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Alphonsus de Guimaraens Filho – Versos na tarde – 17/03/2015

Boca temporã Alphonsus de Guimaraens Filho ¹ A boca temporã, nessa risada matinal, descuidosa, a linda boca fresca de céu, perdidamente louca pelo desejo apenas esmagada… Nela respira ingênua madrugada, a carne azul dos campos mal dormidos, rios, aguadas, vila despertada pelos ventos do alto, comovidos… Nessa boca que aos poucos madurando se oferece na árvore travessa, vejo dormir as frutas assustadas, as frutas sumarentas despontando. Agasalhar no colo essa cabeça, depois sair sonhando nas estradas. ¹ Alphonsus de Guimaraens Filho * Mariana, MG. – 3 de Junho de 1918 d.C + Rio de Janeiro, RJ. – 28 de Agosto de 2008 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Alphonsus de Guimaraens Filho – Versos na tarde – 16/01/2015

Rota do Desconhecido Alphonsus de Guimaraens Filho ¹ Quando eu seguir na rota do desconhecido a minha voz ficará cantando na tua memória e tua alma sentirá a presença do meu sonho em teu sonho, do meu riso de perdão à miséria do mundo. Então, Amada, canta! A noite se embalará com as canções marinhas subindo, diretas, do teu coração. Tua alma será, então uma praia branca, onde cantarão os pescadores tristes: os teus sonhos de amor abraçados ao desânimo… Eu irei longe… Minha memória errará nas estrelas e minha alma será o vento que acarinha plantas, que acarinha flores sonolentas. Eu irei longe, eu irei tão longe, que meu coração vencerá distâncias para ouvir tuas canções praieiras, amada, grande Amada, e minha alma será o céu pontilhado de estrelas que há de fazer adormecer tua saudade! ¹ Alphonsus de Guimaraens Filho * Mariana, MG. – 3 de Junho de 1918 d.C + Rio de Janeiro, Rj. – 28 de Agosto de 2008 d.C [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Alphonsus de Guimaraens – Versos na tarde – 20/01/2014

A Todos os Poetas Alphonsus de Guimaraens ¹ A todos vós que um dia pressentistes os passos alumbrados da poesia na vossa alma soar — saudoso dia que mais humanos, graves, e mais tristes para sempre vos fez… A todos vós que, amando, o amor sentistes impossível, que, vendo o mundo, amastes o invisível, e, ouvindo o canto, ouvistes nele a voz de um reino imerso em névoa como clara ilha na solidão… E deslumbrados as palavras no vácuo erguestes para reanimá-las e reacendê-las, a todos vós o céu acolhe, consolados pela luz da mais casta entre as estrelas. ¹ Alphonsus de Guimaraens Filho * Mariana, MG. – 3 de Junho de 1918 d.C + Rio de Janeiro, RJ. – 28 de Agosto de 2008 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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