Poema
Emily Dikison¹
Muralhas não me impediriam
Se fosse rocha o universo
E eu ouvisse sua voz de prata
A chamar do outro lado da pedra.
Cavaria até que meu túnel
Ao seu de repente chegasse
Teria então minha recompensa
Deter-me no seu olhar.
Mas existe um quase nada,
Um filamento, uma lei,
Teia em diamante urdida,
Ou palha trançada em ameia.
É um limite igual ao véu
Por sobre o rosto da dama
Mas cada dobra é um fortim
Com dragões por entre a renda.
¹Emily Dickinson
Usa – 1830 – 1886 d.C
[ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]