Orlando Silva, ministro dos esportes, pisou na bola
Primeiro foram malas em refinados escritórios. Depois cuecas e meias. A propina agora chegou às caixas de sapatos. Em subsolos, porões apropriados para o habitat de ratos. O desvio agora é em torno de um tal “Progama Segundo Tempo”. Já imaginaram Tupiniquins, o que deve ter ocorrido no decorrer do primeiro tempo? Marx se revira na tumba. Os “comunistas” foram cooptados pelo materialismo burguês. Esse é o 5º ministro envolvido em tramoias. Essa é a verdadeira herança maldita que o retirante de Garanhuns deixou para Dona Dilma. O Editor Denúncias da Veja ao ministro do Esporte já eram conhecidas. A novidade é que agora há testemunhas. Já faz vários meses que a imprensa divulga graves denúncias contra o ministro do Esporte, Orlando Silva. Aqui no blog já comentamos muitas vezes essas fraudes das ONGs “esportivas” ligadas ao PCdoB. Agora é revista ‘Veja’ que acusa o ministro de chefiar o esquema de desvio de dinheiro público para os cofres do seu partido, o PCdoB. Silva, que está em Guadalajara, no México, onde assistiu à cerimônia de abertura dos Jogos Panamericanos ontem, disse estar “sereno, mas revoltado” com o que classificou de invenções e calúnias.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] “Quero repudiar as mentiras que foram publicadas pela revista. Uma pessoa que está sendo processada, um bandido, me acusa e eu tenho que me explicar. Já solicitei ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que seja aberto um inquérito criminal para que isso seja apurado. Só encontrei um dos caluniadores (João Dias Ferreira), uma vez, em uma audiência, a pedido do então ministro Agnelo Queiroz. O outro (Célio Soares), nem sei quem é. E duvido que ele me conheça também”, afirmou o ministro. A reportagem da ‘Veja’ apenas repete as denúncias anteriores, mas acrescenta importantes informações, que ainda não tinham sido divulgadas. Afirma, por exemplo, que o próprio Orlando Silva teria recebido propina dentro da garage do ministério, em Brasília. As demais afirmações são antigas, pois é mais do que conhecido o esquema de corrupção para irrigar os cofres do PCdoB a partir do desvio de verbas públicas para ONGs de fachada. Os recursos eram destinados à compra de materiais esportivos para crianças carentes, por meio do programa Segundo Tempo, tocado pelo ministério desde o governo Lula. As denúncias sobre as ONGs foram facilmente comprovadas, porque apontavam as verbas distribuídas a organizações dirigidas por militantes do PCdoB, cujos projetos não foram desenvolvidos. Agora, Orlando Silva alega que as denúncias possam ter um fundo político, já que o ministério não realizará mais convênios com entidades privadas e estes serão feitos agora através de seleção pública. Ou seja, depois da porta arrombada é que se finge colocar uma tranca. Segundo o ministro, já foram apresentados mais de 500 projetos, mas apenas entre 150 e 200 serão selecionados. Suas alegações são patéticas: “Este ano, os parceiros passaram a ser escolhidos por seleção pública, porque houve mais pedidos do que possibilidade de atender a demanda. Também passamos a não realizar convênios com entidades privadas, pois as públicas garantem um melhor sistema de controle. Existe um processo no Tribunal de Contas da União para que a empresa relacionada a um dos acusadores devolva o investimento de cerca de R$ 3 milhões. Antes disso, houve a possibilidade de que houvesse uma prestação de contas mais clara, o que não aconteceu”, afirmou Silva. Em nota complementar à defesa feita por Orlando Silva em Guadalajara, o Ministério do Esporte anunciou que irá acionar a Polícia Federal para investigar denúncias de propina na pasta divulgadas neste sábado em matéria da revista Veja. O pedido já foi feito ao ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e terá como alvo denúncias feitas pelo policial militar João Dias em entrevista à revista. “Tenho a certeza de que ficará claro de que tudo o que ele diz são calúnias”, diz o ministro do Esporte, na nota. Segundo a nota, que dá mais detalhes do contrato do ministério com o denunciante, por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, o policial teria firmado dois convênios, em 2005 e 2006 para atendimento a crianças e jovens, dentro do Programa Segundo Tempo. Como o contrato não teria sido cumprido, o ministério determinou a suspensão dos repasses em junho de 2010 , com a instauração de Tomada de Contas Especial, enviando todo o processo ao TCU. O ministério exige a devolução de R$ 3,16 milhões, atualizados para os valores de hoje. “A avaliação do ministro do Esporte é de que foi esse o motivo para João Dias fazer agora acusações de desvios de verbas do Segundo Tempo por um suposto esquema de corrupção no Ministério”, diz a nota , enfatizando que Orlando Silva afirma com veemência ser caluniosa a afirmação de João Dias de que houve entrega de dinheiro nas dependências do Ministério e pretende tomar medidas legais. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa