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Só acredito em você se você disser o que eu quero ouvir

Quando os dados contradizem nossas convicções, tendemos a ignorá-los ou manipulá-los. Suposto OVNI avistado em Westall (Austrália) em 1966.Universal history ArchiveUIG (Getty)  Assim fazem criacionistas, ativistas antivacina e ‘conspiranoicos’ do 11 de setembro  Já reparou como as pessoas sempre mudam de opinião quando confrontadas com dados que contradizem suas convicções mais profundas? Pois é, eu também nunca vi isso acontecer. E tem mais: a impressão que dá é que, ao ouvir provas esmagadoras contra aquilo que acredita, o indivíduo reafirma as suas opiniões. O motivo é que esses dados colocam em risco sua visão de mundo.  Os criacionistas, por exemplo, rejeitam as provas da evolução oferecidas por fósseis e pelo DNA, porque temem que os poderes laicos estejam avançando sobre o terreno da fé religiosa. Os inimigos das vacinas desconfiam dos grandes laboratórios farmacêuticos e acham que o dinheiro corrompe a medicina. Isso os leva a defender que as vacinas causam autismo, embora o único estudo que relacionava essas duas coisas tenha sido desmentido há bastante tempo, e seu autor tenha sido acusado de fraude. Quem defende as teorias da conspiração em torno dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos se fixam em minúcias como o ponto de fusão do aço nos edifícios do World Trade Center, porque acreditam que o Governo mentia e realizou operações secretas a fim de criar uma nova ordem mundial. Os negacionistas da mudança climática estudam os anéis das árvores, os núcleos do gelo e as ppm (partes por milhão) dos gases de efeito estufa porque defendem com paixão a liberdade, em especial a dos mercados e empresas, de agirem sem precisar se ater às rigorosas normas governamentais. Quem jurava que Barack Obama não nasceu nos Estados Unidos dissecava desesperadamente sua certidão de nascimento em busca de mentiras, porque estava convencido de que o primeiro presidente afro-americano dos EUA era um socialista empenhado em destruir seu país. Os defensores dessas teorias têm em comum a convicção de que seus adversários céticos colocam em risco sua visão de mundo. E rejeitam os dados contrários às suas posturas por considerarem que provêm do lado inimigo. O fato de as convicções serem mais fortes que as provas se deve a dois fatores: a dissonância cognitiva e o chamado efeito contraproducente. No clássico When Prophecy Fails (“quando a profecia falha”), o psicólogo Leon Festinger e seus coautores escreviam, já em 1956, a respeito da reação dos membros de uma seita que acreditava em OVNIs quando a espaçonave que esperavam não chegou na hora prevista. Em vez de reconhecerem seu erro, “continuaram tentando convencer o mundo inteiro” e, “numa tentativa desesperada de eliminar sua dissonância, dedicaram-se a fazer uma previsão atrás da outra, na esperança de acertar alguma delas”. Festinger chamou de dissonância cognitiva a incômoda tensão que surge quando duas coisas contraditórias são pensadas ao mesmo tempo.  Em seu livro Mistakes Were Made, But Not By Me (“foram cometidos erros, mas não fui eu”, 2007), dois psicólogos sociais, Carol Tavris e Elliot Aronson (aluno de Festinger), documentam milhares de experimentos que demonstram que as pessoas manipulam os fatos para adaptá-los às suas ideias preconcebidas a fim de reduzirem a dissonância. Sua metáfora da “pirâmide da escolha” situa dois indivíduos juntos no vértice da pirâmide e mostra como, ao adotarem e defenderem posições diferentes, começam a se distanciar rapidamente, até que acabam em extremos opostos da base da pirâmide. Corrigir uma falsidade pode reforçar as percepções equivocadas do grupo, porque coloca em risco a sua visão de mundo Em outras experiências, os professores Brendan Nyhan, do Dartmouth College (EUA), e Jason Reifler, da Universidade de Exeter (Reino Unido), identificaram um fator relacionado a essa situação: o que chamaram de efeito contraproducente, “pelo qual, ao tentar corrigir as percepções equivocadas, estas se reforçam no grupo”. Por quê? “Porque colocam em perigo sua visão de mundo ou de si mesmos.”  Por exemplo, os participantes do estudo foram apresentados a falsos artigos de imprensa que confirmavam ideias errôneas, porém muito difundidas, como a de que havia armas de destruição em massa no Iraque antes da invasão norte-americana de 2003. Quando confrontados posteriormente com um artigo que explicava que na verdade essas armas nunca haviam sido encontradas, os que se opunham à guerra aceitaram o novo artigo e rejeitaram o anterior. Entretanto, os partidários do conflito bélico argumentaram que o novo artigo os deixava ainda mais convictos da existência das armas de destruição em massa, pois seria uma prova de que o ex-ditador Saddam Hussein havia escondido ou destruído seu arsenal. Na verdade, dizem Nyhan e Reifler, entre muitos destes últimos participantes “a ideia de que o Iraque tinha armas de destruição em massa antes da invasão encabeçada pelos Estados Unidos persistiu até bem depois de que o próprio Governo de George W. Bush chegasse à conclusão de que não era assim”. Se os dados que deveriam corrigir uma opinião só servem para piorar as coisas, o que podemos fazer para convencer o público sobre seus equívocos? Pela minha experiência, aconselho manter as emoções à margem; discutir sem criticar (nada de ataques pessoais e nada de citar Hitler); ouvir com atenção e tentar expressar detalhadamente a outra postura; mostrar respeito; reconhecer que é compreensível que alguém possa pensar dessa forma; tentar demonstrar que, embora os fatos sejam diferentes do que seu interlocutor imaginava, isso não significa necessariamente uma alteração da sua visão de mundo. Talvez essas estratégias nem sempre sirvam para levar as pessoas a mudarem de opinião, mas é possível que ajudem a que não haja tantas divisões desnecessárias. Michael Shermer é fundador e diretor da revista ‘Skeptic’. Este artigo foi publicado em 2017 na ‘Scientific American’

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Seu celular foi “hackeado”

7 sinais de que o seu celular foi hackeado (e o que fazer)  GETTY IMAGES O seu celular armazena informações confidenciais sobre você, desde mensagens privadas a informações pessoais, como contatos, e-mails, contas bancárias… a lista pode chegar ao infinito. Portanto, se hackearem seu telefone, é melhor agir o mais rápido possível. O problema é que, muitas vezes, não podemos identificar os sinais a tempo. Mas há boas notícias: você não precisa ser um especialista em tecnologia para saber se seu telefone está comprometido. Em alguns casos, basta prestar atenção a alguns indícios. Listamos alguns deles: 1. O aparelho fica mais lento Se o desempenho do seu celular estiver mais lento que o normal, pode ser que algum programa malicioso ou malware esteja causando o problema. Esse tipo de vírus pode afetar o desempenho do dispositivo, o que reflete também na velocidade em que ele se conecta à internet. Mas saiba que isso também pode ser causado por atualizações do próprio sistema operacional, conforme foi reconhecido recentemente pela Apple. 2. Superaquecimento Se você notar que o celular está muito quente… é um sinal ruim. GETTY IMAGESSe a temperatura do seu celular subir… mal sinal Isso pode ocorrer porque um aplicativo malware está sendo executado em segundo plano, explica a gigante de tecnologia americana Intel. 3. A bateria acaba antes do esperado O mesmo motivo que causa superaquecimento pode provocar o desgaste da bateria. É possível que esse efeito também ocorra devido a uma atualização do sistema, mas, se a mudança for drástica, é sempre melhor levá-la em consideração, recomenda o site Zona Móvel. 4. Recebe e envia mensagens desconhecidas É provável que seus amigos ou familiares percebam esse sinal antes de você, caso seu celular esteja enviando sozinho mensagens por SMS ou WhatsApp. GETTY IMAGESSeu amigo diz que você manda mensagens estranhas? Seu celular pode ter sido hackeado Às vezes, são ofertas com armadilhas transmitidas na forma de vírus, de um celular para outro. O mesmo pode acontecer com os e-mails. O primeiro conselho a ter em mente: exclua-o imediatamente e não clique em nenhum link. 5. Janelas pop-up Os chamados “pop-ups” geralmente são um sinal inequívoco de que algo está errado. “Como acontece nos computadores, alguns malwares geram janelas pop-up que o convidam a executar diferentes ações”, diz o especialista em segurança cibernética Joseph Steinberg. “Se você vir ‘pop-ups’, lembre-se disso”, alerta Steinberg. 6. Compras e aplicativos suspeitos De onde saiu esse novo aplicativo que está instalado no seu telefone? O seu consumo de dados disparou inexplicavelmente este mês? É possível que, além desses sinais, o valor de sua conta telefônica ou o número de mensagens de texto que você “enviou” tenha aumentado. “Embora o fabricante ou a operadora possam ser autorizados a instalar aplicativos de vez em quando para atualizar o seu telefone, se novos programas aparecem de repente, é melhor você garantir que eles sejam legais”, diz Steinberg. GETTY IMAGESSe a fatura do seu celular disparar sem motivo, é melhor ficar atento O especialista recomenda procurar no Google o nome do aplicativo instalado e verificar o que outros usuários dizem sobre ele. O mesmo acontece se o consumo de dados crescer inesperadamente: é melhor conferí-lo. Também há casos em que hackers usam seus dados para fazer compras. Por esse motivo, especialistas recomendam que você tenha controle sobre as transações. 7. Aparência estranha e ruído de fundo Se, ao navegar na internet, as páginas tiverem uma aparência incomum, é possível que seja devido à ação de um hacker que está controlando o dispositivo à distância. Isso também poderia explicar comportamentos incomuns do sistema. GETTY IMAGESÉ possível ouvir ruídos ou vozes durante suas ligações? Seu celular pode estar sendo operado de maneira remota Finalmente, o ruído de fundo quando você faz uma ligação pode explicar que um terceiro está gravando a chamada. Se você ouvir beeps ou vozes, as chances são ainda maiores. O que fazer? -Instale um antivírus de confiança em seu celular (alguns são grátis); -Desinstale os aplicativos que você não instalou; -Evite navegar usando wi-fi público; -Proteja seu telefone com uma senha difícil de decifrar; -Não faça downloads de aplicativos de fontes desconhecidas; -Tenha cuidado ao clicar em “pop-ups”; -Mantenha seu dispositivo sempre atualizado; -Verifique regularmente a fatura e o consumo de dados do seu telefone.

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O Reino dos Algoritmos

Cada vez mais influentes em nossas decisões, os algoritmos pedem responsabilidade de quem os cria Eles estão em toda parte, mas você não se dá conta. Em suas buscas na internet, lá estão eles. Se você quer aplicar no mercado de ações, comprar um tênis ou contratar um financiamento imobiliário, é claro que eles estarão lá. Silenciosos, imperceptíveis, mas influenciando suas decisões. Você poderia achar que estamos falando sobre sua consciência, mas não. Estamos nos referindo aos algoritmos. Em termos técnicos, um algoritmo é uma sequência lógica, finita e definida de instruções que devem ser seguidas para resolver um problema ou executar uma tarefa. Eles são muito utilizados na área de programação, descrevendo as etapas que precisam ser efetuadas para que um software execute as atribuições que lhe são designadas. Qualquer programa de computador é composto por uma variedade de algoritmos sendo executados em alta velocidade. Nos casos mais avançados, eles podem nem ser escritos por um ser humano, mas por outros algoritmos. O aprendizado de máquinas é uma técnica de inteligência artificial moderna usada para ensinar aos computadores como realizar coisas que as pessoas podem fazer. No entanto, eles não são restritos apenas à área computacional. O simples ato de um indivíduo se secar sempre na mesma ordem depois que sai do banho, por exemplo, já é considerado um algoritmo. Contudo, a relação do termo com o universo eletrônico é mais forte pela presença constante no nosso cotidiano, mesmo que não percebamos. Dado esse cenário, muitas pessoas já começam a se perguntar até que ponto os algoritmos estão de fato influenciando nossa vida, seja no trabalho, nas tomadas de decisões ou no simples gosto do que escolhemos como entretenimento. “A internet criou um mundo de escolha infinita: se quero comprar um par de sapatos, em vez de ir à sapataria do bairro e escolher entre cem pares, posso ir a um site e escolher entre 1 milhão. Mas ninguém tem tempo de olhar 1 milhão de pares de sapatos. O que os algoritmos fazem, então, é escolher, dentre esse milhão, a centena que provavelmente nos agradará mais, e depois nós escolhemos dentre esses”, explica Pedro Domingos, professor de ciências da computação na Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e autor do livro O algoritmo mestre (Editora Novatec). Para Tom Griffiths, diretor do Laboratório de Ciência Cognitiva Computacional da Universidade da Califórnia em Berkeley, as eleições presidenciais de 2016 dos Estados Unidos dão um bom exemplo de como os algoritmos podem ter um impacto significativo em nossas vidas. Segundo ele, um dos problemas nessa eleição foi que as pessoas não estavam tendo uma cobertura equilibrada: como consequência do uso de plataformas de redes sociais, as pessoas estavam vendo histórias defendidas por pessoas com visões políticas similares e selecionadas pelas empresas de tecnologia para maximizar o engajamento. “Para mim, isso sugere um problema de projeto de algoritmo: existe um algoritmo melhor que podemos usar para selecionar as notícias que as pessoas veem para se certificar de que estão entendendo bem as questões que afetam sua sociedade? Do ponto de vista de um cientista da informática, trata-se de escolher a ‘função objetiva’ que estamos tentando otimizar ao mostrar o conteúdo. Mostrar às pessoas o que elas querem ver pode maximizar o número de vezes que elas clicam nos anúncios ou o tempo que gastam na plataforma. Penso que é hora de as empresas pensarem mais sobre essas funções objetivas e a sociedade começar a fazer perguntas sobre quais dessas funções são aceitáveis para as empresas usarem”, diz ele à Revista da Cultura. Pensando nisso, recentemente Facebook e Google corrigiram seus sistemas de inteligência artificial para mostrar a seus usuários uma visão de mundo mais real. A intenção, além de manter a credibilidade do conteúdo, é proteger os usuários de uma exposição danosa na rede mundial de computadores, além de atacar a rentabilidade que esse conteúdo pernicioso pode gerar. A partir do momento em que isso pare de dar dinheiro, deixará de ser feito. Existem softwares que mapeiam as preferências e rotinas das pessoas, não só nas redes sociais, mas também em outros ambientes públicos na internet, como sites de compras ou de pesquisa. Ao mapear essas preferências e hábitos de utilização, os softwares apresentam ofertas de produtos, serviços ou até mesmo ideias, no exato momento em que o internauta está mais disposto a aceitá-los. “Eu mesmo passei por isso, quando estava esperando minha filha nascer. Naturalmente, passei a procurar mais pelo assunto e também produtos e serviços relacionados. Fiquei impressionado na época com o poder desses algoritmos, pois cada vez que entrava em algum site de lojas de departamento, na capa, só apareciam ofertas de carrinhos de bebê, fraldas e outros produtos do tema. Dado que nos tempos de hoje é rotineiro ao ser humano pesquisar qualquer coisa na web, as ações desses algoritmos influenciam substancialmente nas nossas decisões diárias”, afirma Ricardo Ribeiro Assink, especialista em engenharia de projetos de software e professor nos cursos de ciências da computação e sistemas de informação da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Thiago Avelino, matemático pela Universidade de São Paulo (USP) e diretor de tecnologia da Nuveo, trabalha com inteligência artificial, rede neural e visão computacional. De acordo com ele, as pessoas adquirem produtos ou são impulsionadas a tomar determinada atitude porque os algoritmos nos jogam dentro de “bolhas de necessidades relativamente parecidas”. Portanto, grupos semelhantes – seja por gênero, idade ou classe social – consomem sempre as mesmas coisas. E O FUTURO? O dilema inevitável quando falamos sobre algoritmos é se um dia eles poderão definitivamente suplantar a vontade humana. Para Domingos, em muitas áreas, os algoritmos já nos suplantam. Em outras, vai demorar mais tempo. Ainda de acordo com ele, o fundamental é que as decisões finais estejam sempre a cargo dos humanos. Outra questão que se impõe é se um dia eles poderão reproduzir nosso senso de justiça ou ética, por exemplo. O especialista responde afirmativamente. O problema é que nós somos pouco consistentes no nosso comportamento ético. Portanto, os computadores, ao

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Fatos & Fotos – 28/12/2017

Jingo bell – Caminhando pela cidade. A vida como não deveria ser – 25/12/2017 Rua Joaquim Nabuco c/ Av. Abolição, Aldeota,Fortaleza,Ce. Foto José Mesquita, Galaxy Note V Da série “E-mails imaginários” De: papainoel@fimdomundo.pn Para: temer@corrupto.com Ou faz regime ou se torna amigo do Gilmar

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Fatos & Fotos – 26/12/2017

Um procurador da república que vem a público ofender o presidente da república – esse merece, aquele não deveria fazê-lo – insinuando, insinuando uma ova, é acusando mesmo, de haver concedido o indulto de natal visando a proteção futura dele mesmo se vier a ser condenado por corrupção, é a estampa cristalina da absoluta e amoral ausência de ética e compostura de alguns membros danosos do Ministério Público. É necessário e urgente que o Conselho Nacional do Ministério Público extirpe essa ervas daninhas. O sr.Dallagnol definitivamente trocou a judicatura pela ribalta de uma ópera bufa. Foto:Vladimir Platonow/ Agência Brasil Jingo Bell. O Brasil é um país de cabeça pra baixo. Juízes com apartamentos próprios recebendo auxílio moradia e trabalhadores com salários de fome pagando aluguel. Baixo, Rony pagando aluguel por um barraco com 10m², sem banheiro, em São Paulo. Foto Antonio Sacorza Henrique Fontana e o Maia do PT, esse, ex presidente da Câmara Federal, foram delatados pela Odebrecht, e até pelo operador da Gleisi. Porém a Gaveta do STFdoG, do MPF e da PGR são enormes. Enquanto isso o Lula tá solto e fazendo campanha. Dilma então, nem citada foi. E brasileiro ainda goza de argentino. Ouvindo na rádio um moralista a “budejar” contra a República das bundas. Ora bolas! Ou bundas. Me pergunto, na realidade fora eu um chato mais graduado, ligaria para a rádio e perguntaria ao indignado “bundólogo” como um país que foi abduzido durante décadas pelo “é o tchan” – minha nossa – foi a orgasmos múltiplos com Mamonas Assassinas, e cresceu com a banheira do Gugu, com a pedofilia da Meneghel, argh!, se transformou nessa calvinista sociedade de gente(?) que finge ser moralista para “de um tudo”? O Tim Tones – fazes falta Chico Anysio. Muita! – radiofônico pensa que engana a quem? Um espanto! Odebrecht confirma propinas de R$ 50 milhões a Aécio. Investigadores da PGR e da Polícia Federal encontraram novos indícios de que o senador Aécio Neves recebeu propina para atuar em nome de empreiteiras na construção da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia; tema de inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), a acusação contra o tucano foi relatada por ex-executivos da Odebrecht em acordos de colaboração premiada; de acordo com os executivos da Odebrecht, Aécio recebeu R$ 50 milhões, repassados pela Odebrecht (R$ 30 milhões) e pela Andrade Gutierrez (R$ 20 milhões); Odebrecht sustenta a acusação com comprovantes bancários, entregues nos últimos meses, que demonstram depósitos para Aécio por meio de uma conta de offshore em Cingapura. Jingo Bell   Lembrei-me do que li, Stendhal, sobre resultados inversos no Congresso de Viena em 1814, quando foi firmada a “Santa Aliança”. Transpondo para o Bananil… Ao colocar o Alexandre “Copy Desk” Moraes no STF o MiShell conseguiu o impossível. Enterrou o Meirelles, blindou o Lula e ainda deu todas as armas para “esquerda” – é, vá lá que exista” – voltar ao poder “di cun força”. A Farsa Jato não entregou nem o Palocci, nem o Paulo Bernardo e nem a GEOBASE do filho do Lula. Tudo teatro. E bufo. Lula será condenado no TRF4, o STFdoG derrubará a inconstitucional prisão na 2ª instância, e por consequência, a inelegibilidade do Lula – aquele que diz se arrepender com a foto com o Maluf. Moro volta à matriz, e a República de Curitiba cada vez mais longe dos petistas.

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Fatos & Fotos – 24/12/2017

Idiotas manipulados no 3º Andar do Planalto Infelizmente, enquanto tivermos candidatos à presidência cujas únicas competências e ambições é compor alianças com quer que seja para se sentar naquela poltrona do terceiro andar do Palácio do Planalto, só teremos idiotas manipulados por espertalhões na presidência da república. Precisamos de um candidato que tenha aquele mínimo de inteligência para saber que precisa montar um grupo de candidatos ao parlamento competentes e honestos – suficientes para formar maioria – para concorrer junto com ele. 2018 é a eleição ideal para isso, pois serão renovados 2/3 do senado. Brasil e a Ditadura da Toga O Bananil é um país (sic) que tem um único poder: da Toga. Eles decidem como querem as leis, a Constituição, e quem deve ser preso ou solto independente de provas materiais. Essa degradação do “Estado Democrático de Direito”, começou com a Inconstitucionalíssima posse do facínora Sarney, transitou na nefasta e seletiva aplicação da absurda da “Teoria do Domínio Fato” no mensalão, e desembocou na Farsa Jato, onde a ausência de “Provas Materiais” é substituída pela inacreditável “Convicção”. Um país (sic) que vive uma ditadura da “Toga” é muito pior do que qualquer outra ditadura, porque tais estão travestidos de impolutos defensores da sociedade.  A imbecilidade não é privilégio dos analfabetos funcionais. Pretender chegar ao governo do Bananil, afirmando em patética e ilegal campanha antecipada, que “a redução da inflação é reflexo da miséria e não de ação do governo, e ainda afirmar que só se deve gastar menos do que se ganha”, é condescendência além do suportável que se pode conceder a um farsante doutorado. Qualquer comezinho idiota sabe disso. Henrique “Soros/Bank Boston’s boy” Meirelles é somente mais um néscio chafurdando na pocilga, que faz qualquer coisa pelo poder.   PSDB nasceu dentro da briga na quadrilha do PMDB por causa da má divisão de roubo. Rede nasceu dentro do consórcio Natura/Itau Novo nasceu, e já morreu, dentro dos banqueiros insatisfeitos. PT nasceu, via Golbery, para a direita ter um partido de “esquerda” pra chamar de seu. O mais é figuração. De quinta.

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Fatos & Fotos – 23/12/2017

Trapalhão condecora outro Trapalhão Filantropo desconhecido cria fundo de caridade de U$S 86 milhões em Bitcoin    Fundos de caridade são muito importantes para ajudar a quem precisa. Existem diversos no mundo, de todos os tipos, mas um está despertando a curiosidade de muita gente por ser bastante inusitado: alguém resolveu fundar o Pineapple Fund, um fundo que utiliza bitcoins para realizar doações para fundações de diversas naturezas. A maioria dos primeiros compradores do Bitcoin realmente não tem muito. Eles venderam para pagar contas e despesas Trata-se de um investidor em bitcoins que, segundo ele mesmo declarou para a Bitcoin Magazine, acumulou bastante da criptomoeda desde sua criação e está agora disponibilizando nada menos que 5.057 bitcoins para doação, que é equivalente a cerca de US$ 86 milhões, ou R$ 283 milhões. “Estou muito feliz por ter mantido a maioria dos meus bitcoins até hoje”, disse o filantropo não identificado à Bitcoin Magazine. “A maioria dos primeiros compradores do Bitcoin realmente não tem muito. Eles venderam para pagar contas e despesas”. O slogan estampado na página principal do site oficial do Pineapple Fund diz: “Porque uma vez que você tem dinheiro suficiente, o dinheiro não importa”. Fazendo o bem para quem precisa Segundo o site do fundo, das 5.057 bitcoins colocadas à disposição de doações, 343 já foram usadas – cerca de US$ 2 milhões – em oito instituições de caridade. O fundo foi divulgado para o público por meio de uma postagem no Reddit e já agraciou instituições sem fins lucrativos, como a Sens Research Foundation, por exemplo, que trabalha no desenvolvimento de soluções medicinais para o envelhecimento. Eu prefiro manter minha identidade como um segredo Sobre revelar sua identidade, o filantropo misterioso disse à Bitcoin Magazine: “Eu prefiro manter minha identidade como um segredo. O projeto Pineapple não é por publicidade. De fato, zero pessoas na minha vida sabem que estou por trás disso. É melhor para as pessoas pensarem que você está bem do que muito rico”. Rafael Farinaccio Justiça – Só dói quando eu rio O castigo vem a Cavalo. Marinho. Plim Plim! Essa coisa aí é a – é, vá lá que seja – jornalista Thais Heredia, comentarista da “Grobu Nius”, que teve a coragem de dizer, entre outras sandices ao vivo em comentário na rede esgoto, que “a recessão e desemprego derrubam inflação e devolvem poder de compra aos brasileiros”. Uau! É do “Cascalho”! A séria candidata a um ministério do Henrique “Bank Boston’s Boy” Meirelles, acaba de ser demitida. Finalmente a QI de ostra poderá contribuir pra melhorar a economia do país. Né não?  Arte – Xilogravuras – Edvard Munch  Como o Brasil mudou minha vidaLea fazendo turismo na Chapada da Diamantina, em 2011 “Aprendi muito com os brasileiros” A história de amor entre a alemã Lea Ferno, de 31 anos, e o Brasil começou há sete anos. Estágios no Rio, em São Paulo e em Brasília mudaram o rumo de sua carreira e vida amorosa, além de lhe ensinarem a ter paciência. “Se eu não tivesse morado no Brasil, minha vida seria muito mais monótona. Foi lá que descobri o que eu queria fazer da vida. Eu estudava Estudos Latino-Americanos em Colônia e comecei a me interessar pelo Brasil e pelo português. Eu achava o idioma e sua melodia muito bonitos e pensei que tinha que ir para o país para aprendê-lo. Então, consegui dois estágios, um no Rio, por três meses nos estúdios da emissora alemã ZDF, e outro em São Paulo, também por três meses, na fundação alemã Friedrich Ebert. Essa experiência em São Paulo, em 2010, me marcou para sempre. Eles trabalhavam com projetos sociais. Tinha uma ONG que fazia uma revista escrita por adolescentes e seminários com jovens do Brasil inteiro. Eles eram tão engajados, num país marcado pela pobreza e pela desigualdade. Eu me identifiquei, me deu vontade de ajudar. Tanto que hoje, sete anos depois, trabalho com algo parecido aqui na Alemanha. Estou na organização Kindernothilfe e dou apoio a projetos sociais com crianças no Brasil. Em novembro, viajo para lá a trabalho. Fico muito feliz em fazer algo que para mim faz sentido e para um país com que me identifico. Ao mesmo tempo em que quero ajudar, respeito muito o Brasil, não acho que sei mais que as pessoas de lá. Aliás, aprendi muito com os brasileiros. Sempre achei impressionante a paciência. Na fila ou no trânsito, por exemplo. Uma vez o ônibus errou o caminho, e ninguém ficou com raiva. Aprendi que muitas vezes a raiva só atrapalha e que é melhor deixar para lá. Em outros momentos, eu pensava: ‘Gente, agora é hora de reclamar.’ É um país mais caótico, mas sempre se consegue escapar com o jeitinho brasileiro, a flexibilidade. Eu queria aplicar mais isso. Agora que faz tempo que morei lá, já voltei a ser alemã em muitas coisas. Mas quando tenho que andar de trem e reclamo dos pequenos atrasos, penso nas pessoas que passam horas a caminho do trabalho no Brasil e, muitas vezes, fazem isso sem reclamar. E ainda tenho o jeitinho brasileiro todos os dias em casa: meu namorado, um baiano que conheci em Brasília. Lea em sua primeira para no Brasil, o Rio de Janeiro, em 2010 Como alemã, gosto muito de planejar, e ele – e conheço mais brasileiros assim – não entende muito bem por que aqui a gente tem que marcar as coisas com antecedência. Por que não se pode simplesmente visitar um amigo espontaneamente, dizer: “Vou passar na sua casa.” Eu preciso desse planejamento, gosto dessa Vorfreude (expectativa), e talvez tenha sido justamente o que me fez organizar várias idas ao Brasil. Desde os primeiros estágios, no Rio e em São Paulo, eu sempre quis voltar para o país. Fui algumas vezes de férias e consegui um estágio em Brasília em 2012, na Unaids. Entre os amigos que fiz lá, estava uma menina que trabalhava como empregada doméstica e estudava à noite. Fiquei impressionada com essa força de vontade dela. Acho que os brasileiros lidam muito bem

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Eleições 2018 e Perfis falsos

Exclusivo: investigação revela exército de perfis falsos usados para influenciar eleições no Brasil Cada funcionário seria responsável por controlar de 20 a 50 perfis falsos | Ilustração: Kako Abraham/BBC São sete da manhã e um rapaz de 18 anos liga o computador em sua casa em Vitória, no Espírito Santo, e dá início à sua rotina de trabalho. Atualiza o status de um dos perfis que mantém no Facebook: “Alguém tem um filme para recomendar?”, pergunta. Abre outro perfil na mesma rede. “Só queria dormir a tarde inteira”, escreve. Um terceiro perfil: “Estou com muita fome”. Ele intercala esses textos com outros em que apoia políticos brasileiros. Esses perfis não tinham sua foto ou nome verdadeiros, assim como os outros 17 que ele disse controlar no Facebook e no Twitter em troca de R$ 1,2 mil por mês. Eram, segundo afirma, perfis falsos com fotos roubadas, nomes e cotidianos inventados. O jovem relatou à BBC Brasil que esses perfis foram usados ativamente para influenciar o debate político durante as eleições de 2014. As evidências reunidas por uma investigação da BBC Brasil ao longo de três meses sugerem que uma espécie de exército virtual de fakes foi usado por uma empresa com base no Rio de Janeiro para manipular a opinião pública, principalmente, no pleito de 2014. A estratégia de manipulação eleitoral e da opinião pública nas redes sociais seria similar à usada por russos nas eleições americanas, e já existiria no Brasil ao menos desde 2012. A reportagem identificou também um caso recente, ativo até novembro de 2017, de suposto uso da estratégia para beneficiar uma deputada federal do Rio. A reportagem entrevistou quatro pessoas que dizem ser ex-funcionários da empresa, reuniu vasto material com o histórico da atividade online de mais de 100 supostos fakes e identificou 13 políticos que teriam se beneficiado da atividade. Não há evidências de que os políticos soubessem que perfis falsos estavam sendo usados. Com ajuda de especialistas, a BBC Brasil identificou como os perfis se interligavam e seus padrões típicos de comportamento. Seriam o que pesquisadores começam a identificar agora como ciborgues, uma evolução dos já conhecidos robôs ou bots, uma mistura entre pessoas reais e “máquinas” com rastros de atividade mais difíceis de serem detectados por computador devido ao comportamento mais parecido com o de humanos. Parte desses perfis já vinha sendo pesquisada pelo Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic) da Universidade Federal do Espírito Santo, coordenado pelo pesquisador Fábio Malini. “Os ciborgues ou personas geram cortinas de fumaça, orientando discussões para determinados temas, atacando adversários políticos e criando rumores, com clima de ‘já ganhou’ ou ‘já perdeu’”, afirma ele. Exploram o chamado “comportamento de manada”. “Ou vencíamos pelo volume, já que a nossa quantidade de posts era muito maior do que o público em geral conseguia contra-argumentar, ou conseguíamos estimular pessoas reais, militâncias, a comprarem nossa briga. Criávamos uma noção de maioria”, diz um dos ex-funcionários entrevistados. Esta reportagem é a primeira da série Democracia Ciborgue, em que a BBC Brasil mergulha no universo dos fakes mercenários, que teriam sido usados por pelo menos uma empresa, mas que podem ser apenas a ponta do iceberg de um fenômeno que não preocupa apenas o Brasil, mas também o mundo. Segundo Pablo Ortellado, professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP), a suspeita de que esse seria um serviço oferecido normalmente para candidatos e grupos políticos “faz pensar que a prática deva já estar bem disseminada nesse ambiente político polarizado e que vai ser bastante explorada nas eleições de 2018, que, ao que tudo indica, serão ainda mais polarizadas que as últimas de 2014”. Philip Howard, professor do Instituto de Internet da Oxford, vê os ciborgues como “um perigo para a democracia”. “Democracias funcionam bem quando há informação correta circulando nas redes sociais”, afirma, colocando os fakes ao lado do problema da disseminação das fake news, ou seja, notícias falsas. Direito de imagemGETTY IMAGESRobôs estariam tentando manipular opinião pública nas redes sociais no Brasil desde 2012 Exército fake Em 2012, segundo os entrevistados pela BBC Brasil, o empresário carioca Eduardo Trevisan, proprietário da Facemedia, registrada como Face Comunicação On Line Ltda, teria começado a mobilizar um exército de perfis falsos, contratando até 40 pessoas espalhadas pelo Brasil que administrariam as contas para, sobretudo, atuar em campanhas políticas. Inicialmente, a BBC Brasil entrou em contato com Trevisan por telefone. Ele negou que sua empresa crie perfis falsos. “A gente nunca criou perfil falso. Não é esse nosso trabalho. Nós fazemos monitoramento e rastreamento de redes sociais”, afirmou, pedindo que a reportagem enviasse perguntas por email. “Os serviços em campanhas eleitorais prestados pela Facemedia estão descritos e registrados pelo TSE, de forma transparente. Por questões éticas e contratuais, a Facemedia não repassa informações de clientes privados”, respondeu, posteriormente, por email (leia resposta completa na parte final desta reportagem). Empresário criou a página Lei Seca RJ, que alerta motoristas para locais de blitze no Rio | Reprodução/Facebook Trevisan, cujo perfil pessoal no Twitter carrega a descrição “Brasil, Pátria do Drible”, tem quase um milhão de seguidores. Ele ganhou projeção com sua página Lei Seca RJ, criada em 2009. Seguida por 1,2 milhão de usuários, ela alerta motoristas para locais de blitze no Rio. Um ex-funcionário disse ter sido contratado justamente achando que trabalharia administrando o Twitter do Lei Seca RJ. “Era um trabalho bem sigiloso. Não sabia que trabalharia com perfis falsos”, diz. Quando descobriu, conta, passou a esconder de amigos e familiares o que fazia. Hoje, afirma, tem medo de falar, porque trabalhou “para gente muito importante” e teria assinado um contrato de sigilo com a empresa. Políticos Os depoimentos dos entrevistados e os temas dos tuítes e publicações no Facebook levam aos nomes de 13 políticos que teriam sido beneficiados pelo serviço, entre eles os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Renan Calheiros (PMDB-AL) e o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). A atuação era variada. Para Aécio, perfis supostamente falsos publicaram, por exemplo, mensagens elogiosas ao

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Fatos & Fotos – 20/12/2017

Só dói quando eu rio Ilustrações de Victor Nizovtsev STF tira de Sérgio Moro denúncias contra Cunha, Geddel e Rocha Loures O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por cinco votos a quatro, nesta terça-feira (19), retirar do juiz federal Sérgio Moro as denúncias contra políticos dos PMDB sem foro privilegiado, acusados junto com o presidente Michel Temer por organização criminosa. Estão no grupo o deputado cassado Eduardo Cunha (RJ), o ex-ministro Geddel Vieira Lima (BA) e o ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures (PR). Os processos serão enviados para a Justiça Federal de Brasília, já que prevaleceu o entendimento de que o caso não tem conexão com o esquema de corrupção investigado na Petrobras, foco da Lava Jato. Os três peemedebistas queriam manter as acusações no STF ou, pelo menos, garantir que as denúncias fossem enviadas para uma vara criminal do Distrito Federal, e não para a jurisdição de Moro. O ministro Luiz Fux se declarou impedido e não votou nesse tópico, e Celso de Mello não participou da sessão. “São fatos ocorridos no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados, na articulação política ilícita. Não são fatos diretamente ligados à questão só da Lava Jato, à Petrobras”, disse o ministro Alexandre de Moraes, o primeiro a votar pela retirada dos processos da Vara Federal de Curitiba, responsável pelas ações da Lava Jato na primeira instância. Os peemedebistas foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) junto com o presidente Michel Temer e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, por organização criminosa. A tramitação da denúncia contra Temer e os ministros foi suspensa por decisão da Câmara dos Deputados. Depois disso, Fachin decidiu desmembrar o processo, enviando para a primeira instância as investigações contra os acusados sem foro privilegiado na Corte. As defesas de Geddel, Cunha e Loures haviam entrado com recurso pedindo para eles a extensão da imunidade conferida a Temer, Padilha e Moreira Franco. No entanto, o STF manteve o entendimento do relator, Edson Fachin, de que seria “inviável” dar a outros acusados a imunidade garantida ao presidente pelo Artigo 86 da Constituição. “É algo absolutamente específico e singular ao presidente da República, não havendo possibilidade de se estender a coautores e partícipes”, afirmou Alexandre de Moraes nesta terça. Também estão implicados nas investigações sobre a suposta organização criminosa do PMDB na Câmara o banqueiro André Esteves e os executivos Joesley Batista e Ricardo Saud, ambos do Grupo J&F.  Somente o caso do deputado André Moura (PSC-SE), que figura como investigado no processo, deve permanecer no STF.  Em relação à outra denúncia feita contra Temer, também barrada na Câmara, por obstrução das investigações, foi mantido o envio à Justiça Federal de Brasília, determinado anteriormente por Fachin, da parte que envolve Joesley Batista, Ricardo Saud, Eduardo Cunha e Rodrigo Rocha Loures. Com Agência Brasil Mesquita no clima natalino, ou para não dizerem que não escrevo cartinhas singelas; Querido ministro Gilmar “Activia” Mendes. Gostaria de ganhar de natal um “Habeas Corpus” com validade indeterminada e com efeito “Erga Omnes”. Ficarei muito agradecido se meu modesto pedido for atendido. “Dentro de cada começar mora um encanto que nos dá forças e nos ajuda a viver.” Hermann Hesse LESA PÁTRIA TENTA ENGANAR A OPINIÃO PÚBLICA COM EXEMPLOS VINDOS DOS ESTADOS UNIDOS   MÁRIO AUGUSTO JAKOBSKIND O lesa pátria Michel Temer está agora comparando a sua ascensão golpista com Presidentes dos Estados Unidos. Usando uma linguagem de farsante, o que não chega a surpreender se for feita uma análise aprofundada sobre o desempenho de seu governo e suas falações, o golpista que coloca em prática a sua “ponte para o futuro” disse em um encontro do seu partido que, “(…) se nos Estados Unidos se dissesse que quando o vice assume a Presidência face a um eventual impedimento do presidente, isto é um golpe, qualquer americano ficaria corado. Mas aqui não, havia uma certa desfaçatez”.   Só que o lesa pátria está mais uma vez querendo se legitimar pela mentira como Presidente golpista que é, e não completa o raciocínio para dizer que nos Estados Unidos o vice que eventualmente assume a Presidência executa um programa igual ao do Presidente eleito.   Os dois casos mais recentes, o primeiro depois do assassinato de John Kennedy assumiu Lyndon Johnson, que seguiu o programa do político assassinado, o do Partido Democrata. Posteriormente, Gerald Ford ocupou o lugar do renunciante Richard Nixon, que se envolveu em baixarias como no caso Watergate. O vice Ford, ao assumir a presidência seguiu o que foi apresentado na campanha.   Se um integrante do Partido do Presidente Democrata decidisse trair e executar o programa dos Republicanos, por exemplo, o que aconteceria?   E se eventualmente Donald Trump não completar o mandato, o vice decidisse seguir o programa do Partido Democrata deixando de lado as propostas dos Republicanos, podem imaginar o que aconteceria?   E o que fez o lesa pátria Temer colocando em prática a sua “ponte para o futuro” se não trair os eleitores que escolheram nas urnas uma proposta de governo diferente da executada atualmente, que na verdade é um retorno ao passado de Fernando Henrique Cardoso, repudiado nas urnas quatro vezes seguidas.   Mas o lesa pátria Michel Temer, mais uma vez tentando enganar a opinião púbica brasileira, demonstra que sua reverência aos Estados Unidos, cujo Departamento de Estado ajudou no golpe, está equivocada. Ao ocupar o governo colocou em prática um programa de governo rejeitado pelos eleitores brasileiros quatro vezes seguidas nas urnas. Se Johnson ou Ford fizessem o mesmo que o mentiroso lesa pátria Temer não teriam condições de seguir como Presidentes.   Essa é a verdade que Temer tenta esconder, porque tem consciência que só ocupa o posto que ocupa para executar a famigerada “ponte para o futuro”, uma proposta que por sinal não passa de um programa responsável pelo Brasil recuar pelo menos cem anos e de inteira satisfação dos golpistas, internos e externos, responsáveis pela sua ocupação do governo.   Não contente com tantas mentiras

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Como hackers estão usando o Facebook para te roubar sem você perceber

Hackers passaram a utilizar a publicidade no Facebook para fazer pequenos pagamentos com suas contas e promover páginas fraudulentas.  Direito de imagemGETTY IMAGES Há alguns anos, o modo preferido de atuação de hackers era enviar vírus que se instalavam nos nossos computadores e podiam destruir nossos arquivos ou tornar o aparelho completamente inútil. Com a explosão de compras pela internet, porém, o foco de muitos deles passou a ser ganhar dinheiro. E as redes sociais se transformaram um de seus principais locais de atuação. De acordo com o Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), um think tank americano, os ciberataques são responsáveis pelo roubo de cerca de 20% do dinheiro gerado na internet – aproximadamente US$ 400 bilhões por ano. Os números são estimados, já que nem todas as pessoas roubadas pela internet denunciam os crimes, e há muitos países que nem sequer guardam os dados. Desde malwares (softwares maliciosos) até phishing (roubo de dados por meio de links falsos), passando pelo ransomware (golpe em que computadores são infectados com um vírus que codifica e “sequestra” os arquivos – os invasores pedem um “resgate” por eles), sorteios e loterias falsas, todos têm o objetivo de conseguir dinheiro de forma fraudulenta. Agora, por meio dos anúncios colocados no Facebook para promover páginas pessoais, de negócios ou de eventos, foi descoberto um novo fenômeno no cibercrime. Roubo ‘por comissão’ Direito de imagemGETTY IMAGESCriminosos geralmente são responsáveis por páginas de apostas ou de sorteios e recebem comissões caso elas tenham mais tráfego Quando o participante da rede social resolve pagar um anúncio no Facebook para promover sua empresa, por exemplo, pode deixar os dados de seu cartão armazenados no site para futuras contas ou dar à página acesso a outras contas de pagamento como PayPal. Ao invadir nossas contas, os hackers sabem onde procurar e acessar esses dados. “Eles entram na conta do Facebook não para roubar grandes quantidades de dinheiro, mas sim para usar valores da vítima e promover seus próprios sites de apostas. Ao dirigir e aumentar as visitas a essas páginas, eles recebem uma espécie de comissão”, diz o especialista em segurança e privacidade na internet Graham Cluley à BBC. Direito de imagemGETTY IMAGESHá alguns anos o site criou a possibilidade de pagar por anúncios de páginas, negócios ou eventos na rede social Os criminosos basicamente se apossam momentaneamente da conta de Facebook da vítima e fazem pequenos pagamentos para anúncios de seu interesse. Como o dinheiro sai do bolso do usuário e em pequenas quantidades – algo entre US$ 2 e US$ 6 -, fica mais difícil detectar a fraude. Além disso, como o Facebook realiza a cobrança automática dos anúncios depois que o usuário contrata o serviço uma vez, o pagamento não costuma levantar suspeitas. Um programa de rádio da BBC chegou a receber o telefonema de um ouvinte que teve cerca de US$ 16 mil roubados por meio desse método. Questionado pela BBC, o Facebook admitiu que, neste caso, terceiros obtiveram acesso aos dados de login da vítima e foram feitos pagamentos fraudulentos para a promoção de páginas à revelia do dono real do perfil. Proteja-se Direito de imagemGETTY IMAGESSua segurança na internet depende da quantidade de informação sobre si mesmo que você compartilha nos sites e como a protege Graham Cluley fez algumas recomendações para que seja possível se prevenir. Primeiro, é preciso assegurar-se de que as informações sobre seus cartões de crédito não ficaram gravadas em seu computador nem em seu celular. Elimine também qualquer conta que contenha dados financeiros e esteja associada ao seu perfil de Facebook. Por exemplo, Paypal, ou um método de pagamento semelhante. Cheque o movimento em sua conta bancária com frequência. Pequenos roubos, mesmo frequentes, podem passar despercebidos. Se você tem suspeitas, peça informações ao Facebook. O site pode fornecer detalhes sobre os anúncios e páginas que você está promovendo, e qual foi a quantia investida neles. Caso você tenha feito uma campanha com anúncios pagos no Facebook, mas ela já chegou ao fim, também é possível pedir ao banco que não aceite mais cobranças que venham da rede social, a não ser que sejam autorizadas por você mediante contato.

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