Medicina no Brasil: médicos de planos de saúde em greve e o povo que morra!
Será que só porque é público e para atender a população carente, a saúde não faz parte do Plano de Governo como prioridade? Agora até os usuários de Planos de Saúde pensavam estarem à margem desse caos, passam a ser vítimas do descaso do Governo com a saúde dos Tupiniquins. É uma vergonha que afronta a dignidade do ser humano, dignidade essa garantida na Constituição Federal, a inimaginável situação em que se encontra o serviço de saúde em várias partes do Brasil. O que presenciamos constantemente em relação à saúde pública no Brasil, são pessoas morrendo nas portas e dentro dos hospitais, por falta de socorro médico, leitos insuficientes para atender a tanta demanda e até escassez de material de consumo para proteger a saúde da população. O Editor Médicos de planos de saúde fazem greve. Como são mal pagos, não atendem adequadamente aos clientes. Esta é a Medicina no Brasil de hoje. Enquanto a saúde pública vai de mal a pior, médicos conveniados a planos de saúde vão parar de atender nesta quarta-feira em 23 estados e no Distrito Federal, em protesto contra as operadoras e seguradoras. É a segunda manifestação este ano. No dia 7 de abril, os médicos também suspenderam o atendimento eletivo aos clientes de todas as operadoras do país. Organizada pelas principais entidades profissionais dos médicos, a paralisação vai durar o dia todo. A principal reivindicação da categoria é o reajuste do valor das consultas e serviços pagos pelas operadoras. Outra reclamação é interferência das empresas na autonomia dos médicos, seja recusanado exames ou dificultando a internação de determinados pacientes, de acordo com denúncias do Conselho Federal de Medicina.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] A Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), que representa as 15 maiores operadoras do país, informa que está negociando a remuneração dos credenciados, mas os médicos vão suspender consultas aos clientes de planos que, segundo eles, não apresentaram propostas satisfatórias para categoria ou não negociaram. Cada estado definiu a lista dos planos afetados. Os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos. Segundo o Conselho Federal de Medicina, os usuários foram avisados com antecedência para reagendarem as consultas e exames suspensos. Somente os estados do Amazonas, Rio Grande do Norte e de Roraima não vão participar do protesto. Traduzindo: o serviço público de saúde não presta, todos sabem, mas o atendimento dos planos de saúde também é muito deficiente. Os médicos atendem os clientes com uma rapidez impressionante, sem aprofundarem a consulta, pedem exames desnecessários, enquanto os planos de saúde dificultam internações e tratamento de doenças crônicas. Os médicos de maior experiência e renome simplesmente não se filiam a planos de saúde, e e paga-se muito caro por uma atendimento de qualidade. Esta é a realidade da Medicina hoje, neste país. A quem apelar? A ninguém. Os serviços de saúde deveriam ser públicos, gratuitos e iguais a todos os brasileiros. Este é o espírito dos direitos sociais previstos na Constituição. Mas quem se importa. As autoridades sabem se tratar muito bem. E o povo que se dane. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa