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Sete magnatas brasileiros alvos da Lava Jato

A lista de empresários alvo da Polícia Federal só tem aumentando nos últimos anos.  Além do dono do grupo EBX, Eike Batista, empreiteiros da Obebrecht, Andrade Gutierrez, UTC e banqueiros já foram alvos da Operação Lava Jato.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Na quinta-feira (26), Eike foi alvo da Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato. Ele teve a prisão preventiva decretada, mas não foi encontrado no Rio. O empresário viajou no dia anterior para Nova York, nos Estados Unidos. A suspeita é que Eike tenha pago propina para uma organização criminosa chefiada pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Relembre outros empresários presos nos últimos tempos: 1. Odebrecht Em junho de 2015, Marcelo Odebrecht foi preso preventivamente em sua casa, no Morumbi, na região oeste de São Paulo, na Operação Erga Omnes. Essa expressão em latim significa “uma regra vale para todos”. No mesmo dia, foram presos 10 empresários, tanto da Odebrecht quanto da Andrade Gutierrez. A acusação é que as empresas pagaram mais de R$ 700 milhões em propinas em troca de contratos bilionários com o governo federal. Em março de 2016, Marcelo Odebrecht foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Com o acordo de delação premiada, o empresário ficará prezo até dezembro de 2017. Foram acertados dez anos de prisão, sendo dois anos e meio em regime fechado. Neto do pernambucano Norberto Odebrecht (fundador da Construtora Norberto Odebrecht), Marcelo era presidente da empreiteira desde dezembro de 2008. 2. Andrade Gutierrez Então presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo foi preso preventivamente no mesmo dia que Marcelo Odebrecht. Em abril de 2016, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki homologou a delação premiada de Otávio Azevedo. A delação do empresário indica que a propina revestida de doação legal foi para outras campanhas do PT e do PMDB em 2010, 2012 e 2014. Ele foi condenado em setembro do ano passado na Justiça do Rio por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa em processo desdobrado da Lava-Jato. Por causa do acordo de delação, a pena, que seria de 18 anos inicialmente, foi reduzida. A sentença passou para um ano de prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Após esse período, o empresário passará ao regime semiaberto por 10 meses e, depois, cumprirá dois anos da pena em regime aberto. 3. BTG Pactual Ex-executivo-chefe (CEO) do BTG Pactual e um dos brasileiros mais ricos, André Esteves foi preso em novembro de 2015, suspeito de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Ele renunciou a todos os cargos no BTG Pactual e no conselho da BM&FBovepsa e deixou o controle da instituição financeira com outros sete sócios. A prisão preventiva foi decretada pelo STF com base em uma gravação obtida pelo Ministério Público Federal na qual o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT) afirma que o banqueiro financiou a fuga do ex-executivo da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró para a Espanha. Em abril de 2015, o ministro Teori Zavascki revogou a prisão do empresário e permitiu que ele voltasse ao comando do banco. Em 2016, ele foi listado entre os 70 maiores bilionários do Brasil pela revista Forbes, com patrimônio estimado em R$ 9 bilhões. No ranking mundial da revista, ele ocupa o 628o lugar. 4. Camargo Corrêa Ex-presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini foi preso em novembro de 2014. Ele junho de 2015, a Justiça Federal condenou a cúpula da empreiteira por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa nas obras da refinaria Abreu e Lima, da Petrobrás. Avancini pegou 15 anos e dez meses de reclusão. Com o acordo de delação premiada, o juiz Sérgio Moro concedeu regime de prisão domiciliar. 5. Gueiroz Galvão O sócio e principal dirigente do Grupo Galvão, Dario de Queiroz Galvão Filho, foi condenado em dezembro de 2015 a 13 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção, de lavagem e de associação criminosa. Ele estava preso desde março de 2014, apontado como o principal mandante do pagamento de propinas pelo grupo. Atualmente ele cumpre prisão domiciliar em um condomínio de luxo. 6. OAS Sócio da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, foi condenado em agosto de 2015 por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Ele foi apontado como um dos responsáveis pelos contratos da empreiteira com a Refinaria Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e com a Refinaria de Abreu e Lima (Renest), em Pernambuco, ambas da Petrobras. Em novembro de 2014, ele foi preso, passou por prisão domiciliar e estava em liberdade provisória. O empresário foi detido novamente em setembro de 2016, acusado de obstruir as investigações e continua detido em Curitiba. Marcella Fernandes/Brasilpost

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Empresa suspeita de ligação com Jucá recebeu R$ 30 milhões de empreiteiras investigadas

Ministério Público Federal constata repasses milionários da Andrade Gutierrez, da OAS e da Mendes Júnior a consultoria indicada pelo peemedebista, segundo executivo da Andrade, para receber propina, revela o Estadão. Jucá diz que acusações são falsas e nega ter recebido propina Citada por um ex-executivo da Andrade Gutierrez como empresa utilizada para repassar propina ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), a Ibatiba Assessoria, Consultoria e Intermediação de Negócios recebeu R$ 30 milhões de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. De acordo com O Estado de S.Paulo, o Ministério Público Federal constatou que os repasses foram feitos entre 2010 e 2012 pela própria Andrade Gutierrez, pela Mendes Júnior e pela OAS.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]Ex-diretor de Energia da Andrade, Flávio Barra declarou, em sua delação premiada, que Jucá indicou a consultoria para o repasse da propina. O senador, que foi líder dos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT) e Dilma (PT), é alvo de três inquéritos da Lava Jato. O presidente interino do PMDB deixou o Ministério do Planejamento, no governo em exercício de Michel Temer, uma semana após ter assumido o cargo após a divulgação de um áudio em que defendia o impeachment de Dilma para “estancar a sangria” das investigações. Segundo o Estadão, Flávio Barra contou aos procuradores que a Ibatiba operava como uma das empresas de fachada utilizadas para escoar propina paga pela empreiteira em razão da construção da Usina Angra 3, no Rio. De acordo com a reportagem, o montante movimentado nas contas da Ibatiba foi identificado após a Procuradoria da República solicitar a quebra de sigilo de um grupo de empresas apontadas como de fachada e ligadas à Mendes Júnior. “Não obstante os vultosos recebimentos, a Ibatiba, no período de 2010 e 2012, não declarou possuir qualquer funcionário e não efetuou qualquer pagamento a contribuintes individuais, sejam pró-labore ou autônomos, conforme se verifica a partir do exame de suas Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”, assinalam os procuradores em trecho do relatório. Na avaliação deles, é “manifestamente improvável que a Ibatiba efetivamente tenha prestado os serviços pelos quais foi contratada pelas empreiteiras Mendes Júnior, Andrade Gutierrez e OAS, que motivaram transferências de milhões de reais”. A defesa de Jucá disse que as afirmações do delator são “falsas” e que o senador jamais teve “intimidade” com pessoas ligadas à Ibatiba. Leia a íntegra da reportagem no Estadão

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Mensagens mostram políticos pedindo doações para executivo da Andrade Gutierrez

Mensagens obtidas a partir da quebra de sigilo do celular do ex-presidente da empreiteira Otávio Marques de Azevedo mostram políticos do pedindo dinheiro para campanha de 2014. Otávio Marques de Azevedo cumpre prisão domiciliar desde o início de fevereiro. Reprodução/Youtube A quebra do sigilo de mensagens trocadas pelo celular do ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo revelou que, durante o período das eleições, o empresário recebia com frequência recados de políticos e tesoureiros de campanhas com pedidos de doações. Alguns dos interlocutores identificados foram o ex-ministro Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014, Oswaldo Borges da Costa Filho, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais e apontado como tesoureiro informado do PSDB-MG, além de Álvaro Souza, da equipe financeira da campanha de Marina Silva. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]Otávio Marques de Azevedo foi preso na Operação Lava Jato há um ano e cumpre prisão domiciliar desde o início de fevereiro. Em troca de mensagens realizada em agosto de 2014, Edinho Silva questiona o executivo a respeito da falta de doações. “Repassei o problema da não contribuição e estão pedindo para vc fazer ao menos 10 até amanhã para não paralisar setores importantes da campanha. Aguardo retorno”, escreveu o ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social. Otávio responde apenas com uma pergunta sobre o número da conta da campanha. De acordo com a Polícia Federal, “10″ é uma referência a uma doação no valor de R$ 10 milhões Ainda em agosto de 2014, Oswaldo Borges conversa com o executivo e encaminha uma mensagem que indica o recebimento de uma doação: “Com vc funciona!!!! Rss”. Otávio Marques de Azevedo também trocou mensagens agendando um encontro com Álvaro Souza, identificado no telefone como “Tesoureiro Marina – PV”. Procurados, os partidos informaram que as doações realizadas pela empreiteira foram legais e estão registradas na Justiça Eleitoral. Ministro As mensagens apreendidas também revelaram uma conversa em 2013 entre o executivo e o então chefe da Secretaria de Aviação Civil e atual ministro de Temer, Moreira Franco. O tema das mensagens era a concessão do aeroporto internacional de Confins, em Minas Gerais, cujo leilão foi realizado em 22 de novembro. A Andrade Gutierrez integra o Grupo CCR, líder do consórcio AeroBrasil, que arrematou o negócio de R$ 1,82 bilhão. “Prezado Ministro, conforme prometido não apenas participamos mas compramos CONFINS. Abs. Otávio”, escreveu o executivo ao ministro no mesmo dia em que o negócio foi fechado. “Vocês são craques. Foi aonde houve competição. Vamos em frente. Abs e obrigado”, respondeu Moreira Franco. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, a Polícia Federal suspeita que tenha ocorrido acerto prévio nos pacotes de concessões de aeroportos. A análise das mensagens também revela que o executivo e o ministro teriam se encontrado dez dias antes do leilão de Confins. Esta é a primeira vez que o atual secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo Temer aparece na Lava Jato em troca de mensagens com empresários investigados. A assessoria de imprensa de Moreira Franco informou que “como responsável pela área, o ministro conversou com todos os potenciais interessados em participar dos leilões de concessão”. Leia a matéria completa do jornal Folha de S.Paulo

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Lava-Jato:Em diálogo, empreiteiro diz que encontrará Aécio

Réu na Operação Lava Jato sob acusação de pagar propina a políticos para ter contratos e benefícios na Petrobras, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro citou o senador Aécio Neves em mensagens de celular interceptadas pela Polícia Federal; ele diz ao diretor superintendente da empresa que “vai estar com Aécio” no mesmo horário de uma reunião com o embaixador de Moçambique no Brasil; a data era 26 de novembro de 2012; menos de duas semanas depois, o tucano foi lançado candidato a presidente; em nota à imprensa, Aécio Neves confirmou que se encontrou com Léo Pinheiro, “mas não sabe se nessa data específica”; na campanha de 2014, a candidatura do tucano recebeu da OAS doações que somam R$ 7.480.715,55 O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, preso pela Operação Lava Jato, mencionou o nome de Aécio Neves, senador e presidente nacional do PSDB, em troca de mensagens de celular interceptadas pela Polícia Federal. As conversas indicam que o líder do movimento que tenta abreviar o mandato da presidente Dilma Rousseff encontrou-se com o empreiteiro em 2012. Relatório da PF, com 38 páginas, transcreve correspondências de Léo Pinheiro e foi anexado aos autos da 14ª fase da Lava Jato, que levou à prisão executivos das empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht, conforme reportagem publicada no blog do jornalista Fausto Macedo nesta segunda-feira.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] A menção a Aécio Neves surge em meio a conversa de Pinheiro com o diretor superintendente da OAS Internacional Augusto Cézar Uzeda para acertar o encontro de Uzeda com o embaixador de Moçambique, que estava viajando para o Brasil na época. “Vou confirmar sua ida. Nesse mesmo horário vou estar com Aécio”, diz trecho da mensagem de Leo Pinheiro. A mensagem, contudo, não deixa claro o que seria a “aproximação para 2014”, ano das eleições, ou mesmo porque os executivos teriam marcado o encontro com Aécio no mesmo período em que tratavam com políticos do PT. Léo Pinheiro é réu na Lava Jato acusado de atuar no núcleo empresarial do esquema que cartelizava licitações de obras da Petrobras e pagava propina para diretores da estatal. Em dezembro de 2012, menos de duas semanas após a mensagem de Léo Pinheiro, Aécio Neves foi lançado pré-candidato a presidente da República pelo PSDB para 2014 em um evento com o então presidente da sigla Sérgio Guerra, que morreu no ano passado, e o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. Sérgio Guerra é acusado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa de ter cobrado e recebido, no ano de 2009, propina no valor de R$ 10 milhões para que a CPI da Petrobras que investigava denúncias contra a estatal na época pudesse ser “ignorada”, ou “acabada” ou “postergada” (leia mais). Apesar de citado em uma delação do doleiro Alberto Youssef como sendo um político que “dividia” a propina referente a uma diretoria da estatal energética Furnas com o ex-deputado do PP José Janene (morto em 2010), Aécio Neves teve o inquérito contra ele na Lava Jato arquivado a pedido do procurador-geral da República Rodrigo Janot. Em nota à imprensa, o senador Aécio Neves confirmou que se encontrou com Léo Pinheiro. “O senador já esteve com ele, mas não sabe se nessa data específica”, afirmou a nota, sem dar detalhes sobre o assunto que o tucano teria tratado com o executivo. O relatório da PF mostra também diálogo do ex-executivo da OAS em que o nome “Brahma” é citado, o que, segundo a Polícia Federal, seria uma referência ao ex-presidente Lula. Na conversa, Léo Pinheiro e Augusto Cézar Uzeda relatam que o então embaixador de Moçambique teria contribuído para que outras empresas brasileiras conseguissem atuar no país. 247

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Lava-Jato: Ex-presidente da Camargo Corrêa ‘entregou’ Odebrecht e Andrade Gutierrez

O ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini, que assinou o acordo de delação premiada na Operação Lava-Jato, apresentou as provas que ajudaram a incriminar os executivos da Odrebrecht e da Andrade Gutierrez. Uma dessas provas foi um e-mail encaminhado aos participantes do cartel da Petrobras em 3 de setembro de 2011, agendando um encontro no escritório da construtora Andrade Gutierrez, em São Paulo. Entre os destinatários do e-mail estão Márcio Farias da Silva, membro do conselho de administração da Odebrecht e diretor da área de Engenharia Industrial, e Elton Negrão de Azevedo Júnior, da Andrade Gutierrez. “Não só há prova oral da existência do cartel e da fixação prévia das licitações entre as empreiteiras, com a participação da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, mas igualmente prova documental consistente nessas tabelas, regulamentos e mensagens eletrônicas”, afirmou o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, no despacho em que determinou a prisão de representantes das duas empreiteiras.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Segundo despacho de Moro, também foi encontrado pelo menos um depósito, no valor de US$ 300 mil, feito sem setembro de 2013 na conta da off-shore Canyon View Assets, controlada por Pedro Barusco e no qual consta expresso o nome da Odebrecht como responsável pela transação. A Odebrecht, segundo as investigações da PF e do Ministério Público Federal, efetuava pagamentos no exterior. Moro lembra que a existência de contas no exterior já foram comprovadas, com a localização de 20 milhões de euros em contas secretas do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque no Principado de Mônaco, além dos valores em contas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (US$ 23 milhões) e do gerente Pedro Barusco Filho (US$ 97 milhões). As contas identificadas em nome do ex-diretor da Àrea Internacional da estatal Nestor Cerveró estavam zeradas. Jornal do Brasil

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