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A reflorestadora da China

“Nada existe de grandioso sem paixão.” Hegel Yi Jiefang plantou milhões de árvores nos desertos da Mongólia Interior, noroeste da China, nos últimos 20 anos para realizar o último desejo de seu filho: ele iria estudar e depois se dedicar ao reflorestamento de desertos. Depois de receber a notícia de que seu único filho, Yang Ruizhe, havia morrido em um acidente enquanto estudava no Japão em 2000, a mãe, na época na casa dos 60 anos, usou o seguro de vida e a indenização por acidente do filho, bem como o dinheiro da venda de sua casa para começar o projeto: “Vida Verde”. Graças ao coração e às mãos humanas, agora milhares de seres vivos, como árvores, pássaros, fungos, insetos e mamíferos, constroem um lar, que será habitado por gerações. Isso mostra que o ser humano é uma poderosa força capaz mudar regiões inteiras para o melhor ou para o pior, a depender dos sonhos que o povoam, como fizeram os homens modernos na construção de “cidades-pedras” (desmatando bilhões de árvores desde a revolução industrial), e os povos originários da Amazônia na construção de “cidades-jardins” (plantando a mais exuberante floresta do planeta). “Os homens não podem levar dinheiro com eles depois que morrem. Desejo transformar meu dinheiro em terras verdes, que podem ser eternas”. (Yi Jiefang)

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Li Mi-an – Poesia – 11/09/24

Boa noite Vida flutuante Li Mi-an¹ Até agora, a maior metade atravessei desta vida flutuante – eis a palavra mágica: pois nos veda provar alegrias além do que podemos ter! A metade da vida é o período melhor a que alguém chega, quando sabe andar devagar e, assim, anda em sossego. Vasto mundo terás meio entre o céu e a terra; mora a meio caminho entre a cidade e o campo, tem lavouras a meio entre rios e montanhas; sê meio intelectual, meio fidalgo e meio comerciante; vive em meio aos que são nobres, mas também em meio do povinho comum. Seja tua casa meio ornada, meio simples e, tendo móveis bons, pareça meio nua; tuas roupas, meio antigas e meio novas; as refeições, meio triviais, mas meio epicuristas. Tem criados não muito astutos, nem estúpidos; mulher não muito feia nem bela em excesso. Sinto em meu coração que, assim, sou meio Buda, quase meio bendito espírito taoísta. Metade do que sou ao Pai do céu devolvo e a outra metade deixo à minha descendência, meio pensando em tudo o que é mister prover para a posteridade e meio preocupado em como responder a Deus, depois que o corpo afinal repousar. Boa noite. É mais destro em beber quem só meio ébrio fica, e a flor ao entreabrir-se mais linda se revela; mais firme é o navegar do barco a meia vela; melhor trota o corcel de rédeas meio presas. Quem tem meios demais, soma-lhes a ansiedade quem de menos os tem, ganha sabor de posse. Como a vida se faz de doçura e amargor, quem só a metade prova é mais arguto e sábio. ¹Li Mi-an, poeta chinesa do século XVI

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A cidade florestal da China

A China está construindo a primeira “cidade florestal” do mundo: um corpo urbano no qual escritórios, casas, hotéis, hospitais e escolas estão quase totalmente cobertos de plantas e árvores de uma ampla gama de variedades e tamanhos. O plano diretor encomendado pelo planejamento urbano do município de Liuzhou está sendo implementado em uma área de cerca de 175 hectares ao longo do rio Liujiang. O projeto estende a experimentação bem-sucedida já em andamento pela primeira vez em Milão com o protótipo de construção da Floresta Vertical, propondo e desenvolvendo um modelo de arquitetura e habitat capaz de interpretar o tema da biodiversidade à escala urbana e redefinir a relação entre humanos e outras espécies vivas. Além de abrigar cerca de 30.000 habitantes, a nova cidade proporcionará um ambiente confortável para plantas e árvores em todos os edifícios: no total, a cidade florestal de Liuzhou abrigará cerca de 40.000 árvores e 1 milhão de plantas de mais de 100 espécies diferentes.

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Elon Musk é um oportunista

O Twitter é proibido na China, mas Elon Musk atacada a justiça do Brasil por combater fakes no Twitter, mas visita a China sem dá um pio sobre a proibição. Nunca foi por censura, sempre foi por dinheiro e poder.

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Musk que barrar concorrência Chinesa

Musk pede barreiras comerciais contra empresas chinesas de carros elétricos, como a BYD. Dono da Tesla reconheceu a superioridade dos concorrentes asiáticos. Ninguém é mais a favor do protecionismo do que o liberal atropelado pela concorrência externa. Ser herdeiro e capitalista de risco zero é viver no melhor dos mundos.

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Demanda chinesa por soja ligada a 223 mil hectares de desmatamento no Brasil

Uma fazenda de soja no Mato Grosso vista de cima (Image: Sentinel Hub) A importação de soja brasileira pela China pode estar ligada a duas Nova Yorks de desmatamento no Brasil, ou 223 mil hectares, entre 2013 e 2017. O número é resultado de um levantamento inédito sobre a cadeia produtiva da soja exportada pela China feita pela Trase, plataforma global independente que monitora cadeias produtivas de commodities. Para calcular a exposição da soja comprada pela China ao desmatamento, a Trase multiplicou o total de desmatamento relacionado a soja nos locais que produzem para exportar para a China pela proporção da soja produzida nessas áreas que foi efetivamente comprada pelos chineses. Os números fazem da China o país importador mais exposto ao risco de desmatamento, segundo a Trase. Mas isso só ocorre porque são também os chineses os maiores compradores da soja brasileira. No período de 2013 a 2017, a China comprou 42% da produção nacional de soja — quase três vezes o volume compraod pela União Europeia. “A China é o principal comprador e realmente promove alterações de grandes regiões no Brasil”, afirma André Vasconcelos, pesquisador da América Latina da Global Canopy, responsável pela Trase junto com o Stockholm Environment Institute. O Brasil plantou três Holandas de soja, ou 128.600 quilômetros quadrados, para entregar as 54 milhões de toneladas compradas pela China em 2017. No ano passado, a importação cresceu ainda mais, para 84 milhões de toneladas. Desmatamento localizado Embora a soja exportada para a China venha de mais de 2 mil municípios pelo Brasil, o levantamento da Trase mostra que o risco de desmatamento associado a exportações para a China está concentrado em poucas delas, responsáveis por apenas 8% do volume comprado. “Como está bem, concentrado, acreditamos que seja uma oportunidade para a China reduzir esse impacto”, calcula Vasconcelos. O volume com maior risco sai do coração do Matopiba, como é chamada a região composta por quatro estados brasileiros, Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O bioma da região, o Cerrado, é o mais ameaçado pelo desmatamento no Brasil — e também onde mais se expandem as plantações de soja. Entre 2001 e 2017, mostrou o Atlas Agropecuário do Imaflora, a produção de soja no Matopiba cresceu 310%. O risco de desmatamento associado na região é de 80%. O cálculo é feito a partir de dados de produções de commodities, padrões de compra e desmatamento. Por exemplo, se um país compra metade da soja de um município brasileiro onde 800 hectares de desmatamento estão diretamente ligados à produção de soja, o risco de desmatamento de soja para aquela empresa é de 400 hectares, ou 50% do total. Apesar dos riscos associados aos grandes volumes de exportação, a China compra, proporcionalmente, menos soja de lugares com alto risco de desmatamento do que a União Europeia. Isso ocorre porque, enquanto a China compra a maior parte da sua produção da região Sul do Brasil, a Europa concentra suas compras exatamente na região do Matopiba, onde há mais risco. Empresas responsáveis O levantamento feito pela equipe da Trase mostrou, ainda, que apesar de centenas de empresas estarem envolvidas na cadeia produtiva da soja Brasil-China, apenas seis empresas são responsáveis por 70% do volume exportado para a China do Matopiba: Agrex, Amaggi, LD Commodities, Multigrain, Cargill, Bunge e ADM. A COFCO, maior empresa chinesa envolvida na cadeia, também está entre as maiores exportadoras de soja para a China — com 7% do volume exportado. No Matopiba, é responsável por 6% das exportações, sendo a sétima maior exportadora. Em janeiro deste ano, o presidente da COFCO, Jun Lyu, surpreendeu no Fórum Econômico Mundial em Davos ao publicar um artigo em que conclamou a comunidade internacional a unir esforços para combater o desmatamento. Em seu texto, o executivo chamou atenção às vulnerabilidades da cadeia produtiva da soja e à necessidade de proteger o Cerrado brasileiro em especial. “Os esforços contra o desmatamento ganhariam um impulso significativo se mais participantes de mercados emergentes, tanto nos países produtores quanto nos de consumo, ficassem atrás de commodities sustentáveis”, escreveu. “Vamos usar esta oportunidade em Davos para levar esta colaboração à frente”.   Vasconcelos vê uma preocupação crescente entre as empresas chinesas com desmatamento na cadeia produtiva. “Vemos com muito entusiasmo o posicionamento que a Cofco adotou. É importante que o setor se posicione e que trabalhe para combater o desmatamento”, disse. Empresas como a COFCO também estão preocupadas com danos às suas reputações, junto a acionistas e consumidores. Especialistas acreditam que a associação da soja brasileira a este tipo de dano pode impactar o crescimento do Brasil em novos mercados se parceiros deixarem de comprar em razão do risco. Pesquisas mostram que não é necessário desmatar para aumentar a produção. Entre 1991 e 2017, a produção de grãos subiu 312%, enquanto a área plantada, 61%, segundo dados do Observatório do Clima. O uso de áreas já degradadas é uma opção defendida por pesquisadores. Juntas, as áreas degradadas na Amazônia e no Cerrado ultrapassam 30 milhões de hectares. “É mais ou menos o tamanho de uma agricultura brasileira que está abandonada e em processo de degradação”, afirma Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). As consequências  O desmatamento já está provocando alterações no regime de chuvas. Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprasoja), o Brasil perdeu 11 milhões de toneladas de grãos, algo em torno de R$ 17 bilhões, por conta de eventos climáticos, como chuvas fortes e estiagens longas. Para Assad, o problema é conhecido. Sem florestas em pé, a capacidade de captar e bombear água para atmosfera, a chamada evapotranspiração, diminui drasticamente. As chuvas que vêm da Amazônia vão se diluindo e não chegam ao Cerrado, por exemplo, comprometendo as safras por deficiência hídrica. Chuvas concentradas prejudicam igualmente. A vegetação desmatada também é combustível para a emissão de gases de efeito estufa. Em 2016, o Brasil alcançou o sexto lugar na lista de maiores emissores de gases do mundo. Naquele ano, 51% dos 2.278 bilhões de toneladas emitidas entraram na conta do desmatamento.

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Assanje – China

China eclipses U.S. on both number and power of the world’s top 500 super computers. Russia, with an economy smaller than that of South Korea, doesn’t make the shortlist.

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Tecente X Facebook – A rede social chinesa ganha de lavada

A rede social chinesa que já vale mais do que o Facebook – e por que você não a conhece O chefe da Tencent, Ma Huateng, passou a “valer” mais do que os fundadores do Google, de acordo com o ranking da revista Forbes. Direito de imagem GETTY IMAGES A empresa é proprietária do WeChat, um aplicativo que agrega a possibilidade de pagamentos online e a troca de mensagens instantâneas e que se tornou extremamente popular na China nos últimos anos. No Brasil, a ferramenta é relativamente desconhecida. Além do aplicativo, a Tencent Holdings também possui franquias de jogos online, como os sucessos mundiais League of Legendse Honour of Kings. O valor de mercado da maior empresa de rede social da China, a Tencent Holdings, superou o do Facebook, que hoje possui mais de 2 bilhões de usuários ativos. É a primeira vez na história que uma companhia asiática vale mais do que US$ 500 bilhões. executivo Ma Huateng já é mais rico do que os fundadores do Google, os americanos Larry Page e Sergey Bin, de acordo com a Forbes. A revista avaliou a fortuna do chinês em US$ 48,3 bilhões nesta terça-feira, o que faz dele o nono homem mais rico do mundo. A avaliação de Ma Huateng no ranking da Forbes subiu depois do anúncio de que ele levaria os serviços de pagamento do WeChat para a Malásia no próximo ano. A empresa também tem participação na Snap, a companhia por trás do Snapchat, no aplicativo de carona Lyft e na fabricante de carros elétricos Tesla. Espera-se ainda que a Tencent Holdings leve o jogo Honour of Kings para os Estados Unidos. O jogo permite que os jogadores paguem para aprimorar as roupas dos personagens. Críticos na China acusam o jogo de ser viciante. Resistências ao aplicativo fora da China Tencent Holdings se junta agora a um grupo de companhias americanas das quais você provavelmente já ouviu falar: Apple, Amazon e Microsoft. Aproximadamente um bilhão de pessoas – ou metade da população chinesa – utilizam todos os meses o app WeChat, ou “wei shin” como ele chamado na China. O que começou como uma plataforma de mensagens, agora permite que você pague suas compras, chame um táxi, invista, peça comida… e a lista de possibilidade do aplicativo continua. Direito de imagemREUTERSWeChat tem 1 bilhão de usuários na China Tencent espera exportar esse fenômeno chinês. A Malásia é a primeira da fila de espera pelo sistema de pagamento. Mas tem se mostrado difícil para a Companhia fazer com que as pessoas de fora da China adotem o WeChat. De acordo com o analista Robin Brant, correspondente de política da BBC em Shangai, o problema não está só no hábito das populações de outros países que já tem aplicativos de preferência. Parte da resistência decorre do fato de que a empresa concordou há muito tempo a censurar conteúdo na China – e no exterior – seguindo as determinações do governo chinês. Também há preocupações sobre segurança, porque, ao contrário de outros apps de troca de mensagens, as comunicações no WeChat não são criptografadas.  

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