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Casa Branca quer que cientistas explorem a controversa geoengenharia

Com o ramo executivo do governo americano prestes a ser entregue a pessoas que não acreditam no aquecimento global e magnatas do petróleo, a administração que sai agora está pedindo para cientistas explorarem todas as opções para combater a mudança climática, incluindo a geoengenharia – a injeção de partículas na atmosfera terrestre para reverter o aquecimento global. Uma planta de captura de carbono no Mississippi, que é feita para capturar o CO2 de suas próprias emissões e armazená-lo embaixo da terra. Imagem: AP Photo/Rogelio V. Solis. A geoengenharia, ou hackear o sistema climático para resfriá-lo, é a mais recente ideia de ficção científica a ir para os planos da Casa Branca, depois de um relatório da semana passada sobre como devemos nos preparar para um apocalipse causado por um asteroide. Já que um apocalipse provocado por um asteroide não tem a chance de nos aniquilar se o clima sair de controle, parece que a Casa Branca está tentando cobrir todas as bases.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] O fato da geoengenharia, um assunto controverso que a Casa Branca se recusou a comentar durante anos, começar a ser tratado seriamente agora também é uma indicação que Obama não acha que nós estamos reduzindo nossas emissões rápido o bastante, e que intervenções tecnológicas agressivas podem ser necessárias. O plano, que foi enviado para o congresso essa semana pelo US Global Change Research Program, o corpo governamental de 13 agências federais que conduz pesquisas sobre a mudança climática, apresenta direções para estudos futuros em tópicos associados, como o rápido aquecimento Ártico e o impacto humano no ciclo das águas. O relatório também incentiva a pesquisa em dois dos dos conceitos mais discutidos de hackear o planeta: engenharia solar ao injetar partículas na estratosfera para a deixar mais reflexiva, e captura de carbono, que suga o CO2 direto do céu. Por mais que os relatórios não sugiram aos cientistas conduzir um experimento climático a curto prazo, a engenharia solar e a captura direta de carbono do ar são ideias bem especulativas, eles recomendam que nós comecemos a fazer algum trabalho de base, melhorando os modelos e capacidades de observação para que possamos prever as consequências da geoengenharia. “Essa pesquisa também definiria a menor escala dos experimentos de intervenção que nos dariam conhecimento científico significativo”, diz o relatório. Riscos Ken Caldeira, um cientista climático da Carnegie Institution for Science que recentemente estava na palestra National Academies que recomendou a pesquisa de engenharia solar e captura de carbono, aplaudiu a Casa Branca “por prestar atenção no que cientistas estão dizendo que devemos fazer. Eu gostaria que a administração Obama tivesse dito essas coisas 8 anos atrás”, ele disse ao Gizmodo por e-mail. Caldeira foi cauteloso ao notar que as duas propostas de intervenção são bem diferentes, e que enquanto a captura de carbono apresenta poucos riscos, a não ser gastar bilhões em uma tecnologia que não funciona, a injeção de aerossol estratosférico “levanta vários novos riscos e preocupações ambientais”. De fato, modelos anteriores sugerem que injetar partículas de sulfato que refletem o sol na estratosfera poderia alterar os padrões climáticos da terra, possivelmente impactando as chuvas de monções que abastecem as plantações que alimentam centenas de milhares de pessoas no sul da Ásia. “Por outro lado, se a mudança climática se mostrar realmente catastrófica, a geoengenharia solar é a única abordagem conhecida de esfriar o nosso planeta em uma escala de tempo relevante”, ele acrescentou. Michael Mann, um cientista climático da Penn State University e um crítico aberto da geoengenharia, apresentou uma visão um pouco mais sombria das recomendações da Casa Branca. “Eu acredito ser perigoso considerar grandes intervenções planetárias com um sistema que não entendemos completamente”, ele disse ao Gizmodo. “As consequências não planejadas são perigosas”. “A única exceção possível é a captura direta do ar, uma forma relativamente benigna de geoengenharia”, Mann continua. “Quanto aos outros esquemas, como a injeção estratosférica de aerossol de sulfato, a única razão para estudarmos eles agora, do meu ponto de vista, é para entender melhor os perigos que podem resultar ao implementarmos tais esquemas”. Os que temem que a geoengenharia poderia sair do controle podem ficar seguros com o fato que a administração de Trump e o Congresso decidiram ignorar as últimas recomendações de políticas científicas de Obama. Apesar de em linhas gerais, isso não ser um pensamento muito reconfortante. Maddie Stone/Gizmodo

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Cientistas transformam CO2 do ar em fibras de carbono

Cientistas nos Estados Unidos conseguiram criar nanofibras de carbono a partir de dióxido de carbono (CO2) extraído do ar ─ e dizem que o processo poderia até ajudar a combater a mudança do clima. O experimento foi capaz de produzir 10g de nanofibras por hora. O método apresentado nesta semana em um encontro da Sociedade Americana de Química, em Boston, é capaz de produzir 10g por hora das valiosas fibras. Mesmo se as potenciais aplicações no combate às emissões de CO2 não derem frutos, como suspeitam alguns especialistas, a técnica promete baratear a produção de nanofibras de carbono. Leia mais: Britânicos criam casa com zero emissão de carbono Leia mais: 1% das árvores da Amazônia ‘captura metade do carbono da região’ O sistema é alimentado por poucos volts gerados por energia solar. A eletricidade atravessa um tanque cheio de sal derretido, à medida que o CO2 é absorvido, as valiosas nanofibras começam a se formar ao redor dos eletrodos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Até hoje, nanofibras de carbono são caras demais para muitas aplicações”, disse à BBC o professor Stuart Licht, da universidade George Washington. Redução de custos O material é usado atualmente na produção de componentes eletrônicos e baterias, mas se fosse mais barato, poderia reforçar materiais usados na fabricação de peças de avião e carro, entre outros. Veja mais: Tecnologia tenta proteger aviões de raios Leia mais: Pioneiros de fibras ópticas e câmeras digitais ganham Nobel de Física A questão é se o sistema criado pela equipe do professor Licht será capaz de reduzir estes custos. O método teria o potencial de ser aplicado em larga escala, segundo o autor O cientista diz que aumentar a produção seria fácil, e que o equipamento consome pouca energia. A maior promessa, porém, é a possibilidade de usar o sistema para reduzir os níveis de CO2 na atmosfera, considerados os culpados pelo aquecimento global pela grande maioria dos cientistas. Para isso, seria necessário construir enormes reatores ─ algo que suscita o ceticismo de especialistas. “Como estão capturando CO2 do ar, o processo precisa lidar com enormes volumes de gás para coletar a quantidade necessária de carbono, o que, em grande escala, pode aumentar o custo do processo”, afirmou a engenheira química Katy Armstrong, da universidade de Sheffield. Leia mais: Quantidade de gases do efeito estufa alcança nível recorde, diz ONU Outro que levanta dúvidas sobre a viabilidade da ideia é o pesquisador da Imperial College London Paul Fennell. “Se o objetivo deles é fazer nanofibras, é louvável, e vão ter um produto que vale a pena. Mas se a sua ideia é tirar CO2 da atmosfera e produzir uma quantidade de nanofibras suficiente para fazer diferença na mudança climática, eu ficaria muito surpreso se conseguir”, afirmou Fennell. As nanofibras se cristalizam em torno de eletrodos no experimento do grupo de Licht O professor Licht, no entanto, diz que vai ser preciso trabalhar conjuntamente, com recursos da sociedade, para testar o processo em larga escala. “Não tem pegadinha”, afirmou. De toda forma, outros químicos ficaram impressionados com o simples fato de a equipe do professor Licht ter produzido nanofibras a partir do carbono atmosférico. BBC

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Aquecimento Global – Cada pesquisa no buscador Google gera 7 gramas de CO2

Físico da Universidade de Harvard diz que cada pesquisa feita a partir do mecanismo de busca gera 7 gramas de dióxido de carbono. Um pesquisador da Universidade de Harvard afirmou que as pesquisas feitas pelos internautas a partir do Google emitem gás carbônico e podem poluir o ambiente. De acordo com o físico Alex Wissner-Gross, cada pesquisa feita a partir do mecanismo de busca gera 7 gramas de dióxido de carbono, pouco menos do que uma chaleira, e têm potencial para contribuir com o aquecimento global. O Google, no entanto, afirma que esse número é muito menor. De acordo com Urs Hölzle, vice-presidente de operações da companhia na Europa, cada vez que uma pessoa usa o mecanismo de busca, ela gera 0,2 grama de dióxido de carbono. Entretanto, é impossível afirmar quem está correto, pois a metodologia de Wisner-Gross é diferente da do mecanismo de busca. O pesquisador leva em conta a energia usada pelo computador de onde a busca é feita, por exemplo. Já o Google leva em consideração apenas a energia consumida em seus data centers. Segundo o The Sunday Times, jornal que publicou uma entrevista com o físico de Harvard, a pesquisa completa deve ser publicada em breve, pelo Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos dos EUA. O mecanismo de busca e outras grandes empresas de tecnologia, como a Microsoft, têm procurado instalar seus data centers em locais onde a eletricidade é mais barata (nas proximidades de hidroelétricas, por exemplo), para reduzir os gastos com a conta de luz. “Tomamos grandes medidas para reduzir a energia consumida em nossas unidades, mas ainda queremos melhorar esse ponto”, disse Hölzle, do Google. Estimativas indicam que a indústria de tecnologia é responsável por 2% de todos os gases relacionados ao aquecimento global, uma pegada de gás carbônico equivalente a das empresas de aviação. As empresas de tecnologia, porém, estão sendo cada vez mais cobradas pelo entidades ambientalistas e pelos consumidores a reduzirem suas emissões de gás carbônico e tomarem cuidados com a reciclagem de produtos. do IDGNow

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