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Podebras, o Brasil em resumo

Brasil: da série “O tamanho do buraco”! Para usar uma expressão tipicamente paulista, eis um resumo da sacanagem que a corja comete contra os Tupiniquins. Chego a duvidar se não estamos em um estado de delírio comatoso, ou se exercitamos um inacreditável ensaio sobre a cegueira e a inutilidade das coisas. Nem mesmo relendo Raízes do Brasil de Sérgio Buarque, consigo entender o comportamento letárgico da nossa tribo, diante da bodurna brandida pela classe política que, mea culpa, foi todinha eleita com nossos votos. O editor Não há dia em que os jornais não estejam tomados por notícias políticas que, se levadas a sério, provocariam depressão coletiva. Talvez os cidadãos devessem receber um auxílio-escândalo ou um adicional de insalubridade para, aí sim, sair da anestesia moral e ir às ruas protestar? Vamos às manchetes da Podrebras, agência que divulga a podridão do poder público: Renan Calheiros e Fernando Collor Comandam CPI da Petrobras – Mais uma da série “seria hilário se não fosse trágico”, em cartaz em todas as cidades do Brasil. Calheiros ainda não explicou de onde vinha o dinheiro para pagar a pensão de seu filho; nem ao menos foi punido por brandir notas falsas em plenário. Collor dispensa apresentações, mas não era ele que ia privatizar tudo, inclusive a Petrobras, essa plataforma de marajás? E eles, Collor e Calheiros, não eram inimigos? Que ambos sigam na política já é lamentável. Que agora sejam a tropa de choque parlamentar do PT, na antessala da campanha de 2010, diz uma enciclopédia sobre a política brasileira. Senador Sarney recebe auxílio-moradia – Deve ser uma ajuda de custo para manter a ilha de sua propriedade? Ou um de seus outros latifúndios? Claro, ele rapidamente aplicou a tática do “eu não sabia”. Como é que poderia ter reparado num depósito tão irrisório em suas milionárias contas, como aquela que tinha no Banco Santos? Por muito menos o líder do Parlamento inglês renunciou e muitos de seus membros devolveram o dinheiro. Se corrupção existe em toda parte, como se fala tanto no Brasil (vide Ibsen Pinheiro, pai de natimorta reforma política), a impunidade tem forte cor local. Lula diz que investigar a Petrobras é irresponsabilidade – Isso significa que o chefe do Executivo nacional desautoriza tudo que Polícia Federal, Ministério Público e Tribunal de Contas têm revelado a respeito de licitações suspeitas, patrocínios clubistas, aditivos contratuais e outros problemas “administrativos” numa das maiores estatais do mundo. Mas Lula em seguida deixou claro seus motivos: contou ao democrata Hugo Chávez que pensa em arranjar um emprego na Petrobras ao fim do mandato, talvez para frequentar entre um churrasquinho de coelho e outro. Yeda Crusius é acusada de fazer caixa 2 – A governadora mostra a tocaia moral em que os tucanos se enfiaram desde o governo Lula. Eles achavam que a continuidade de sua política econômica mostraria o acerto do governo FHC, mas esqueceram que a continuidade de suas práticas políticas mostraria que, se todos são iguais, é melhor ficar com alguém que é mais igual ao povo do que os outros. O esquema de Marcos Valério começou com o PSDB, e isso foi suficiente para tirar credibilidade do tucanato aos olhos da população. No Rio Grande do Sul, onde o PT já mostrara tão bem o que era, a coisa ficou ainda mais feia. Thomaz Bastos diz que mensalão não existiu – Se não existiu, o que foram aqueles depósitos no BMG e Rural? De onde veio aquele carro de Silvinho Pereira? Por que Valério não executou os serviços públicos para os quais sua empresa foi contratada? A quem Lula se referiu quando se disse traído, embora aquela fosse apenas uma “praxe” dos partidos brasileiros? Por que Duda Mendonça afirmou ter recebido via paraíso fiscal? E por que José Alencar disse que houve um “sacolão”, o pagamento aos aliados do PTB et caterva? Ah, esquece essas perguntas velhas, isso já passou, o Brasil é o país do futuro… Promotoria pede rejeição de contas de Kassab – Como se não bastasse, onde estão as promessas feitas nessa mesma campanha? Basta circular pela cidade (essa antiga atribuição de repórteres) e ver a quantidade de problemas. Cidade Limpa significa basicamente que tem menos outdoors e menores letreiros, pois as ruas e praças estão sujas, além de mal iluminadas, congestionadas e cada vez mais inseguras. O número de pessoas morando em favelas aumentou. A manutenção da cidade também merece ser rejeitada. Mas agora chega, que o leitor já me entendeu. Não preciso falar do deputado do castelo, do outro que deu carteirada para não passar no bafômetro, etc. Num país de cultura oligárquica, onde a classe política sempre se protege da opinião pública por mais que brigue entre si, cidadania é sempre uma palavra bonita, não uma representação real. Aqui a máxima de que “à mulher de César não basta ser honesta, é preciso parecer honesta” sofreu ligeira adaptação: à mulher de César não importa ser desonesta, basta parecer honesta. Ave. por Daniel Piza

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Fernando Henrique Cardoso e a liberação das drogas

Será que a senilidade atacou de vez o sociólogo da integração? Que tipo de beberagem Fernando Henrique Cardoso deve estar tomando para transformá-lo de um sem presidência em um sem juízo? Na ânsia de aparecer e ocupar espaços midiáticos FHC adere ao “fazemos qualquer negócio”. Pois não é que sua (dele) ex-celência agora defende o afrouxamento no combate ao uso de drogas? Terá o ex ícone das privatizações ficado privado do juízo de vez? Os traficantes saúdam o sociólogo e pedem passagem.

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Dilma Rousseff, Barbara Gancia e chuchú requentado

Estimo melhoras blog da Barbara Gancia Foi péssima, em todos os sentidos, a notícia da internação de Dilma Rousseff nesta semana. Não se quer ver ninguém doente -e, justo quando a gente imaginava que, no caso da ministra-chefe da Casa Civil, as informações acerca de seu estado de saúde estavam sendo tratadas com a máxima transparência, ela é internada às pressas e começa um corre-corre dos diabos que faz vir à tona os mesmos fantasmas e a mesma boataria da época das enfermidades do presidente eleito Tancredo Neves e do todo-poderoso do governo FHC, Sérgio Motta. Confesso que tenho uma certa simpatia pela ministra Dilma. Agrada-me a ideia de que o seu pior momento, o de Calamity Dilma, que queria resolver a parada na base do chumbo grosso nos fundilhos do inimigo, tenha ficado no passado. Gosto também, e muito, do fato de ela ser uma mulher culta e sensível. Na mais recente visita que o presidente Lula realizou a Roma, Dilma fazia parte da comitiva e foi convidada para um tour particular à Galleria Borghese. Pois, além de conhecer a vida de todos os pintores renascentistas, ela se deteve diante de cada quadro e discorreu sobre um por um com uma intimidade que deixou a italianada de queixo caído. A maneira séria e equilibrada como Dilma se tem conduzido no cargo também a coloca a anos-luz de outros nomes dentro de seu partido como postulante ao cargo de candidata a candidata. Alguém consegue imaginar Jacques Wagner, Marta, Ricardo Berzoini ou, valha-me Deus, um Mercadante ou um Tarso como páreo para a ministra? Mas é aí que entra o maldito do linfoma. E, logo de cara, somos obrigados a confrontar a primeira mentira oficial. Câncer linfático não é uma “doença localizada” como foi dito. Trata-se de um mal que se dissemina pelo corpo. Se fosse suficiente remover o gânglio afetado, não seriam necessárias tantas e tão traumáticas sessões de quimioterapia. O fato é que a ministra vai precisar de vários meses, no mínimo quatro ou cinco, para se recuperar. Graças a Deus, ela tem mesmo quase 100% de chances de ficar completamente curada. Mas, enquanto estiver sendo submetida às sessões de químio, estará sujeita a transtornos na forma de dores, enjoos e cansaço; sua resistência ficará comprometida e ela correrá o risco de contrair infecções. Além do que, ao contrário do que vem afirmando publicamente, Dilma terá, sim, de diminuir seu ritmo de trabalho. Com a ministra ausente por quatro ou mais meses do cenário político tapuia, é de perguntar o que pode acontecer. Eu torço para que a Dilma, que é dura na queda, aguente firme e volte o quanto antes. E que encontre forças para espantar a conversa do terceiro mandato e os esganados (alô, Ciro! Alô, Heloísa Helena!) que podem aproveitar a oportunidade para criar um fato novo. Enquanto isso, na oposição temos o mesmo José Serra de sempre, que promete chegar pela segunda vez consecutiva a uma eleição presidencial com o seu partido arrebentado. Está tão esfacelado o PSDB, que Serra já sinalizou que escolherá para o governo de São Paulo, pasme, servir um chuchu requentado. Ninguém merece.

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Petrobras: Lula e FHC são cúmplices nas “mumunhas”

Brasil: da série “só dói quando eu rio”! Atenção Tupiniquins! Tem mumunha no ziriguidum! Não precisa ser nenhuma mãe Dinah para prever que vem mais uma pizza por aí. O que vai relatado abaixo é mais um dos motivos para que o governo do apedeuta, a petralha coadjuvante, a tucanalha e a democratalha, todos de braços dados, — porém segurando os bolsos que ninguém é bobo, né? — não investigarem nada. Peguem uma lupa e com o auxílio do “Silvinho Land Rover” tentem encontrar uma só pequena empresa que tenha conseguido um desses “miliardários” contratos. Quem conseguir pode escolher, como prêmio, um retrato autografado do Delúbio Soares ou um quadro emoldurado com a imortal frase “esqueçam o que escrevi” de FHC. Argh! O editor Lá fora, Petrobras fecha negócio da China, aqui…. …Aqui no Brasil, não param de surgir razões para a instalação da CPI da Petrobras. Deve-se ao repórter Rubens Valente a descoberta da penúltima justificativa: Sob Lula, a Petrobras gastou R$ 47 bilhões em contratos firmados sem licitação. A artimanha começara antes. Na era FHC, entre 2001 e 2002, a petroleira estatal já havia dispensado licitações em contratos que alçaram a casa dos R$ 25 bilhões. A mumunha é amparada num decreto firmado por FHC em 1998. Eis aí um caso que governistas e oposicionistas podem investigar – ou abafar – de mãos dadas. blog Josias de Souza

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Eleições 2010 – CPI da Petrobras serve para todos os gostos

É verdade que a Petrobras tem práticas reprováveis, mas foi transformada pelo PSDB em arena pré-2010 ENTRE SER a favor ou contra a CPI da Petrobras, fique à vontade, porque não há como errar. Os dois lados dispõem de bons argumentos, à parte os motivos que os levem a defendê-los e exagerá-los. Os itens utilizados com maior ênfase pelo governo não têm importância. Se a Petrobras é a maior empresa do Brasil, se é mesmo a segunda maior petroleira do mundo, se tem 700 mil acionistas, se esses fatos tornam inconveniente uma investida contra a Petrobras em meio aos problemas econômicos da crise, nem a soma disso isenta qualquer empresa do risco de ver-se sob questionamentos autorizados pela legislação, quando invocáveis por força de condutas administrativas duvidosas. A ocasião da CPI é imprópria para a Petrobras por enfraquecer sua administração quando discute financiamentos internacionais, uma multidão de contratos com fornecedores estrangeiros, batalha contra pressões para entrega do pré-sal (descoberto com méritos e custos altíssimos da estatal) a concorrentes e a capitais privados. Não há dúvida de que, sob uma CPI, a administração da empresa precisará desviar muita atenção das negociações e planejamentos em curso, e fará sob piores condições a continuação parcial desse trabalho. E o pré-sal, causa de toda essa ação atual na empresa, é estratégico não só para a Petrobras, porém ainda mais para o país. É verdade que a Petrobras tem deixado pelo caminho muitas práticas reprováveis. Muitas suspeitas. E muito pouco interesse pela imagem empresarial que não depende da dinheirama despejada, grande parte pelos piores motivos, na conquista de mera simpatia popular e adesões lobísticas como a do cinema, em detrimento de contribuições mais louváveis. O clima que favoreceu a aprovação da CPI decorreu também daquele pouco interesse: a Petrobras faltou com os esclarecimentos sobre suas alterações contábeis quando deveria fazê-los com prioridade, por praticar uma redução de tributos e royalties com perdas financeiras para a população, por intermédio de suas administrações locais. O desprezo da opinião que a publicidade não faz foi um pesado erro político da direção da Petrobras. A oposição investiu na CPI e alguns fisiológicos da “base aliada do governo” a apoiaram pelo motivo mais reprovável: o interesse meramente político. Se o PSDB que agora clama pela CPI em defesa da “Petrobras que é um patrimônio do Brasil” tivesse, de fato, dedicação perceptível à coisa pública, seus congressistas não chegariam a condutas até sórdidas para impedir CPIs no governo Fernando Henrique. Nem as ostensivas prevaricações na privatização da telefonia os sensibilizaram. Ou — só por não resistir a citar ao menos mais uma entre tantas — a entrega do Sivam, o Sistema de Vigilância da Amazônia e seus segredos, a uma empresa estrangeira com ramificações militares e civis no governo dos EUA e em outros. A Petrobras foi transformada pelo PSDB em arena das disputas preliminares da sucessão presidencial. Surrada pelo prestígio de Lula e incompetente por seu próprio demérito, a oposição conduzida pelo PSDB virou a velha barata tonta: pesquisas recentes indicam, em várias regiões, o crescimento eleitoral de Dilma Rousseff depois da notícia de sua doença. A oposição não é solidária nem no câncer. Maus motivos levaram a um recurso parlamentar legítimo. Mas CPIs nascem, por exigência da norma, com um tema preciso e, depois, em geral o que menos prevalece é sua finalidade originária. Se isso ocorrer também agora, será mais do que possível uma virada da CPI contra a oposição. E, mais importante, será a oportunidade, nunca tardia, do exame das inúmeras barbaridades na Petrobras durante o governo Fernando Henrique. blog Janio de Freitas – Folha de São Paulo

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Eleições 2010: PSDB vai fazer defesa do bolsa-família

Brasil: da série “Perguntar não ofende!” Nada como um dia atrás do outro! E do outro também! Ah!, o “pragmatismo” dos políticos brasileiros! Eis aí algo que impressiona, e torna os Tupiniquins mera massa de manobra para os mais rasteiros interesses eleitoreiros. Esse tipo de embromação panfletária é prática de toda a corja. D todos, eu disse de todos, os partidos políticos. Na tribuna, vestais, sempre apontado a falta dos outros. Nos bastidores, Mefístoles, cozinhando no mesmo caldeirão a receita do engôdo para manter o domínio dos currais eleitorais. Olhem só que “pragmáticas” declarações tucanas: “Vamos assumir o que fizemos e discutir o que queremos. Vamos desmistificar essa questão de que o partido é contra essas políticas”, disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Os tucanos, no entanto, destacarão que Lula merece “aplauso” por manter e ampliar o Bolsa-Família. Uáu! Ao ler tão inusitadas declarações, Zé Bêdêu — o derradeiro abestado crédulo da Praça do Ferreira, em Fortaleza — , sapecou: “ué, mas o PSDB não vive dizendo que o bolsa-família é bolsa-esmola?” “Êta nóis”! O editor PSDB fará defesa do Bolsa-Família no NE Após fraco desempenho no Nordeste na eleição de 2006, tucanos vão apoiar, em seminário na Paraíba, políticas de transferência de renda A mais de um ano da eleição presidencial de 2010, o PSDB começa a colocar em campo um contra-ataque no Nordeste com o objetivo de desfazer a imagem de que o partido é contra as políticas de transferência de renda, como o Bolsa-Família. Com um discurso de que são a favor da ampliação do programa e de que o Bolsa-Escola, implantado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, “foi a mãe do Bolsa-Família”, os tucanos pretendem defender a principal marca social do governo Luiz Inácio Lula da Silva, em seminário amanhã, na Paraíba. A defesa do aperfeiçoamento, da manutenção e até da expansão do Bolsa-Família será a linha principal do encontro, do qual participarão parlamentares, governadores e prefeitos tucanos, além de lideranças do DEM e do PPS. Entre os dados que serão apresentados, há a estimativa de que até 2 milhões de famílias poderiam ser incorporadas ao programa, se a gestão fosse mais eficiente. “Vamos assumir o que fizemos e discutir o que queremos. Vamos desmistificar essa questão de que o partido é contra essas políticas”, disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Com o mote PSDB e as Políticas Sociais: Presente, Passado e Futuro, o partido quer reunir na mesa O Futuro das Políticas Sociais os pré-candidatos à Presidência. O governador Aécio Neves (MG) confirmou presença. A de José Serra (SP) está indefinida por questões de agenda. O Bolsa-Família foi criado no governo Luiz Inácio Lula da Silva como resultado da unificação dos programas Bolsa-Escola, Bolsa-Alimentação e Auxílio-Gás, que já existiam na gestão de FHC. Segundo avaliação dos tucanos, desde 2006, quando Geraldo Alckmin disputou a Presidência, ficou a imagem no Nordeste de que o PSDB é contra os programas de transferência de renda. Essa política é apontada por especialistas como um dos pontos que mais ajudaram Lula a se reeleger. A situação no Nordeste não é um mar de rosas para os tucanos. De acordo com pesquisa CNT/Sensus de março, é na região que Serra tem o pior desempenho: 38,5% das intenções de votos ante 52% na Região Sul. É também no Nordeste um dos piores desempenhos de Aécio: 15,5% contra 29% no Sudeste. Já a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT, tem o melhor desempenho no Nordeste: 26,5%, contra 11,4% no Sudeste. DEBATE Há oito pontos básicos sobre o Bolsa-Família que o partido pretende debater. Além da questão da manutenção do programa, uma das linhas de discussão será a defesa do crescimento econômico e do emprego como fatores que mais beneficiam os necessitados. O debate também seguirá a linha de que é obrigação dos governos manter as crianças na escola e em programas de saúde, independentemente de transferências. Além desses pontos principais, serão colocadas em debate outras seis considerações. Entre elas, a defesa de que é “crime” fazer exploração política do Bolsa-Família e que o programa não é uma “dádiva” do governo, mas um projeto pago com recursos dos contribuintes. “O que é hoje vendido como nunca antes se viu na história deste País? resulta de um longo processo histórico. Ignorá-lo pode até render dividendos políticos imediatos, mas é nocivo ao País, pois afasta a noção de que essas políticas são dever do Estado”, disse a senadora Lúcia Vânia (GO). Os tucanos, no entanto, destacarão que Lula merece “aplauso” por manter e ampliar o Bolsa-Família. Serão levados a debate também os desafios atuais dos programas sociais. Uma das teses defendidas é a necessidade de maior sinergia entre o Bolsa-Família e os benefícios rurais. No encontro, haverá a leitura de dois textos inéditos sobre Josué de Castro e d. Helder Câmara, cujos centenários de nascimento foram comemorados em 2008 e 2009, respectivamente. O poeta Ferreira Gullar escreveu sobre o intelectual pernambucano que dedicou a vida a estudos sobre a desnutrição no País. FHC, sobre o arcebispo de Olinda e Recife. por Julia Duailibi – O Estado de São Paulo

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Filha de FHC pede demissão do gabinete de Heráclito

Com a iniciativa, diminui o número de cupins no governo. Em carta endereçada a Heráclito Fortes (DEM-PI), primeiro-secretário do Senado, Luciana Cardoso pediu demissão. Luciana é filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Recebia contracheque do Senado desde 2003. Coisa de R$ 7,6 mensais. Deveria despachar no gabinete do senador. Mas não dava as caras. Pilhada pela coluna da repórter Mônica Bergamo, Luciana vocalizou emendas que pioraram o soneto. “Trabalho mais em casa, na casa do senador. Como faço coisas particulares e aquele Senado é uma bagunça e o gabinete é mínimo, eu vou lá de vez em quando”. Perguntou-se a Luciana se já havia entrado no gabinete de Heráclito. E ela: “Cabe não, meu filho! É um trem mínimo e a bagunça, eterna”. Na carta a Heráclito, Luciana anotou que decidiu se demitir para “evitar constrangimentos” ao pseudochefe. A certa altura do texto, a filha de FHC escreve: “Sou testemunha de seus esforços para aprimorar a administração do Senado…” “…Por isso mesmo, não quero que pairem dúvidas sobre seus propósitos nem sobre minha conduta”. Em verdade, o afastamento de Luciana livra de “constrangimentos”, além do senador, o pai da demissionária. Dias antes de Luciana ganhar o noticiário na condição de servidora fantasma, FHC discursara na Associação Comercial de São Paulo. Discorrera sobre um fenômeno que, na opinião dele, alastra-se sob Lula: a “cupinização” do Estado brasileiro. Pela lógica, nada poderia deixar FHC mais contrafeito do que ver uma Cardoso na condição de xilófaga, a roer a bolsa da Viúva sem a contrapartida do suor. Corre no TCU uma representação em que o representante do Ministério Público no Tribunal, Marinus Eduardo Marcico, pede a devolução do dinheiro que o Senado borrifou na conta bancária de Luciana Cardoso. do blog do Josias de Souza

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Lula, FHC, Obama e ‘o cara’

O sociólogo, não se aguenta de despeito. Com tantos títulos acadêmicos, mestrados e doutorados, poliglota e a aura de intelectual, o ex-presidente, um  Zagalo inverso, tem que engolir o sucesso ribaltino do apedeuta do agreste. Por trás de um aparente reconhecimento ao sucesso midiático do chefe dos Tupiniquins, o arauto de Foucault aproveita para dar suas (dele) estocadas. A fogueira da vaidade chega ao agreste O editor HC sobre o rapapé de Obama: ‘Ué, fiquei contente’ Dias atrás, em palestra na Associação Comercial de São Paulo, FHC referiu-se à necessidade de estabelecer contrapontos ao governo Lula. “Tem que bater”, disse ele, a certa altura. Há, porém, ocasiões em que mesmo FHC vê-se compelido a calibrar a batida. Nos ataques de inveja, por exemplo, o ex-presidente, se pudesse, preferia fazer sempre o papel de vítima. Nesta segunda feira, de passagem por Washington, FHC teve de responder a uma pergunta incômoda. O que achou de Obama ter brindado Lula com o epíteto de “político mais popular da Terra”? ‘‘Ué, fiquei contente. Acho bom que o Brasil tenha um político popular”. Não chegou a concordar inteiramente com Obama: “Não sei se corresponde aos fatos, não sei se é o mais [popular]”. Mas concedeu: “É um dos mais. Acho que é bom”. Perguntou-se também a FHC se, tonificado pelos afagos de Obama, Lula não teria se tornado um cabo eleitoral ainda mais difícil de ser batido por Serra ou Aécio. E ele: ‘‘Difícil é, mas ele [Lula] foi oposição a mim, e eu ganhei. Impossível, não é. Eu ganhei dele, no primeiro turno, duas vezes…” “…Então, depende do momento, depende das circunstâncias. Não basta o carisma. Agora, é necessário que a pessoa tenha a capacidade de sensibilizar o eleitorado”. É dura, como se vê, a rotina oposicionista de FHC. Não bastasse a falência múltipla de discurso do tucanato, tem de lidar com mais essa do Obama! Alguém precisa informar ao primeiro presidente negro dos EUA sobre uma frase dita por FHC em 1994: “Eu sou bem mulatinho. Tenho o pé na cozinha”. Obama talvez selecionasse melhor seus aliados no Brasil se tivesse ciência das verdadeiras origens de FHC. blog Josias de Souza

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Luciana Cardoso. A rainha da empáfia

Brasil: da série “O tamanho do buraco”! … enquanto isso, na sala de injustiça, no paraíso da improbidade, o Senado Federal, no charco dos charcos, na sede do maior quantidade de presepadas, nepotismo e corrupção do Brasil, zilz, zil, as indecências se sucedem. Suas (deles) ex-celências, continuam fingindo que não é com eles. Todos são Delúbios. Os que não fizeram, materialmente, o fizeram por osmose ou omissão, uma vez que não dá pros Tupiniquins acreditarem que os vestais senadores não sabiam de nada. Pois é, pobre e espoliado cidadão. O destino do seu, do meu, do nosso sofrido dinheirinho não escoa pelo ralo. Na realidade, à socapa, como diria Machado de Assis, vai para o bolso dos senadores e seus cúmplices. A lista dos fantasmas, que recebem sem colocar os seus (deles) fantasmagóricos vultos no local de trabalho, cresce. Depois da filha de FHC, surge uma neta de Juscelino, Alejandra Kubitschek, a mulher do governado petista de Sergipe, Marcelo Déda, uma cunhada do ex senador Paulo Otávio… Agora, leiam a entrevista da “cupim” de Fernando Henrique Cardoso: O editor Rainha da empáfia A entrevista com a filha de FHC, que está na coluna da Mônica Bergamo, fez o suco de centrífuga que eu costumo tomar no café da manhã ficar entalado na minha goela. Leia e depois eu comento: “Funcionária do Senado para cuidar “dos arquivos” do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), Luciana Cardoso, filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, diz que prefere trabalhar em casa já que o Senado “é uma bagunça”. A coluna telefonou por três dias para o gabinete, mas não a encontrou. Na última tentativa, anteontem, a ligação foi transferida para a casa de Luciana, que ocupa o cargo de secretária parlamentar. Abaixo, um resumo da conversa: FOLHA – Quais são suas atribuições no Senado? LUCIANA CARDOSO – Eu cuido de umas coisas pessoais do senador. Coisas de campanha, organizar tudo para ele. FOLHA – Em 2006, você estava organizando os arquivos dele. LUCIANA – É, então, faz parte dessas coisas. Esse projeto não termina nunca. Enquanto uma pessoa dessa é política, é política. O arquivo é inacabável. É um serviço que eternamente continuará, a não ser que eu saia de lá. FOLHA – Recebeu horas extras em janeiro, durante o recesso? LUCIANA – Não sei te dizer se eu recebi em janeiro, se não recebi em janeiro. Normalmente, quando o gabinete recebe, eu recebo. Acho que o gabinete recebeu. Se o senador mandar, devolvo [o dinheiro]. Quem manda pra mim é o senador. FOLHA – E qual é o seu salário? LUCIANA – Salário de secretária parlamentar, amor! Descobre aí. Sou uma pessoa como todo mundo. Por acaso, sou filha do meu pai, não é? Talvez só tenha o sobrenome errado. FOLHA – Cumpre horário? LUCIANA – Trabalho mais em casa, na casa do senador. Como faço coisas particulares e aquele Senado é uma bagunça e o gabinete é mínimo, eu vou lá de vez em quando. Você já entrou no gabinete do senador? Cabe não, meu filho! É um trem mínimo e a bagunça, eterna. Trabalham lá milhões de pessoas. Mas se o senador ligar agora e falar “vem aqui”, eu vou lá. FOLHA – E o que ele te pediu nesta semana? LUCIANA – “Cê” não acha que eu vou te contar o que eu tô fazendo pro senador! Pensa bem, que eu não nasci ontem! Preste bem atenção: se eu estou te dizendo que são coisas particulares, que eu nem faço lá porque não é pra ficar na boca de todo mundo, eu vou te contar?” EU: Ela não sabe quanto recebe, afirma que cuida das coisas pessoais do senador e se nega a dizer o que faz. Mas vem cá: quem paga o salário “de secretária” dela não somos nós? Então dona Luciana que deixe de ser besta e que aprenda a conversar com jornalista sem usar desse tom ridículo de superioridade. Será que ela não aprendeu nada no convívio com os pais? Será que a dona Ruth não ensinou a ela que bons modos e transparência são bons e a gente gosta? Pois agora eu faço questão de saber tudo sobre a atividade que dona Luciana exerce no Senado… bolg da Bárbara Gancia

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