Código Florestal: Kátia Abreu troca de lado e semeia apoio a Dilma

Brasil: da série “me engana que gosto!”

Como disse o grande “filósofo político” Gonzaga Mota: “a política é dinâmica”.

Pois não é que uma das mais furibundas vozes oposicionistas do senado da Taba dos Tupiniquins é agora a mais governista das criaturas?

Como dizia o hilário personagem da Escolinha do Professor Raimundo na TV – magnificamente interpretado pelo recentemente falecido ator Marcos Plonka: “Fazemos qualquer negócio”!

O Editor


De forma surpreendente, a senadora ruralista Kátia Abreu (sem partido-TO) passou a ser queridinha no Palácio do Planalto nos últimos meses.

Depois de uma atuação fortemente oposicionista nos dois mandatos do governo Lula, a senadora agora já é listada como parceira do governo Dilma.

A rápida mudança de posição chama a atenção de antigos aliados da oposição e dos novos parceiros governistas.

Kátia já anunciou sua filiação ao PSD, o partido ainda em fase de criação.

Com dificuldade para se ajustar ao novo discurso sem admitir ser adesista ou vira-casaca, a senadora, que também é presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), afirma que permanece na oposição até o fim do seu mandato, em 2014.

Mas sua argumentação a respeito de vários temas já é de uma integrante da base aliada.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita]

Perguntada sobre o movimento de recuo da faxina da presidente Dilma no primeiro escalão do governo, a senadora foi só elogios:

– A presidente Dilma não refluiu na faxina. Em toda batalha, há um recuo estratégico.

Mas ela vai persistir nisso. Não vai tolerar corrupção.

O que tem sido feito é para aplaudir. Se fosse no governo Lula, não cairia ninguém.

Esse combate à corrupção vai ser um marco.

O primeiro encontro da senadora com Dilma aconteceu em junho.

Em agosto, chamou a atenção do núcleo palaciano o discurso que Kátia Abreu fez na Exporinter – exposição agropecuária internacional no Rio Grande do Sul – com elogios não só à presidente Dilma, mas também ao ex-presidente Lula.

Gerson Camarotti/O Globo

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