Esses Tribunais de Conta dos Estados existem para acomodar políticos em fim de carreira ou não reeleitos e que já haviam prestado “relevantes serviços para a classe”.
O Editor
Leva a uma triste conclusão essa corrida desenfreada, na Câmara, para a indicação de um novo ministro do Tribunal de Contas da União.
Diversos deputados candidataram-se a ganhar a mega-sena.
Só uma conseguiu, mas a disputa demonstrou a ausência de espírito público em todos.
Porque ser nomeado para o TCU significa entrar no paraíso. Vencimentos altíssimos, mordomias sem par, pouco trabalho e garantia de vitaliciedade, pois depois de aposentados os ministros continuam fazendo jus a todos os benefícios.
Por mês, recebem o máximo que o poder público paga a seus servidores.
Tem direito a carro oficial, motorista, segurança, auxílio-moradia e tratamento médico, dentário e hospitalar para eles e a família, até a eternidade.
Cercados por numerosa e eficiente assessoria, na maior parte dos casos limitam-se a assinar pareceres já prontos.
Gozam de férias como qualquer integrante dos tribunais superiores do Poder Judiciário, ainda que rotulados como órgão auxiliar do Poder Legislativo.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita]
Mamata igual, quem não quer?
Rui Barbosa, criador do Tribunal de Contas da União, ficaria chocado diante de tantas vantagens.
Recomendaria, no mínimo, um exame vestibular para ministro do TCU.
E repreenderia os candidatos que são parlamentares, por sua falta de confiança nas próximas eleições.
Carlos Chagas/Tribuna da Imprensa