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Tucanos absolvidos no caso das privatições da telebrás

O juiz da 17ª Vara Federal de Brasília, Moacir Ferreira Ramos, absolveu na semana passada integrantes do governo Fernando Henrique Cardoso de acusações de terem privilegiado o Banco Opportunity e outras empresas no leilão da venda da Telebrás, que ocorreu em 1998. Entre os acusados estavam o ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros, os ex-presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) André Lara Resende e José Pio Borges e o ex-presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Renato Guerreiro. O Ministério Público Federal tinha proposto a ação de improbidade administrativa combinada com ação civil pública na qual questionava a legalidade da operação que resultou na privatização das empresas de telefonia integrantes do sistema Telebrás. Aos acusados era atribuída a prática de atos de improbidade administrativa e ofensa aos princípios constitucional da moralidade, da probidade, da legalidade e da impessoalidade. O juiz baseou sua decisão em um parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) segundo o qual os atos praticados pelos acusados não resultaram em dano ao erário. Ramos fez críticas a integrantes do PT que na época encaminharam uma representação para que o Ministério Público acionasse o Judiciário. Ele avaliou que esses petistas poderiam ter contribuído com as investigações quando o partido assumiu o governo federal. “Penso ser importante enfatizar que esta ação foi promovida em decorrência, ainda, de representação feita (dentre outras pessoas e entidades sindicais) por alguns políticos que, à época das privatizações do setor de telefonia, ostentavam notória oposição ao governo anterior do Sr. Fernando Henrique Cardoso, que então administrava o País. Cito: Aloizio Mercadante, Ricardo José Ribeiro Berzoini, Vicente de Paula da Silva e João Vaccari Neto”, afirmou o juiz. “Sobreveio o governo do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva (o presidente Lula), que é apoiado por esses políticos que têm reconhecido relevo no ambiente congressual – senador da República, deputado federal e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT). Ora, se havia a preocupação com a apuração destes fatos, tanto que foi promovida a representação junto ao Ministério Público Federal, por que esses nobres políticos não interferiram junto ao governo atual (já renovado pela reeleição), ao qual têm dado suporte, para que fosse feita, a fundo, a investigação dessas denúncias – sérias, enfatize-se – que apontaram na representação?”, questionou o juiz. Mariângela Gallucci – da Agência Estado

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Bento XVI, excomunhão, má jornalismo,eleições 2010 e corrupção

Notas “pescadas” do sempre lúcido e incisivo jornalista Hélio Fernandes. Embaixo da rua ladrilhada com brilhantes pela mídia subserviente, o grande jornalista mostra que subsiste o lodo. A depressão dos católicos diante da excomunhão determinada pelo Vaticano assustadora. Não há explicação para a imprudência e a subserviência. O mundo capitalista se ajoelha diante da China “comunista” e pede socorro. Não estão satisfeitos com o pacote de 585 BILHÕES, que serviriam principalmente para a importação. A China prometeu rever o total, até agora, nada. Os “capitalistas” pedem muito. O governo da China não está “irritado ou revoltado” com a insatisfação capitalista. Pelo contrário. Gosta de se sentir “fiel da balança”, desculpem a rotina. Mas é assim mesmo. A China poderosa e se fortalecendo com a crise. Warren Buffet para o “New York Times”: “Os Estados Unidos levarão 5 anos para a recuperação”. Nota mil. Venho dizendo isso há muito tempo, antes da posse de Obama. Seria ilógico e não compreensível que essa “crise colossal” pudesse se recuperar em apenas 1 ano, ou seja, até o fim de 2009. Em 2015 a crise ainda estará visível. Bento XVI em reuniões longas e incessantes, por causa da excomunhão de médicos e da mãe da menina estuprada. Falou pelo telefone com membros da CNBB, não há solução. Larry Rother, que foi correspondente do “New York Times”, no Brasil, diz em entrevista: “O governo Lula é o mais corrupto da História”. Pelo visto, Rother não aprendeu nada aqui e esqueceu o pouco que sabia. O governo mais corrupto dos 509 anos do Brasil (vá lá, excluídas as ditaduras) é o de FHC. Não quero defender o governo Lula. Mas cada uma das DOAÇÕES-PRIVATIZAÇÕES de FHC representa o roubo do nosso patrimônio. I-n-c-o-m-p-a-r-á-v-e-l. O jornalista dos EUA, visivelmente, quer se vingar do equívoco colossal do governo Lula, ao tentar expulsá-lo. Faz jornalismo com ódio, devia fazer com informação e opinião. Brasília parece o futebol, uma “caixinha de surpresa”. Agora é oficial: a capital tem a renda per capita, desculpem, mais alta do País. Centro da corrupção, da mordomia e do desperdício, talvez isso tudo impulsione os números. Surpreendente: Serra mais preocupado com a sua própria sucessão em SP do que com a condição de presidenciável. Motivo: quem comandará a máquina administrativa em 2010? Não tem a menor confiança no ex-stalinista Goldman, que assumirá em 31 de março de 2010. O que fazer com Kassab e Alckmin, um favorecido o outro prejudicado? E queria José Anibal?

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Procurador pede a TCU apuração sobre a filha de FHC

A coisa tá braba. Nós, os Tupiniquins, não temos nem tempo pra tomarmos fôlego. O tsunami de lama que vem do senado, nos afoga a todos. O que mais impressiona é que se ligarmos a TV Senado, os nécios se sucedem na tribuna e nenhum das 81 ex-celências, toca no assunto. Parecem todos habitantes de outro planeta. Ninguém sabia da ocorrência das bandalheiras. E eu que pensava que Lula e aloprados mensaleiros não tinham feito escola! O editor blog Josias de Souza Nesta terça (31), o procurador Marinus Eduardo Marsico pedirá ao TCU que abra uma investigação em torno dos malfeitos do Senado. Ele representa o Ministério Público no TCU. Protocolará sua ação na presidência do tribunal, um órgão auxiliar do Legislativo. Entre os episódios que Marinus Marcico deseja ver acomodados em pratos bem asseados está a contratação de uma filha de Fernando Henrique Cardoso. Chama-se Luciana Cardoso. É contratada do gabinete do senador Heráclito Fortes (DEM-PI). Mas não dá as caras no Senado. Escondida nas dobras da folha de pagamentos do Senado, a filha de FHC foi desencavada pela coluna da repórter Mônica Bergamo. Ouvida, Luciana soou curiosamente debochada: “Trabalho mais em casa, na casa do senador…” “…Como faço coisas particulares e aquele Senado é uma bagunça e o gabinete é mínimo, eu vou lá de vez em quando…” Perguntou-se à filha de FHC se já havia entrado no gabinete de Heráclito. E ela: “Cabe não, meu filho! É um trem mínimo e a bagunça, eterna…” “…Trabalham lá milhões de pessoas. Mas se o senador ligar agora e falar ‘vem aqui’, eu vou lá”. Ou seja, Luciana é, por assim dizer, parte de um fenônome que o pai dela batizou de “cupinização” do Estado. Além de varejar este caso, o procurador Marinus Marcico deseja que o TCU esquadrinhe outros dois episódios: 1. O pagamento de horas extras a mais de 3.000 servidores do Senado em plenas férias; 2. A denúncia de que a servidora Elga Lopes recebeu normalmente o contracheque em fases nas quais assessorou as campanhas eleitorais de senadores. Entre os “assessorados” estão José Sarney e a filha dele, Roseana Sarney. Elga era diretora de Modernização do Senado (!?!?!). Hoje, dirige a Comunicação Social. O objetivo do procurador é a restituição às arcas da Viúva de valores eventualmente dispendidos em afronta à lei. Marinus Marcico talvez devesse ampliar o foco da ação que vai propor ao TCU. Há inúmeros outros “fantasmas” flanando sobre a folha salarial do Senado. No último final de semana, os repórteres Otávio Cabral e Alexandre Oltramari lançaram um facho de luz sobre dois desses ectoplasmas. O primeiro se chama Aricelso Lopes. É “coordenador de atividade policial” do Senado. Está lotado no gabinete do senador Mão Santa (PMDB-PI). “Faz no mínimo dois anos que ele não aparece aqui”, disse Rauf de Andrade, chefe de gabinete da polícia do Senado. O gabinete de Mão Santa informou que o servidor foi requisitado, veja você, para capturar um pistoleiro que supostamente ameaçava o senador. O outro “fantasma” atende pelo nome de Weber Magalhães. É diretor da CBF. Mas está escalado como servidor do gabinete de Wellington Salgado (PMDB-MG). A Viúva paga-lhe o salário. Mas Weber não dá expediente no Senado. “Acompanho projetos para o senador”, diz ele. Inquirido a respeito, o pseudochefe Wellington deu uma explicação saiu-se com um salgado deboche ao contribuinte: “Ele é muito feio. Melhor não aparecer por aqui”. Como se vê, a situação no Senado é mais feia do que supõe o procurador Marinus Marsico. Melhor ampliar o escopo da ação. Quem sabe nao se anima logo a incluir a Câmara. Deve-se aos repórteres Leonardo Souza e Maria Clara Cabral a descoberta de que a folha da Câmara serve de abrigo até para empregada doméstca. Descobriu-se que o deputado licenciado Alberto Fraga (DEM-DF) mantinha em casa uma doméstica, Izolda da Silva Lima, cujo salário sai da bolsa da Viúva. Depois de negar o malfeito à saciedade, Fraga traiu-se numa entrevista ao “Jornal Nacional”. Disse o seguinte: “Ela faz serviço no meu gabinete. Ela paga contas, serve cafezinho, é uma empregada que presta serviços domésticos…” “…Perdão, presta serviços externos. Agora, realmente ficou complicado de explicar”. De fato, ficou complicado. Tão complicado que Fraga viu-se compelido a pedir ao suplente Osório Adriano (DEM-DF), no exercício do mandato, que demitisse Izolda. No Senado, acossado pelo inadmissível, José Sarney disse que terá “tolerância zero” com os malfeitos. A essa altura, não resta à platéia senão agarrar-se a São Tomé.

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Sarney: o vingador mesquinho

O espírito de vingança mesquinha do senador José Sarney apareceu contra Fernando Henrique Cardoso (FHC), ele não o perdoou de ter permitido à Polícia Federal, devidamente autorizada pela justiça, fazer uma batida no escritório da empresa Lunus, na qual Roseana era a acionista majoritária. No cofre dessa firma foram encontrados 1,34 milhão de reais em espécie, além de vários documentos comprometedores. José Sarney, presidente do Senado A dificuldade de explicar a origem e o destino desse dinheiro foi um dos fatores que levaram a então governadora do Maranhão a desistir de disputar a Presidência da República em 2002. Por esse motivo Sarney encerrou a amizade que tinha com FHC e durante a campanha que elegeu Lula à presidência, fez tudo que pode contra FHC e seu candidato. Não teve a grandeza de ficar à margem da atitude da filha. A mesquinhez volta a se fazer presente. Sarney e seu filho Fernando Sarney aparecem em uma escuta legal da Polícia Federal discutindo o uso de duas empresas do grupo de comunicação da família, a TV Mirante (afiliada da Rede Globo) e o jornal “O Estado do Maranhão”, para veicular denúncias contra seus rivais do grupo do governador Jackson Lago (PDT). Em uma das conversas, ele liga para seu filho pedindo que ele levasse à TV acusações contra Aderson Lago, primo e chefe da Casa Civil do governador Lago, que teve a “ousadia” de derrotar a filha de Sarney, Roseana, em 2006. É este homem que preside o Congresso do País. Pobre Brasil! do blog Prosa e Política

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