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Funaro relata propinas milionárias para Temer e vira novo homem bomba do PlanaltoEliseu Padilha e Michel Temer, nesta terça-feira. ERALDO PERES AP
Delator diz que o presidente recebeu quantias ilícitas da Odebrecht e da JBS em 2014. Ex-operadora do PMDB reforça tese do quadrilhão do PMDB, que contaria com Geddel e Cunha
Se a delação dos executivos da JBS teve potencial de desestabilizar o Palácio do Planalto, as revelações de Lúcio Funaro trazem novas granadas que desgastam o capital político do presidente Michel Temer num momento em que ele celebra a retomada da economia.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]
Apontado como operador financeiro do PMDB da Câmara dos Deputados, Funaro detalhou, em depoimento aos procuradores da Operação Lava Jato, a entrega de propinas milionárias da Odebrecht e da JBS destinadas ao presidente.
Funaro conta ter recebido, em 2014, um milhão de reais, que teriam sido retirados no escritório de José Yunes, ex-assessor especial e amigo íntimo do mandatário.
A transação teria sido feita a pedido de Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, que teria lhe dito se tratar de uma doação via caixa 2 da empreiteira.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]
Funaro também relatou ter recebido naquele ano sete milhões de reais da JBS a serem distribuídos entre Temer, Antonio Andrade — então ministro da Agricultura e hoje vice-governador de Minas Gerais —, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves. Estes dois últimos estão presos. O dinheiro teria servido de pagamento por uma mudança nas regras do Ministério da Agricultura.
Na época, Dilma Rousseff (PT) ocupava a presidência e Temer era seu vice. Em nota enviada ao EL PAÍS, a Presidência da República diz que “versões de delator já apontado pelo Ministério Público Federal como homem que traiu a confiança da Justiça não merecem nenhuma credibilidade. O criminoso Lúcio Funaro faz afirmações por ‘ouvir dizer’ ou inventa narrativas para escapar de condenação”.
A delação de Funaro chega em um momento delicado para o Planalto. Inicialmente fortalecido por uma possível anulação da delação da JBS, Temer já havia vivido um revés nesta terça, quando o Supremo Tribunal Federal autorizou a abertura de mais um inquérito contra o presidente, relativo a suspeitas de corrupção na assinatura de um decreto que favoreceu empresas no porto de Santos.
Nesta quarta, o presidente viu a Corte derrubar seu pedido de afastar Rodrigo Janot das investigações contra ele. A PGR pode denunciar, por segunda vez, o presidente por organização criminosa e obstrução de justiça.
Já a Polícia Federal assegurou nesta mesma semana que o presidente recebeu 31,5 milhões de reais junto com o ex-deputado Eduardo Cunha. Para os agentes, ambos são os principais articuladores do quadrilhão, apelido dado pela PF ao PMDB da Câmara dos Deputados.
O depoimento de Funaro é mais um elemento que fecha o cerco ao redor de Temer. Ele detalha as negociatas e pagamentos feitos aos membros do PMDB da Câmara e corrobora as investigações da Polícia Federal. Tanto no depoimento como nas investigações, Geddel Viera Lima aparece como o responsável pela movimentação das quantias milionárias a serem distribuídas entre os membros do chamado quadrilhão.
Os agentes da PF encontraram, no último dia 5 de setembro, 51 milhões de reais em dinheiro escondidos por Geddel — que está preso — em um apartamento em Salvador.
Funaro assegura que Temer também “participava do esquema de arrecadações de valores ilícitos do PMDB”, e cita seus pedidos para a campanha da Gabriel Chalita para a prefeitura em 2012 e a entrega de 500.000 reais para a campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo em 2014.
Ele também aborda a “grande influência” de Temer no porto de Santos e seu empenho em aprovar MPs que beneficiavam empresas próximas a ele. Entretanto, Funaro, que era bastante próximo de Cunha e Geddel, afirma em sua delação que não tratava diretamente com o atual presidente, a quem diz conhecer apenas socialmente.
Em nota, o ex-deputado e ex-presidente da Câmara rechaçou “com veemência o conteúdo” da delação, que para ele não tem provas e “visa a corroborar outras delações sem provas”.
Congresso Nacional – Só dói quando eu rio
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Prévia do enterro do SUS. Pobre tem que morrer. Né não?
ANS dá sinal verde para planos de saúde populares.
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O “prefeike” de SP, sr. Doria, é uma piada ambulante.Sem graça.
Quer que o sr. Bank Boston Meirelles foque na economia e esqueça a presidência. Logo ele, sr. Doria, que esqueceu SP para ser candidato.
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Polícia Federal faz busca e aprfeensão no Ap. do Ministro Blairo Maggi
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Ministério Público vai investigar viagens de Doria pelo país
PT abriu uma ação após ida do prefeito de São Paulo a Palmas, no Tocantins
O prefeito João Doria, de São Paulo, pode ser investigado pelo Ministério Público do Estado por causa de suas viagens a outras cidades do país.
O MPSP está em fase de abertura de procedimento preparatório de inquérito, para investigar se houve irregularidade nas viagens.
A abertura foi motivada por uma ação do Partido dos Trabalhadores, que questionou viagem do prefeito a Palmas, no Tocantins, em agosto, e seus deslocamentos até Natal, capital do Rio Grande do Norte.
Na representação, o diretório municipal do PT alega que Doria tem viajado com status de “pré-candidato à presidência da República”, e que as viagens teriam, portanto, caráter de promoção pessoal.
O PT ainda alega que os deslocamentos poderiam ter gerado custos para a administração municipal, “especialmente em virtude do uso de estruturas da prefeitura, deslocamento ao aeroporto, agendamento de reuniões, bem ainda funcionários e servidores” que “estariam sendo pagos pelo erário no acompanhamento dessa empreitada”.
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Napoleão Bonaparte durante as batalhas sempre usava uma camisa de cor vermelha. Se fosse ferido, os soldados não notariam o comandante ferido e continuariam a lutar com o mesmo ímpeto. Dois séculos depois, inspirado no grande general francês, alguns políticos e celebridades, no Brasil, deveriam usar, somente, calça marrom.
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Arte – Edvard Munch, Night in St. Cloud, 1890
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Design – Escada Armário
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