Ai Nise Amada…
Claudio Manuel Da Costa¹
Ai Nise amada! se este meu tormento,
se estes meus sentidíssimos gemidos
lá no teu peito, lá nos teus ouvidos
achar pudessem brando acolhimento;
como alegre em servir-te, como atento
meus votos tributara agradecidos!
Por séculos de males bem sofridos
trocara todo o meu contentamento.
Mas se na incontrastável pedra dura
de rigor há correspondência
para os doces afetos de ternura,
cesse de meus suspiros a veemência;
que é fazer mais soberba a formosura
adorar o rigor da resistência
¹Claudio Manuel Da Costa
* Ribeirão do Carmo, (Mariana) MG. – 1789 d.C
+ Vila Rica (Ouro Preto), MG. – 4 de Julho de 1789 d.C
>> Biografia de Claudio Manuel da Costa
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