Internet causa pânico em ditadores, caudilhos e demais pulhas

Como tudo que o homem cria, a internet pode ter um bom ou um mau uso.

No caso dos regimes totalitários, a web se mostra como ferramenta imbatível para driblar a censura impostas pelos ditadores.

Por outro lado a grande rede, no caso do Egito, mostrou a farsa de governos que escondem da população a existência das “ditaduras do bem”, como se ditadura em si necessitasse de adjetivo complementar.

Foi a internet quem comunicou ao mundo que o “presidente” Hosni Mubarak era um ditador.

O ex-homem forte da terra dos Faraós, sabem agora os que eram informados somente pela mídia comprometida e parcial, era tão ditador com Fidel (Cuba), Kadafi (Líbia),Kim Jong-il (Coréia do Norte), Hu Jintao (China) e cia.

Assim, a Internet vem se convertendo na última, e mais poderosa, trincheira da sociedade contra a censura e a desinformação premeditada.

O Editor


Quem tem medo da internet?

A resposta é fácil: qualquer governo totalitário, como Cuba, China e os países árabes, entre outros. Para eles, a única saída é aumentar a censura.

Carlos Newton/Tribuna da Imprensa

Expressiva e decisiva parcela da motivação da revolta popular no Egito, não há a menor dúvida, foi causada pela internet. Quando o governo Mubarak tirou a rede do ar, sua queda já estava mais do que acertada.

[ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Na Tunísia, ocorreu idêntica situação, e daqui para frente a internet vai influenciar cada vez mais as grandes transformações políticas que o mundo precisa ter.

Basta conferir o que acontece na Matriz, onde tudo começa.

Um estudo do Pew Research Center mostra que nos Estados Unidos a internet é hoje a principal fonte de notícias nacionais e internacionais para as pessoas com idades entre 18 a 29 anos.

Em 2010, 65% das pessoas com menos de 30 anos já usavam a internet como sua primeira fonte para as notícias, quase dobrando dos 34% em 2007.

Ao mesmo tempo, o número dos que consideram a televisão como principal fonte caía de 68% para 52%. Entre os adultos norte-americanos pesquisados, 41% já dizem receber as suas notícias nacionais e internacionais a partir da internet, e eram apenas 17% em 2007. Por fim, a pesquisa indica que a tendência está se espalhando entre outros grupos etários.

Se na “Matrix” as coisas acontecem assim, nas Filiais o mesmo fenômeno vai se repetir, ou melhor, já está se repetindo.

A liberdade de informação e expressão (sem dúvida, a maior contribuição dos EUA à evolução da humanidade) agora se volta contra o velho imperialismo norte-americano.

É a internet que facilita a troca de informações e de ideias, semeando o inconformismo contra os regimes totalitários.

E os EUA, ao mesmo tempo em se dizem ardorosos defensores da democracia e dos direitos humanos, na verdade são os grandes protetores da maior parte dos regimes totalitários do mundo, especialmente aqueles que estão instalados em territórios ricos em petróleo ou que possam servir aos interesses econômicos ou políticos dos norte-americanos.

Este é a realidade do mundo em que vivemos.

Quando explodiram as revoltas na Tunísia e no Egito os governos tiraram do ar a internet, mas não adiantou, era tarde demais para estabelecer a censura.

Portanto, agora se sabe, com toda certeza, que a manutenção das ditaduras hoje depende da censura à internet, o que explica as restrições que países como China ou Cuba fazem permanentemente à rede de informações.

Traduzindo a realidade de hoje: para manter seus “protetorados”, ou melhor, suas ditaduras amigas, os Estados Unidos terão de rasgar a fantasia e jogar no lixo a Primeira Emenda, que na “Matrix” só tem serventia para uso interno.

A liberdade de expressão e informação, para os EUA, é um grande perigo externo.

Assim, o governo norte-americano terá de seguir apoiando os regimes autocráticos, que agora só têm uma saída: aumentar cada vez mais a censura à internet, mantendo seus povos na exclusão digital e na contramão da História.

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