Exposição mostra detalhes minuciosos das obras de Hieronymus Bosch

Uma grande exposição mostra como o pintor holandês Hieronymus Bosch rompeu com a tradição artística de sua época.

Exposição mostra detalhes minuciosos das obras de Hieronymus Bosch
As obras de Bosch têm inspirado diferentes interpretações e mitos (Foto: Wikipedia)
Durante séculos predominou a ideia que o Renascimento fora um movimento de renovação literária, científica e artística iniciado na Itália.
Desde que Giorgio Vasari, um dos primeiros historiadores da arte, escreveu em 1550 que surgira um novo estilo naturalista na pintura, em oposição ao Maneirismo medieval, o Renascimento associa-se aos afrescos em Florença e às formas sinuosas pintadas no teto da Capela Sistina.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]

Agora, uma importante exposição de obras de Hieronymus Bosch, um dos grandes pintores holandeses em sua cidade natal de ‘s-Hertogenbosch, contesta essa visão.

A exposição mostra que um artista em geral associado à arte medieval tinha um estilo naturalista, pelo menos 50 anos antes da afirmação de Vasari.

A mostra, uma homenagem aos 500 anos da morte de Bosch, demorou dez anos para ser preparada, e é o resultado dos seis anos da pesquisa do Bosch Research and Conservation Project, na qual os especialistas analisaram as pinturas de Bosch em detalhes minuciosos.

É um trabalho notável. Essa mostra é a maior exposição já realizada de suas obras. Das 24 pinturas atribuídas a Bosch, 17 estão em exibição, além de 19 desenhos; a reunião de todas essas obras dispersas em grandes museus em Madri, Nova York e Veneza, resultou de um trabalho extraordinário de uma pequena galeria que não tem um acervo de pinturas de Bosch.

As obras de Bosch têm inspirado diferentes interpretações e mitos, desde que pertencia a uma seita sexual à ideia que suas pinturas, quase sempre com figuras fantásticas e imagens alegóricas, só poderiam ter sido criadas sob o efeito de drogas psicodélicas.

Mas em vez de explorar esses mitos, a exposição exibe documentos como Bíblias, Livros das Horas e missais que ajudam a contextualizar suas obras.

Porém é uma explicação insignificante perto da força e expressividade de seu trabalho. O resultado é espetacular.

Fontes:
The Economist-Painter of our greatest fears

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