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Militarização do Espaço

A projeção do poder militar para a dominação. A paranoia da Guerra Fria pode ter facilitado a corrida espacial décadas atrás, mas um novo relatório conclui que os projetos militares ainda ocupam quase a metade de todo o gasto mundial em recursos espaciais.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Os Estados Unidos são, de longe, o maior gastador em programas espaciais relacionadas com a defesa, mas o seu conhecimento técnico também torna o país mais dependente de tais sistemas, de acordo com o relatório “Space Security 2010”. Os esforços americanos para projetar poder militar através do globo ajudaram a dirigir tal dependência do poder espacial, disse o analista militar e de segurança John Pike, que dirige GlobalSecurity.org. “Se queremos explodir alguém, nós temos que ir para o outro lado do planeta, e precisam de muito suporte espacial para fazê-lo”, disse Pike, que não esteve envolvido na elaboração do relatório. [Conceitos de Armas Espaciais mais Destrutivas] Essa dependência pode deixar os EUA mais vulneráveis ​​a medidas anti-satélite destinadas a contratação de plataformas orbitais vigilantes do país. Enquanto os EUA, a China e a Rússia têm talvez os recursos mais avançados para a destruição de satélites, a Índia também anunciou planos para desenvolver capacidades anti-satélite. Olhos no céu. De acordo com o novo relatório, o Departamento de Defesa dos EUA tem destinado 10,7 bilhões de dólares para impulsionar as capacidades espaciais em 2009. Mas esse número não inclui o dinheiro para o Escritório Nacional de Reconhecimento, a Agência Nacional Geo-espacial, ou a Agência de Defesa de Mísseis. Muito dos gastos com defesa está focado em satélites que fornecem serviços como comunicações, inteligência, reconhecimento e vigilância, bem como previsão do tempo, navegação e aplicações de orientação de armas. Os Estados Unidos opera cerca de metade dos 175 satélites militares dedicados do mundo que estavam no espaço no final de 2009, de acordo com o Índice de Segurança Espacial, um consórcio de pesquisa internacional que compilou o relatório “Space Security 2010 “. Pike considerou a contagem dos satélites militares dos EUA “significativamente baixa”, e disse que uma contagem de 115 satélites pela União dos Cientistas Interessados chegou muito mais perto. A Rússia dizia-se operar com um quarto dos satélites militares com 38, e China tinha 12. O número russo “soa bem”, disse Pike em um e -mail. Ele ressaltou que é apenas um terço do número total de satélites militares soviéticos que estavam no ar durante a Guerra Fria. A dependência dos EUA em potência espacial vai muito além de satélites militares dedicados. Muitos de seus sistemas de navegação e de segmentação também dependem de satélites do Sistema de Posicionamento Global que orientam os usuários de smartphones civis e motoristas. A Força Aérea lançou o primeiro de uma frota planejada de 12 satélites GPS ultra-precisos em maio de 2010. A Rússia impôs a sua própria constelação de satélites, conhecida como Global Navigation Satellite System (GLONASS). Isso tem o seu próprio orçamento de US $ 1 bilhão. Sistemas Shoot-Down. EUA, China e Rússia têm atualmente os sistemas de mísseis terrestres mais avançados que podem destruir satélites, de acordo com o relatório, os EUA e a China fizeram demonstrações deles nos últimos anos. Em 2007, a China abateu um satélite meteorológico inoperante com um míssil lançado do solo, e a Marinha dos EUA derrubou um satélite espião extinto com um míssil lançado a partir de um navio em 2008. A Rússia mostrou indícios de capacidades anti-satélite em 1980. Esses países também têm acesso a programas avançados de lasers que podem ofuscar temporariamente ou cegar a ótica sensível de satélites em órbita baixa da Terra. Durante a Guerra Fria, tanto os EUA e quanto a Rússia tentaram desenvolver sistemas de ataque espaciais que poderiam atingir alvos terrestres com armas ou lasers nucleares. Mas esses países parecem ter se afastado de tais sistemas “Star Wars” nos últimos anos. Os programas de interceptores de mísseis espaciais dos Estados Unidos têm enfrentado cortes no financiamento, sendo assim os militares dos EUA têm se focado em lasers na terra ou no ar. Futuro do poder espacial. Algumas tecnologias espaciais ou capacidades podem ou não ter possibilidades militares, de acordo com diferentes intenções e pontos de vista nacionais. As manobras de satélite secretas recentes da China provavelmente são testes representados das futuras capacidades de encontro espaciais, segundo analistas. No entanto, uma notícia russa sugeriu que a China poderia usar manobras similares para inspecionar satélites estrangeiros. O avião espacial X-37B da Força Aérea dos EUA, pode permitir aos militares dos EUA substituir rapidamente os satélites abatidos durante um conflito. O avião espacial também tem atraído a especulação sobre as armas militares secretas, mas tal papel parece improvável a analistas. Por enquanto, aos Estados Unidos parece provável se manterem na liderança das capacidades espaciais de suporte militar. Isso faz parte da sua meta atual de manutenção do poder militar no mundo. “Até que a China descubra uma necessidade urgente de defender o Canal de Panamá dos Imperialistas Ianques, não vejo (esse) desenvolvimento das capacidades de projeção de poder globais das quais o espaço é um componente integrante,” escreveu Pike. Sua confiança nas capacidades espaciais deixa os militares dos EUA solitários em termos de vulnerabilidade, se futuros adversários decidirem derrubar os satélites de apoio. Fonte: http://www.darkgovernment.com/news/military-money-focused-on-space/

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USA e Oriente Médio – Armas, armas e mais armas

Como os EUA estão ‘inundando’ o Oriente Médio de armas Acordo entre os EUA e a Arábia Saudita prevê um pacote de defesa de US$ 110 bilhões Direito de imagemAFP|GETTY IMAGES Não foi à toa que o presidente americano, Donald Trump, visitou a Arábia Saudita em sua primeira turnê oficial como presidente dos Estados Unidos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] A viagem consolidou um acordo de venda de armas para Riad avaliado em US$ 110 bilhões. Os sauditas receberão dos EUA, durante os próximos dez anos, tanques, aviões de combate, barcos de guerra e mísseis de precisão guiados. Apesar das várias críticas ao seu histórico de repressão, violação de direitos humanos e das mulheres e por financiar mesquitas e escolas islâmicas que difundem visões fundamentalistas do islamismo mundo afora, a Arábia Saudita é um dos principais parceiros dos EUA no Oriente Médio – e, segundo a instituição americana Council on Foreign Relations, o maior importador de armas do país. Aumento Uma análise do Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (Sipri), indica que, nos últimos quatro anos (2012-2016), as importações de armas por nações do Oriente Médio aumentaram 86%. “A Arábia Saudita foi o segundo maior importador de armas do mundo entre 2012 e 2016 (atrás da Índia), com um aumento de 212% desde o período de 2007-2011”, diz o estudo. No mesmo período, segundo o Sipri, os EUA foram o maior exportador de armas do planeta. “Suas exportações aumentaram 21% comparado ao período de 2001-2011. Quase a metade destas exportações foram para o Oriente Médio.” Se é certo que este aumento ocorreu durante a presidência de Barack Obama, seu governo também impôs certas restrições à venda de armas a determinados países por conta de preocupações com direitos humanos. Em 2017, no entanto, o governo Trump começou a revogar estas restrições. O Catar assinou um acordo para a compra de 36 caças F-15 dos Estados Unidos Direito de imagemGETTY IMAGES Em março, o Departamento de Estado suspendeu um bloqueio imposto por Obama à venda de armas para o Bahrein, depois de acusações de abusos contra grupos de oposição ligados à maioria xiita no país. A decisão permitirá, agora, a venda de aviões de combate F-16 e de outras armas ao Bahrein, como parte de um pacote avaliado em cerca de 2,7 bilhões. A base da Quinta Frota da Marinha dos Estados Unidos, que patrulha o estratégico Golfo Pérsico, fica no Bahrein. Preocupações No início do mês de junho, houve tentativas no Senado americano de bloquear um pacote de US$ 500 milhões em mísseis guiados para a Arábia Saudita, por causa de preocupações com a campanha militar saudita na guerra do Iêmen. Todas as facções envolvidas neste conflito – que começou em 2014, já matou mais de 10 mil pessoas e afundou grande parte do país em uma escassez generalizada de alimentos – foram acusadas de cometer abusos de direitos humanos e crimes de guerra. Muitos senadores se opunham à venda de armas à Arábia Saudita pelo seu papel no conflito. O país lança ataques aéreos contra rebeldes houthi – que controlam a maior parte do Iêmen – dizendo estar “defendendo o governo legítimo” do presidente, Abdrabbuh Mansour Hadi. A venda, no entanto, foi aprovada por uma estreita margem no Senado americano. O Catar também é outro grande importador de armamentos. Segundo o Sipri, nos últimos anos, “as importações de armas do Catar aumentaram 245%”. Na semana passada, o secretário americano de Defesa, James Mattis, assinou um acordo de US$ 12 bilhões para a venda de 36 aviões de combate F-15 ao Catar. Situação ‘confusa’ Segundo um estudo do Sipri, as importações de armas do Catar aumentaram 245% nos últimos cinco anos Direito de imagemREUTERS O acordo ocorreu no momento em que Arábia Saudita lidera, junto com outros países da região, um duro bloqueio econômico e diplomático contra o vizinho Catar, por supostamente “apoiar a terroristas”. O presidente Donald Trump elogiou a ação. “Dizem que vão adotar uma linha dura contra o financiamento do extremismo e todas as referências apontam para o Catar. Talvez este seja o começo do fim do horror do terrorismo”, escreveu Trump no Twitter. Já o democrata Ted Lieu disse, em uma audiência no Congresso, que “é muito confuso para os líderes mundiais e os membros do Congresso quando a Casa Branca faz duas coisas exatamente opostas” em relação ao Catar. Cabe lembrar que o Catar abriga a maior base militar americana no Oriente Médio, a base aérea Al-Udeid, que foi essencial para missões militares e de contraterrorismo dos Estados Unidos e de seus aliados no Afeganistão, no Iraque e na Síria. Principal mercado Tudo parece indicar que o Oriente Médio, uma região submersa em numerosos conflitos, continuará sendo um dos principais importadores de armas do mundo. E os Estados Unidos, seu principal fornecedor. “Durante os últimos cinco anos, um dos principais mercados de armas dos Estados Unidos foram as nações do Oriente Médio, especialmente a Arábia Saudita”, disse à BBC Pieter Wezeman, pesquisador do Sipri. “E mesmo que Obama tenha imposto algumas restrições, no total, essas restrições foram quase invisíveis.” “Tudo parece indicar que agora, com Trump, será inclusive mais fácil adquirir armas dos EUA do que era antes – para países como Arábia Saudita, Bahrein e vários outros na região”, conclui. A guerra no Iêmen afundou o país numa escassez de alimentos Direito de imagemAFP Estratégia A pergunta é: será que Donald Trump tem uma estratégia para o Oriente Médio, para além da venda de armas? Segundo a correspondente da BBC no Departamento de Estado, Barbara Plett Usher, em Washington se fala de uma “aparente desconexão entre o desejo de vender mais armas para a região e uma estratégia articulada para pôr fim aos conflitos ali”. Pieter Wezeman afirma que Trump não parece ter uma estratégia mais abrangente do que “vender armas para criar empregos nos Estados Unidos”. “Ele parece ter jogado fora qualquer preocupação com direitos humanos”, diz. “E parece extremamente disposto a fornecer qualquer tipo de armas que os países do Oriente Médio queiram

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É a economia estúpido

EUA anunciam venda bilionária de caças ao Catar Caças F15: negócio entre EUA e Catar vale 12 bilhões de dólares e pode envolver até 36 jatos Em meio à crise no Oriente Médio, Washington fecha venda de aviões de guerra no valor de US$ 12 bilhões e faz operações navais conjuntas com país árabe, que abriga maior base militar americana na região.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Os Estados Unidos fecharam uma venda bilionária de caças ao Catar e começaram manobras navais conjuntas com o país nesta quinta-feira (15/06), ressaltando seu compromisso com seu aliado militar, apesar da crise entre Doha e governos vizinhos. Washington tem enviado sinais contraditórios a seu aliado de longa data em relação à sua posição sobre a crise diplomática, desatada após a Arábia Saudita e seus aliados suspenderem relações com o Catar, impondo sanções ao emirado. Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, expressou seu apoio às acusações contra o Qatar, afirmando que o emirado tem sido “historicamente um financiador do terrorismo em um nível muito alto”. Mas funcionários do Pentágono e do Departamento de Estado têm se esforçado desde então para tranquilizar o emirado, que abriga cerca de 10 mil soldados americanos, a maior base aérea dos EUA no Oriente Médio e a central de comando para operações militares dos EUA no Iraque, Síria e Afeganistão. Visita a Washington O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, recebeu seu homólogo do Qatar, Khalid al-Attiyah, em Washington nesta quarta-feira, para a assinatura do acordo para a venda de caças F-15. “A venda de 12 bilhões de dólares dará ao Qatar uma capacidade de tecnologia avançada e aumentará a cooperação de segurança e de interoperabilidade entre os Estados Unidos e Qatar”, disse o Pentágono, sem fornecer detalhes adicionais sobre a venda. A agência de notícias Bloomberg relatou que ela pode envolver até 36 caças. “O Catar e os Estados Unidos solidificaram sua cooperação militar lutando lado a lado por muitos anos, em um esforço para erradicar o terrorismo e promover um futuro de dignidade e prosperidade”, disse Attiyah em comunicado. Os militares americanos haviam anunciado um negócio semelhante de 21,1 bilhões de dólares em novembro, envolvendo 72 caças F-15 para o Catar nos dias finais da administração Obama. Não ficou imediatamente claro se os dois negócios se tratam do mesmo acordo. Representantes do governo do Qatar não responderam imediatamente à essa questão na quinta-feira. Exercícios militares conjuntos O Pentágono enviou dois navios de guerra para realizar manobras conjuntas com a Marinha do Catar, no Golfo. Os navios atracaram no Porto Hamad, ao sul da capital Doha, na quarta-feira, segundo o Ministério da Defesa do Catar. Washington expressou crescente preocupação com o impacto da crise diplomática em suas operações militares contra o “Estado Islâmico“. O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, disse na semana passada que a crise estava “atrapalhando” a campanha e pediu que a Arábia Saudita e seus aliados aliviassem seu “bloqueio”. A Arábia Saudita e seus aliados Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein disseram que não haverá retomada das relações até o Qatar suspender seu apoio a organizações como a Irmandade Muçulmana, que os quatro governos consideram um grupo terrorista. Mas o Qatar e seus aliados – liderados pela Turquia – dizem que o emirado tem todo o direito de conduzir uma política externa independente e chamaram as sanções impostas como “desumanas e anti-islâmicas”. md/afp/ap

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Temer financia a guerra e libera empréstimos do BNDES para governos estrangeiros comprarem armas

Lembra quando o governo do PT emprestou dinheiro para Cuba e outros países? Foi aquela gritaria. Afinal, com tantas demandas sociais não atendidas no Brasil, porque emprestar o dinheiro dos nossos impostos para o estrangeiro? A maioria de nós tinha muito claro que era melhor investir aqui mesmo, para enfrentar nossos tantos problemas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Agora, imagine que Lula tivesse usado o BNDES para financiar a venda de armas para Cuba, Venezuela, Angola. Ia ser o maior escândalo. Pois é o que está acontecendo agora, no governo de Michel Temer. Independente de qualquer questão ideológica, o questionamento ao PT fazia todo sentido. O Tribunal de Contas da União publicou uma auditoria sobre o assunto em janeiro de 2016. Tratava de empréstimos concedidos pelo BNDES para construção de rodovias, portos e outras obras, entre 2006 e 2014. Os países mais beneficiados foram: Angola (R$ 14 bilhões) Venezuela (R$ 11 bilhões) Argentina (R4 8 bilhões) República Dominicana (R$ 8 bilhões) Cuba (R$ 3 bilhões) O argumento dos governos petistas era que esses empréstimos eram bons para o Brasil, porque serviam para financiar a compra de produtos fabricados aqui, e serviços prestados por empresas brasileiras. Isso é verdade. Também é verdade que esses recursos poderiam ter uso muito melhor. E hoje sabemos que as empresas beneficiadas estavam pagando por fora pelo privilégio – e seus executivos estão delatando tudo na Lava-Jato. Agora, o BNDES acaba de anunciar a criação de uma nova linha de crédito para países estrangeiros. Para construir obras nesses países? Não, para eles comprarem armas fabricadas no Brasil. Por empresas brasileiras ou não. O BNDES poderá financiar até 100% do valor total do projeto e conceder empréstimos com prazos longos, de até 25 anos. Segundo a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, haverá “flexibilização de mecanismos de garantias ” e “equalização maior” das taxas de juros. Ou seja: é empréstimo de pai para filho. Quanto o Brasil vai emprestar de nosso dinheiro para governos estrangeiros comprarem bombas, canhões, tanques e aviões de guerra? Segundo Maria Silvia, “não temos restrição de orçamento.” Uma estimativa inicial é que o Brasil possa atingir R$ 35 bilhões de empréstimos. Incrível, considerando que o próprio governo sempre nos garante que o Brasil está quebrado, que o povo tem que fazer sacrifício, abrir mão de direitos trabalhistas, aposentadoria etc. Novamente fica claro que o Brasil não está quebrado coisa nenhuma. A realidade é que o governo espreme o povão para proteger alguns setores. Os multimilionários, que pagam menos imposto do que em qualquer país. Os bancos. As grandes empresas. E nossa “indústria de defesa”. Que se fosse tão competitiva, não precisaria usar o dinheiro do Tesouro Nacional para convencer governos estrangeiros a comprar as nossas armas. Mas tem seus fãs no governo, e relação de simbiose com nossas Forças Armadas. Aliás, que governos estrangeiros o BNDES pretende financiar? Alguns vizinhos, como Paraguai e Argentina. Mas o principal mercado é o mundo árabe, a África e Ásia. Muitos desses países têm democracia duvidosa. Alguns são muito mais autoritários que Cuba e Venezuela, que causaram tanto escândalo na Era Lula. Aliás, não há restrições contra Cuba ou Venezuela. O Brasil é notório no mercado internacional pela falta de transparência nas vendas de armas. Sabemos muito bem que alguns potenciais clientes do BNDES querem as armas é para declarar guerra ao seu próprio povo. Em todo lugar existem governantes impopulares, que impõem medidas cruéis à sua população, e lidam com truculência com qualquer oposição. Para ficar aqui por perto, o Paraguai quer comprar nosso tanques Guarani, fabricados em Minas Gerais por uma empresa italiana. Pra ir à guerra com o Uruguai ou a Argentina? Mais provável que seja pra reprimir a população paraguaia, que está cansada dos desmandos de seu governo. Aliás o Brasil, que era importador de gás lacrimogêneo, agora já produz aqui. Podemos vender também. É verdade que a Indústria Bélica gira muito dinheiro por aqui. Estima-se que seja um negócio de R$ 200 bilhões por ano, ou 3.7% do nosso PIB. Emprega 30 mil pessoas. O principal cliente, claro, é o Estado Brasileiro. Quanto à exportação, vai crescer com o apoio do BNDES… já temos tradição, a gente já exporta bombas de fragmentação que estão sendo usadas contra a população civil no Iêmen! É imoral ter lucro com a morte dos outros. É imoral fazer de todos nós, brasileiros, financiadores disso. É imoral aplicar em armas os nossos impostos, com tanto desemprego e miséria no nosso país. Temer tira recursos do Brasil para financiar a guerra em outros países. É mais uma violência de um regime que se esfacela, e que cada vez mais se apóia nas Forças Armadas. Mas agora, a violência não é só contra nós, brasileiros – mas contra inocentes em outros cantos do mundo.

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Massacre na Flórida: O que levou atirador investigado pelo FBI a ter porte de fuzil

Como Omar Mateen, autor do massacre de Orlando, conseguiu autorizações legais para comprar e portar armas mesmo tendo sido investigado duas vezes pelo FBI (polícia federal americana) e respondido a processo por violência doméstica? O ataque à Pulse foi um dos maiores massacres da história recente dos Estados Unidos – Image copyright AP Essa pergunta tem permeado os debates em torno do maior massacre a tiros da história recente dos Estados Unidos. Mateen, que foi morto em confronto com policiais, era descrito como violento, mas trabalhava em uma empresa de segurança. Era funcionário desde 2007 da multinacional G4S, que presta serviços em mais de 20 centros de detenção juvenil da Flórida.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Aos 29 anos, o filho de afegãos havia sido investigado pelo FBI pela primeira vez em 2013, quando comentou com colegas ter supostos vínculos com terroristas, segundo afirmou Ronald Hopper, agente especial da polícia federal americana. Massacre em Orlando: O que se sabe até agora Pai de atirador de Orlando critica filho, mas defende ‘justiça divina’ para gays “O FBI investigou o assunto com cuidado, fez entrevistas com testemunhas, o vigiou e revisou seu histórico criminal”, disse o Hopper. Mateen foi interrogado duas vezes. “No fim, não foi possível verificar a fundo seus comentários, e a investigação foi encerrada.” Nesta segunda-feira, o diretor do FBI, James Comey, relatou que ele havia feito afirmações “inflamadas e contraditórias” – dizendo inclusive ter conexões com a Al-Qaeda e o Hezbollah, dois grupos diametricamente opostos. À polícia, porém, o atirador argumentou que os comentários foram apenas uma reação a atos de discriminação por parte dos colegas. Após dez meses de apurações, o FBI encerrou o caso. A segunda investigação, um ano depois, começou porque Mateen frequentou a mesma mesquita que um homem-bomba. Na ocasião, uma pessoa ouvida pela polícia afirmou que chegou a temer que ele tivesse se radicalizado, mas que as preocupações haviam se dissipado porque o rapaz tinha se casado e tido um filho recentemente. O FBI acabou concluindo que o contato entre Mateen e Moner Mohammad Abusalha, um cidadão da Flórida que se juntou ao autoproclamado Estado Islâmico na Síria, tinha sido mínimo e não constituía ameaça. Embora estivesse no radar do FBI, Mateen não estava na lista oficial de pessoas suspeitas de ligação com o extremismo, e, por isso, era legalmente apto a obter licença para portar armas, de acordo com os registros da Flórida. Omar Mateen foi interrogado pelo FBI em 2013 e 2014 Após o ataque à boate Pulse, os agentes americanos agora investigam se ele realmente tinha laços com extremistas islâmicos – antes ou durante o atentado, ele ligou para o serviço de emergência jurando lealdade ao Estado Islâmico. Além das suspeitas do FBI, Mateen respondeu na Justiça por episódios de violência doméstica contra sua então mulher, Sitora Yusufiy, com quem esteve casado entre 2009 e 2011. Ela disse ter apanhado dele em diversas ocasiões. A brutal perseguição do Estado Islâmico aos gays Um ex-colega de trabalho, Daniel Gilroy, disse à imprensa americana que o atirador “falava em matar gente” e tinha comportamento intolerante. Gilroy disse ter se queixado à empresa em que trabalhavam – a G4S afirmou que os antecedentes de Mateen foram verificados antes de sua contratação, em 2007. A questão das armas Mesmo sendo alvo de investigações, Mateen tinha a licença D2723758, que autorizava a possuir armas. Ela expiraria apenas em 14 de setembro de 2017, segundo registros do Departamento de Agricultura e Serviços do Consumidor da Flórida – o Estado americano com a maior porcentagem de civis armados. Segundo a Gunpolicy, uma organização especializada política de armamentos, 51,2% das residências da Flórida têm ao menos uma arma de fogo. Só no ano passado, 885 mil armas foram vendidas para pessoas físicas, de acordo com dados do governo do Estado – 109 mil a mais que no ano anterior. O direito de portar armas é garantido nos Estados Unidos pela Segunda Emenda da Constituição, que vigora desde dezembro de 1791. A GunPolicy e outras organizações que estudam o tema estimam que haja 270 milhões de armas nas mãos de civis no país. A população americana é de cerca de 316 milhões de habitantes. O fuzil AR-15 foi usado em outros ataques nos Estados Unidos Image copyright GETTY IMAGES A Lei Nacional de Armas regula o comércio, o porte e o uso de armas na esfera federal, mas cada Estado tem legislações específicas sobre o tema. A GunPolicy classifica a legislação da Flórida como “permissiva” – ela foi aprovada em 1987 e revista em julho de 2012, quando a compra de armamento foi facilitada e os custos da burocracia para obter o porte de arma, reduzidos. A legislação determina que civis não podem possuir metralhadoras e armas automáticas fabricadas antes de 19 de maio de 1986. Mas eles podem adquirir armas semiautomáticas – como por exemplo revólveres, pistolas, fuzis e munições (inclusive de calibres pesados, como o 0.50). Não é preciso ter licença para praticar tiro ao alvo. Portar uma arma o tempo todo, porém, demanda uma autorização especial: para consegui-la, é necessário apresentar uma justificativa – como estar com a vida ameaçada ou trabalhar com transporte de dinheiro ou documentos importantes. Fuzil AR-15 Marteen tinha licença para ter um fuzil AR-15 por trabalhar na área de segurança. Além dessa arma, ele possuía uma pistola e “uma quantidade desconhecida de munição”, segundo afirmou o chefe de polícia John Mina logo após o ataque à boate Pulse. O AR-15 foi o mesmo fuzil utilizado para matar estudantes do colégio de Sandy Hook, em Connecticut, em 2012, espectadores que assistiam a um filme do Batman em um cinema do Colorado no mesmo ano e pessoas que estavam em um centro comunitário de San Bernardino, na Califórnia, em dezembro passado. A arma também é bastante popular entre traficantes de drogas que operam no México, segundo a Procuradoria-Geral do país. “Como alguém com esse histórico, depois de ter sido interrogado pelo FBI três vezes por possíveis vínculos terroristas e ser acusado de violência doméstica pela

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Hipocrisia – Fome – África e o massacre na Flórida

Massacre na Flórida. Hipócritas, poupem-me a inteligência! Na África morrem UM MILHÃO E QUINHENTAS MIL CRIANÇAS – 1.500.000 – de fome anualmente, e presidentes, líderes religiosos, praticantes do ‘coitadismo de ocasião’ ‘et caterva’ vêm a público horrizados com 49 mortos em um rotineiro ‘bang bang’ na pátria que idolatra os deuses das armas? “Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que também se caçam borboletas e andorinhas, ficou muito espantado e achou uma barbaridade” Carlos Drummond de Andrade. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Como a Coreia do Norte paga por seu sofisticado programa militar?

O “isolado reino” da Coreia do Norte é um caldeirão de contradições. Governo norte-coreano vem intensificando embates políticos com potências ocidentais – Image copyright Reuters O país é vizinho de várias das economias mais dinâmicas do mundo, incluindo a próspera Coreia do Sul, mas sua população sofre com toda sorte de privações. Em meados do século 20, a Coreia do Norte era um dos países mais industrializados da Ásia. Mas, hoje, é visto como um desastre econômico. E, enquanto as condições de vida de seus cidadãos são precárias, o governo anuncia programas de desenvolvimento de sofisticados sistemas de armamento, inclusive de foguetes de longo alcance e bombas atômicas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A Coreia do Norte reforça que o recente lançamento de um foguete é parte de um programa de exploração espacial, enquanto as potências ocidentais alegam se tratar de uma tentativa de desenvolver mísseis capazes de atingir alvos distantes. De qualquer forma, são poucas as nações da Terra capazes de conceber tecnologias avançadas e tão caras. Mas como a Coreia do Norte financia essas atividades? Exportação e investimento Em primeiro lugar, são necessárias divisas internacionais. Muitos estão de acordo que a Coreia do Norte fez importantes aquisições de tecnologia no exterior, em certos casos com fins militares. E, apesar de ser um dos últimos países do mundo a manter uma economia centralmente planificada, ao modo stalinista, Pyongyang ainda consegue desenvolver um setor exportador. Em sua página na internet, a CIA, a agência de inteligência americana, estima o tamanho da economia norte-coreana em torno de US$ 40 bilhões (R$ 160 bilhões), similar ao PIB de Honduras ou do Estado brasileiro de Goiás. As exportações da Coreia do Norte somam, por outro lado, US$ 3,834 bilhões (R$ 15 bilhões), o equivalente às vendas externas de Moçambique ou das do minúsculo Estado europeu de San Marino, encravado na Itália. Entre os produtos destinados ao exterior, estão minério e itens manufaturados, entre eles armamentos e artigos têxteis, além de produtos agrícolas e pesqueiros. Mas como um país com uma economia de tamanho equiparável à de alguns dos países mais pobres da América Latina pode pagar por um programa nuclear? Passando fome Coreia do Norte detém um significativo poderio militar. Image copyright AP A resposta parece estar na natureza autoritária e centralizada do governo, que destina os escassos recursos do país a fins militares, nem que para isso seus cidadãos passem fome. O PIB per capita da Coreia do Norte, ajustado pelo seu poder de compra, chega a US$ 1,8 mil (R$ 7,2 mil), fazendo com que o país asiático ocupe a 208ª posição entre 230 nações, nível comparável ao de Ruanda, na África, ou do Haiti, na América Central. Na década de 1990, o país enfrentou a ameaça de uma escassez generalizada de produtos alimentícios básicos, e sua economia levou um longo tempo para recuperar-se do desastre. Foi um processo tão traumático que, até 2009, a Coreia do Norte recebeu uma substancial ajuda alimentar da comunidade internacional. Hoje, acredita-se que sua produção agrícola interna tenha melhorado. Os clientes E quem são os clientes dos produtos norte-coreanos? O aliado político mais importante do país é a China, que compra 54% de sua produção. Em um inesperado segundo lugar, vem a Argélia, que é o destino de 30% das vendas do país. E, para a Coreia do Sul, vão 16% de suas exportações. Apesar da Coreia do Norte e a nação vizinha viverem um dos conflitos militares mais longos de que se tem notícia na história, em curso desde o fim da 2ª Guerra Mundial, os dois países vêm fortalecendo os vínculos econômicos. Alguns investimentos sul-coreanos se concentram em determinadas partes do pais, oferecendo ao governo norte-coreano outra valiosa fonte de divisas.Sob o comando de Kim Jong-un, o país realizou testes de foguetes controversos. Image copyright Reuters O núcleo mais importante deles é o complexo industrial de Kaesong, que está diante de um futuro incerto depois de o governo de Seul anunciar a suspensão de sua participação na iniciativa, devido às crescentes tensões políticas entre ambas as nações por conta dos testes nucleares realizados pela Coreia do Norte. A Coreia do Sul diz não querer que os recursos gerados pela zona industrial sejam usados no programa militar norte-coreano. E as sanções econômicas impostas por vários países, inclusive as mais recentes aplicadas pelo Japão, devem continuar debilitando a economia norte-coreana. No entanto, enquanto o governo do líder norte-coreano, Kim Jong-un, seguir disposto a impôr sacrifícios substanciais a seus habitantes, pode-se esperar que a Coreia do Norte continue a desenvolver seu poderio militar muito além do que seria possível esperar de uma nação com sua frágil condição econômica. BBC

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Economia: Os 10 países que mais compram armas pesadas (e de quem)

Prontos para a briga. São 153 os países no mundo (ou 75% do total) que importaram alguma quantidade de grandes armas entre 2010 e 2014. No entanto, os 5 principais responderam por um terço do volume total, com liderança da Índia. Os números foram divulgados ontem pelo Stockholm International Peace Research Institute. Com o desenvolvimento de uma indústria de armas própria, a China tem conseguido diminuir brutalmente sua importação, mas segue em terceiro. Ela também aparece no ranking de maiores exportadores, assim como os Estados Unidos. Em comparação com o período anterior, as importações cresceram 45% na África e 37% na Ásia e Oceania. Na Europa, caíram 36%. Veja a seguir os 10 maiores importadores de grandes armas entre 2010 e 2014 – incluindo equipamento militar como aviões e navios – e quais são os 3 principais fornecedores de cada um: 1. Índia Reuters Parceiros Parcela das importações 1 Rússia 70% 2 Estados Unidos 12% 3 Israel 7% 2. Arábia Saudita Riyadh March 26, 2014 Membros das forças especiais da Arábia Saudita treinam em Darma. (26/3/2014) Parceiros Parcela das importações 1 Reino Unido 36% 2 Estados Unidos 35% 3 França 6% 3. China Mark Ralston/AFP Avião militar exposto na China: Pequim reforça continuamente o gasto de Defesa, que subiu 11,2% em 2012 e 10,7% em 2013 Parceiros Parcela das importações 1 Rússia 61% 2 França 16% 3 Ucrânia 3% 4. Emirados Árabes Unidos Petra News Agency/Reuters Parceiros Parcela das importações 1 Estados Unidos 58% 2 França 9% 3 Rússia 9% 5. Paquistão AFP Soldados fazem uma operação contra militantes do taleban no Paquistão Parceiros Parcela das importações 1 China 51% 2 Estados Unidos 30% 3 Suécia 5% 6. Austrália Exército da Austrália / Wikimedia Commons Parceiros Parcela das importações 1 Estados Unidos 68% 2 Espanha 19% 3 França 6% 7. Turquia Mustafa Ozer/AFP Helicóptero militar turco sobrevoa a região de Hakkari, perto da fronteira com o Iraque Parceiros Parcela das importações 1 Estados Unidos 58% 2 Coreia do Sul 13% 3 Espanha 8% 8. Estados Unidos Lockheed Martin Parceiros Parcela das importações 1 Alemanha 18% 2 Reino Unido 15% 3 Canadá 13% 9. Coreia do Sul AFP / Kim Jae-Hwan Tanques sul-coreanos avançam durante as manobras militares conjuntas com os Estados Unidos Parceiros Parcela das importações 1 Estados Unidos 89% 2 Alemanha 5% 3 Suécia 2% 10. Singapura Wikimedia Commons Parceiros Parcela das importações 1 Estados Unidos 71% 2 Alemanha 10% 3 Suécia 6% Fonte:Exame

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