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Economista afirma que Alemanha é o país mais desigual do euro

“Em nenhum outro lugar os pobres permanecem com tanta frequência pobres, e os ricos, com tanta frequência ricos”, diz chefe do instituto econômico DIW, criticando distribuição de riqueza, salários e mobilidade social. Morador de rua em Stuttgart A Alemanha é “um dos países mais desiguais do mundo industrializado”, afirma o presidente do instituto econômico alemão DIW, Marcel Fratzscher, em seu livro Verteilungskampf: Warum Deutschland immer ungleicher wird (Luta por distribuição: por que a Alemanha fica cada vez mais desigual), publicado neste mês. Fratzscher afirma que em nenhum outro país da zona do euro a desigualdade é tão grande como na Alemanha, onde os 10% mais ricos detêm dois terços da riqueza do país. A desigualdade, no entanto, não se manifesta só na distribuição de riqueza, mas também nos salários: a lacuna entre as remunerações mais elevadas e as mais baixas vem aumentando, afirma.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A mobilidade social também deixa a desejar, segundo o economista. “Em nenhum outro lugar os pobres permanecem com tanta frequência pobres, e os ricos, com tanta frequência ricos”, critica. De acordo com Fratzscher, 70% dos filhos de pais com formação superior vão para a universidade, enquanto que, entre os filhos de pais com um nível menor de escolarização, a taxa é de 20%. Alimentando o planeta Questionado pelo jornal Die Zeit sobre sua interpretação incomum dos dados econômicos do país, Fratzscher afirmou que o problema está nos outros economistas. “Minha suposição: eles acreditam que a desigualdade pertence a uma economia de mercado em bom funcionamento, porque ninguém mais iria se esforçar se todos ganhassem o mesmo”, disse. Para o presidente do DIW, a desigualdade na Alemanha é alta não porque a economia de mercado funciona bem, mas porque ela não funciona. “Eu não quero fazer os ricos ficarem mais pobres, mas os pobres ficarem mais ricos.” Fratzscher afirma que, nos últimos anos, o governo alemão aumentou a ajuda social para compensar a crescente desigualdade salarial, com trabalhadores que ganham pouco tendo a renda complementada pelo Estado. “Ludwig Erhard, o pai da economia social de mercado, disse certa vez que o Estado deve garantir que todos possam cuidar de si mesmos com as próprias forças e possibilidades. Se as pessoas só conseguem sobreviver com a ajuda de auxílio social, isso contradiz tal ideal”, disse o economista ao Die Zeit. “Precisamos garantir que as pessoas possam viver de seus salários, em vez de serem dependentes do Estado.” Para Fratzscher, uma das soluções-chave seria o governo investir em educação. Apoio desde a creche, boas condições de aprendizado e uma melhor qualificação permitiriam que também os mais vulneráveis economicamente pudessem avançar por conta própria, diz o economista, citado pelo jornal Tagesspiegel. Discrepância entre regiões O aumento da distância entre ricos e pobres e entre diferentes regiões da Alemanha também é destacado num estudo atual da Fundação Friedrich Ebert. “As disparidades regionais estão se solidificando na Alemanha e, em parte, até aumentando”, afirma o documento. Os pesquisadores analisaram 20 indicadores relacionados à remuneração, educação e estrutura etária, por exemplo, em mais de 400 localidades do país. Ainda há uma lacuna entre o leste e o oeste, herança da divisão entre Alemanha Oriental e Ocidental. “Passado um quarto de século da Reunificação Alemã, o país ainda não é unitário em termos econômicos e demográficos”, afirma o estudo. O leste da Alemanha apresenta um desenvolvimento abaixo da média, e a diferença entre leste e oeste, existente desde a Reunificação, voltou a aumentar nos últimos anos, aponta o documento. Em muitas áreas da antiga Alemanha Oriental, a renda familiar média é de 1.315 euros, enquanto que em regiões no sul e no oeste, ela chega a até 3.294 euros. Além da diferença entre leste e oeste, há também uma discrepância entre o norte e o sul. Não apenas áreas da antiga Alemanha Oriental dependem de regiões fortes do sul do país, mas também do oeste e do norte. Já os estados da Baviera e de Baden-Württemberg, no sul, são particularmente bem-sucedidos. Outro aspecto apontado pela Fundação Friedrich Ebert é que o leste da Alemanha está envelhecendo rapidamente, enquanto sobretudo regiões prósperas do sul do país e nos arredores de Hamburgo, no norte, têm mais crianças. DW

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A concentração da riqueza e a iminência da convulsão social

Estudos da ONG britânica Oxfam apontavam que, há cinco anos, a riqueza de 388 pessoas era equiparada com a quantidade de capital que a metade mais pobre da população mundial possuía. Hoje, este número caiu para 62 pessoas. Neste grupo de 62 pessoas que possuem riqueza equivalente ao que possui a metade mais pobre da população mundial, estão dois brasileiros. Todos os dois ganharam dinheiro nesses últimos cinco anos especulando no mercado financeiro. Um deles tinha uma casa de câmbio medíocre em Santos. O outro quebrou duas vezes entre os anos 70 e 80, e se recuperou ganhando dinheiro no mercado financeiro.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O que significa que esses dois não ganharam dinheiro dando emprego ao povo, e sim sangrando o povo. Somente 62 pessoas que possuem riqueza equivalente ao que possui a metade mais pobre da população mundial. Dos outros 60 que têm riqueza que se equipara ao que possui a metade da população mais pobre do mundo, a grande maioria também deve ter ganhado dinheiro no mercado financeiro, que é o mundo sem trabalho, onde os ricos faturam explorando o valor do dinheiro, o que significa sacrificando o povo. Com este cenário, não há dúvida de que as previsões mais lógicas são as seguintes: ou o mundo financeiro quebra nos próximos anos, podendo dar sinais já no segundo semestre deste ano, ou a invasão que a Europa vem sofrendo dos desempregados miseráveis, basicamente do Oriente, vai proporcionar claramente uma guerra, um confronto mundial. Guardadas as devidas proporções, é mais ou menos a mesma coisa que acontece num país de 200 milhões de habitantes onde os ricos ganharam dinheiro corrompendo ou no mercado financeiro. O que se percebe é que a crise social neste país está chegando. Basta ver a pérola que o FMI, com seus doutos sociólogos e financistas, diz: o mundo tem três grandes problemas, o não crescimento da China, a crise social dos países do Oriente e o Brasil. Imaginem os senhores, o Brasil passou a ser ofensor do mundo. Com dados do JB

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