Não há corrupção sem corruptor. Nem tão pouco sem a conivência e/ou omissão de Presidente, Ministro, DNIT, Empreiteiros, Políticos, etc.
Porque a Abin que não investiga esses caras antes de a posse ser feita?
E o Gabinete de Segurança Institucional que não alerta a presidente dos processos aos quais respondem essas pessoas? Serão as revistas semanais mais competentes pra revelarem o envolvimento dessas pessoas em todo tipo de desvios, nepotismos e corrupção?
O Editor
Caso o ainda diretor Pagot e os representantes do Planalto se acertem nesse fim de semana e ele se mantenha discreto, sem fazer maiores revelações nos depoimentos à Câmara e ao Senado, mesmo assim as informações sobre o Ministério sempre acabarão vazando, como aconteceu semana passada com o impressionante vídeo da IstoÉ demonstrando que o ministro Alfredo Nascimento, há mais de 8 anos no cargo, não sabia nada sobre estradas e era feito de marionete pelo deputado Waldemar Costa Neto, que funcionava como se fosse o verdadeiro ministro e tinha até sala privativa no gabinete.
O pior são as comparações entre os custos da construção civil no Brasil do governo Lula Rousseff e nos outros países. Como se sabe, a China acaba de inaugurar a ponte da Baía de Jiaodhou, que liga o porto de Qingdao à ilha de Huangdao.
Tem 42 km de extensão, bem mais do que o dobro da Rio-Niterói, que tem 16 km.
Construída em apenas quatro anos, a gigantesca obra custou o equivalente a R$ 2,4 bilhões.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita]
Na internet, circula um estudo comparativo realizado pelo matemático gaúcho Gilberto Flach, com base no projeto da nova ponte do Rio Guaíba, em Ponte Alegre, recentemente aprovado pelo Dnit de Pagot.
Com 2,9 quilômetros de extensão, a obra brasileira vai custar R$ 1,16 bilhão e também deverá ficar pronta em quatro anos. Espantado, o matemático começou a fazer as contas, que foram publicadas pelo jornal Zero Hora, o mais importante do Rio Grande do Sul.
Os números indicam que, se o Guaíba ficasse na China, a obra seria concluída apenas em 102 dias, ao preço de R$ 170 milhões, vejam só que absurdo.
E se a Baía de Jiadhou ficasse no Brasil, a ponte chinesa não teria prazo para terminar e seria calculada em trilhões.
Além disso, se a construção da ponte sobre o Rio Guaíba fosse na China, como a corrupção seria logo descoberta, tal a disparidade dos números, os criminosos teriam execução rápida e suas famílias ainda seriam obrigadas a pagar pela munição gasta no fuzilamento.
Carlos Newton/Tribuna da Imprensa