Fica cada vez mais patente que suas (deles) ex-celências, buscam mais os holofotes que a eficiência. Qualquer assunto tratado pelos parlamentares se transforma em nada e perde o efeito fiscalisador, pela banalidade em que se transforma.
Do blog do Noblat
Que os senhores deputados e senadores da CPI do Cartão Corporativo nos poupem do ridículo de certas “descobertas” que fazem ao examinar as despesas pagas com cartão corporativo por ministros e funcionários da alta administração pública durante os governos Fernando Henrique Cardoso e Lula.
Eles têm mais é que examinar os gastos, sim. E identificar irregularidades se por acaso elas existirem. E dar publicidade a tudo que de fato seja absurdo.
Mas daí a conferir ares de escândalo ao que não passa de mixaria? E o que às vezes é plenamente justificável? É jogar para a arquibancada. Querer faturar alguns minutos de duvidosa fama.
Divulgou-se que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu abastecia seu gabinete com frutas e queijos frescos. Se fossem frutas passadas e queijos com validade vencida podia?
O ex-ministro tomava danoninho. E daí?
Divulgou-se também a compra em 2001 por R$ 48,90 de um “tucano de pedras quartzo azul e quartzo verde” para possivelmente decorar o gabinete do então ministro Pimenta da Veiga, das Comunicações.
O que de mais importante poderia resultar da CPI seria a proposta de uma legislação que regulasse o uso de verbas públicas para pagamento de despesas de autoridades. Pelo jeito, a proposta não sairá.
Como não sai proposta alguma que moralize os próprios gastos de deputados e senadores.