Carlos Alberto Jales – Versos na tarde

Frustração
Carlos Alberto Jales

Quis construir um poema
sólido como um edifício,
formal como um funcionário
público,
hermético como um pássaro.
Quis construir um poema
que fosse a síntese
de todas as gramáticas
e possuísse a rigidez de um carvalho.
Vão desejo! Saiu-me da boca
um sopro de flauta,
um retrato em preto e branco,
um velho monge rezando
à sombra de um claustro…


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