobre o relatório do Pnuma, chamado “GEO Amazonia”, que será lançado na reunião mundial do organismo em Nairobi (Quênia) no dia 16 de fevereiro. Outras organizações ambientalistas não comentaram o estudo porque ainda não foi publicado oficialmente. do O Globo

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