Tecnologia da Informação – Paranóia & Web.

Não chega a ser um consolo, mas serve como alerta e ajuda a controlar um pouco a paranóia de muitos diante da internet: a maior parte dos golpes praticados com identidades falsas, seja o talão de cheques, o cartão de crédito ou o RG de terceiros, ocorre com o computador desligado.

Familiares, amigos, empregados e companheiros de trabalho podem ser mais perigosos e causar mais prejuízos aos nossos bolsos do que a internet, mesmo com a quantidade absurda de iscas e armadilhas existentes no mundo virtual.

Quem duvida basta dar uma olhada no Identity Fraud Survey Report, produzido pela Javelin Strategy Research.
O documento completo tem 150 páginas, está disponível em www.javelinstrategy.com e está sendo oferecido a bancos, empresas de crédito e shoppings eletrônicos por US$ 2.500.

De acordo com o levantamento da Identity Fraud Survey Report, produzido pela Javelin Strategy Research, 9,3 milhões de americanos adultos foram vítimas de fraudes praticadas a partir do roubo de identidades no ano passado.

Em média, cada uma dessas pessoas perdeu o equivalente a US$ 750 ao longo de 2004 e precisou dedicar pelo menos cinco horas para resolver apenas os problemas burocráticos decorrentes do roubo.

Curiosamente, em 68% dos casos as informações necessárias à consumação dos golpes foram obtidas por métodos tradicionais, em contraposição aos meios eletrônicos, responsáveis por apenas 11,6% das ocorrências.

Métodos convencionais, segundo a metodologia utilizada no estudo, inclui desde a simples perda do documento até o roubo propriamente dito da informação por pessoas próximas e conhecidas pelas vítimas.

Senhas escritas em agendas, em papéis dispersos pela mesa de trabalho ou até mesmo colados ao computador ou ao aparelho de telefone lideram as estatísticas.

Em 54% dos casos, foram as próprias vítimas que identificaram a fraude cometida em seu nome, em média 18 dias após o golpe ter sido cometido, quando fica mais difícil reaver o prejuízo ou descobrir com exatidão o responsável. Quando o culpado é alguém da própria família, o tempo para descobrir é bem maior e não raras vezes chega a três meses, quase sempre por ocasião de um novo golpe.

Perda ou esquecimento de bolsas e carteiras com documentos pessoais, talões de cheques e cartões de crédito em restaurantes, táxis, metrô ou estabelecimentos comerciais representaram 29% dos casos apurados pelos analistas da Javelin.

Amigos, familiares, empregados e companheiros de trabalho aparecem em seguida, com uma incidência de 19% – um porcentual duas vezes maior do que as fraudes com origem em spywares, vírus ou qualquer outra praga digital.

Em 75% das ocorrências investigadas as vítimas eram usuários ativos da internet e usam o computador com freqüência para compras, pagamentos de contas e controle do saldo bancários.
Share the Post:

Artigos relacionados