Brasil: da série “O tamanho do buraco!”
E o bem sucedido boiadeiro alagoano, deverá ser o novo líder do PMDB no Senado.
Como diz o jornalista Hélio Fernandes: “que república!
Depois de um 2007 turbulento e de um 2008 de ostracismo, Renan Calheiros (PMDB-AL) programou para si um 2009 de glórias.
Pôs de pé a candidatura do amigo José Sarney (PMDB-AP) à presidência do Senado. Em fevereiro, assumirá a liderança do PMDB na Câmara Alta.
Junto com Renan, voltam à vitrine as suspeitas que rondam o senador. Embora absolvido duas vezes por seus pares, ele é protagonista de um inquérito.
Corre no STF, em segredo. Renan frequenta os autos na condição de “indiciado”. Curiosamente, o processo foi aberto a pedido do próprio Renan.
Deu-se em agosto de 2007, numa fase em que a lamina da cassação ainda roçava o pescoço de Renan.
O senador desejava afastar de si a suspeita de que usara notas frias em transações com gado.
Queria provar que não era de má origem o dinheiro que usara para pagar a pensão da filha que tivera em relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso.
Súbito, o procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza decidiu ampliar a apuração das malfeitorias atribuídas a Renan.
E o processo virou-se contra o Senador. Já acumula 29 volumes. Vai além das denúncias que o Senado preferiu ignorar.
Noves fora os negócios pecuários, há nos autos papéis requisitados a vários órgãos públicos.
Entre eles os ministérios da Integração, Esporte, Turismo e Cultura, além dos Correios e da Sudene.
Há, de resto, documentos com informações bancárias e fiscais. Vieram da Receita Federal, Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), BC e Bradesco.
Instado a comentar a encrenca, Renan disse que não quer “falar sobre essas coisas”. Natural. O que o senador quer agora é voltar à ribalta.
do blog do Josias de Souza