Alexandre Pontara – Versos na tarde – 19/01/2015

Promessa
Alexandre Pontara ¹

A promessa foi não te prometer nada
Se já me tens, pra que promessa?
Se tenho asas, voa comigo
Se percorro penhascos, me tem a mão
Se tenho medo, me abraça
Se aperto os lábios, me beija
Sou teu e não me sinto dono de mim,
Nem quero.
Se corresse montanhas como fazem as nuvens,
Serias vento
Poderia me transformar em planta, que seria chuva.
Não te prometer nada, foi te prometer tudo.

In Poesia Urbana, 2001

¹ Alexandre Pontara
* Assis, SP. – 23 de junho de 1971 d.C

Share the Post:

Artigos relacionados