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Mallarmé – Poesia – 17/01/24

Boa noite Angústia Mallarmé Não vim domar teu corpo esta noite, ó cadela Que encerras os pecados de um povo, ou cavar Em teus cabelos torpes a triste procela No incurável fastio em meu beijo a vazar: Busco em teu leito o sono atroz sem devaneios Pairando sob ignotas telas do remorso, E que possas gozar após negros enleios, Tu que acima do nada sabes mais que os mortos: Pois o Vício, a roer minha nata nobreza, Tal como a ti marcou-me de esterilidade, Mas enquanto teu seio de pedra é cidade. De um coração que crime algum fere com presas, Pálido, fujo, nulo, envolto em meu sudário, Com medo de morrer pois durmo solitário. ¹Étienne Mallarmé * Paris, França – 18 de Março de 1842 d.C + Valvins, França – 09 de Setembro de 1898 d.C

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Mallarmé – Versos na tarde – 09/03/2014

Fosse Mallarmé ¹ Seria pior não mais nem menos indiferentemente mas tanto quanto ¹ Étienne Mallarmé * Paris, França – 18 de Março de 1842 d.C + Valvins, França – 09 de Setembro de 1898 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Mallarmé – Versos na tarde – 24/01/2014

Brinde Mallarmé¹ Nada, esta espuma, virgem verso A não designar mais que a copa; Ao longe se afoga uma tropa De sereias vária ao inverso. Navegamos, ó meus fraternos Amigos, eu já sobre a popa Vós a proa em pompa que topa A onda de raios e de invernos; Uma embriaguez me faz arauto, Sem medo ao jogo do mar alto, Para erguer, de pé, este brinde Solitude, recife, estrela A não importa o que há no fim de um branco afã de nossa vela. ¹Étienne Mallarmé * Paris, França – 18 de Março de 1842 d.C + Valvins, França – 09 de Setembro de 1898 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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