Vejam aí sobre a mania dos brasileiros, colocarmos a colonização portuguesa como culpada de todas nossas mazelas.
Ao colocar culpa na colonização portuguesa, essa desgraça que, dizem, nos caiu sobre as cabeças, bem que poderíamos estar tão bem quanto o Suriname, colonizado pelos holandeses, Bangladesh, colonizada pelos ingleses, o Senegal, colonizado pelos franceses ou a Etiópia, colonizada pelos italianos.
Quanto ao tráfico de escravos, é bom esclarecer:
Na África, um povo denominado jalofo, costumava vencer e escravizar os povos tacrus, fulas ou sereres, seus vizinhos, negros como eles, é óbvio.
Esse tipo de coisa acontecia em todo o mercado mundial de escravos negros.
Nos séculos XV e XVI, o reino do Congo, onde mais ou menos fica hoje Angola, subjugava seus vizinhos, escravizava-os e os vendia aos portugueses, que usaram durante algum tempo o nome calhorda de peças-da-índia para designar lotes de escravos.
Ou seja, os portugueses não compravam homens livres, compravam peças-da-índia, “mercadoria pronta”, gente já escravizada, que, se não fosse exportada, continuaria na condição de escrava em sua própria terra.