Mário Quintana – Versos na Tarde – 04/02/2015

Dedicatória
Mário Quintana ¹

Quem foi que disse que eu escrevo para as elites?
Quem foi que disse que eu escrevo para o bas-fond?
Eu escrevo para a Maria de Todo o Dia.
Eu escrevo para o João Cara de Pão.
Para você, que está com este jornal na mão…
E de súbito descobre que a única novidade é a poesia,
O resto não passa de crônica policial — social — política.
E os jornais sempre proclamam que “a situação é crítica”!
Mas eu escrevo é para o João e a Maria,
Que quase sempre estão em situação crítica!
E por isso as minhas palavras são quotidianas como o pão nosso de cada dia
E a minha poesia é natural e simples como a água bebida na concha da mão.

¹ Mário de Miranda Quintana
* Alegrete, RS. – 30 de Julho de 1906 d.C
+ Porto Alegre, RS. – 5 de Maio de 1994 d.C


[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

Share the Post:

Artigos relacionados