O que dá pra rir dá pra chorar
Brasil: da série “o tamanho do buraco”! Suas (deles) ex-celências continuam com a bocarra escancarada devorando o seu, o meu, o nosso sofrido dinheirinho. A três “impolutas” figuras, a exemplo do capitão mor do Maranhão, também metem a mão no bolso do contribuinte e recebem, ilegalmente, o indecente auxílio moradia. Um deles, sintomaticamente nominado de Lobão, verdadeiro lobo mau do nepotismo, é afilhado político de quem? Hein? Isso mesmo! Do Sarney! Argh! Alfredo Nascimento, Hélio Costa e Edison Lobão receberam ao todo R$ 345.800 mesmo tendo assumido cargos no Executivo Ministros avisam que não sabiam que pagamento era ilegal e que vão devolver o dinheiro se houver decisão do Senado nesse sentido A tentativa de regularizar o pagamento de auxílio-moradia no Senado colocou em situação ilegal três ministros: mesmo depois de terem trocado o Senado pela Esplanada, Alfredo Nascimento (Transportes), Hélio Costa (Comunicações) e Edison Lobão (Minas e Energia) continuaram recebendo o benefício, o que é proibido. Até este mês, os três ministros receberam um total de R$ 345.800. A direção do Senado mandou suspender os pagamentos a partir deste mês e estuda pedir o dinheiro de volta. Desde 2005 como ministro, Hélio Costa recebeu irregularmente R$ 178.600 de auxílio-moradia; Alfredo Nascimento, R$ 110.200, e Lobão, R$ 57.000. Lobão pediu a suspensão do pagamento em abril deste ano, segundo sua assessoria, após ter dúvidas sobre se poderia ou não receber o benefício. Os três ministros informaram que não sabiam da ilegalidade nos pagamentos e avisam que devolverão o dinheiro se houver uma decisão do Senado neste sentido. O ato que regulamenta o auxílio-moradia foi revalidado na semana passada, após a Folha revelar que o mesmo havia sido revogado em dezembro de 2002. Para evitar que todos os senadores tivessem que devolver o dinheiro recebido no período sem regra, o Senado revalidou o ato com efeito retroativo a 5 de dezembro de 2002. Folha de São Paulo – De Andreza Matais e Adriano Ceolin:
Ninguém provido de cérebro estranhou a notícia de que, embora esteja assentado na residência oficial do presidente do Senado e tenha uma casa em Brasília, José Sarney figura na lista dos premiados com o salário-moradia, que a cada mês engorda em R$3,8 mil a conta bancária dos pais da pátria. Aquela frase sobre a liturgia do cargo foi só uma frase. Espantosa é a declaração forjada pelo ex-presidente da República para justificar mais um brasileiríssimo absurdo. “Peço desculpas pela informação errada que dei”, começou Sarney, que dois dias antes negara a verdade documentada. “Eu nunca pedi auxílio-moradia e, por um equívoco, a partir de 2008, segundo me informaram, estavam depositando o valor na minha conta”, avançou a procissão de vírgulas arquejantes e sujeitos ocultos. Nunca pediu auxílio-moradia? Nem poderia ter pedido: a boca-livre foi revogada há tempos. “Por um equívoco”, alegou Sarney. Quem se equivocou? “A partir de 2008″. A partir de que mês? Dezembro? Ou janeiro? “Segundo me informaram”. Quem informou? Quais pessoas informaram? “Estavam depositando”. Quem estava? “O valor”. O feliz depositário acha dispensável explicitar a quantia? Na forma, a declaração não honra um imortal da Academia. No conteúdo, sugere que o político José Sarney, e é esse o lado espantoso da história, descolou-se de vez do Brasil real – e, sobretudo, da capitania que domina há 50 anos. Em 2008, a renda per capita do Maranhão ficou pouco acima de R$ 3 mil. Só com o auxílio-moradia, o morubixaba ganha a cada mês bem mais do que um maranhense comum demora um ano para juntar. O que para Sarney é uma ninharia, incapaz de chamar-lhe a atenção quando entra na conta bancária, é para os outros o preço da vida que é possível ser vivida. blog do Augusto Nunes
Brasil: da série “só dói quando eu rio”! O Maranhão, berço de Gonçalves Dias – biografia de Gonçalves Dias -, de Ferreira Gullar, Josué Montello e tantos outros grandes nomes da história e da literatura brasileira, não mereceria, nesse momento em que a população sofre com as implacáveis inundações – passam de 300 mil o número de desabrigados -, ainda ser aferroado pelo marimbondo de fogo do atraso. Os descendentes da brava e altiva nação Timbira assistem abismados as estripulias nepotistas do cacique Sarney. Um povo que tendo Alexandre de Moura, à frente de uma expedição de 600 soldados, em 1º de novembro de 1614 tomou o forte de São Luís e expulsou os franceses que ocupavam o Maranhão. Que foi capaz de dar um ultimato ao comandante francês La Ravardiére para evacuar a ilha, não deve se sujeitar a novas,velhas, oligarquias. Sua (dele) ex-celência, Zé Sarney, pegue com a mão na botija do imoral, e indevido, auxílio moradia, tem a desfaçatez de considerar os Tupiniquins, Tapuias, Aimorés, Xingus, Atroaris, Bororos, Caipós e demais habitantes da terra brasilis, todos um bando de idiotas. O cidadão em questão, vestuto membro da Academia Brasileira de Letras, ex-presidente da República e atual Presidente do Senado,vem recebendo, mensalmente, mais de R$ 3.000,00 de auxílio-moradia, verba essa destinada para aqueles parlamentares que não possuem residência em Brasília. O senador em questão, além de possuir residência própria na capital federal, ainda goza do direito de residir na residência oficial reservada para quem esteja na presidência do senado. José Sarney pediu desculpas e alegou que não pediu auxílio-moradia e que “alguém” o teria feito em seu lugar. Essa, nem Zé Bêdêu – o derradeiro abestado crédulo da Praça do Ferreira, em Fortaleza – engole. É muito marimbondo pra quem já foi vítima das ferroadas do estelionato eleitoral do plano cruzado. Não esqueceremos. Ao contrário do Sarney, o povo do Maranhão vem pagando um “aluguel” oneroso para essa elite que transformou o estado em capitania hereditária. Abaixo transcrição de artigo da jornalista Lucia Hippolito Sarney, o escorregadio Francamente, Excelência! Apanhado com a boca na botija recebendo mais de R$ 3.000,00 de auxílio-moradia, sendo proprietário de uma confortável residência em Brasília e dispondo ainda da residência oficial da Presidência do Senado, José Sarney pediu desculpas e alegou que não pediu auxílio-moradia e que “alguém” vem depositando em sua conta o auxílio-moradia desde meados de 2008. (Na última terça-feira Sarney afirmara categoricamente que não recebia auxílio-moradia. Pelo visto, a memória voltou subitamente.) O que dizer de um cidadão brasileiro que, checando sua conta bancária, encontra depósitos mensais de mais de R$ 3.000,00 e não tem a curiosidade de conhecer a identidade desse benfeitor anônimo que todo mês pinga um “capilé” em sua conta? Sarney é um fofo! E dizer que uma pessoa assim foi presidente da República por cinco longos anos! José Sarney não é um iniciante na política. Bem ao contrário. Deputado federal em 1958 (há 51 anos!), governador em 1965 (com uma ajudinha do recém-criado SNI), senador, presidente da República, três vezes presidente do Senado. Sarney já foi tudo neste país. Criou uma dinastia. Tem a filha e o filho na política. Será que Sarney não sabe o que é certo e o que é errado? O que pode ser legalmente aceitável mas é eticamente inaceitável? Ou sabe e não se importa? Um senador da República, presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, que tem residência em Brasília e tem ainda ao seu dispor a residência oficial do Senado, não lê seu contracheque ou não sabe que auxílio-moradia não se aplica?! Desde a terceira eleição de Sarney para presidente do Senado, em 2009, os cidadãos brasileiros já tomaram conhecimento de que ele requisitou seguranças do Senado para fazer a segurança de sua residência em São Luís (MA), embora ele seja senador pelo Amapá. Os cidadãos brasileiros também tomaram conhecimento de que, das 181 diretorias descobertas no Senado, pelo menos 50 foram criadas por José Sarney. Os cidadãos brasileiros tomaram conhecimento, ainda, de que uma assessora para as campanhas de Sarney e da famiglia Sarney era também, nas horas vagas, diretora do Senado. Flagrado, Sarney afastou a diretora… E a nomeou como assessora especial. O que será que o senador Sarney pensa de nós, eleitores? Que somos um bando de bobos. Que aceitamos qualquer coisa. Francamente, Excelência. Isto é inadmissível. O melhor a fazer é renunciar à presidência do Senado. Além de devolver o dinheiro público, naturalmente. blog da Lúcia Hippolito
Sarney e o auxílio moradia – Candidato ao Troféu Cara de Pau