Pergunta
Carlos Alberto Jales
Que fizemos destas manhãs
primevas desenhadas
pelas fábulas?
E do mar vertical
que nos transformava
em estátuas?
E das palavras que
não ousamos dizer,
fantasmas a assombrar
nossas noites agonizantes?
Por quê não vencemos
o sono das longínquas
pálpebras?
Em que obscuro mundo
escondemos nossa implacável
nudez?
Para quem guardamos a
ira dos dias?
Por quem choramos neste
horizonte de ausências?
O galo cantou?
A rosa feneceu?
Que música comoveu
a pedra?
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