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Emílio Moura – Versos na tarde – 12/03/2016

Como se a noite descesse Emílio Moura ¹ Como a noite descesse e eu me sentisse só, só e [ desesperado diante dos horizontes [ que se fechavam, gritei alto, bem alto: ó doce e incorruptível [ Aurora! e vi logo que só as estrelas [ é que me entenderiam. Era preciso esperar que o próprio passado [ desaparecesse, ou então voltar à infância. Onde, entretanto, quem me dissesse ao coração trêmulo: — É por aqui! Onde, entretanto, quem me dissesse ao espírito cego: — Renasceste: liberta-te! Se eu estava só, só e desesperado, por que gritar tão alto? Por que não dizer baixinho, como quem reza: — Ó doce e incorruptível Aurora… se só as estrelas é que me entenderiam? ¹ Emílio Guimarães Moura * Dores do Indaiá, MG – 14 de agosto de 1902 d.C + Belo Horizonte, MG – 28 de setembro de 1971 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Emílio Moura – Versos na tarde – 29/04/2013

Canção Emílio Moura ¹ Viver não dói. O que dói é a vida que se não vive. Tanto mais bela sonhada, quanto mais triste perdida. Viver não dói. O que dói é o tempo, essa força onírica em que se criam os mitos que o próprio tempo devora. Viver não dói. O que dói é essa estranha lucidez, misto de fome e de sede com que tudo devoramos. Viver não dói. O que dói, ferindo fundo, ferindo, é a distância infinita entre a vida que se pensa e o pensamento vivido. Que tudo o mais é perdido. ¹ Emílio Guimarães Moura * Dores de Inadaiá, MG. – 14 de agosto de 1902 d.C + Belo Horizonte, MG. – 28 de setembro de 1971 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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