Alcântara, o “acidente” e o fim do projeto espacial brasileiro
Os EUA e a Base de Alcântara Uma tragédia que matou 21 profissionais civis no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, e adiou os projetos do programa espacial brasileiro completou dez anos. Os Estados Unidos, além de suas frotas de porta aviões, navios e submarinos nucleares que singram todos os mares, possuem mais de 700 bases militares terrestres fora de seu território nacional nos mais diversos países, em muitas das quais instalaram armas nucleares e sistemas de escuta da National Security Agency (NSA). Os Estados Unidos têm bases de lançamento de foguetes em seu território nacional, como em Cabo Canaveral, perfeitamente aparelhadas com os equipamentos mais sofisticados, para o lançamento de satélites. Os Estados Unidos não necessitam, portanto, de instalações a serem construídas em Alcântara para o lançamento de seus foguetes. O objetivo norte-americano não é impedir que o Brasil tenha uma base competitiva de lançamento de foguetes; isto o governo brasileiro já impede que ocorra pela contenção de despesas com o programa espacial brasileiro. O objetivo principal norte americano é ter uma base militar em território brasileiro na qual exerçam sua soberania, fora do alcance das leis e da vigilância das autoridades brasileiras, inclusive militares, onde possam desenvolver todo tipo de atividade militar. A localização de Alcântara, no Nordeste brasileiro, em frente à África Ocidental, é ideal para os Estados Unidos do ângulo de suas operações político-militares na América do Sul e na África e de sua estratégia mundial, em confronto com a Rússia e a China. O governo de Michel Temer tem como objetivo central de sua política (que nada mais é do que o cumprimento dos princípios do Consenso de Washington) atender a todas as reivindicações históricas dos Estados Unidos feitas ao Brasil não só em termos de política econômica interna (abertura comercial, liberdade para investimentos e capitais, desregulamentação, fim das sempre. No dia 22 de agosto de 2003, às 13h26, o foguete Veículo Lançador de Satélites (VLS) deu partida antecipada e matou 21 homens. Novo foguete completo, em sua quarta versão, deveria ser lançado agora em 2017. O grande problema foi a perda humana. A paralisação do programa espacial ocorreu mais pela comoção, pela falta de reação, pelo fato de as promessas não terem sido cumpridas”. A Tragédia em Alcântara faz dez anos e Brasil ainda sonha em lançar foguete. O melhor da ciência aeroespacial do Brasil morreu nesse “acidente”: Amintas Rocha Brito Antonio Sergio Cezarini Carlos Alberto Pedrini Cesar Augusto Varejão Daniel Faria Gonçalves Eliseu Reinaldo Vieira Gil Cesar Baptista Marques Gines Ananias Garcia Jonas Barbosa Filho José Aparecido Pinheiro José Eduardo de Almeida José Eduardo Pereira II José Pedro Claro da Silva Luis Primon de Araújo Mario Cesar de Freitas Levy Massanobu Shimabukuro Mauricio Biella Valle Roberto Tadashi Seguchi Rodolfo Donizetti de Oliveira Sidney Aparecido de Moraes Walter Pereira Junior