Arquivo

Arquitetura – Bélgica

Edifício de arquitetura especial inaugurado em 1469, na Câmara Municipal de Leuven, Bélgica. As paredes são decoradas com 236 estátuas. No primeiro andar estão os padroeiros das freguesias de Lovaina; no segundo andar estão os duques e condes da cidade; no terceiro andar estão os grandes cientistas, artistas, historiadores. Observem o apreço e o respeito pelas personalidades da época!

Leia mais »

Irmãos que realizaram ataques na Bélgica estão ligados aos de Paris

Atentados deixaram mais de 30 mortos e 270 feridos. Irmãos Khalid e Ibrahim El Bakraoui são dois dos terroristas. Khalid (esq.) e Ibrahim foram identificados como os dois suicidas que fizeram o atentado no metrô e no aeroporto, em Bruxelas, na segunda-feira (22) (Foto: Reprodução RTBF/Interpol)  Dois irmãos apontados como os autores dos atentados de terça-feira (22), em Bruxelas, estão relacionados com os ataques de 13 de novembro, em Paris, afirmaram nesta quarta-feira (23) as autoridades belgas, no primeiro dia de luto em homenagem às vítimas. Outros dois suspeitos ainda não foram identificados oficialmente.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O procurador federal belga, Frédéric Van Leeuw, confirmou em uma coletiva de imprensa nesta quarta que dois dos autores destes atentados eram os irmãos Khalid e Ibrahim El Bakraoui, já procurados por suas ligações com os ataques de 13 de novembro em Paris. Segundo a agência France Presse, a polícia também deteve na noite de terça, no bairro de Schaerbeek, uma pessoa que está sendo interrogada. Assim como no caso de Paris, os atentados na Bélgica foram reivindicados pelo grupo jihadistaEstado Islâmico (EI). Morreram mais de 30 pessoas, e outras 270 ficaram feridas no aeroporto de Bruxelas e na movimentada estação de metrô de Maalbeek. Segundo o procurador belga, “o número de vítimas pode, infelizmente, aumentar nas próximas horas”. Ibrahim El Bakraoui Ibrahim El Bakraoui teria detonado seus explosivos no aeroporto de Bruxelles-Zaventem. Ele foi identificado por impressões digitais. O homem já havia sido apontado como suspeito em imagens de câmeras da segurança divulgadas na terça-feira pela polícia. As imagens mostravam três homens empurrando carrinhos de bagagem, pouco antes das duas explosões que arrasaram o salão de embarque do aeroporto. Ibrahim, que nasceu em Bruxelas em 9 de outubro de 1986, seria o homem do meio. Graças a um taxista, que explicou ter recolhido os três homens do aeroporto no bairro de Schaerbeek, a polícia revistou um apartamento da região onde foram encontrados 15 quilos de explosivos TATP e material para fabricar bombas. Na mesma rua foi encontrado um computador abandonado em uma lata de lixo, no qual havia o que o procurador chamou de “testamento” de Ibrahim. Nele, diz “não saber o que fazer” e afirma que é procurado “por todas as partes” e por isso não se sente “seguro”. O computador foi encontrado em um lixo no bairro de Schaerbeek, onde a polícia realizou na terça-feira operações de buscas que permitiram localizar “15 quilos de explosivo do tipo TATP, 150 litros de acetona, 30 litros de água oxigenada, detonadores, uma mala cheia de pregos, bem como material destinado a confeccionar artefatos explosivos”. O gabinete do presidente turco, Tayyip Erdogan, disse que Ibrahim foi preso na Turquia, no sul perto da fronteira com a Síria, e depois foi deportado para a Holanda no ano passado, e que a Bélgica na sequência ignorou um alerta de que o homem era um militante. A Turquia também notificou as autoridades holandesas, afirmou Erdogan. “Um dos agressores em Bruxelas é um indivíduo que nós detivemos em Gaziantep em junho de 2015 e deportamos. Nós relatamos a deportação para a embaixada belga em Ancara em 14 de julho de 2015, mas ele mais tarde foi solto”, declarou Erdogan. “A Bélgica ignorou o nosso alerta de que essa pessoa era um combatente estrangeiro.” Khalid El Bakraoui O irmão de Ibrahim, Khalid também foi identificado por suas impressões digitais como o autor do ataque na estação de metrô de Maelbeek, que ocorreu cerca de uma hora depois das explosões no aeroporto. “A explosão aconteceu no interior do segundo vagão do trem, quando este ainda estava parado na estação”. Khalid nasceu em 12 de janeiro de 1989 em Bruxelas. Os irmãos El Bakraoui, conhecidos da polícia por assaltos a mão armada, foram mencionados pelos meios de comunicação belgas em conexão com a caça ao suspeito-chave dos atentados de Paris, Salah Abdeslam, capturado na sexta (18) no município de Molenbeek, em Bruxelas, depois de quatro meses de buscas. Khalid também foi identificado por suas impressões digitais como o autor do ataque na estação de metrô de Maelbeek (Foto: Interpol/Reuters) Khalid El Bakraoui teria alugado, com uma identidade falsa, um apartamento que serviu de esconderijo em Charleroi (sul), de onde partiram alguns dos autores dos atentados de 13 de novembro, e um apartamento no bairro de Forest, igualmente em Bruxelas, onde uma operação policial de rotina em 15 de março ajudou a encontrar o rastro de Abdeslam. Najim Laachraoui Fontes policiais disseram à France Presse que o segundo homem-bomba que participou no ataque ao aeroporto de Bruxelas foi identificado pelas autoridades como Najim Laachraoui – ele seria o homem que aparece à esquerda nas imagens das câmeras de segurança. A informação, no entanto, não foi confirmada oficialmente. A imprensa belga, chegou a anunciar a detenção de Laachraoui mais cedo nesta quarta, mas se retratou pouco depois da informação. Laachraoui, de 24 anos, foi identificado na véspera dos ataques em Bruxelas como cúmplice de Salah Abdeslam – fugitivo que era procurado pelos ataques de novembro em Paris e foi preso – e dos comandos que cometeram os atentados de Paris. Na ocasião, os procuradores belgas lançaram um pedido público de informações sobre Najim Laachraoui, que teria passado pelos controles na fronteira entre Áustria e Hungria. De acordo com o jornal “Washington Post”, acredita-se que ele teria preparado as bombas usadas em Paris. Seu DNA foi encontrado no material explosivo usado nos ataques de 13 de novembro na capital francesa e em várias residências utilizadas pelos extremistas que cometeram aqueles atentados. Najim Laachraoui é procurado pela polícia por suspeita de ter participado do ataque ao aeroporto de Bruxelas, na terça-feira (22) (Foto: Belgian Federal Police/Handout via Reuters ) Suspeito de jaqueta clara Quanto ao terceiro homem que aparece nas imagens das câmeras de segurança, com chapéu e uma jaqueta clara, ele continua foragido, de acordo com o procurador belga, e não foi identificado. “Ainda não foi identificado”, afirmou o procurador federal belga, Frédéric Van Leeuw, indicando que “em sua mochila estava

Leia mais »

Por que a Bélgica tornou-se um alvo terrorista?

A Bélgica vive um pesadelo do qual não sabe como fugir. O país que há apenas dois anos vivia quase alheio às medidas de segurança habituais em outros Estados – entre eles a Espanha – tornou-se um dos principais cenários doterrorismo na Europa. Trabalhadores do aeroporto de Bruxelas se abraçam depois dos atentados. O. Hoslet EFE. MAIS INFORMAÇÕES França reforça sua segurança após os ataques terroristas em Bruxelas Tintim e Manneken Pis: as ilustrações de apoio após os atentados de Bruxelas Polícia belga detém jihadista que escapou após atentados de Paris Quatro dias depois de ter recebido com alívio a prisão de Salah Abdeslam, arquiteto dos atentados de 13 de novembro em Paris, o terror ataca novamente Bruxelas com um atentado cujas consequências ainda são difíceis de prever.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O atentado ao Museu Judaico de Bruxelas, em maio de 2014, foi o primeiro alarme. Com ele as autoridades belgas descobriram que a capital da Europa era alvo terrorista e a segurança começou a ser reforçada em locais estratégicos. Mas os ataques, realizados então por um jihadista francês, estavam longe de ser um episódio isolado. Com esse acontecimento, a Bélgica descobriu com espanto que era o país da UE mais afetado por um novo fenômeno: o dos chamados combatentes estrangeiros, jovens com nacionalidade europeia que abandonam lugar de origem para se juntar à guerra síria. Com cerca de 500 pessoas que em algum momento viajaram ao Iraque ou à Síria, o país, de 11,2 milhões de habitantes, era o que tinha o maior número de jihadistas per capita na Europa. A presença de núcleos radicais no país não era inteiramente nova ou exclusiva de Bruxelas. Em setembro de 2014, a justiça de Antuérpia fez um mega julgamento de 46 fundadores e membros da Sharia4Belgium, uma organização terrorista responsável pelo recrutamento e formação desses jovens que tomavam parte de um conflito tão alheio ao seu cotidiano quanto o sírio. Mas, longe de conter a ameaça, os problemas se multiplicaram a partir daquele momento. Uma equipe da polícia fora do edifício onde Salah Abdeslam foi preso. Carl Court Getty Images O ápice dessa enorme incidência terrorista em Bruxelas foi mostrado com toda a sua crueza nos atentados de 13 de novembro, que provocaram a morte de 130 pessoas em Paris. Rapidamente a investigação mostrou que esses ataques foram tramados em grande parte em Bruxelas, orquestrados por jovens europeus de origem muçulmana. O epicentro é um bairro de forte concentração árabe que, desde então, ganhou relevância internacional. Trata-se de Molenbeek, o refúgio onde Abdeslam se tornou um radical e onde foi finalmente preso na sexta-feira. Esse bairro, a poucos minutos do centro histórico de Bruxelas, mostrou alguma ligação com muitos dos ataques que atingiram a Europa nos últimos anos, inclusive o de 11 de março de 2004 na Espanha. Desde os atentados de Paris, Bruxelas descobriu que também era alvo direto de um massacre semelhante ao da capital francesa. Os indícios de que algo parecido estava sendo organizado levou as autoridades belgas a tomar uma decisão inédita em dezembro: o fechamento preventivo, durante vários dias, do metrô, das escolas, centros comerciais, instalações esportivas e outros lugares públicos. O que não aconteceu na época ocorreu, com especial virulência, nesta terça-feira. O grande paradoxo –e motivo de alarme para as autoridades belgas– é que os ataques atingiram os dois núcleos mais vigiados da capital belga desde 13 de novembro: o aeroporto de Zaventem, o maior do país e um dos mais movimentados Europa, e a área onde estão localizadas as principais instituições da UE, conhecida como o Schuman. Todos esses organismos (a Comissão Europeia, o Conselho Europeu, o Parlamento Europeu, o serviço diplomático…) contam com dispositivos de segurança reforçados, inclusive com a presença de militares nas instalações. O mesmo acontece com as duas estações de metrô dessa zona central: Maelbeek (a que sofreu a explosão nesta terça-feira) e Schuman. As autoridades belgas terão dificuldade para superar o estigma –justificado ou não– que lhes persegue desde os ataques de Paris: que a capital belga é um autêntico berço do jihadismo. E que essa ameaça terrorista se enraizou em boa medida pelas costas dos serviços de inteligência do país. Um alto funcionário da luta europeia contra o terrorismo considera infundadas as acusações e acrescenta que a Bélgica comunica a outros países –principalmente a França– um bom número de informações relacionadas com o terrorismo. Apesar disso, foram precisamente as autoridades francesas que enfatizaram que a captura de Abdeslam teve muito a ver com o envolvimento direto de sua polícia na investigação belga dos ataques de 13 de novembro. Esse enorme esforço não conseguiu evitar o que na Bélgica é considerado como “o dia mais negro do país desde a Segunda Guerra Mundial”. El País

Leia mais »