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Adriano Espínola ¹
A televisão avisa que vá.
O rádio repete que já.
O jornal insiste que aceite.
O outdoor, que aproveite.
Última chance. Últimos dias.
Repartido entre sonhos e agonias,
lote clandestino na praça,
me anuncio poeta – que passa
por uma esquina infinita.
Quem se habilita?
¹ Adriano Espínola
Fortaleza, CE. – 1952 d.C.
Além de poeta, é professor da UFC desde 1977.
Publicou os livros de poesia: Trapézio (1984); Táxi (1986); Metrô (1993); Em trânsito – Táxi/Metrô; Beira-sol (1997), Fala Favela (1998); O lote clandestino (2002); Praia Provisória (2006).
É doutor em Letras e leciona atualmente no departamento de Ciência e Literatura da UFRJ.
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