Muito interessante a matéria de capa da revista Business Week desta semana, sobre o mito dos orgânicos. A revista mostra os desafios que os produtos orgânicos enfrentam para se tornar ornando “mainstream” sem perder a essência.
Muito do que se vende com o marketing orgânico hoje em dia é industrializado, transportado por milhares de quilômetros (às custas de queima de combustíveis fósseis)e produzido em fazendas sem respeito a direitos humanos.
Nos EUA, por exemplo, as indústrias estão importando leite e outros produtos orgânicos de países como China e Serra Leoa, porque não há ingredientes orgânicos suficientes nos EUA.
Trata-se de um negócio de margens gordas – um alimento com o carimbo orgânico e sua imagem de comida sem pesticidas, cultivada em fazendinhas familiares, garante que o produto seja vendido por um preço 50% superior aos convencionais.
A definição de orgânico já é traiçoeira – trata-se apenas de um alimento cultivado sem uso de substâncias químicas (pesticidas, antibióticos, fertilizantes sintéticos, transgênicos) , ou o termo é mais amplo, exigindo também que a fazenda onde o produto é cultivado respeite direitos trabalhistas?