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Brasil e soberania nacional

Soberania e outros tópicos importantes para o Brrasil. Coronel Gelio Fregapani ¹ VEÍCULOS LANÇADORES DE SATÉLITES Os mísseis Sonda foram a base para a construção do VLS. No começo importávamos dos USA quase todos os insumos; então por ordem do Pentágono foi cortada a venda. Primeiro, a borracha liquida para a fabricação do combustível sólido. Depois o perclorato da amônia, para a queima do combustível sólido na ausência do oxigênio atmosférico, o aço para os vasos dos motores, computadores, plataformas inerciais, e por último a prestação de serviços. Na década de 90 chegaram a confiscar quatro vasos dos motores do VLS enviados aos EUA para serem lá temperados. Nossos cientistas passaram a produzi-los aqui mesmo, exceto das plataformas inerciais e carbono-carbono que foram adquiridas dos russos e dos computadores de bordo, verdadeiros “cavalos de tróia”, comprados dos ingleses. Os EUA passaram a agir indiretamente usando a quinta-coluna cooptada nas fileiras dos governos Collor e FHC. Com a conivência desses governantes criou-se a Agencia Espacial Brasileira (AEB), através da qual a NASA passou a controlar e esterilizar os já parcos recursos destinados ao nosso programa espacial próprio. Em 1997, usando a AEB e o INPE, nos enfiaram goela abaixo a “compra” de uma cota do consorcio da Estação Espacial Internacional e ainda nos convenceram a pagar o treinamento de um piloto militar, escolhido entre aqueles simpáticos a Washington, para transformá-lo em um “astronauta” visando nos fazer desperdiçar esforços e recursos em atividades estéreis.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Para treinar o tenente-coronel aviador Marcos Pontes em “gerente de carga”, pagamos três milhões e novecentos mil euros, (o custo de um VLS completo). Nada disso se compara as suspeitas explosões em Alcântara, inclusive a última, que nos ceifou a nata dos cientistas e atrasou por dez anos nosso desenvolvimento. CONTRA A CORRUPÇÃO A primeira marcha em 7 de setembro em Brasília foi ironizada por reunir meia dúzia num País que reunia um milhão na marcha gay. Neste dia 12 já reuniu dezenas de milhares em Brasília, e começaram a espocar marchas em várias capitais. Certamente aumentará. Foi assim que começou na Índia, com as marchas de Gandi. O STF e o Congresso foram os alvos principais dessa marcha popular e apartidária, convocada pela internet, para protestar durante um feriado na capital brasileira. Cerca de 20 mil pessoas, nas contas da PM, saíram de casa e propuseram pautas concretas. Estamos começando a escutar o grito de um País, tímido no seu início, mas que se consolida. Esta marcha ainda foi pacífica, e a próxima provavelmente também o será, mas a medida em que a população tome consciência de sua força, a corrupção existente será eliminada, pelas urnas ou por outro modo. Aguardemos, fazendo a nossa parte. A ILUSÃO DOS BRICs A Rússia e a China são potências reais. A Índia, ainda não, mas tem armas nucleares e fabrica seu armamento. E nós? Bem, somos uma “potência ambiental” Quando líderes mundiais se referem ao Brasil com elogios, pretendem, apenas, aplainar os caminhos para seus negócios num momento em que a economia internacional patina em terreno pantanoso. Nós, imbuídos num ufanismo tolo, só saímos perdendo, pois falta definir objetivos e criar poder militar compatível. De nada adianta ser considerado como “potência emergente”sem força. E potência ambiental? O que significa? – Apenas ser fornecedor de matérias primas, além de uma elevada e injustificada responsabilidade nas mudanças climáticas (vide a falácia da “Amazônia pulmão do mundo”). Bobagem nos iludirmos com o canto de sereia dos interesses internacionais. Identifiquemos nossos interesses e trabalhemos para os conseguir. A QUESTÃO INDÍGENA Para a próxima disputa pelos escassos recursos naturais, a demarcação de imensas terras indígenas, preparou o “direito dos índios à autodeterminação” e a aplicação do “dever de ingerência”. O território brasileiro, em especial a Região Amazônica, será dividido em quistos, protegidos por uma força internacional de paz. O pretexto será defender os direitos dos índios, a realidade, a exploração dos recursos naturais estratégicos. A partir da Declaração Universal dos Direitos dos Indígenas a demarcação de terras indígenas assume o estágio de última posição para transformação em nações. Essa Declaração tem que ser recusada enquanto é tempo. De acordo com ela, é vedado ao Brasil construir estradas, aeroportos e até mesmo operações com fins militares. Ou seja, abriu-se o caminho para perdermos parte do nosso rico e desejado território. LIDERANÇA E GERÊNCIA Todo militar sabe que em épocas normais não são necessários lideres, mas sim gerentes. E que em época de crise, gerências não bastam. A verdade é que os Comandantes militares jamais deixaram de acreditar naquilo que sempre defenderam Aparentemente intimidados, não estão. Só não estão dispostos a lutar por regimes políticos-econômicos ou por partidos, mas não se esqueceram totalmente dos valores que moldam nossa carreira e estão a par do que acontece em nosso país. Apesar das críticas e provocações tem gerenciado a escassez, e o que sempre defenderão é a integridade da nação. A conjuntura interna ainda está sob controle; há muita corrupção, mas combatê-la não é missão das Forças Armadas. Entretanto a conjuntura mundial se torna preocupante; há uma guerra mundial em gestação. Nossa neutralidade ou envolvimento dependerá de nossa capacidade de causar danos. Neste sentido é necessário imprimir mais velocidade na preparação da Força. Primeiro pensemos quem pode nos ameaçar; depois, como enfrentar essa ameaça. Para mim está claro que a ameaça não vem dos vizinhos, nem dos árabes nem dos chineses, e que só poderemos aspirar a paz se tivermos submarinos, armas antiaéreas e muitos, muitos snipers. Com suas armas, é claro. Então precisaremos também de liderança. Já pensou sobre isto? Que Deus guarde a todos nós ¹ Coronel Gelio Fregapani, autor do livro: “A Amazônia no Grande Jogo Geopolítico Um Desafio Internacional”, uma atualização e ampliação do “Amazônia – A Grande Cobiça Internacional”, publicado em 2000. Tribuna da Imprensa

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CPMF: o PT sempre votou contra. Agora é a favor

Algumas importantes lembranças sobre a trajetória do PT, que sempre votou contra a CPMF. A primeira força política a se opor à CPMF foi o PT, nos governos Itamar e FHC, sempre votando “contra”. Aliás, votaram “contra” até na aprovação da Constituição Federal em1988. A grande questão (que a Dilma inclusive já apontou, para minha surpresa…) é que a CPMF jamais foi usada pra custear a saúde – inclusive no governo Lula. Particularmente considero um imposto muito interessante – se aplicado exclusivamente na saúde, o que nunca foi feito – pois inclusive ajudou a Receita Federal a rastrear contas-fantasmas. Além do mais, caiu no esquecimento o reajuste – e que reajuste! – das alíquotas do IOF, feito pelo Lula logo após a derrubada da CPMF pelo Senado, para compensar a “perda” da receita com o fim daquela Contribuição. Em tempos de internet e de redes sociais, é anacrônica a discussão sobre “liberdade de imprensa”. A comunicação é uma atividade empresarial como outra e não vejo maiores diferenças entre o domínio desta atividade por poucos grupos econômicos, como o cartel das empreiteiras, por exemplo, que há décadas controla as obras públicas do país, verdadeiras sócias do Poder, seja por quem exercido. Sobre isso o PT se cala, porque con$ente.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] As “amplas possibilidades de expressão do pensamento” estão consolidadas na Constituição Federal de 1988, no capítulo “direitos e garantias individuais”, art. 5º, Constituição para cuja aprovação não foram computados os votos do PT, que na ocasião, inclusive, expulsou os então deputados Aírton Soares, Bete Mendes e José Eudes, porque votaram a favor de Tancredo Neves contra Paulo Maluf. Foi o “jornalismo marrom” que desvendou os mistérios de Collor; que deu voz ao caseiro Francenildo; que apurou os dólares na cueca do irmão do Genoíno; que questionou as privatizações da era FHC; que investigou o assassinato do Prefeito Celso Daniel; que obrigou os filhos e netos de Lula a devolverem seus “passaportes diplomáticos”; que investigou as falcatruas de Erenice Guerra e de seu filhotinho, e por aí vai… As instituições democráticas estão funcionando, temos Ministério Público, Polícia Federal, Judiciário ainda imperfeitos, é certo, mas menos imperfeitos do que a indevida ingerência política, ainda mais desses petistas furiosos. Se a “Veja” e outros veículos praticam jornalismo da pior espécie, que seus dirigentes sejam responsabilizados civil e criminalmente. Onde estão os maciços investimentos no Judiciário? Na Polícia? É uma questão de enfoque. O controle dos meios de comunicação é uma velha bandeira da “ex-esquerda” (do tempo que era esquerda…), mas aqui deve ser entendido como uma forma de se apropriarem dos “meios de produção” intelectuais para que as falcatruas sejam devidamente acobertadas. Isso é muito diferente do que Brizola – sozinho – fez, em termos de crítica, porque naquela época os meios de comunicação realmente estavam a serviço das forças reacionárias da ditadura, sem relembrar que a primeira experiência de resistência ao monopólio dos meios de comunicação se deu com a “Cadeia da Legalidade”, comandada pelo então governador do Rio Grande do Sul em 1961, para garantir a posse do vice-presidente Jango, que estava em visita oficial à China, dando tempo para que ele regressasse após a renúncia combinada de Jânio. Este fato deveria ser reverenciado pelos petistas, que sempre que podem se aliam ao que há de pior na política. Oportuno também lembrar que na campanha para o governo do Estado do Rio, em 1986, Brizola foi proibido de aparecer no horário gratuito do PDT, para apoiar o Darcy Ribeiro. Os advogados do Moreira Franco, à frente o desembargador Marcos Heusi, utilizaram de todos os meios, lícitos e ilícitos, obviamente com o conluio de uma Justiça Eleitoral comprometida, para impedir a presença do Brizola no vídeo. Em suma, a coisa vai de mal a pior. E dessa gente pode se esperar tudo. Mário Assis/Tribuna da Imprensa

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PSDB e PT: mais iguais que nunca

Sempre tenho dito aqui nesse blog que PT e PSDB são siameses. Fingem-se de opostos, mas comungam do mesmo propósito de iludir os abestados Tupiniquins. Beijinhos selinhos e afagos verbais transcendem meros gestos de cortesias. O Editor Ps. O PT aprendeu as peripécias do mensalão com o ex-presidente do PSDB – já indiciado no STF, pelos mesmos crimes de Zé Dirceu e demais petistas – quando Eduardo Azeredo era candidato à prefeitura de Belo Horizonte, e introduziu nas práticas nada republicanas os saberes de caixa dois do hábil Marcos Valério.  Deputado tucano reconhece que PSDB e Dilma estão cada vez mais próximos O deputado tucano Antonio Imbassahy considera “exagero” dizer que existe possibilidade de o PSDB selar um namoro com a presidente Dilma Rousseff (PT), mas admite que há um flerte. Ele lembrou que “tudo começou” quando a petista enviou mensagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) reconhecendo “os excelentes serviços” que ele prestou ao Brasil enquanto chefe da nação. “Sem dúvida, esse gesto da presidente inaugurou uma nova fase, um novo momento do relacionamento entre o PSDB e a presidente”, afirmou Imbassahy. Na última quinta (18), em São Paulo, no lançamento do programa Brasil Sem Miséria para a região Sudeste, ao lado dos governadores de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, Dilma chamou o evento de “pacto republicano” por unir governo e oposição. Tribuna da Bahia [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Dilma e Obama têm problemas semelhantes

Até as pedras sabem que Dona Dilma está “numa sinuca de bico”. Ou no popular “ou dá ou desce” O PMDB não é PP. Agora se há alguém que entende de quebradeiras esse alguém é o sociólogo. Ninguém tão bem como ele soube amparar banqueiros e empresários falidos. A senilidade impede FHC de lembrar a bandalheira da privatização das teles? Ou o que teve que fazer para manter a governabilidade, com os mesmo Sarneys, Jucás, “et caterva”? Os quatro primeiros anos do Fernando foram de nenhum superávit primário, farra fiscal, câmbio controlado engolindo a empresa nacional, e corrida ao FMI para implorar US$ 41 bilhões para o Brasil não quebrar. Lula o outro farsante, jogou pra debaixo do tapete a maior quantidade de corrupção já vista nessa pobre e depauperada taba dos Tupiniquins. Quanto à corrupção todos estão nivelados por baixo. Com todos. Desde Cabral. O Editor FHC: o ‘dilema’ de Dilma é parecido com o de Obama “…Mal comparando, a presidenta Dilma está aprisionada em um dilema do gênero daquele que agarrou Obama E nós aqui nesta periferia gloriosa a quantas andamos? Longe do olho do furacão cantamos glória pelo que fizemos, pelo que de errado os outros fizeram e pelo que não fizemos, mas, pensamos, pouco importa, o vendaval do mundo varreu a riqueza de uma parte do globo para outra e nos beneficiou. Será que é assim mesmo? Será que a proeza de evitar as ondas do tsunami impede que a malignidade do resto do mundo nos alcance? Tenho minhas dúvidas. Falta-nos, como impuseram os reacionários americanos a Obama, uma agenda, mas que seja nova e não a desgastada do “clube do chá” americano. A nova agenda existe, está exposta cotidianamente pela mídia e não é propriedade de um partido ou de um governo. Mas onde está a argamassa, como o antigo ideal americano, para conter as divergências, o choque de interesses, e guiar-nos para um patamar mais seguro, mais próspero e mais coeso como nação?[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Mal comparando, a presidenta Dilma está aprisionada em um dilema do gênero daquele que agarrou Obama. Só que, se no caso americano a crise apareceu como econômica para depois se tornar política, em nosso caso ela surgiu como política, mas poderá se tornar econômica. Explico-me: a presidenta é herdeira de um sistema, como dizíamos no período do autoritarismo militar. Este funciona solidificando interesses do grande capital, das estatais, dos fundos de pensão, dos sindicatos e de um conjunto desordenado de atores políticos que passaram a se legitimar como se expressassem um presidencialismo de coalizão no qual troca-se governabilidade por favores, cargos e tudo mais que se junta a isso. Esta tendência não é nova. Ela foi-se constituindo à medida em que o capitalismo burocrático (ou de estado, ou como se o queira qualificar) amealhou apoios amplos entre sindicalistas, funcionários e empresários sedentos por contratos e passou a conviver com o capitalismo de mercado, mais competitivo. Na onda do crescimento econômico as acomodações foram se tornando mais fáceis, tanto entre interesses econômicos quanto políticos (incluindo-se neles os “fisiológicos” e a corrupção). No início parecia fenômeno normal das épocas de prosperidade capitalista que seria passageiro. Pouco a pouco se foi vendo que era mais do que isso: cada parte do sistema precisa da outra para funcionar e o próprio sistema necessita da anuência dos cooptáveis pelas bolsas e empregos de baixo salários e precisa de símbolos e de voz. Esta veio com o “predestinado”: o lulismo anestesiou qualquer crítica não só ao sistema mas a suas partes constitutivas. É neste ponto que o bicho pega. A presidenta é menos leniente com certas práticas condenáveis do sistema. Entretanto, quando começa a fazer uma faxina quebram-se as peças da engrenagem toda. Sem leniências e cumplicidades entre as várias partes, como obter apoios para a agenda necessária à modernização do país? E sem ela, como fazer frente à concorrência da China, à relativa desindustrialização, ou melhor, ‘desprodutividade’ da economia e como arbitrar entre interesses legítimos ou não dos que precisam de mais apoio do governo, advenham eles de setores populares ou empresariais? É cedo para prever o curso dessa história, que apenas começa. Mas não há dúvidas que para se desfazer da herança recebida será preciso não só ‘vontade política’ como, o que é tão difícil quanto, refazer os sistemas de alianças. É luta para Davis e, no caso, Golias é pai de Davi.” –>>aqui o texto integral do artigo de FHC Leandro Moraes/UOL

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Internet e eleições: Disputa presidencial de 2010 foi mais acirrada, aponta Ibope

Estudo elaborado a partir de pesquisas realizadas na eleição mostra diferença menor entre candidatos. A disputa eleitoral foi mais acirrada na internet que no eleitorado em geral, mostra estudo divulgado pelo Ibope nesta segunda-feira, 25. O estudo, elaborado pelos pesquisadores João Francisco Resende, do Ibope Inteligência, e Juliana Sawaia Cassiano Chagas, do Ibope Mídia, cruzou dados das pesquisas eleitorais realizadas pelo instituto entre 30 de junho e 30 de outubro de 2010. O trabalho apontou que a diferença na intenção de votos entre os principais candidatos à Presidência da República – Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) – era menor entre os eleitores conectados que entre o eleitorado em geral. Dilma, que venceria a disputa, aparece em todas as pesquisas realizadas com porcentuais mais baixos que os apresentados no eleitorado geral. Já o tucano José Serra e a então candidata do PV apareciam com números mais altos. No início do período, os dois apareciam empatados entre os conectados – em 30 de junho os dois somavam 36%, em 29 de julho e em 15 de agosto, 37% -, enquanto no eleitorado geral, Dilma já começava a abrir dianteira, em função do maior conhecimento que as pessoas passaram a ter sobre ela – 39% a 34% em 29 de julho, 43% a 32% em 15 de agosto. No início do segundo turno, Serra se aproximou de Dilma no eleitorado geral, chegando a 43%, ante 49% de Dilma. Entre os conectados, Serra assumiu a liderança, com 50% a 41% em 13 de outubro. Em 20 de outubro, o tucano tinha 48% contra 42% e no dia 28 de outubro, Dilma virava o resultado: 49% a 43% entre os conectados e 52% a 40% no eleitorado geral. A alteração no cenário eleitoral entre o final do no início do segundo turno se deve a boatos que passaram a circular pela internet, dando conta que Dilma apoiaria a legalização do aborto e criticando sua participação em grupos armados que lutaram contra o regime militar e o seu suposto ateísmo.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Ainda no primeiro turno, uma declaração de Monica Serra, mulher do presidenciável tucano, contribuiu para o acirramento da guerra virtual entre PT e PSDB. Em campanha na Baixada Fluminense, Monica afirmou que Dilma “é a favor de matar as criancinhas”, referência ao fato de que a petista seria a favor do aborto. Em resposta, blog ligado ao PT divulgou documento assinado por Serra quando ministro da Saúde que regulamenta a realização do aborto em casos previstos na legislação, como estupro e em casos de risco de morte da mãe e indicou que a versão do Plano Nacional de Direitos Humanos feito na gestão FHC “defende a ampliação da legalização do aborto”. Jair Stangler/O Estado de S.Paulo

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Itamar Franco: um presidente que não tolerava corrupção

Itamar Franco: nacionalista e corajoso, o país chora sua perda. Saudades do presidente Itamar Franco, o único que afastava qualquer ministro suspeito de irregularidade, até que provasse ser inocente. Itamar Franco, presidente da República de 1992 a 1994, morreu aos 81 anos neste sábado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 21 de maio, quando foi diagnosticado com leucemia. Segundo o hospital, Itamar morreu às 10h15 após acidente vascular cerebral. O corpo será transferido para Juiz de Fora (MG), para ser velado e depois para Belo Horizonte, cidade na qual, por desejo do presidente, o corpo será cremado, após receber homenagens no Palácio da Liberdade. Eleito senador pelo PPS de Minas Gerais no ano passado, Itamar estava licenciado do cargo desde que foi internado, em maio deste ano. Realmente não se faz mais político como Itamar Franco. Nacionalista e corajoso, foi o criador do Plano Real, que salvou a economia do país e é responsável por seu crescimento atual, fez um governo brilhante. Ficou apenas dois anos no governo.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Imaginem se tivesse ficado oito, como FHC e Lula. Depois, como governador de Minas, lembrem-se de sua atitude de convocar a PM de Minas para impedir que Furnas fosse privatizada, quem faria igual? Em matéria de probidade administrativa, nunca se viu nada parecido na política brasileira. Ele jamais admitiu que qualquer membro do governo, especialmente do primeiro escalão, fosse colocado sob suspeita de irregularidade. Afastava o ministro imediatamente, até que o caso foi totalmente investigado. Itamar Franco não teve dúvidas de demitir um de seus amigos mais próximos, Henrique Hargreaves, mineiro de Juiz de Fora, que era Chefe da Casa Civil. Hargreaves foi acusado na CPI dos Anões, e Itamar o afastou em 5 de outubro de 1992. Só o readmitiu mais de um ano depois, em 1º de novembro de 1993, quando ficou comprovado que Hargreaves havia sido acusado injustamente. O mais importante e interessante nisso tudo é que a amizade entre Itamar e Hargeaves resistiu a tudo. Quando ele foi novamente nomeado para a Chefia da Casa Civil, o presidente mandou estender um tapete vermelho na entrada do Palácio do Planalto, para recebê-lo de volta. E ainda agora trabalhavam juntos. Hargreaves, que depois foi secretário de Estado quando Itamar governou Minas Gerais, atualmente era seu assessor no Senado. A acusação contra Hargreaves era uma bobagem, não pode nem ser comparada à situação de Antonio Palocci, por exemplo, que verdadeiramente enriqueceu no desempenho de funções públicas, seja como “consultor” (sinônimo de lobista e traficante de influência) ou “corretor imobiliário”. Palocci, que já tinha um passado nebuloso na prefeitura de Ribeirão Preto, onde ficaram famosas suas relações com a empresa de lixo Leão & Leão, confirmou o currículo ao atuar como ministro da Fazenda, quando se dedicava a frequentar a mansão que seus amigos de Ribeirão Preto alugaram para fazer lobby, traficar influência em Brasília e praticar sexo com profissionais. Demitido por Lula, Palocci ficou no ostracismo até a campanha de Dilma, à qual foi discretamente integrado, mas dela emergindo como todo-poderoso chefe da Casa Civil, cargo não muito recomendável nos últimos tempos, desde que foi entregue a José Dirceu e depois a Erenice Guerra, outros excepcionais especialistas em consultorias e tráfico de influência. E só foi demitido porque não havia mais como sustentá-lo. Que diferença para Itamar Franco, minha gente. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa ->>aqui biografia de Itamar Franco

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Sigilo de documentos: decreto existe desde FHC

FHC repisa: assinou decreto do sigilo eterno sem ler Pouca gente menciona, mas a encrenca do sigilo eterno dos documentos oficiais nasceu na presidência de Fernando Henrique Cardoso. Quando, de raro em raro, alguém lhe esfrega o assunto no nariz, o ex-presidente repete: assinou o decreto desavisadamente. Nesta quinta (30), de passagem pelo Senado, onde degustou uma homenagem pelos 80 anos, FHC foi reinquirido sobre o tema. Repisou: “Fiz sem tomar conhecimento…” “…Foi no último dia do mandato, tinha uma pilha de documentos e eu só vi dois anos depois. O que é isso? Mandei reconstituir para saber o que era”. Ou seja: o acaso, quando combinado com o descaso, pode levar ao ‘historicídio’. Para sorte do Brasil, FHC não assina cheques como rubricava decretos. A imagem de um ex-presidente pedindo esmolas na esquina seria constrangedora. blog Josias de Souza

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Dilma Rousseff e a carta para FHC

Flores na entressafra O PSDB sentiu-se lisonjeado com o reconhecimento da presidente Dilma Rousseff ao papel de Fernando Henrique Cardoso para o desenvolvimento do Brasil, na carta de felicitações pelos 80 anos do ex-presidente. Já o PT fez que não ouviu. Lula pode ser que ainda faça um gesto de boa educação daqui até sábado, quando o desafeto com quem outrora dividiu afetos faz aniversário. De qualquer modo, os petistas trataram a coisa à sua maneira. A eles interessa muito mais o efeito do ato, no que pode render de boa vontade por parte da oposição e de uma boa imagem para Dilma, do que revisar pensamentos e procedimentos. Não há sinal de autocrítica no horizonte. E principalmente no horizonte futuro das disputas eleitorais. O PT continuará batendo na tecla da desconstrução do período FH, muito embora petistas aqui e ali prestem reverência à verdade dos fatos. Tomemos as privatizações dos aeroportos: se renderem bons resultados, não serão reconhecidas como prova de equívoco anterior do PT, mas incluídas como crédito à capacidade do partido de fazer bem feito o que o adversário fez malfeito. Daí a prudência aconselhar comedimento às comemorações tucanas. Dilma Rousseff faz as honras da casa, mas quem manda no partido é Lula e este não abrirá mão do conflito pesado, base da disputa eleitoral. Na entressafra tudo são flores. Quando chegar a época adequada voltará ao cenário a tese genericamente conhecida como a da herança maldita sem que Dilma possa vir a aparecer em público reconhecendo os feitos do adversário. O PSDB nunca compreendeu inteiramente a necessidade da defesa de seu capital e demonstrou isso não só quando titubeou em 2002, claudicou em 2006 e se esborrachou em 2010 ao deixar FH propositadamente fora da campanha. Mostrou especial inépcia ao tentar ganhar sem enfrentar Lula, que, por sua vez, é dono da mais perfeita noção de que disputa implica briga. É cada um do seu lado, um tentando anular o outro e que vença quem souber melhor atacar e se defender. Lula é um ás na matéria. Como tal é ele quem dará todas as cartas na eleição, campo onde conta mais a competência política para a montagem das condições de batalha do que o conjunto dos atos do governante no curso do mandato. Exemplo? Fernando Henrique, agora descrito em carta por Dilma como um fantástico presidente, não elegeu o sucessor porque lhe faltaram astúcia e organização político-eleitoral. Coisa que Lula teve de sobra ao governar oito anos exclusivamente pela lógica eleitoral e eleger alguém politicamente dependente e incapaz de lhe fazer sombra. Aqui não vai nem de longe o reconhecimento da correção da prática, mas é o fato. E esse fato na hora H vai prevalecer sobre qualquer movimento ou tentativa de marcar posição de independência que possa fazer a presidente em períodos de entressafra eleitoral. Entrada em cena. Se de um lado são precitadas as cobranças e queixas dos aliados já no primeiro dia de trabalho da ministra Ideli Salvatti, de outro a impaciência expressa a má vontade em relação a ela. Não ajudou a ministra ter dito que obedece à hierarquia em seus contatos: primeiro os presidentes da Câmara e do Senado, depois as bancadas. Deputados e senadores não fazem essa distinção. Mesa redonda. No jantar em homenagem a Fernando Henrique Cardoso na sexta-feira passada o senador Aécio Neves comentava planos futuros do PSDB, apontando para a mesa onde estavam todos juntos os economistas do Plano Real: “Vamos reunir esse pessoal de novo para discutir um projeto de País”. A tarefa de patrocinar o debate seria do Instituto Teotônio Vilela. Em tese, os economistas – hoje cada um cuidando de suas vidas e nem um pouco entusiasmados com o desempenho do partido – gostam da ideia de recuperação da capacidade de formular, mas acham imprescindível que o partido não se fie só nos veteranos e recrute gente nova se quiser ter sucesso na empreitada. Dora Kramer – O Estado de S.Paulo

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Dilma não foi responsável por crise, diz FHC

Ex-presidente disse ainda que é cedo para julgar como será o trabalho da nova ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta sexta-feira, 10, que a presidente Dilma Rousseff não foi responsável pela recente crise que resultou na queda de Antonio Palocci, da Casa Civil, e o remanejamento de ministérios com a ida de Ideli Salvatti para as Relações Institucionais e de Luiz Sérgio para a Pesca. “Era melhor não ter perdido (um ministro-chefe), mas a presidente não é responsável por isso. Acontece”, afirmou durante um jantar de comemoração de seus 80 anos, na Sala São Paulo, na capital paulista. Fernando Henrique disse ainda que é cedo para julgar como será o trabalho da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que assumirá o cargo na segunda-feira, 13. “Não conheço a Ideli e é cedo para julgar. Como eu fui presidente, eu sei como é isso. A gente tem que esperar que as coisas aconteçam. Eu ficava muito irritado quando julgavam minhas intenções, o que eu iria fazer, vamos esperar um pouquinho”, disse. Battisti Sobre a permanência do ex-ativista italiano Cesare Battisti no Brasil, FHC disse que se fosse presidente não teria tomado a mesma decisão que o também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou. “Eu não discuto decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), mas se eu, se fosse presidente, não teria concordado. Mas, enfim, o Supremo declarou que o presidente é quem resolve e então está resolvido”, comentou. O ex-presidente também evitou criticar seus colegas de partido que não apoiam a descriminalização das drogas. “Não acho que isso seja uma questão partidária, e é bom que não seja discutido no âmbito dos partidos. Tem que ser debatido pela sociedade, não estou cobrando isso de líder nenhum”, ressaltou. Ele afirmou ainda que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não pode comparecer ao evento porque está em viagem ao México. A festa do ex-presidente está sendo realizada na Sala São Paulo, no centro da capital, e reúne aproximadamente 500 convidados, entre políticos, artistas, ex-integrantes de seu governo e ministros do STF. Anne Warth e Gustavo Uribe/Agência Estado

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