“É preciso que tudo mude para que tudo continue como está!”
Giuseppe Tomasi di Lampedusa – Itália (1896-1957)
Na emblemática e midiática cerimônia de posse do novo presidente americano, Barack Obama, George Bush praticou o melhor ato de seu (dele) governo. Ir embora!
O afro descendente Barack (o nome vem do judaico Baruck) Hussein (do árabe) Obama (do africano), representa o cadinho de culturas que forma a sociedade acima do Rio Grande.
Agora, quem acha que mister Obama vai renegar ou desprezar os valores imperialistas dos caras pálidas, vai quebrar, é claro, a cara.
Obama, podem anotar pra cobrarem-me depois, não abrirá mão de continuar fazendo dos EUA a nação hegemônica e dominadora, militar, cultural — aí, há controvérsias. Hollywood é cultura? — e econômica, no uso científico do “big stick”.
O discurso do novo grande chefe das pradarias do norte, quando lido nas entrelinhas, especialmente pelos alfabetizados, exalta os tradicionais valores americanos. Fosse esse discurso perolado pelo conservador McCain, o cacete maniqueísta já estaria descendo na cabeça do republicano.
Nada melhor para reerguer a supremacia da grande potência decaída que a eleição de um afro descendente. Não é mesmo? É aquilo que a elite boçal dos Tabajaras costuma chamar de um “negro de alma branca”.
Os esquerdopatas — sim eles ainda resistem, mesmo mumificados — já deveriam ter aprendido que a Constituição Americana de 1787 não foi redigida pelos “pais da pátria “para permitir “que um aventureiro lance mão”! Esqueçam a possibilidade de esquerdismo brotando de Washington.
Não me acusem de ser do contra, de querer ser diferente e não verter lágrimas pelo hollywoodiano espetáculo.
É preciso um contraponto para permitir à população, o exercício da reflexão sem o oba-oba da deslumbrada mídia que anestesia os Tupiniquins.