Poema
Maria Augusta Ribeiro ¹
Se tu fosses ferro
Moldava-te ao lume
Se tu fosses onda
Fazia-te cais
Se tu fosses ouro
Não tinha ciúme
Se fosses pátria
Amava-te mais
Se tu fosses gente
Só por ti orava
Se tu fosses vida
Dava-te valor
Se fosses enfermo
Curava-te a dor
Se fosses impuro
Eu te protegia
Se tu fosses noite
Abria-te os braços
Abria-te o dia
Assim, como és sonho,
Faço-te em pedaços
E, com toda a calma,
Lanço-te na vala
Do lixo da alma.
¹ Maria Augusta Ribeiro
* Mirandela, Portugal – 1 de março
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