Emily Dickinson – Versos na tarde – 28/04/2016

Poema
Emily Dikison¹

Muralhas não me impediriam
Se fosse rocha o universo
E eu ouvisse sua voz de prata
A chamar do outro lado da pedra.

Cavaria até que meu túnel
Ao seu de repente chegasse
Teria então minha recompensa
Deter-me no seu olhar.

Mas existe um quase nada,
Um filamento, uma lei,
Teia em diamante urdida,
Ou palha trançada em ameia.

É um limite igual ao véu
Por sobre o rosto da dama
Mas cada dobra é um fortim
Com dragões por entre a renda.

¹Emily Dickinson
Usa – 1830 – 1886 d.C


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